Suporte Básico de Vida Flashcards
Definição de PCR
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação da atividade mecânica do coração, confirmada por ausência de sinais de circulação, clinicamente apresentados por:
❖ irresponsividade;
❖ ausência de pulso;
❖ respiração ausente, agônica ou gasping.
Quais os dois ritmos não chocáveis?
- Assistolia
- Atividade elétrica sem pul
Quais os dois ritmos chocáveis?
- FV
- TV
Quais são os primeiros passos ao identificar uma possível parada cardiorrespiratória?
Verificar a segurança do local, avaliar a responsividade da vítima, chamar por ajuda e acionar o serviço de emergência.
Como fazer o correto diagnóstico de uma PCR?
- Ausência de resposta:
– Chame em voz alta e toque vigorosamente nos dois ombros. - Ausência de pulso central:
– Checar pulso carotídeo ou femoral.
– Se houver dúvida ou o pulso não for detectado em até 10 segundos, a RCP deverá ser iniciada.
Qual a cadeia de sobrevivência da American Heart Association (AHA) para parada cardiorrespiratória (PCR)?
- Reconhecimento precoce de parada cardíaca e ativação imediata do serviço de emergência (SAMU 192 / BOMBEIROS 193).
- RCP imediata de alta qualidade começando com compressões torácicas.
- Desfibrilação precoce com DEA (quando indicado).
- Tratamento eficaz de suporte avançado de vida.
- Atendimento eficaz pós-parada cardíaca em um hospital.
- Recuperação.
O que é a respiração agônica?
A respiração agônica é um padrão respiratório anormal, caracterizado por respirações irregulares, lentas, ofegantes e ineficazes, geralmente acompanhadas de suspiros profundos ou engasgos. Ela ocorre em situações de hipóxia grave e é um indicativo de sofrimento neurológico extremo.
Como agir se o pulso não for sentido e o paciente não responsivo não estiver respirando normalmente (gasping)?
Inicie imediatamente a RCP, começando com compressões torácicas.
Como agir se o pulso for definitivamente sentido e o paciente não responsivo não estiver respirando normalmente?
Forneça respiração de resgate ou ventilação com bolsamáscara. ABRA A VIA AÉREA E DÊ 1 RESPIRAÇÃO A CADA 6 SEGUNDOS, OU 10 RESPIRAÇÕES POR MINUTO.
Como agir se o pulso for definitivamente
sentido e o paciente não responsivo estiver respirando normalmente?
Mantenha as vias aéreas desobstruídas.
Manobras: Chin-Lift e Jaw Thrus
Qual a manobra contraindicada em caso de lesão cervical?
Qual a manobra indicada em caso de lesão cervical?
De quanto em quanto tempo tem que se verificar o pulso?
A cada 2min.
Qual a frequência de compressões por minuto?
100-120 compressões por minuto.
Qual a profundidade da compressão?
5cm.
Qual é a proporção de compressões para ventilações recomendada durante a RCP?
A proporção recomendada é de 30 compressões para cada 2 ventilações.
Quais as causas reversíveis de PCR (6H’s e 5T’s)?
H’s:
✅ Hipóxia
✅ Hipovolemia
✅ Hidrogênio (acidose)
✅ Hipo/hipercalemia
✅ Hipotermia
✅ Hipoglicemia* (não está nos protocolos, mas pode ser relevante)
T’s:
✅ Trombose coronariana (IAM)
✅ Trombose pulmonar (TEP)
✅ Tóxicos (intoxicações)
✅ Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo)
✅ Tamponamento cardíaco
Quais as principais causas cardíacas e não cardíacas do PCR?
- Causas Cardíacas (Mais Comuns em Adultos):
- Síndrome coronariana aguda (SCA) / Infarto agudo do miocárdio (IAM) – principal causa de PCR em adultos.
- Arritmias malignas – fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso (TVSP), assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP).
- Miocardites e cardiomiopatias – dilatada, hipertrófica, restritiva.
-Doença cardíaca estrutural – dissecção de aorta, valvopatias graves.
-Tromboembolismo pulmonar (TEP) maciço – pode causar AESP por obstrução do fluxo pulmonar.
- Causas Não Cardíacas
-Hipóxia – insuficiência respiratória grave (ex.: asfixia, DPOC descompensado, apneia em RN).
-Hipovolemia – choque hemorrágico, desidratação grave.
-Distúrbios eletrolíticos e metabólicos – hipocalemia, hipercalemia, hipocalcemia, acidose metabólica.
-Hipotermia – pode causar assistolia refratária.
-Intoxicações e drogas – opioides, benzodiazepínicos, betabloqueadores, antagonistas de cálcio, hiperpotassemia por IECA/espironolactona.
-Choque elétrico e eletrocussão – arritmias graves.
-Afogamento – hipóxia e acidose respiratória.
-Pneumotórax hipertensivo – colapso cardiovascular por compressão do coração e grandes vasos.
-Tamponamento cardíaco – acúmulo de líquido no pericárdio, impedindo enchimento ventricular.
De quanto em quanto tempo devemos trocar de pessoa na RCP?
Após 5 ciclos (30 x 2) ou 2 minutos.
Uma RCP perfeita é capaz de gerar quanto de débito cardíaco?
Uma RCP perfeita é capaz de gerar no máximo 1⁄3 do débito cardíaco fisiológico (isso
pelo menos é capaz de manter uma perfusão adequada de coração, rins e cérebro).
Descreva a técnica da compressão torácica?
- Local: 1⁄2 inferior do esterno, com a palma da mão não dominante sobre o dorso da mão dominante (com a região hipotenar da mão em contato com o tórax), dedos entrelaçados e braços completamente estendidos, perpendiculares ao tórax do paciente.
- Velocidade: 100 a 120 por minuto.
- Profundidade: deprimir o tórax entre 5 e 6 cm
- Permitir o retorno completo/expansão torácica após cada compressão.
- Minimizar as interrupções entre as compressões.
Qual o posicionamento correto das pás?
- Uma abaixo da clavícula direita, ao lado do esterno, e outra na região do ictus cardíaco.
- Se o paciente estiver molhado: secar.
- Se tiver marca-passo: afastar a pá em cerca de 10-15 cm do dispositivo.
Se a RCP for em um ambiente intra-hospitalar qual a carga do desfibrilador mono/bifásico?
360 J, se monofásico, e 200 J, se bifásico – se não souber a recomendação é aplicar a carga máxima do aparelho.
Obs.: Sempre retirar a fonte de O2 (se o choque liberar uma faísca e ela tiver contato com a fonte de O2, há risco de explosão).