Substâncias e Estrutura Fisiologia TGI Flashcards
Estrutura do sistema gastrintestinal/?
Estrutura do sistema gastrintestinal (GI) (Figura 6.1)
1.Células epiteliais
●São especializadas, em diferentes partes do sistema GI, na secreção ou na absorção.
2.Muscular da mucosa
●Sua contração provoca a mudança da área de superfície para a secreção ou absorção.
3.Músculo circular
●Sua contração causa diminuição do diâ me tro do lúmen do sistema GI.
4.Músculo longitudinal
●Sua contração provoca encurtamento de um segmento do sistema GI.
5.Plexo submucoso (plexo de Meissner) e plexo mioentérico (plexo de Auerbach)
●Compõem o sistema nervoso entérico do GI
●Integram e coordenam as funções de motilidade, secretora e endócrina do sistema GI.
Inervação macro do sistema GI
Inervação do sistema GI
●O sistema nervoso autônomo (SNA) do GI compreende os sistemas nervosos extrínseco e intrínseco.
Inervação extrínseca
Inervação extrínseca (sistemas nervosos parassimpático e simpático)
As fibras eferentes conduzem a informação do tronco encefálico e da medula espinal para o GI
As fibras aferentes conduzem a informação dos quimiorreceptores e mecanorreceptores do GI para o tronco encefálico e a medula espinal.
a.Sistema nervoso parassimpático
●É habitualmente excitatório nas funções do GI
●É conduzido pelo nervo vago e pelos nervos esplâncnicos pélvicos
●As fibras parassimpáticas pré-ganglionares fazem sinapses nos plexos mioentérico e submucoso
●Os corpos celulares nos gânglios dos plexos enviam, em seguida, a informação para o músculo liso, as células secretoras e as células endócrinas do GI.
(1)O nervo vago inerva o esôfago, o estômago, o pân creas e a porção superior do intestino grosso.
●Os reflexos, cujas vias aferentes e eferentes estão contidas no nervo vago, são denominados reflexos vagovagais.
(2) Os nervos esplâncnicos pélvicos inervam a porção inferior do intestino grosso, o reto e o ânus.
b. Sistema nervoso simpático
●É habitualmente inibitório sobre as funções do GI
●As fibras originam-se na medula espinal, entre T8 e L2
●As fibras colinérgicas simpáticas pré-ganglionares fazem sinapse nos gânglios pré-ver-tebrais
●As fibras adrenérgicas simpáticas pós-ganglionares saem dos gânglios pré-vertebrais e fazem sinapse nos plexos mioentérico e submucoso. Ocorre também inervação adrenérgica pós-ganglionar direta nos vasos sanguí neos e em algumas células muscula res lisas
●Os corpos celulares nos gânglios dos plexos enviam, em seguida, a informação para o músculo liso, as células secretoras e as células endócrinas do GI.
Inervação extrínseca
parassimpático
a.Sistema nervoso parassimpático
●É habitualmente excitatório nas funções do GI
●É conduzido pelo nervo vago e pelos nervos esplâncnicos pélvicos
●As fibras parassimpáticas pré-ganglionares fazem sinapses nos plexos mioentérico e submucoso
●Os corpos celulares nos gânglios dos plexos enviam, em seguida, a informação para o músculo liso, as células secretoras e as células endócrinas do GI.
(1)O nervo vago inerva o esôfago, o estômago, o pân creas e a porção superior do intestino grosso.
●Os reflexos, cujas vias aferentes e eferentes estão contidas no nervo vago, são denominados reflexos vagovagais.
(2)Os nervos esplâncnicos pélvicos inervam a porção inferior do intestino grosso, o reto e o ânus.
Inervação extrínseca
simpático
Sistema nervoso simpático
●É habitualmente inibitório sobre as funções do GI
●As fibras originam-se na medula espinal, entre T8 e L2
●As fibras colinérgicas simpáticas pré-ganglionares fazem sinapse nos gânglios pré-ver-tebrais
●As fibras adrenérgicas simpáticas pós-ganglionares saem dos gânglios pré-vertebrais e fazem sinapse nos plexos mioentérico e submucoso. Ocorre também inervação adrenérgica pós-ganglionar direta nos vasos sanguí neos e em algumas células muscula res lisas
●Os corpos celulares nos gânglios dos plexos enviam, em seguida, a informação para o músculo liso, as células secretoras e as células endócrinas do GI.
2.Inervação intrínseca (sistema nervoso entérico)
2.Inervação intrínseca (sistema nervoso entérico)
●Coordena e transmite informações dos sistemas nervosos parassimpático e simpático para o GI
●Utiliza reflexos locais para retransmitir a informação dentro do GI
●Controla a maioria das funções do GI, par ticular mente a motilidade e a secreção, mesmo na ausência de inervação extrínseca.
a.Plexo mioentérico (plexo de Auerbach)
●Controla principalmente a motilidade do músculo liso gastrintestinal.
b.Plexo submucoso (plexo de Meissner)
●Controla principalmente a secreção e o fluxo sanguí neo
●Recebe informações sensoriais dos quimiorreceptores e dos mecanorreceptores no GI.
Substâncias reguladoras no sistema gastrintestinal
Macro
Hormônios gastrintestinais
●São liberados das células endócrinas na mucosa gastrintestinal para a circulação porta, penetram na circulação geral e exercem ações fisiológicas sobre as células-alvo
Substâncias parácrinas
●São liberadas por células endócrinas na mucosa GI
●Difundem-se por curtas distâncias, atuando sobre células-alvo localizadas no sistema GI
Substâncias neurócrinas:
●São sintetizadas nos neurônios do sistema GI, levadas por transporte axonal ao longo do axônio e liberadas por potenciais de ação nos nervos
●A seguir, as substâncias neurócrinas difundem-se através da fenda sináptica até a célula-alvo
A.Hormônios gastrintestinais
A.Hormônios gastrintestinais (Quadro 6.1)
●São liberados das células endócrinas na mucosa gastrintestinal para a circulação porta, penetram na circulação geral e exercem ações fisiológicas sobre as células-alvo
●Quatro substâncias atendem aos critérios para serem consideradas hormônios GI “oficiais”; outras são consideradas hormônios “candidatos”. Os quatro hormônios GI oficiais são a gastrina, a colecistoquinina (CCK), a secretina e o peptídio insulinotrópico dependente de glicose (GIP).1
Gastrina
Gastrina
●Contém 17 aminoá cidos (“gastrina pequena”)
●A gastrina pequena é a forma secretada em resposta a uma refeição
●Toda a atividade biológica da gastrina reside nos quatro aminoá cidos C-terminais
●A “gastrina grande” contém 34 aminoácidos, embora não seja um dímero da gastrina pequena.
a. Ações da gastrina
(1) Aumenta a secreção de H+ pelas células parietais gástricas.
(2) Estimula o crescimento da mucosa gástrica por meio da estimulação da síntese de RNA e de novas proteí nas. Os pacientes com tumores secretores de gastrina apresentam hipertrofia e hiperplasia da mucosa gástrica.
b. Estímulos para a secreção de gastrina
●A gastrina é secretada pelas células G do antro gástrico em resposta a uma refeição
●A gastrina é secretada em resposta aos seguintes estímulos:
(1)Pequenos peptídios e aminoá cidos no lúmen do estômago
●Os estímulos mais potentes para secreção de gastrina são a fenilalanina e o triptofano.
(2) Distensão do estômago
(3) Estimulação vagal, mediada pelo peptídio liberador de gastrina (GRP, do inglês gastrinreleasing peptide)
●A atropina não bloqueia a secreção de gastrina mediada pelo vago, visto que o mediador do efeito vagal é o GRP, e não a acetilcolina (ACh).
c.Inibição da secreção de gastrina
●O H+ no lúmen estomacal inibe a liberação de gastrina. Esse controle por retroalimentação negativa assegura a inibição da secreção de gastrina se o conteú do gástrico for suficientemente acidificado
●A somatostatina inibe a liberação de gastrina.
d.Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)
●Ocorre quando a gastrina é secretada por tumores do pân creas que não sejam das células β.
2.CCK (colecistoquinina)
Ações
Estímulos
2.CCK (colecistoquinina)
●Contém 33 aminoá cidos
●É homóloga à gastrina
●Os cinco aminoá cidos C-terminais são os mesmos na CCK e na gastrina
●A atividade biológica da CCK reside no heptapeptídio C-terminal. Portanto, o heptapeptídio contém a se quência homóloga à gastrina e tem atividade de gastrina, bem como de CCK.
a. Ações da CCK
(1) Estimula a contração da vesícula biliar e, simultaneamente, causa relaxamento do esfíncter de Oddi2 para a secreção de bile.
(2) Estimula a secreção das enzimas pancreá ticas.
(3) Potencializa a estimulação da secreção pancreá tica de HCO3 induzida pela secretina.
(4) Estimula o crescimento do pân creas exócrino.
(5) Inibe o esvaziamento gástrico. Logo, as refeições com gordura estimulam a secreção de CCK, o que retarda o esvaziamento gástrico, proporcionando mais tempo para a digestão e a absorção intestinais.
b. Estímulos para a liberação de CCK
●A CCK é liberada pelas células I da mucosa duodenal e jejunal por:
(1) Pequenos peptídios e aminoácidos
(2) Ácidos graxos e monoglicerídios
●Os triglicerídios não estimulam a liberação de CCK porque não conseguem atravessar as membranas celulares intestinais.
3.Secretina
Ações
Estímulos
3.Secretina
●Contém 27 aminoá cidos
●É homóloga ao glucagon; 14 dos 27 aminoá cidos da secretina são os mesmos do glucagon
●Todos os aminoá cidos são necessários para a atividade biológica.
a.Ações da secretina
●São coordenadas para reduzir a quantidade de H+ no lúmen do intestino delgado.
(1) Estimula a secreção pancreática do HCO3+ e aumenta o crescimento do pân creas exócrino. O HCO3 pancreá tico neutraliza o H+ no lúmen intestinal.
(2) Estimula a secreção de HCO3 e de H2O pelo fígado e aumenta a produção de bile.
(3) Inibe a secreção de H pelas células parietais gástricas.
b. Estímulos para a liberação de secretina
●A secretina é liberada pelas células S do duodeno em resposta à presença de:
(1) H no lúmen do duodeno
(2) Ácidos graxos no lúmen do duodeno.
4.GIP (peptídio insulinotrópico
dependente de glicose)
Ações
Estímulos
4.GIP (peptídio insulinotrópico dependente de glicose)
●Contém 42 aminoá cidos
●É homólogo à secretina e ao glucagon.
a. Ações do GIP
(1) Estimula a liberação de insulina. Na presença de uma carga de glicose oral, o GIP causa a liberação de insulina do pân creas. Logo, a glicose oral é mais efetiva do que a glicose intravenosa para induzir a liberação de insulina e, portanto, a utilização da glicose.
(2) Inibe a secreção de H pelas células parietais gástricas.
b. Estímulos para a liberação de GIP
●O GIP é secretado pelo duodeno e pelo jejuno
●O GIP é o único hormônio GI liberado em resposta aos lipídios, proteínas e carboidratos. A secreção do GIP é estimulada por ácidos graxos, aminoá cidos e pela administração oral de glicose.
5.Hormônios candidatos
5.Hormônios candidatos
●São secretados pelas células do sistema GI
●A motilina aumenta a motilidade do sistema GI e está envolvida com o complexo mioelétrico migratório
●O polipeptídio pancreá tico inibe as secreções pancreá ticas
●O GLP-1 liga-se às células β pancreáticas e estimula a secreção de insulina. Substâncias análogas ao GLP-1 podem ser úteis no tratamento de diabetes melito tipo 2
●A leptina diminui o apetite
●A grelina aumenta o apetite.
B.Substâncias parácrinas
B.Substâncias parácrinas
●São liberadas por células endócrinas na mucosa GI
●Difundem-se por curtas distâncias, atuando sobre células-alvo localizadas no sistema GI
●As substâncias parácrinas GI são a somatostatina e a histamina.
1.Somatostatina
●É secretada por células em todo o sistema GI, em resposta à presença de H+ no lúmen. Sua secreção é inibida pela estimulação vagal
●Inibe a liberação de todos os hormônios GI
●Inibe a secreção gástrica de H+.
2.Histamina
●É secretada por mastócitos da mucosa gástrica
●Aumenta a secreção gástrica de H+ diretamente e ao potencializar os efeitos da gastrina e da estimulação vagal.
1.Somatostatina
1.Somatostatina
●É secretada por células em todo o sistema GI, em resposta à presença de H+ no lúmen. Sua secreção é inibida pela estimulação vagal
●Inibe a liberação de todos os hormônios GI
●Inibe a secreção gástrica de H+.