Medula Espinhal, Dermátomos e Miótomos Flashcards
Medula
Localização
Limites
Localização: dentro do canal vertebral. No período embrionário, a medula espinhal ocupa totalmente o canal vertebral mas, a partir do seu desenvolvimento e
crescimento, sobe e ocupa o limite até L2.
Limites da medula
Superior: bulbo ao nível do forame magno (no osso occipital), 1ª raiz espinhal
ou decussação das pirâmides;
Inferior: termina ao nível de L2, cone medular e cauda equina.
Medula
Função
Função: grande roteador que distribui sinal para o Sistema Nervoso Periférico e capta
o sinal para enviar para o Sistema Nervoso Central (encéfalo) por meio de vias
aferentes e eferentes.
Qual localização deve ser feita a punção lombar? por que ?
Para puncionar, é sugerido abaixo de L2, pois não tem risco de ocorrer lesão
medular. Geralmente a punção é feita na altura de L4/L5;
Em que consistem as dilatações da medula?
quando a medula termina? quais estruturas existem no final?
A medula tem calibre não uniforme (2 dilatações): intumescência cervical e intumescência lombar. Essas, respectivamente, correspondem ao plexo braquial (inervação dos membros superiores-MMSS) e plexo lombossacral (inervação dos membros inferiores-MMII). As intumescências são áreas que fazem conexão com a medula;
A medula termina se afunilando em L1/L2, permitindo a formação de um cone (chamado cone medular);
A região entre L2 e S5 é denominada cauda equina, pois há somente nervos e raízes
Qual a diferença do tamanho entre a medula e o canal vertebral? por que isso acontece?
qual a regra prática?
A diferença do tamanho entre medula e canal vertebral, assim como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, resultam de ritmos de crescimento diferentes entre medula e coluna vertebral.
• Até 4° mês de vida intra-uterina: medula e coluna crescem no mesmo ritmo.
• A partir do 4° mês: coluna começa a crescer mais que a medula, especialmente em sua porção caudal, havendo o alongamento das raízes nervosas, o que culmina na formação da cauda equina.
A diferença de ritmos de crescimento entre coluna e medula, também acarreta o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto a vértebra T11 e T12 não se relacionam com o segmento medular de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. Isso possui grande importância clínica para diagnóstico, prognóstico e tratamento das lesões vertebromedulares.
Uma lesão da vértebra T12 pode afetar a medula lombar. Uma lesão da vértebra L3 afetará apenas as raízes da cauda equina, sendo o prognóstico completamente diferente nos dois casos.
• Regra prática: Entre os níveis das vértebras C2 e T10, adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso da vértebra e tem-se o número do segmento medular subjacente.
Ex: processo espinhoso da vértebra C6 está o sobre o segmento medular C8;da vértebra T10 sobre o segmento T12. Os processos espinhosos das vértebras T11 e T12 correspondem aos 5 segmentos lombares, já o de L1 correspondem aos 5 segmentos sacrais.
Quais os envoltórios da medula?
Envolvida por 3 membranas fibrosas: dura-máter (paquimeninge – mais espessa), pia-máter e aracnóide (leptomeninge).
• Dura máter: Membrana externa, espessa e resistente. Termina ao nível da vértebra S2.
• Aracnóide: entre dura-máter e pia-máter. Trabéculas aracnóideas une este folheto a pia-máter.
• Pia-máter: mais delicada e interna. Forma o filamento terminal.
onde terminam o saco dural e a aracnoide°?
qual o espaço ideal para ser puncionado?
quais as finalidades da punção lombar?
O saco dural e a aracnóide que o acompanha terminam em S2, enquanto a medula termina em L2.
Entre esses níveis, o espaço subaracnóideo é maior, contém maior quantidade de líquor e nele se encontram apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda equina.
Não havendo perigo de lesão da medula, esta área é ideal para introdução de uma agulha no espaço subaranóideo, o que é feito
com as seguintes finalidades:
• Retirada de líquor, para fins terapêuticos ou de diagnósticos nas punções lombares.
• Medida da pressão do líquor.
• Introdução de substâncias que aumentam o contraste das radiografias, visando o diagnóstico de processos patológicos da medula (mielografia).
• Introdução de anestésicos nas anestesias raquidianas.
quais os tipos de anestesias nos espaços meníngeos?
- Anestesias nos espaços meníngeos
A introdução de anestésicos nos espaços meníngeos da medula de modo a bloquear as raízes nervosas que o atravessam constitui procedimento de rotina na prática médica, especialmente em cirurgias das extremidades inferiores, do períneo, da cavidade pélvica e em cirurgias abdominais.
• Anestesias raquidianas: Anestésico introduzido no espaço subaracnóideo por meio de uma agulha que penetra no espaço entre as vértebras L2-L3 ou L4-L5. Certifica-se que a agulha atingiu o espaço subaracnóideo pela presença do líquor que goteja de sua extremidade.
• Anestesias epidurais: Feitas geralmente na região lombar introduzindo-se o anestésico no espaço epidural. Certifica-se que a agulha atingiu o espaço epidural quando se observa uma súbita baixa de resistência, indicando que ela perfurou o ligamento amarelo. Não apresenta alguns dos inconvenientes das anestesias raquidianas, como dores de cabeça, que resultam da perfuração da dura-máter e do vazamento do líquor. Porém, exigem uma habilidade técnica maior.
epidural (extradural)
localização
conteúdo
entre a dura-máter e o periósteo do canal tecido
adiposo e plexo venoso vertebral
vertebral interno
subdural
localização
conteúdo
espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide
pequena quantidade de líquido
subaracnóideo
localização
conteúdo
entre a aracnóide e a pia-máter
líquido cérebro-espinhal (ou liquor)
Meninges
classificação
Meninges Dura-máter (mais espessa). paquimeninge Aracnóide (intermediária). leptomeninge Pia-máter (íntimo contato com o tecido medular). leptomeninge
dura máter fraturas de crânio irrigação cefaleia Pregas cavidades seios
A meninge mais superficial é a dura-máter.
espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas. contendo vasos e nervos.
A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal. O folheto externo adere
intimamente aos ossos do crânio e comporta-se
como periósteo destes ossos.
Os seios venosos durais são formados a partir do espaço entre as duas camadas da
dura-máter: camada meníngea e camada periosteal.
Ao contrário do periósteo de outras áreas, o folheto externo da dura-máter não tem capacidade osteogênica, o que dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração de perdas ósseas na abóbada craniana.
Esta peculiaridade, entretanto, é vantajosa, pois a formação e um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode constituir grave fator de irritação
do tecido nervoso. Em virtude da aderência
da dura-máter aos ossos do crânio, não existe
no encéfalo um espaço epidural como na medula.
A dura-máter, é em particular seu folheto
externo, é muito vascularizada. No encéfalo,
a principal artéria que irriga a dura-máter é a
artéria meníngea média (Fig. 9.2), ramo da
artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não
possui terminações nervosas sensitivas, toda ou
quase toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, responsável, assim, pela maioria das dores de cabeça.
Pregas: foice do cérebro, tenda do cerebelo (incisura da tenda do cerebelo), foice do cerebelo
Seios: sagital superior, sagital inferior, transverso, sigmoide, reto, occipital, confluência dos seios.
*encontrar ordem de drenagem dos seios
aracnóide
Membrana muito delicada, justaposta à dura-máter. da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à lubrifícação das superfícies de contato das duas membranas.
Em alguns pontos a aracnóide forma pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital superior.
As granulações araenóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo. verdadeiros divertícu 1 (>s
deste espaço, nos quais o liquor está separado
do sangue apenas pelo endotélio do seio c uma
delgada camada da aracnóide. São, pois, estruturas admirável mente adaptadas à absorção
do liquor, que, neste ponto, cai no sangue.
No adulto e no velho, algumas granulações tornamse muito grandes, consumindo os chamados
corpos de Pacchioni, que freqüentemente se
calcificam e podem deixar impressões na abóbada craniana.
pia-máter
A pia-máter é a mais interna das meninges,
aderindo inlimamente à superfície do encéfalo
e da medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial*.
A pia-máter dá resistência aos
órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de
consistência muito mole. De tal modo ela contém o encéfalo e a medula, que, em peças não
fixadas, pequenas incisões da pia-máter resultam cm hérnias de substância nervosa.
Apia -
mátcr acompanha os vasos que penetram no
tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços
perivasculares (Fig. 9.3).
Nestes espaços
existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo liquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido eireunvizinho.
Acreditava-se que os espaços perivasculares acompanhavam os vasos até os capilares, constituindo os espaços pericapilares em comunicação com os espaços perineuronais, ambos
contendo liquor. Este seria pois, necessariamente, o intermediário entre todas as trocas metabólicas realizadas entre o sangue e os
neurônios. Estudos realizados principalmente
com microscópio eletrônico (Fig. 10.8) mostraram definitivamente que os chamados espaços pericapilares e perineuronais na realidade
não existem, resultando de artefatos devidos à
retração dos tecidos durante sua preparação para estudo ao microscópio óptico. Verificou-se
que os espaços perivasculares acompanham os
vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a
adventíeia do vaso. As pequenas arteríolas são
envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.