Tema Queimadura Flashcards

1
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
b) Durante o atendimento inicial, descreva como deverá ser realizada a avaliação primária?

A

X - Controle de sangramento externo grave: trauma associado.
A - Abertura de vias aéreas: edema de VA, intubação precoce;
B - Ventilação: escarotomias em lesões circulares do tórax;
C - PA, queimadura circunferenciais, acessos venosos (2 acessos em queimadura maior que 20%) ou IO
D - Avaliação neurológica (incapacidade): toxinas inaladas (asfixia e inconsciência)
E - Exposição do paciente: remoção de roupas e joias, controle da temperatura do ambiente, manter a ambulância aquecida

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1
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
a) Qual a extensão e a gravidade da queimadura e provável substância inalada pelo paciente em questão?

A

Extensão:
- Cabeça: 9%
- Tórax anterior: 18%
- Total: 27%
* Gravidade: grave
* Substância inalada: cianeto

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2
Q

Quais são as Áreas nobres/queimaduras especiais?

A

Olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo) e órgãos genitais, bem como queimaduras
profundas que atinjam estruturas profundas como ossos, músculos, nervos e/ou vasos desvitalizados.

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3
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
c) Quais os itens devem ser avaliados na avaliação secundária?

A

História do Paciente (Anamnese): Utilizando o método
“SAMPLE”, é possível obter informações críticas:
S – Sinais e Sintomas.
A – Alergias.
M – Medicamentos em uso.
P – Passado Médico relevante.
L – Última Refeição.
E – Eventos que precederam o trauma.
Exame Físico Detalhado (outras lesões ou sinais secundários ao possível trauma associado à queimadura)

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3
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
d) O que a oximetria de pulso e a gasometria arterial indicam? E qual a conduta indicada considerando esses dados?

A

A oximetria não é confiável, visto que o monóxido de carbono liga-se à hemoglobina.
A gasometria arterial indica uma acidose respiratória parcialmente compensada.
Nesse caso, indica-se a administração de O2 100%.

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4
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
e) Em relação ao manejo clínico, responda: nome da fórmula utilizada para calcular a reposição de líquidos e o volume de líquidos indicado nas 24 horas, conforme a referida fórmula? qual o antídoto indicado?

A

Fórmula de Parkland:
2 a 4ml x % SCQ x peso (kg), metade administrada nas primeiras 8 horas e o restante nas próximas 24 horas.
Recomendações mais atuais sugerem usar 2ml/Kg/% e 4 ml para queimaduras elétricas.
2 x 27 x 85= 4.590 ml
Antídoto: hidroxicobalamina EV (transforma o cianeto em molécula não tóxica que é eliminada na urina)

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5
Q

Paciente, FSA, 26 anos de idade, 85 kg, trabalhador de uma fábrica de plásticos, chega ao serviço médico de emergência, após um incêndio na empresa onde trabalha. FSA, apresenta queimadura de face (cabeça e pescoço) e tórax anterior, fuligem no escarro e pelos nasais chamuscados. Colocado oxímetro de pulso, apresentando SPO2 98% e gasometria arterial apresentando PH: 7,29, PaCO2 50
mmHg, PO2 77 mmHg, FO2Hb 68, FCO Hb 27, HCO3 27 mEq/l. Com base no caso em questão, responda o que se pede a seguir:
f) Cite 3 diagnósticos de enfermagem e 3 ações de enfermagem para o referido caso.

A

Diagnósticos de enfermagem:
Risco de Volume de líquidos deficiente
Risco de infecção
Risco de choque
Ventilação espontânea prejudicada
Troca de gases prejudicada
Integridade da pele prejudicada

Ações de enfermagem:
- Instalar oxigenoterapia cpm
- Puncionar acesso venoso
- Avaliar a lesão, examinando sua profundidade, extensão,
localização, dor, exsudação, tecido de granulação ou
necrosado, epitelização e sinais de Infecção
- Utilizar medidas de isolamento físico para prevenir infecção
- Oferecer medidas de conforto antes da troca do curativo
- Realizar curativo com técnicas assépticas
- Proporcionar controle adequado da dor com medidas
farmacológicas e não farmacológicas
- Garantir ingestão adequada de nutrientes e líquidos.

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6
Q

O que é avaliado para verificar a Gravidade da queimadura?

A

Extensão;
Profundidade;
Presença de trauma;
Presença de comorbidades;
Lesão inalatória;
Faixa etária;
Órgão atingido (nobres);
Queimadura circular;
Queimadura elétrica e química.

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7
Q

Como são as Queimaduras graves?

A
  • Profundidade queimadura, será grave as queimaduras de 3 e 4º grau;
  • Percentagem da superfície corporal queimada - SCTQ (>10% em criança e > 20% em adultos);
  • Localização da queimadura, será grave a queimadura que atingir áreas nobres, como olhos, orelhas, face, pescoço, articulações e órgãos genitais, ossos, músculos, nervos.
  • Lesões circunferenciais, principalmente no tórax que limita a expansão torácica.
  • Extremos de idade: < 3 anos e > 50 anos;
  • Enfermidades anteriores da vítima: insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, diabetes e outras situações.
  • Lesão inalatória ou no tórax;
  • Politrauma;
  • Queimadura química;
  • Trauma elétrico;
  • Violência/ maus tratos.
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8
Q

Como avaliar uma gasometria?

A

1 - Causa do problema: Respiratório? (Inalação de fumaça) Metabólico? (DM descompensado)
2 - pH: Normal 7,35 - 7,45 (Menor - acidose; Maior - alcalose)
3 - Culpa? Quais são os motivos para se ter acidose? Aumento da PaCo2 (respiratório) ou diminuição do bicarbonato (BE - 22 a 26) (metabólico) - Se o BE diminuir ao invés de aumentar = acidose mista;
4 - Compensação - Quando aumenta para tentar controlar o pH

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9
Q

Qual é o Risco da inalação de fumaça?

A

Inalação do CO e Cianeto

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10
Q

Quando suspeitar da inalação de fumaça?

A

Incêndios em locais fechados; Confusão ou agitação; Queimadura da face ou tórax; Sobrancelhas e pelos nasais chamuscados; Fuligem no escaro; e Rouquidão, perda da voz ou estridor

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10
Q

Qual a Fisiopatologia da inalação de fumaça?

A

asfixia, lesão térmica e lesão pulmonar tardia induzida por toxinas.

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10
Q

Como fazer a Monitorização da Sat O2 nos casos de inalação de fumaça?

A

Exclusivamente pela gasometria, nesse caso a oximetria é falsa

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11
Q

Quais são os Sintomas da intoxicação CO nos casos de inalação de fumaça?

A

LEVE - dor de cabeça, fadiga e náusea.
MODERADOS - cefaleia, vômito e confusão, torpor, sonolência, aumento da FC e FR.
GRAVES - Convulsão, coma, PCR e morte.

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12
Q

Qual é o Tratamento da intoxicação pelo CO nos casos de inalação de fumaça?

A

oxigênio a 100%.

12
Q

O que é o Cianeto de hidrogênio?

A

queima de produtos plásticos ou poliuretano. impede o metabolismo celular impedindo que as células produzam energia, pois impede que as células usem o oxigênio.
Sintomas: aumento da FC e FR, cefaleia, tontura e alteração da consciência, parada respiratória e morte.
Tratamento: suporte clínico, O2 e medidas de manutenção cardiovascular, a terapia com antídotos deve ser realizada.
Antídoto: hidroxicobalamina EV (transforma o cianeto em molécula não tóxica que é eliminada na urina).

13
Q

Como é realizada a Reposição de líquidos e analgesia nos casos de inalação de fumaça?

A
  • Manter a volemia de 24-48h;
  • Evitar o choque hipovolêmico;
  • Preferir o RL, evitar acidose hiperclorêmica;
  • Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x % SCQ x peso (kg), metade administrada nasprimeiras 8 horas e o restante nas próximas 24 horas. Criança 3ml.
  • Considerar 8 horas a partir do momento que o paciente sofreu a lesão.
  • Recomendações mais atuais sugerem usar 2ml/Kg/% e 4 ml para queimaduras elétricas.
  • Vítimas de queimadura com inalação de fumaça precisam de reposição volêmica em quantidade maior e O2 100%.
  • Analgesia com morfina ou fentanil.
13
Q

O que fazer em casos de Queimadura térmica (calor)?

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
Na presença de lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos ou superfícies quentes.
Classifi cação das queimaduras de acordo com a profundidade (grau de profundidade e sinais):
* 1º Grau: Lesões apenas da epiderme: presença de eritema
* 2º Grau: Lesões da epiderme e parte da derme: presença de eritema + bolha
* 3º Grau: Lesões da epiderme e da derme: presença de pele branca nacarada
Conduta:
1. Afastar o paciente do agente causador ou o agente do paciente;
2. Realizar avaliação primária (Protocolo BT1) e secundária (Protocolo BT2);
3. No politraumatizado grave, priorizar o atendimento ao trauma e os efeitos sistêmicos da queimadura e depois a queimadura;
4. Monitorizar a oximetria de pulso;
5. Manter a permeabilidade das vias aéreas;
6. Observar o aspecto geral da face do paciente: cílios, sobrancelhas, pêlos do nariz e condições
respiratórias, e informar à Regulação Médica;
7. Administrar oxigênio em alto fluxo;
8. Expor a área queimada, retirando as roupas que não estejam aderidas;
9. Retirar objetos como anéis, aliança, brincos, pulseiras, relógio, carteira, cinto, desde que não estejam aderidos à pele;
10. Irrigar com SF em abundância, objetivando o resfriamento da área queimada; em seguida cobrir com compressas secas, estéreis e não aderentes;
11. Prevenir a hipotermia, preferencialmente com manta metálica;
12. Realizar a mobilização cuidadosa e, se outros traumas concomitantes, considerar imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte.
13. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada;
14. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade
de saúde.
Observações:
* Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3);
* Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas, tais como: lesões
traumáticas, queimaduras de vias aéreas, inalação de fumaça e resíduos tóxicos (ver protocolo específico);
* Não romper ou perfurar bolhas no APH.
* Determinação da área queimada pela Regra dos 9

13
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: Cabeça e pescoço?

A
  • % no Adulto: 9
  • % na Criança e bebê: 18
14
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: MMSS?

A
  • % no Adulto: 9 (cada)
  • % na Criança e bebê: 9 (cada)
15
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: MMII?

A
  • % no Adulto: 18 (cada)
  • % na Criança e bebê: 13,5 (cada)
16
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: Tronco anterior?

A
  • % no Adulto: 18
  • % na Criança e bebê: 18
17
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: Tronco posterior?

A
  • % no Adulto: 18
  • % na Criança e bebê: 18
18
Q

Área corporal % no Adulto % na Criança e bebê: Genitais?

A
  • % no Adulto: 1
  • % na Criança e bebê: 1
19
Q

O que faze em casos de – Inalação de fumaça?

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão
* Quando houver exposição de uma pessoa a fumaça em espaço fechado;
* Quando houver exposição de uma pessoa a fumaça proveniente de incêndio;
* Qualquer pessoa com sinais de queimadura na face (observar cílios, sobrancelhas, pelos do nariz e
condição respiratória), tosse ou fuligem em secreções orais ou nasais.
Conduta
1. Avaliar a segurança da cena (Protocolo PE1).
2. Afastar o paciente do agente causador/retirar da área de risco.
3. Realizar avaliação primária (Protocolo BT1 ou BPed 24) e secundária (Protocolo BT2 ou BPed 25).
4. Contatar precocemente a Regulação Médica se ocorrer qualquer um dos eventos abaixo (possibilidade de intoxicação por cianeto):
* Parada cardiorrespiratória
* Glasgow < 13
* Frequência cardíaca < 40 batimentos por minuto
* Pressão arterial sistólica < de 90 mmHg.
5. Manter permeabilidade da via aérea.
6. Oferecer oxigênio (O2) sob máscara não reinalante 10 a 15 L/min, se saturação de O2 < 94%.
7. Monitorizar a oximetria de pulso; considerar que, em casos de intoxicação por monóxido de carbono (Protocolo BTox 5), a sua leitura poderá indicar valores maiores do que o real.
8. Considerar ventilação com bolsa-valva-máscara com reservatório nos pacientes com sinais de
queimaduras de vias aéreas, instabilidade hemodinâmica, alterações neurológicas ou sinais clínicos de insuficiência respiratória, independentemente da leitura da oximetria de pulso.
9. No caso de queimaduras associadas, considerar também o protocolo BT18.
10. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.
11. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
12. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência.
Observação
* Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
* Considerar a necessidade de apoio de equipes especializadas para aproximação e retirada da vítima da área de risco.
* Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas.

20
Q

O que fazer em casos de Intoxicação por monóxido de carbono?

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão
Paciente em área de risco, como as próximas a sistema de aquecimento avariado em ambiente mal ventilado, garagens de automóveis com o motor ligado ou próximo a focos de incêndio, com presença de sinais e sintomas gerais como: cefaleia, náuseas, vômitos, tonturas, diminuição de acuidade visual, fraqueza, pele e/ou mucosas cor de framboesa ou rosa carminado, dispneia, arritmias cardíacas, dor torácica isquêmica, insuficiência cardíaca, hipotensão, síncope, confusão mental, convulsão, coma, parada cardiorrespiratória (PCR).
Conduta
1. Avaliar a segurança da cena (Protocolo PE1).
2. Considerar apoio do Corpo de Bombeiros, através da Central de Regulação, na suspeita de presença do gás no ambiente, para a retirada da vítima da área de risco.
3. Realizar a avaliação primária (Protocolo BT1 ou BPed 24) e secundária (Protocolo BT2 ou BPed 25).
4. Contatar precocemente a Regulação Médica se ocorrer qualquer um dos eventos abaixo (possibilidade de intoxicação por cianeto):
* PCR
* Glasgow < 13
* Frequência cardíaca < 40 batimentos por minuto
* Pressão arterial sistólica < 90 mmHg
5. Ofertar oxigênio (O2) na máxima concentração disponível, independentemente da leitura da oximetria de pulso, de preferência com máscara não reinalante com O2 a 15 L/min.
6. Considerar ventilação com bolsa-valva-máscara com reservatório nos pacientes com sinais de
queimaduras de vias aéreas, instabilidade hemodinâmica, alterações neurológicas ou sinais clínicos de insuficiência respiratória, independentemente da leitura da oximetria de pulso.
7. Nas crises convulsivas, seguir Protocolo BC16 ou BPed 15.
8. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.
9. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
10. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência.
Observações
* Considerar os 3”S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
* Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas.
* A oximetria normal é um achado característico. O monóxido de carbono (CO) tem afinidade
aproximadamente 200 vezes maior pela hemoglobina-Hb do que o O2. Dependendo da porcentagem
de ligação do CO à Hb, ocorrerá hipoxemia celular, porém com oximetria periférica inalterada, pois o
oxímetro não diferencia a oxihemoglobina da carboxihemoglobina.
Observações
* Considerar os 3”S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
* Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas.
* A oximetria normal é um achado característico. O monóxido de carbono (CO) tem afinidade
aproximadamente 200 vezes maior pela hemoglobina-Hb do que o O2. Dependendo da porcentagem
de ligação do CO à Hb, ocorrerá hipoxemia celular, porém com oximetria periférica inalterada, pois o 2. Dependendo da porcentagem oxímetro não diferencia a oxihemoglobina da carboxihemoglobina.

21
Q

O que fazer em casos de Inalação de fumaça?

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão
* Quando houver exposição de uma pessoa a fumaça em espaço fechado;
* Quando houver exposição de uma pessoa a fumaça proveniente de incêndio;
* Qualquer pessoa com sinais de queimadura na face (observar cílios, sobrancelhas, pelos do nariz e
condição respiratória), tosse ou fuligem em secreções orais ou nasais.
Conduta
1. Avaliar a segurança da cena (Protocolo PE1).
2. Afastar o paciente do agente causador/retirar da área de risco.
3. Realizar avaliação primária (Protocolo BT1 ou BPed 24) e secundária (Protocolo BT2 ou BPed 25).
4. Contatar precocemente a Regulação Médica se ocorrer qualquer um dos eventos abaixo (possibilidade de intoxicação por cianeto):
* Parada cardiorrespiratória
* Glasgow < 13
* Frequência cardíaca < 40 batimentos por minuto
* Pressão arterial sistólica < de 90 mmHg.
5. Manter permeabilidade da via aérea.
6. Oferecer oxigênio (O2) sob máscara não reinalante 10 a 15 L/min, se saturação de O2 < 94%.
7. Monitorizar a oximetria de pulso; considerar que, em casos de intoxicação por monóxido de carbono (Protocolo BTox 5), a sua leitura poderá indicar valores maiores do que o real.
8. Considerar ventilação com bolsa-valva-máscara com reservatório nos pacientes com sinais de
queimaduras de vias aéreas, instabilidade hemodinâmica, alterações neurológicas ou sinais clínicos de insuficiência respiratória, independentemente da leitura da oximetria de pulso.
9. No caso de queimaduras associadas, considerar também o protocolo BT18.
10. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.
11. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
12. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência.
Observação
* Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
* Considerar a necessidade de apoio de equipes especializadas para aproximação e retirada da vítima da área de risco.
* Considerar a cinemática do trauma e sempre buscar possíveis lesões associadas.

22
Q

O que fazer em casos de Intoxicação aguda por cianeto?

A

Quando suspeitar ou critérios de inclusão
Pacientes com história ou suspeita de inalação de fumaça oriunda de incêndios em estruturas, locais ou ambientes que possam conter materiais como algodão, seda, madeira, papel, plásticos, esponjas, acrílicos e polímeros sintéticos em geral, associada a uma das situações abaixo:
* Rebaixamento mental (Glasgow < 13)
* Instabilidade hemodinâmica grave [frequência cardíaca (FC) < 40 batimentos por minuto (bpm) ou pressão arterial (PA) sistólica de 90 mmHg]
* Parada cardiorrespiratória (PCR)
Excluir: ao atender pacientes que inalaram fumaça nas condições acima, mas sem as alterações clínicas citadas, seguir o Protocolo ATox 5 (Inalação de fumaça).
Conduta
1. Avaliar a segurança da cena (Protocolo PE1).
2. Considerar apoio do Corpo de Bombeiros através da Central de Regulação, para retirada do paciente da área de risco.
3. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1):
* Na presença de PCR, iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) conforme protocolo;
* Preparar-se para também instituir a hidroxocobalamina mesmo durante a RCP.
4. Na ausência de PCR, realizar avaliação secundária (Protocolo AT2), com prioridade absoluta para
avaliação da Escala de Coma de Glasgow, PA sistólica e FC:
* Se os critérios de inclusão nesse protocolo não foram atendidos: siga para o protocolo de inalação de fumaça (Protocolo ATox 5);
* Se os critérios de inclusão nesse protocolo foram atendidos: prossiga nos itens abaixo.
5. Manter permeabilidade das vias aéreas.
6. Considerar via aérea definitiva precoce se presentes sinais evidentes de queimaduras em vias aéreas (queimaduras em cílios, sobrancelhas, pelos do nariz, mudança no caráter da voz até afonia, estridor laríngeo, sialorreia, escarro com fuligem) ou sinais de insufi ciência respiratória aguda.
7. Administrar oxigênio a 100%.
8. Instalar acesso venoso.
9. Estimar/classificar a gravidade da intoxicação por cianeto em intermediária ou grave conforme tabela abaixo, lembrando sempre que a inalação de cianeto produz sintomas em poucos segundos e pode levar a morte por parada respiratória em poucos minutos.
10. Usar hidroxocobalamina seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde:
* Reconstituir o frasco de 5 g de hidroxocobalamina com 200 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%;
* Cada mL de solução reconstituída contém 25 mg de hidroxocobalamina;
* São opções de diluentes para a hidroxocobalamina: soluções injetáveis de cloreto de sódio a 0,9%,
ringer lactato ou glicose a 5%. Nenhum outro diluente deve ser utilizado;
* Administrar doses segundo a classificação da gravidade da intoxicação por cianeto:
11. Avaliar e cuidar de outras lesões conforme protocolo específico.
12. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino.
13. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência, assim que possível.
Observações:
* Considera-se ausência de toxicidade pelo cianeto quando Glasgow > 14.
* A distribuição da hidroxocobalamina ao SAMU e aos serviços hospitalares será feita pelo Ministério da Saúde dentro de critérios por ele estabelecidos.
* Após reconstituído, o medicamento pode ser armazenado por até 6 h em temperatura ambiente (até 30 oC).
* Recomenda-se a leitura completa da Portaria 1.115 de 19/10/2015, que apresenta texto técnico sobre o tema.

23
Q

Como fazer a ADMINISTRAÇÃO DA HIDROXOCOBALAMINA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA INTOXICAÇÃO POR CIANETO?

A

Intoxicação intermediária: Glasgow de 10 a 13
Intoxicação grave: Glasgow < 9 ou instabilidade hemodinâmica grave
(FC < 40 bpm ou PA sistólica < 90 mmHg) ou PCR
* 1ª dose em adultos: 5 g intravenosa (IV) em 15 min
* 1ª dose em crianças: 70 mg/kg IV em 15 min
* 2ª dose em adultos: 5 g IV em 15 min se paciente grave ou em até 2 h, dependendo da severidade e
resposta clínica
* 2ª dose em crianças: 70 mg/kg IV em 15 min se paciente grave ou em até 2 h, dependendo da severidade e resposta clínica;

  • Múltiplas vítimas - Intoxicação intermediária: Glasgow de 10 a 13
  • 1ª dose: 2,5 g IV
  • 2ª dose no hospital: Completar no hospital até total de 5 g IV

Observações:
* Considera-se ausência de toxicidade pelo cianeto quando Glasgow > 14.
* A distribuição da hidroxocobalamina ao SAMU e aos serviços hospitalares será feita pelo Ministério da Saúde dentro de critérios por ele estabelecidos.
* Após reconstituído, o medicamento pode ser armazenado por até 6 h em temperatura ambiente (até 30 oC).
* Recomenda-se a leitura completa da Portaria 1.115 de 19/10/2015, que apresenta texto técnico sobre o tema