Síndromes respiratórias Flashcards
Sintomas respiratórios sem taquipneia ou estridor
IVAS
Sintomas respiratórios + estridor
Doenças periglóticas
Sintomas respiratórios + taquipneia sem estridor
Pneumonia
Resfriado comum: etiologia + transmissão
Rinovírus, contato direto
Resfriado comum: quadro clínico
Duração de 5-7 dias
Coriza inicialmente hialina, posteriormente mucopurulenta
Obstrução nasal, apresenta roncos na ausculta
Tosse noturna
Febre normalmente baixa
Resfriado comum: tratamento
Lavagem nasal com SF
Ingesta de líquidos
Antipiréticos
Não usar antitussígenos, descongestionantes ou mucolíticos
O que causa a sd. de Reye?
Aspirina + varicela ou influenza
Complicações do resfriado comum
OMA
Sinusite bacteriana aguda
OMA: etiologia
S. pneumoniae, Hemófilos influenza não tipável, Moraxella catarrhalis
OMA: quadro clínico
Dor / irritabilidade
Otorreia
Pródromos virais
OMA: diagnóstico
Otoscopia demonstrando membrana timpânico hiperemiada, opaca e ABAULADA
Otite externa: agente etiológico + quadro clínico
Pseudomonas e estáfilos
Muita dor impossibilitando a otoscopia, pode ter otorreia
História de banho de piscina, praia, etc
Critérios para ATB na OMA
< 6 meses –> sempre
6 meses - 2 anos –> doença grave, bilateral ou otorreia
> 2 anos –> doença grave ou otorreia
Quando considerar a OMA como grave?
Dor intensa
Febre alta ≥ 39
Dor > 48h
ATB de escolha + duração para OMA
Amoxicilina
Se suspeita de hemófilos ou uso recente de ATB (30 dias) - Clavulin
7-10 dias em < 2 anos, 5-7 dias a partir de 2 anos
Quando devemos suspeitar de OMA por hemófilos?
Otite + conjuntivite
Complicações da OMA e suas principais características
Otite média com efusão - efusão sem infecção, normalmente auto-limitada, avaliar por 3 meses, se passar disso = tratar com tubo de ventilação
OMA de repetição - ≥ 3 episódios em 6 meses ou 4 em 1 ano
Mastoidite aguda - edema retroauricular com deslocamento do pavilhão auricular, hiperemia e dor
Conduta para mastoidite aguda
Internar para realização de TC e ATB terapia IV com Oxacilina e Ceftriaxone
Sinusite bacteriana aguda: etiologia
S. pneumoniae, Hemófilos influenza, Moraxella catarrhalis
Sinusite bacteriana aguda: quadro clínico
Sintomas de resfriado comum com:
- Quadro arrastado ≥ 10 dias, com tosse diurna
- Quadro grave - sintomas graves ≥ 3 dias, como febre ≥ 39 e secreção purulenta
- Quadro que piora
Sinusite bacteriana aguda: diagnóstico e tratamento
Clínico
Amoxicilina - manter por 7 dias após melhora clínica
Sinusite bacteriana aguda: diagnóstico e tratamento
Clínico
Amoxicilina - manter por 7 dias após melhora clínica
Sinusite bacteriana aguda: principal complicação e suas características
Celulite orbitaria - inflamação palpebral com edema e hiperemia + acomete todos os tecidos adjacentes (proptose, dor a movimentação e edema de conjuntiva)
Sinusite bacteriana aguda: diagnósticos diferenciais
Rinite alérgica - pruridos e espirros, mucosa pálida
Sífilis - primeiros 3 meses, obstrução intensa, secreção sanguinolenta
Corpo estranho - rinorreia fétida, sanguinolenta, unilateral
Epiglotite aguda: local de inflamação + etiologia
Epiglote acima do orifício glótico
Hemófilos influenza do tipo B
Epiglotite aguda: quadro clínico
Agudo e fulminante
Febre alta e toxemia
Dor de garganta, disfagia, sialorreia, voz em batata quente
Estridor
Posição do tripé
Epiglotite aguda: conduta
Prioridade = garantir VA definitiva com IOT ou traqueostomia
Cultura com swab de secreção + ATB
Sinal que pode ser visto no RX de tórax de paciente com epiglotite aguda
Sinal do polegar
Laringotraquíte viral: etiologia
Vírus parainfluenza
Laringotraquíte viral: quadro clínico
Pródromos de resfriado comum + febre baixa
Quando chega na laringe –> síndrome de Crupe: tosse metálica + rouquidão + estridor
Sinal que pode ser visto no RX de tórax em paciente com laringotraqueíte viral
Sinal da torre ou ponta de lápis
Laringotraquíte viral: conduta
Se grave (estridor em repouso) - nebulização com adrenalina 0,5ml/kg, máximo de 5ml + CTC VO ou IM
Não grave - apenas CTC
Alta hospitalar após 3-4h sem estridor
Laringotraquíte viral: diagnóstico diferencial + características gerais
Laringite estridulosa (crupe espasmódica):
- Etiologia não conhecida
- Despertar súbito com quadro de Crupe sem pródromos
- Melhora normalmente espontânea
- Pode recorrer por 2-3 noites
Laringotraquíte viral: complicação + características gerais
Traqueíte bacteriana (crupe membranoso):
- Etiologia = S. aureus
- Forma membrana de pus em VA
- Febre alta + piora clínica + sem melhora após NBZ com adrenalina
Pneumonia bacteriana: quadro clínico
Pródromos catarrais breves
Febre alta e tosse
Taquipneia
Estertores e roncos na ausculta
Pneumonia bacteriana: sinais de gravidade
Tiragem subcostal
Aleteo nasal
Gemência na expiração
Cianose ou saturação < 92%
Pneumonia bacteriana: quando devemos realizar exames complementares? Quais são os exames?
Apenas nas hospitalizações!
RX de tórax, hemograma, provas inflamatórias (pró-calcitonina tem elevado VPN), HMC
Pneumonia bacteriana: critérios para internamento
< 2 meses
Comprometimento respiratório grave = sinais de gravidade
Recusa alimentar / hídrica
Doenças de base, como imunossupressão, cardiopatias, etc
Complicações
Pneumonia bacteriana: tratamento + etiologia em crianças < 2 meses
S. agalactiae (GBS) ou Gram - entéricos
Sempre hospitalar - Ampicilina + aminoglicosídeo (Genta, Amica)
Pneumonia bacteriana: tratamento + etiologia em > 2 meses
S. pneumoniae (mais comum) ou S. aureus (pensar em < 1 ano, quadro grave, complicado e/ou com porta de entrada)
Pneumonia bacteriana: tratamento
Ambulatorial - Amoxicilina VO por 7 dias, reavaliar em 48h
Hospitalar - Penicilina cristalina IV ou Ampicilina IV
Como conduzir um paciente que apresentou falha terapêutica após 48-72h de ATB para tratar pneumonia?
Fazer radiografia ou USG de tórax
Tem derrame?
- Sim: realizar toracocentese para diferenciar transudato de exsudato/empiema
- Não:
Como conduzir um paciente que apresentou falha terapêutica após 48-72h de ATB para tratar pneumonia?
Fazer radiografia ou USG de tórax
Tem derrame?
- Sim: realizar toracocentese para diferenciar transudato de exsudato/empiema
- Não:
Como conduzir um paciente que apresentou falha terapêutica após 48-72h de ATB para tratar pneumonia?
Fazer radiografia ou USG de tórax
Tem derrame?
- Sim: realizar toracocentese para diferenciar transudato de exsudato/empiema
*** Empiema = drenagem de tórax + mantém ATB
- Não: troca o ATB
Quando suspeitar de TB?
Paciente com quadro arrastado de pneumonia + sem resposta ao ATB + derrame pleural com linfocitose
Pneumonia atípica: quando pensar?
Curso insidioso + manifestações extrapulmonares + ausência de resposta a penicilina
Pneumonia atípica por micoplasma: etiologia + faixa etária
Mycoplasma pneumoniae
> 5 anos
Pneumonia atípica por micoplasma: quadro clínico
Insidioso
Pródromos catarrais (cefaleia, odinofagia, rouquidão, mialgia)
Tosse, taquipneia e alteração na ausculta
Estado geral preservado
Pneumonia atípica por micoplasma: diagnóstico
Não crescem em meio de cultura - tem que fazer sorologia
Crioaglutininas
Infiltrado intersticial no RX
Pneumonia atípica por micoplasma: tratamento
Macrolídeos
Pneumonia afebril do lactente: etiologia + diagnóstico
Clamídia trachomatis
Conjuntivite neonatal no fim da 1/2 semana de vida + pneumonia sem febre após 1-3 meses + hemograma com eosinofilia
Pneumonia afebril do lactente: tratamento
Macrolídeos
Complicação do uso de macrolídeos em RN
Estenose hipertrófica de piloro = vômitos entalhados
Diagnóstico diferencial para pneumonia afebril do lactente
Coqueluche
Agente etiológico da coqueluche
Bordetella pertussis
Coqueluche: quando pensar? quais são suas 3 fases e suas respectivas manifestações?
< 6 meses + mãe sem pré-natal (não fez dTP)
- Fase catarral: resfriado
- Fase paroxística: acessos de tosse, guincho, sem taquipneia, vômitos pós tosse, apneia e cianose pós tosse em < 3 anos
- Fase de convalescença
Coqueluche: diagnóstico
O ideal é encontrar o agente na secreção nasofaringea, mas é difícil
Linfocitose + infiltrado peri-hilar no RX
Coqueluche: tratamento
Azitromicina
Coqueluche: como / quando realizar a profilaxia pós-exposição?
Azitromicina no mesmo esquema do tratamento
< 1 ano independente da vacinação
1-7 anos não vacinados, situação vacinal desconhecida ou menos de 4 doses para pertussis
> 7 anos com contato íntimo com caso suspeito ou contato com caso índice desde 3 semanas que antecederam até 21 dias após o início da fase paroxística
Indivíduos que trabalham na saúde ou com crianças
BVA: etiologia + quadro clínico
Vírus sincicial respiratório
Apenas < 2 anos + pródromos catarrais + febre e tosse + taquipneia + sibilância ou estertores difusos
Diagnóstico diferencial entre asma X BVA: classificação de sibilante
Transitório precoce - sibilou abaixo dos 2 anos, depois não teve nada
Persistente - sibilou abaixo de 2 anos e manteve chiado depois dos 6 anos
Início tardio - começou a sibilar acima de 6 anos
Diagnóstico diferencial entre asma X BVA: quando pensar em asma?
Critérios maiores: HF de pai ou mãe com asma, atopia, eczema tópico
Critérios menores: eosinofilia ≥ 4%, sensibilização a alimentos (leite, ovo, amendoim), sibilância não associada a infecções virais
BVA: conduta
Cânula nasal de alto fluxo se saturação < 92%
Nutrição com sonda se necessário e hidratação parcimoniosa com solução isotônica
Nebulização salina hipertônica apenas para crianças internadas
Não fazer beta-agonista, corticoide, ATB ou fisioterapia respiratória
Profilaxia para BVA: como funciona e quais as indicações
Protocolo Palivizumabe - anticorpos monoclonais
- Bebê < 1 ano com IG < 28 semanas e 6 dias
- Bebê < 2 anos com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica
- Bebê < 2 anos com displasia broncopulmonar que precisa de tratamento
Faringite bacteriana: etiologia
S. pyogenes (GAS)
Faringite bacteriana: quadro clínico
Criança entre 5-15 anos, improvável antes disso
Febre alta e dor de garganta
Presença de exsudato amigdaliano ou petéquias no palato
Adenomegalia cervical
Sem coriza / tosse
Faringite bacteriana: diagnósticos diferenciais
Herpangina, adenovirose, mononucleose, Pfapa
Sobre a herpangina: etiologia + manifestações + conduta
Coxsackie A
Faringite que cursa com úlceras na região posterior da cavidade oral e dor de garganta intensa
Tratamento com analgésico e antipirético
Sobre a adenovirose: manifestações
Febre faringoconjutival = faringite e conjuntivite
Sobre a Pfapa: quadro clínico + tratamento
Episódios recorrentes e auto-limitados, que param de acontecer com o passar dos anos
Febre Periódica, estomatite Aftosa, Faringite e Adenite
Tratamento do episódio agudo com CTC - responde rápido
Faringite bacteriana: diagnóstico
Teste rápido - tratar quando positivo e coletar cultura quando negativo
Cultura = padrão-ouro - tratar quando positivo, acompanhar quando negativo
Até quando devemos introduzir ATB na faringite bacteriana por S. pyogenes para prevenir febre reumática?
Até o dia 9 de doença
Faringite bacteriana: tratamento
Penicilina benzatina ou Amoxicilina por 10 dias
Faringite bacteriana: principal complicação e suas características gerais
Abscesso peritonsilar
- Mais comum em adolescentes e adultos jovens
- Clínica com amigdalite, disfagia, sialorreia, pode ter trismo
- Exame físico com úvula desviada para contralateral + abaulamento da amígdala
Tratamento do abscesso peritonsilar
Internar ou tratar ambulatorialmente
ATB com Clindamicina + aspiração por agulha ou incisão e drenagem