DM Flashcards

1
Q

O que é a Diabetes Mellitus?

A
  • É uma condição clínica caracterizada por distúrbios metabólicos resultante de defeitos na ação e/ou secreção de insulina, resultando em um estado de hiperglicemia.
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2
Q

Como funciona a fisiopatologia da DM?

A
  • Deficiência na insulina gerando como consequência uma hiperglicemia.
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3
Q

Qual a fisiopatologia e quais os marcadores do Diabetes Mellitus tipo 1?

A
  • Teremos Insulina ausente. Pois teremos uma destruição das células beta do pâncreas, que são as produtoras de insulina.
  • Peptídeo C (relacionado a insulina) indetectável ou menor que 0,1.
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4
Q

Qual a epidemiologia e sintomas da DM1?

A
  • Normalmente é um paciente que se apresenta com menos de 30 anos, emagrecido.
  • Outros sintomas: Poliuria, Polidipsia e Polifagia.
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5
Q

Qual a fisiopatologia do DM tipo 2?

A
  • Teremos uma Insulina insuficiente, devido a uma falência pancreatica por aumento de demanda cronica.
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6
Q

Qual a epidemiologia da DM2?

A
  • Normalmente é um paciente acima de 45 anos e obeso.
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7
Q

Como daremos o diagnóstico para DM ?

A
  • Precisamos de 2 testes para confirmar a diabétes.
    • Porém se dois destes estiverem alterados no mesmo exame, confirma o diagnóstico.
    • Basta um exame alterado para diagnosticarmos como pré-diabetes. Mas para firmar esse diagnóstico, é necessario realizar um TOTG 75g para nos certificarmos se esse paciente já não é de fato diabético.
  • Se apresentar superior a 200 associado a alguma “poli já será diagnósticado como diabético.
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8
Q

Criterios diagnósticos para pré-diabetes?

A

PRÉ-DIABETES
2 HbA1c > 5,7% e < 6,4%
2 Glicemia em Jejum >100 e < 125
Glicemia 2h pós-75g glicose VO,140-199mg/dl.

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9
Q

Criterios diagnósticos para Diabetes?

A

Diabetes
2 HbA1c > 6,5%
2 Glicemia em jejum > 126mg/dl.
Glicemia 2h pós 75g de Glicose > 200mg/dl.
1 glicemia aleatória > 200 associada a sintomas (polis).

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10
Q

Como é feito o rastreamento para DM?

A

É feito de 3 em 3 anos, em:

  • IMC maior que 25 + Fatores de risco.
  • Fatores de risco: HAS, Dislipidemia, DM gestacional, Hx familiar, SOP, Acantose, Sedentarismo.
  • Idade superior a 45 anos, independente de fatores de risco, já faz o rastreamento.
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11
Q

Quais são os valores que nós desejamos com o tratamento?

A

Queremos como alvo uma Hb glicolisada menor que 7%. É o fator mais importante.

  • Glicemia capilar pré-prandial: 80-130.
  • Glicemia pós prandial-capilar: menor que 180.
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12
Q

Quais são as insulinas ultra-rápidas e qual seu tempo de funcionamento?

A
  • LA

- LISPRO e ASPART. Vai ter efeito em 5 minutos e duração de 4 horas.

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13
Q

Quais são as insulinas rápidas e qual seu tempo de funcionamento?

A
  • Rápidas: É a regular. Ação de cerca de 30 minutos e duração de cerca de 6 horas. Uso normalmente 30 min antes da refeição.
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14
Q

Quais são as insulinas intermediárias e qual seu tempo de funcionamento?

A

intermediárias: NPH, início em cerca de 2h e duração em média de 12h.

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15
Q

Quais são as insulinas lentas e qual seu tempo de funcionamento?

A
  • GD

- GLARGINA, DETERMIR. Início em cerca de 2h e duração de cerca de 24h.

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16
Q

Como funciona o Fenômeno do alvorecer?

A
  • Pela manhã vamos ter alta concentração de hormônios anti-insulico (ciclo circadiano), diminuindo a concentração de insulina e isso vai gerar uma hiperglicemia matinal.
    • Glicemias normais na madrugada e altas pela manhã.
    • Como conduta: Aumentar NPH e/ou utilizar mais tarde ou iremos fazer um lanche a noite.
17
Q

Como funciona o Efeito Somogyi?

A
  • Teremos a liberação de hormônios contra-reguladores após hipoglicemia na madrugada, provocando hiperglicemia de rebote pela manhã.
    • Hipoglicemias na madrugada e hiperglicemias pela manhã.
    • Diminuir a dose de insulina basal (NPH, glargina ou detemir) e/ou fornecer mais alimentos na ceia.
18
Q

Qual é o padrão-ouro para o tratamento de DM?

A

Bomba de infusão

  • Padrão ouro.
  • Pois é uma bomba de insulina, que vai fazer um esquema de infusão continua.
19
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos da Biguanida (Metformina)?

A
  • Diminui peso e risco de acidose lática.
  • Melhora os benefícios cardiovasculares.
  • Não usa se insuficiência renal e hepática.
  • Por longo período pode causar deficiência de b12.
20
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos da Glitazona?

A
  • Aumenta o peso e Não usar em IC grave.
21
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos da Sulfonilureias?

A
  • Glibenclamida, Glicazida, Glimepirida.

- Aumentam o peso e maiores chances de hipoglicemia.

22
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos da Arcabose?

A
  • Vai diminuir a absorção de glicose, fazendo com que tenhamos uma menor quantidade de glicemia pós-prandial.
  • Mas favorece flatulências e diarreia.
23
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos dos

Incretinomiméticos?

A
  • Increntina: Aumenta a insulina, depende da glicemia
  • Inibidores da DPP-4: Gliptinas, vai evitar a degradação da incretina, recomendada para pacientes com IRC.
  • Análogos de GLP-1: Exenatide, liraglutide: Vai estimular o receptor. Gerando uma perda de peso e benefícios cardiovasculares.
24
Q

Quais as indicações e os efeitos adversos dos Inibidores do SGLT2

A
  • Glifozina (Empaglifozina, Dopaglifozina, Canaglifozina)
  • Diminuição do peso e melhora da hipertensão.
  • Favorece candidíase, ITU, poliuria.
  • Observado redução da morbimortalidade cardiovascular.
25
Q

Quais as principais causas da Cetoacidose diabética?

A

-Infecção (causa mais comum), TTO irregular, gestação, bebidas alcoolicas, IAM.

26
Q

Quais os achados diagnósticos e as complicações da Cetoacidose diabética?

A
  • Glicose maior que 250, cetonemia ou cetonúria, PH inferior a 7,30 e HCO3 menor que 15.
  • Trombose, Edema cerebral (Volume e Insulina de forma rápida), Hipocalemia grave (Pois a hiperglicemia favorece a uma hipocalemia), Mucormicose (infecção, micose, grave de seios nasais. Iremos tratar com Anfo B e realizar debridamento).
27
Q

Qual a clínica da cetoacidose diabética?

A
  • Dor abdominal, náuseas e vômito. Apresenta hiperventilação de kussmaul (rápida e profunda), leucocitose e aumento de creatinina e amilase. Apresenta ânion gap aumentado
28
Q

Como vai ser o tratamento da cetoacidose diabética?

A
  • VIP
    - Volume
    - SF 0,9: 1L na 1 hora. Ficar atento ao sódio. Se baixo, manter SF 0,9. Se normal ou alto vamos para SF 0,45% e agora vamos de 500ml por hora.
    - Potássio
    - 3,5/5,5, como valor de referência.
    - Temos diminuição normalmente do potássio devido a expoliação pela poliúria.
    - Se tiver maior que 5,4, não admnistrar potássio, checar de 2/2hr.
    - Se entre 3,3 -5,2: vamos repor, com 20-30 mEq/l, antes da insulinoterapia.
    - Se menor que 3,3: Repor potássio e adiar insulina.
    - Se o paciente apresentar pH menor que 6,9, vamos administrar 100mEq.
    - Insulina
    - Não se faz antes da hidratação.
    - Dose 0,1 U/kg + 0,1U/kg/h
    - Reduzir glicemia por 50-80mg/dl/h.
    - Quando glicemia igual a 250, vamos iniciar SG 5% para manter a glicemia em níveis regulares.
    - Iremos avaliar a glicemia capilar a cada hora.
    • Se o paciente estiver compensado
      • Vamos continuar com o tratamento.
      • E avaliar se o paciente já é capaz de utilizar a insulina subcutânea com a reintrodução da dieta. Se ele aceitou bem, posso retirar a insulina venosa.
29
Q

Qual é a triade de hipoglicemia?

A
  • Tríade Wipple: Glicemia menor que 70 + Sintomas de Hipoglicemia + Melhora do quadro após adm de glicose.
30
Q

Quais são as indicações para uso de insulina?

A
  • Já usaremos insulina desde o início, se observarmos que o paciente possui glicemia maior que 300 ou glicada maior que 10. Se gravidez, cirurgia, doença hepática, cardíaca ou renal, avançadas.
  • Uso de 2 ou 3 drogas, mantendo hemoglobina glicada maior que 7%, é um critério de falência terapêutica, indicando o uso de insulinoterapia (bedtime, 0,2U/Kg) em conjunto com os medicamentos.
31
Q

Como daremos o diagnóstico e trataremos o Estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico?

A
  • Acomete mais os pacientes com DM tipo 2.
    • Normalmente o paciente bebe água e faz xixi.
    • Paciente que possui a glicose muito alta, normalmente não vai beber muita água. Gerando um quadro de hiperosmolaridade. Mas como ainda tem insulina, não teremos cetoacidose.
    • Diagnóstico: glicemia maior que 600, osmolaridsde maior que 320, ph maior que 7,3 e HCO3 maior que 18.
    • Tratamento: Volume, insulina e potássio.
      • Volume:
      • Insulina: Não iremos fazer se K < 3,3. Sendo feito apenas após a reposição calemica.
      • Bicarbonato de Sódio: Vai ser admnistrado apenas se presença de pH <6,9.
32
Q

Quais os achados da Glomerulopatia Diabética, como iremos fazer o rastreamento e o tratamento?

A
  • Teremos um quadro de hiperfiltração glomerular, gerando um quadro de albuminúria como principal manifestação.
  • Rastreamento:
    • Pesquisa de Excreção urinária de albumina (relação albumina/creatina. Será aumentado se for maior que 30mg/g). O teste vai ser positivo se confirmado em duas de trés amostras de urina.
      • Realizaremos anualmente se negativo, para todos os pacientes diabéticos.
    • TFG anualmente.
  • Devido a esta hipertrofia ela vai ser uma causa clássica de Rins aumentados de tamanho em uma IRC.
  • Não é comum termos proteínuria a níveis nefróticos e nem hematúria.
  • Vamos tratar realizando controle glicêmico, IECA/BRA e crontole de fatores de risco.