Sulcos e Giros Cerebrais Flashcards
como os dois hemisférios cerebrais são conectados?
quais os três polos do hemisfério?
o que são sulcos? qual sua importância?
Os dois hemisférios cerebrais possuem uma fissura
que o divide em dois, chamada fissura interhemisférica. Esses hemisférios são conectados pelo corpo caloso, estabelecendo uma grande via de troca de informação.
Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e temporal, e três faces:
dorsolateral/convexa, medial/plana e inferior/base do cérebro.
Os sulcos são depressões na superfície do cérebro que delimitam os giros cerebrais.
Os sulcos permitem considerável aumento da superfície do tecido encefálico sem que haja acréscimo relevante do volume cerebral.
O estudo da anatomia dos sulcos e giros cerebrais será dividido em duas visões:
(1) Superfície lateral do cérebro;
(2) Superfície medial do cérebro.
SUPERFÍCIE LATERAL DO CÉREBRO
Principais estruturas a serem visualizadas:
Principais estruturas a serem visualizadas:
Sulco central: divide o cérebro em lobo frontal e parietal. É sempre contínuo, vertical e não alcança a fissura sylviana.
Sulco pré-central: está à frente do sulco central e é descontínuo.
Sulco pós-central: está atrás do sulco central e é descontínuo.
Fissura sylviana ou sulco lateral: inicia-se na base do cérebro, como uma fenda profunda que, separando o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a face
dorsolateral do cérebro e termina se dividindo em três ramos. Os três ramos são: ascendente, anterior e posterior.
Ramo ascendente e anterior são curtos e penetram no lobo frontal;
Ramo posterior é mais longo, dirige-se para trás e para cima, terminando no lobo parietal. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima.
Sulco parieto-occipital: limite anterior do lobo occipital. Pode ser traçada uma linha imaginária que une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, com a incisura pré-occipital, localizada na borda inferolateral. Essa linha divide a superfície lateral dos principais lobos: frontal, parietal, temporal e occipital.
Além desses, existe o lobo da ínsula, situado profundamente no sulco lateral, que não
possui relação imediata com os ossos do crânio.
Lobo frontal Limites Principais Sulcos Principais Giros Importância Clínica SUPERFÍCIE LATERAL
Lobo frontal
Possui como limite posterior o sulco central.
Principais sulcos:
Sulco pré-central: delimita o giro pré-central, que é a área motora primária;
Sulco frontal superior: inicia-se, geralmente, na porção superior do sulco pré-central e tem direção, aproximadamente, perpendicular à ele;
Sulco frontal inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo.
Os sulcos frontal superior e inferior dividem o lobo frontal em três giros: frontal superior, médio e inferior. Acima do sulco frontal superior, continuando na face medial do cérebro, localiza-se o giro frontal superior. Entre os sulcos frontal superior e frontal inferior está o giro frontal médio. Abaixo do sulco frontal inferior está o giro frontal inferior.
Giro frontal inferior: local da área da expressão da linguagem, denominada área de Broca. Os ramos ascendente e anterior subdivide o giro frontal inferior em três porções: parte orbital, triangular e opercular. A parte ligada à expressão da linguagem é, principalmente, a área opercular.
Lobo Temporal Limites Principais Sulcos Principais Giros Importância Clínica SUPERFÍCIE LATERAL
Lobo temporal
Possui dois sulcos principais:
Sulco temporal superior: inicia-se próximo ao polo temporal e se dirige para
trás, paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo
parietal;
Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco temporal superior, é geralmente
formado por duas ou mais partes descontínuas.
Os dois sulcos subdividem o lobo temporal em três giros: temporal superior, temporal médio e temporal inferior.
Entre os sulcos lateral e temporal superior está o giro temporal superior. Entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior, situa-se o giro temporal médio. Abaixo do sulco temporal inferior localiza-se o giro temporal inferior, que se limita com o sulco
occípito-temporal, geralmente situado na face inferior do hemisfério cerebral.
Lobo parietal Limites Principais Sulcos Principais Giros Importância Clínica SUPERFÍCIE LATERAL
Lobo parietal
O limite anterior é o sulco central e o posterior é o sulco parieto-occipital.
Possui dois sulcos principais:
Sulco pós-central: quase paralelo ao sulco central e delimita o giro pós-central (área relacionada à sensibilidade);
Sulco intraparietal: muito variável e, geralmente, perpendicular ao sulco póscentral, com o qual pode estar unido. Estende-se posteriormente e termina no
lobo occipital. Divide o lobo parietal em outros dois lobos: lobo parietal superior e inferior.
Entre os sulcos central e pós-central encontra-se o giro pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica.
No lobo parietal inferior, descrevem-se dois giros:
Giro supramarginal: localizado seguindo a linha da fissura Sylviana, a frente dela e posteriormente ao sulco pós-central;
Giro angular: curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
Lobo occipital limites? Principais Sulcos Principais Giros Importância Clínica SUPERFÍCIE LATERAL
Lobo occipital
Tem como demarcação o sulco parieto-occipital e cria-se uma linha imaginária desse sulco até a incisura pré-occipital para dividir o lobo occipital dos demais.
Ocupa uma porção relativamente pequena da face dorsolateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares.
Ínsula
SUPERFÍCIE LATERAL
Afastando-se os lábios do sulco lateral, evidencia-se uma ampla fossa no fundo da qual está situada a ínsula, lobo cerebral que, durante o desenvolvimento, cresce
menos que os demais. A ínsula tem forma cônica e apresenta alguns sulcos e giros. São descritos os
seguintes: sulco circular da ínsula, sulco central da ínsula, giros curtos (anteriores) e giro longo da ínsula (posteriores).
SUPERFÍCIE MEDIAL DO CÉREBRO
Para visualização da superfície medial, é necessário que o cérebro seja seccionado no plano sagital mediano, o que expõe o diencéfalo e algumas formações telencefálicas inter-hemisféricas, como o corpo caloso, fórnix e septo pelúcido.
Corpo caloso:
Corpo caloso: é um grande feixe de substância branca que conecta os dois hemisférios e possui formato de “c”.
Acima do corpo caloso, situa-se o sulco do corpo caloso;
Acima do sulco do corpo caloso, mantendo a mesma
conformação em forma de “c”, encontra-se o sulco do giro cíngulo ou sulco do cíngulo;
O sulco do giro cíngulo termina enviando uma projeção superior, chamada de ramo marginal;
Entre os dois sulcos (corpo caloso e cíngulo) se localiza o giro do cíngulo.
Obs: sulco paracentral (parte do giro frontal superior e médio)
Lobo frontal
SUPERFÍCIE MEDIAL
Lobo frontal
Existem dois sulcos que são contínuos no lobo frontal e no lobo parietal:
(1) Sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde continua, no lobo temporal, com o
sulco do hipocampo;
(2) Sulco do cíngulo: tem curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente, dividindo-se em dois
ramos: o ramo marginal (se curva em direção à margem superior do hemisfério) e o sulco subparietal (continua posteriormente na direção do sulco do cíngulo).
Giro frontal médio: extensão superior do giro frontal superior.
Em direção à margem superior do hemisfério existe, quase sempre, o sulco paracentral que se delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo
paracentral, assim denominado em razão de suas relações com o sulco central.
Nas partes anterior e posterior do lóbulo paracentral localizam-se, respectivamente, as áreas motora e sensitiva na superfície medial, relacionadas com a perna e o pé.
A região situada abaixo do rostro do corpo caloso e adiante da lâmina terminal é a área septal. Esta área é considerada um dos centros do prazer do cérebro.
O giro rostral está em íntimo contato com o giro do cíngulo
Abaixo do giro rostral, localiza-se o giro reto.
Lobo parietal
SUPERFÍCIE MEDIAL
É dividido do lobo frontal pelo sulco central.
Entre o sulco central e o sulco marginal, encontra-se parte do giro pós-central.
O sulco subparietal divide o giro do cíngulo do lobo parietal, que é uma área chamada
de pré-cúneos (formato de cunha).
Lobo occipital
SUPERFÍCIE MEDIAL
O sulco calcarino delimita a região em forma de cunha, o cúneos, e em giro lingual.
Abaixo do sulco calcarino está o giro lingual.
Lobo temporal
SUPERFÍCIE MEDIAL
A face inferior do lobo temporal apresenta três sulcos principais, de direção longitudinal, e que são, da borda lateral para a borda medial, o sulco occípito-temporal,
o colateral e o do hipocampo.
Sulco occípito-temporal: limita, com o sulco temporal inferior, o giro temporal inferior, que quase sempre forma a borda lateral do hemisfério. Medialmente,
este sulco limita com o sulco colateral, o giro occípito-temporal lateral (ou giro fusiforme);
Sulco colateral: inicia-se próximo ao polo occipital e se dirige anteriormente, delimitando com o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o
giro occípito-temporal medial e o giro para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o unco. Pode ser contínuo
com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. O sulco rinal e a parte mais anterior do sulco colateral
separam áreas de córtex muito antigas (paleocórtex), situadas medialmente, de áreas corticais mais recentes (neocórtex) localizadas lateralmente;
Sulco do hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e dirige-se para o polo temporal, onde
termina separando o giro para-hipocampal do unco.
O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo por meio de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Ele continua com o giro lingual do lobo occipital. Unco, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo: constituem uma formação contínua que circunda as estruturas inter-hemisféricas e, por muitos, considerada como um lobo independente, o lobo límbico.
A parte mais anterior do giro para-hipocampal é a área entorrinal, importante para a memória e uma das primeiras regiões do cérebro a serem lesadas na doença de Alzheimer.
Áreas eloquentes
Áreas eloquentes
Área de Broca: área da expressão da linguagem; giro frontal inferior (opercular)
do hemisfério cerebral esquerdo;
Área de Wernicke: compreensão da linguagem; parte no giro temporal superior
e médio, na sua parte posterior do hemisfério cerebral esquerdo;
Área motora primária: giro pré-central; onde coordena todos os movimentos do
corpo;
Área sensitiva primária: giro pós-central; toda a conjectura sensitiva é
interpretada nela;
Cada região do nosso corpo é representada em áreas específicas dos giros pré-central e pós-central, denominadas áreas somestésicas. Exemplo: a região
mais medial desses giros relaciona-se com os membros inferiores.
Área visual: lobo occipital, no sulco calcarino.