Tireoide Flashcards
Qual a função da glândula tireoide?
- Tem função principal de produzir os hormônios tireoideanos. São fundamentais no processo de diferenciação, maturação e crescimento do organismo.
- Tem importante relação com a traqueia e os nervos laríngeos envolvidos.
A manipulação cirúrgica da tireoide pode acometer quais nervos laríngeos?
- Laríngeo Superior: Tem relação com a Artéria Tireoidea Superior. Se eu tiver uma lesão neste nervo, podemos apresentar como sintomas: Desafinar e não modular a voz.
- Laríngeo Recorrente: Tem relação com a Artéria Tireoidea Inferior. Se lesão unilateral, teremos rouquidão. Se bilateral, teremos dispneia, estridor e sinais de insuficiência respiratória.
O que é Tireotoxicose?
- Conjunto de sinais e sintomas resultantes de excesso de hormônios tireoidianos circulantes.
Quais as principais causas primárias de tireotoxicose? e como vamos encontrar os exames laboratoriais?
- Doença de graves, Bócio Multinodular Tóxico e Adenoma Tóxico
- TSH baixo, T4L Alto.
Quais as principais causas secundárias de tireotoxicose? e como vamos encontrar os exames laboratoriais?
- Tumores (Adenona), traumas, tireotoxicose gestacional.
- T4L Alto, TSH Alto.
Como faremos o diagnóstico de tireotoxicose?
- Solicitaremos: TSH, T4L. Buscando um TSH baixo e um T4L aumentado.
- Captação do iodo (RAIU-24hrs): Observando um aumenta na captação.
- Cintilografia: Iremos observar uma captação difusa (Hipercaptante).
Como é feito o tratamento da tireotoxicose?
- Metimazol: É o mais usado.
- Propiltiaraucil: Indicado em grávidas no primeiro trimesrte.
- Betabloqueadores: Melhora sintomática e clínica.
- Radioablação por iodo: É indicado em pacientes acima de 10 anos de idade, pacientes com recidiva com terapia medicamentosa ou pacientes com intolerância ao uso destes medicamentos. É contra-indicado em pacientes gravidaz, exoftalmia grave e grandes bócios.
- Cirurgia
- Indicada em grávidas não controladas ou intolerantes as drogas antitireoideanas, bócio volumoso e exoftalmia grave.
Como fazemos o diagnóstico do paciente com Doença de Graves (bócio difuso tóxico)?
- Prática: TSH, T4L, anti-TPO, TRAb e anti-Tireoglobulina.
- D.Graves: Alta relação com TRab !!
- Pode ter anti-TPO aumentado. É um marcador de doença tireoideana autoimune.
Quais fatores de risco para D. de Graves e tireotoxicose?
Mulheres, idade (20-50 anos), Hx de doença auto-imune ou de hipertireoidismo.
- Bócio, exposição ao iodo, Infecção, estresse, gravidez.
Quais os achados característicos da D. de Graves?
- Bócio difuso, Sopro e Frêmito.
- Exoftalmia, Mixedema pré-tibial e Baqueteamento digital.
O que é o hipotireoidismo?
- Síndrome Clínica ocasionada pela síntese/secreção insuficiente dos hormônios tireoideanos nos tecidos, gerando uma lentificação generalizada do metabolismo.
Quais as causas primárias de hipotireoidismo? e como acharemos o laboratorial desse paciente?
- Tireoidite de Hashimoto, principal causa.
- Carência nutricional e Iatrogenia.
- TSH alto e T4L baixo.
Quais as causas secundárias de hipotireoidismo? como acharemos o laboratorial desse paciente e como podemos fazer o diagnóstico?
- Hipotireoidismo secundário (Hipopituitarismo): Tumor, Cirurgia, Síndrome de Sheehan (infarto da hipófise pós-parto), Trauma.
- Faremos uma RM de sela túrcica.- TSH baixo e T4L baixo.
Como estará o laboratorial de um paciente com hipotireoidismo subclínico? e quando que podemos tratar estes pacientes?
- TSH alto e T4L normal.
- Relação com aumenta de doenças cardiovasculares.
- Vamos tratar aqueles, que:
- TSH>10yU/ml.
- Sintomas que tragam algum prejuízo.
- Gravidez e infertilidade.
- Depressão ou dislipidemia.
O que é a doença de hashimoto e qual principal marcador positivo nesta doença?
- Condição auto-imune. Principal causa de hipotireoidismo.
- O principal agente relacionado vai ser o anti-TPO. Positivo em 95-100% dos casos.
Quais os fatores de risco para doença de hashimoto?
- Mulher, acima de 65 anos, histórico familiar e de doenças auto-imunes.
Quais as manifestações clínicas da doença de hashimoto?
- Bócio em 80% dos casos.
- Hashitireotoxicose: 5% clínica de tireotoxicose.
- Comuns: Depressão, ganho de peso, intolerância ao frio, pele seca e constipação.
- Hiperprolactinemia: 50% dos casos. Podendo gerar amenorreia, disfunção eretil.
- Como teremos uma diminuição do DC: Vai favorecer uma dislipidemia (relação com LDL e triglicerideos) e HAS.
Como daremos o diagnóstico de Hashimoto?
- Diagnóstico
- Clínico + TSH alto e T4l baixo.
- Anti-TPO.
- Anti-Tireoglobulina.
- PAAF: Células de Askanazy, é patognomônico. Iremos realizar se observarmos: Dor local, Crescimento rápido e presença de nódulos.
- Hashimoto aumenta os riscos de linfoma de Hodgkin.
Como faremos o tratamento de Hashimoto?
- Tratamento
- Levotiroxina (T4): 1,6mcg/kg/dia, pela manhã, todo dia.
- Temos que ter cuidado em idosos e coronariopatas, pois vai aumentar o débito cardíaco.
- Levotiroxina (T4): 1,6mcg/kg/dia, pela manhã, todo dia.
Como funciona a fisiopatologia da tireoidite?
- Inflamação da tireoide.
- Iremos ter determinada causa inflamatória, que vai gerar um aumento e consequentemente extravassamento para a circulação, de hormônios, como T3, T4 e tireoglobulina. Então, no primeiro momento é observado uma tireotoxicose e posteriromente, depois de todo o extravassamento, é observado um hipotireoidismo. Normalmente de caráter sublcinico e assintomático.
Quais as causas de tireoidite?
Agudas - Infecção bacteriana (Raro). Subagudas - Linfocítica indolor. - Granulomatosa de Quervain. Crônica - Hashimoto (Linfocítica Crônica).
O que é Tireoidite de Quervain e como diagnosticamos e trataremos?
É uma inflamação da tireoide após uma IVAS.
- Granulomatosa de Quervain.
- Febre, Dor, Bócio após IVAS, aumento exagerado de VHS.
- Diagnóstico: Biópsia. Que mostra uma inflamação granulomatosa.
- Iremos tratar com AINE e betabloqueador.
Quando indicaremos a realização da Punção aspirativa com agulha fina
- Em cerca de 85-95% dos casos, representam lesões de caráter benigno
- Indicaramos em:
- Nódulos maior ou igual a 1cm.
- Nódulo de qualquer tamanho associados a linfadenopatia cervical suspeita.
- Nódulos acima de 0,5cm, com características de malignidade na US ou hx de irradiação na infância.
Descreve a classificação de bethesda
1 Insatisfatório - Repetir PAAF
2 Benigno - Acompanhamento clínico e US a cada 6-18 meses.
3 Atipia indeterminada - Repetir PAAF
4 Folicular - Análise genética + cirúrgia
5 Suspeito - Análise genética + cirúrgia
6 Maligno - Cirúrgia
Quais as características do Carcinoma papilífero e como trataremos?
- É o principal tipo, mais comum de todos.
- Acomete mais mulheres e crianças, possui uma disseminação linfática. Tem bom prognóstico. Tem como principal fator de risco a exposição à radiação ionizante.
- Diagnóstico: Vai ser feito primeiramente por USG e o próximo passo será uma PAAF.
- Tratamento: Se observarmos que é menor que 1cm, será realizada uma tireoidectomia parcial, se maior que 1cm, faremos uma total (se for menor que 15 anos e exposição a radiação, já faz total).
Quais as características do Carcinoma Folicular e como trataremos?
- É o 2 mais comum, tem bom prognóstico. Possui disseminação hematogênica.
- Os principais fatores de risco são: Carência de Iodo e aumento de células foliculares.
- Diagnóstico: É feito com a biópsia histopatologica (Betesda 4), pois apenas a PAAF não da a certeza do tipo.
- Tratamento: Se menor que 3cm, iremos realizar uma tireodectomia parcial. Se maior que 3cm, faremos uma tireodectomia total.
Quais as características do Carcinoma Medular da Tireoide (CMT) e como trataremos?
- Normalmente são originados a partir de um tumor bem diferenciado previamente existente.
Tem origem a partir de células C (são produtoras de calcitonina, hormônio que diminui a reabsorção de cálcio).- Alta associação com mutações no gene RET.
- Pode se apresentar de forma:
- Esporádica: 80% dos casos, individuos entre 50-60anos, geralmente unilateral.
- Familiar: Forte associação com Neoplasia Endócrina Múltipla - NEM.
- Tipo 2A, que vai estar envolvida em um quadro de CMT + Feocromaticoma + Hiperparatireoidismo.
- Tipo 2B, onde podemos apresentar CMT + Feocromacitoma + Neuromas de mucosas.
- Diagnóstico: PAAF. Além disso iremos observar uma calcitonia alta.
- Tratamento: Se tivermos parentes em 1 grau diagnósticados e mutação do gene RET, é indicado a tireoidectomia total profilática. Nos pacientes diagnósticados é indicado a realização de uma tireoidectomia total + linfadenectomia.
Começaremos a investigação dos nódulos de tireoide com os laboratoriais T4L, TSH e anti-TPO.
- Se observarmos uma nodulação com TSH baixo, o que faremos para investigar?
- Iremos pedir uma cintilografia, se observado um nódulo “quente” (hipercaptante), fala mais a favor de benignidade. Iremos avaliar e tratar (cirurgia ou radioiodo). Se o nódulo vier “frio” iremos indicar a realização de uma USG.
Começaremos a investigação dos nódulos de tireoide com os laboratoriais T4L, TSH e anti-TPO.
- Se observarmos uma nodulação com TSH normal ou elevado, o que faremos para investigar?
- Iremos realizar uma USG. Se for observado um nódulo maior ou igual a 1cm e/ou com características suspeitas, é necessário a realização de uma PAAF.
Quais os efeitos que a amiodarona pode causas em um paciente com distúrbios tireoideanos?
- A Amiodarona possui quase 40% da sua composição com iodo. Além disso ela é capaz de inbir a conversão dos hormônios tireoideanos.
- Efeito Wolff-Chaikoff: Dá amiodarona (iodo) pro paciente e ele ao invés de melhorar com o iodo ingerido, ele vai piorar o hipotireoidismo. Devido a ação inibitória na conversão dos hormônios.
- Fenômeno de Jod-Basedow: Dá amiodarona (iodo) para o paciente e ele piora o hipertireoidismo. Ao invés da ação inibitória prevalecer, ela acaba ficando atenuada.
- Lesões pela amiodarona: 1: Hipertireoidismo por Jod-Basedow.
2: Tireotoxicose por tireoidite + escape de coloide. Temos que suspender a droga.