Sistema nervoso Flashcards
Alzheimer
Doença de Alzheimer: Mais comum demência em idosos 1% entre 60 a 64 anos, 40% entre 85 e 89 anos. Prejuízo de funções intelectuais, desorientação, perda de memória e afasia.
Macro: Atrofia cortical
Micro: Perda neuronal, placas neuríticas senis, acumulo de amiloide (peptídeo Beta A) no axônio e emaranhados neurofibrilares no citoplasma do corpo neuronal (proteína Tau).
Parkinson
Doença de Parkinson: Diminuição progressiva da expressão facial, diminuição de movimentos solitários, marcha festinante, tremores, rigidez e bradicinesia. Dano progressivo do sistema dopaminérgico dos núcleos nigroestriatal mesencefálico.
Macro: Palidez da substância negra.
Micro: Perda neurônios pigmentados dos núcleos nigroestriatal, associados a glicose.
É possível que a doença de Parkinson esteja relacionada com um defeito na degradação da proteína Alfa-1 Sinucleína. Seu acumulo durante a vida faria a formação dos chamados corpos de Lewy nos neurônios. Levando a morte dos neurônios dopaminérgicos.
Edema cerebral
Edema cerebral: O edema encefálico, o acumulo de liquor (hidrocefalia) e lesões expansivas com “efeito de massa” podem causar: Hipertensão intracraniana, Hérnias cerebrais e cerebelares, Déficit neurológico e morte.
hidrocefalia
Hidrocefalia: Em geral por obstrução do fluxo ou redução na reabsorção do LCR. O aumento do LCR nos ventrículos causa aumento de suas dimensões e pode levar a pressão intracraniana. 2 tipos: comunicante e não comunicante.
AVCI
Hipóxia, isquemia e infarto cerebral: Interrupção de fluxo sanguíneo ocorre por hipotensão arterial ou obstrução dos vasos sanguíneos. 2 tipos:
a) Encefalopatia isquêmica / hipóxica: redução generalizada da perfusão cerebral Ex: pós PCR.
b) Infarto / isquemia cerebral focal: AVCI Ex: oclusão arterial aterosclerótica trombótica.
AVCH
Hemorragia intraparenquimatosa: Secundária a pico hipertensivo da hipertensão arterial sistêmica (50 a 60%) ou malformação arteriovenosa. Maior frequência em artéria cerebral média, envolvendo núcleos da base, podendo drenar para ventrículos laterais.
Hemorragia cerebral subaracnóidea: Secundária a ruptura de aneurismas saculares das artérias cerebrais (=polígono de willis). Sangramento maior na base encefálica e difusamente espalhado pelo espaço subaracnóideo da convexidade.
Hematoma epidural (=extradural): Secundária a fratura de crânio com lesão da artéria meníngea média. O sangramento arterial sob pressão separa a dura-máter da tabua óssea interna da calota craniana.
Hematoma subdural: Relacionado também a trauma com lesão das veias “em ponte” que emergem da convexidade cerebral e desembocam no seio sagital superior.
Etiologia viral
Meningoencefalite Herpética: Encefalite por herpes simples do tipo 1 (HSV-1), acomete mais crianças e adultos jovens.
Macro: Acomete lobos temporais e é necrotizante e hemorrágica.
Micro: Infiltrado linfomononuclear perivascular e inclusão intranuclear tipo A de Cowdry.
Etiologia bacteriana
Meningite bacteriana aguda purulenta: Meningite = inflamação das leptomeninges e do LCR no espaço subaracnóideo. Meningoencefalite = Leptomeninge + LCR + parênquima encefálico.
Macro: Leptomeninges turvas, esverdeadas e purulentas, na convexidade cerebral.
Micro: Neutrófilos preenchem o espaço subaracnóideo nas áreas afetadas.
Meningite tuberculosa (faz parte da bacteriana)
Meningite Tuberculosa: Pode ser parte de uma doença sistêmica ou uma lesão aparentemente isolada vinda de um foco silencioso pulmonar.
Macro: Aracnoidite fibrosa mais intensa na base do encéfalo. Pode cursar com hidrocefalia. Tuberculoma: massa intraparenquimatosa única.
Micro: Necrose caseosa, Granulomas. Células gigantes tipo Langhans. Pesquisa BAAR positiva.
Etiologia Fungica
Meningoencefalite Fungica: Causada por disseminação hematogênica do fungo. Candida Albicans, Aspergillus Fumigatuz e Cryptococcus neoformans.
Meningite criptocócica: Comum em quadros de HIV/AIDS
Macro: Meningite crônica que afeta a leptomeninge basal. Cistos no parênquima com aspecto “bolha de sabão”.
Micro: Células inflamatórias crônicas e muitos fungos.
Etiologia prionica
Encefalopatia Espongiforme: Príons são proteínas anormais da célula que causam distúrbios neurodegenerativos transmissíveis.
Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ): Demência rapidamente progressiva.
Macro: Pouca ou nenhuma atrofia encefálica
Micro: “Estado esponjoso” do córtex cerebral envolvendo núcleos caudado e putâmen, sem inflamação.
Imuno-histoquímica: Proteína PrP.
Tumores do sistema nervoso
Distribuição etária: Dois picos Infância e meia idade. Cada tumor tem faixa etária própria.
Localização: 85% intracranianos / 15% espinais. Na infância 70% dos TU em fossa posterior. Nos adultos 70% dos TU são hemisféricos.
Forma de crescimento e disseminação: Crescimento expansivo X crescimento invasivo.
Metástase para fora do SNC: Raro
Disseminação Liquórica.
Benignidade X Malignidade: Risco cirúrgico pela localização, volume e idade dos pacientes.
Astrocitomas
TU de neuroglia e plexo coroide
Astrocitomas: Adultos de meia idade.
Macro: Tumor hemisférico mal delimitado de substância branca.
Micro: Fibrilares; Protoplasmáticos; Gemistocíticos; Anaplásicos
Graduação astrocitomas
1- Hipercelularidade.
2- Atipias nucleares / mitoses.
3- Proliferação vascular pseudo-glomerulosa.
4- Necrose em pseudo paliçada.
Astrocitoma com 0 e 1 critérios é G1 e G2 (Astrocitoma de Baixo grau).
Astrocitoma com 2 critérios é G3 (Astrocitoma Anaplásico).
Astrocitoma com 3 ou 4 critérios é G4 (Glioblastoma Multiforme).
Genética molecular dos Astrocitomas:
Progressão do Astrocitoma de baixo para alto grau:
* Mutação do p 53
* Superexpressão do PDGF-α
* Mutação do RB (inativado)
* Mutação do p16/CDKNaA
* Ativação dos protooncogenes RAS
* Amplificação do EGFR
Glioblastoma
TU de neuroglia e plexo coroide
Evolui de um glioma de baixo grau (adulto de meia idade) ou não “de novo” (idosos).
Macro: Tumor mal delimitado de substância branca necrótico e hemorrágico.
Micro: Hipercelularidade, atipias, proliferação vascular pseudo-glomerulosa e necrose em pseudo-paliçada.