Síndromes Febris - Protozooses Flashcards

1
Q

Qual o perfil epidemiológico da Malária?

A

Paciente morador ou com história de viagem para região Norte, uma vez que essa condição é endêmica da região Amazônica.

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2
Q

Qual o agente causador da Malária?

A

Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae.

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3
Q

Qual o agente etiológico mais comum na Malária?

A

Plasmodium vivax.

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4
Q

Qual o agente etiológico que gera quadro mais grave na Malária?

A

Plasmodium falciparum.

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5
Q

Qual o agente etiológico mais raro na Malária?

A

Plasmodium malariae.

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6
Q

Qual o vetor do Plasmodium?

A

Anopheles darlingi.

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7
Q

Como ocorre a transmissão da Malária?

A

Picada da fêmea do mosquito Anopheles darlingi infectada pelo Plasmodium.

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8
Q

Descreva o ciclo evolutivo do Plasmodium.

A
  1. Fêmea Anopheles darlinge infectada pelo Plasmodium pica paciente;
  2. Plasmodium invade o organismo humano na forma de esporozoitas:
  3. Plasmodium chega ao fígado e amadurece em merozoítas / esquizonte tecidual, sendo que o vivax deixa no órgão uma forma latente, os Hiponozoítas (espera as condições melhorarem para voltar a se replicar);
  4. Merozoítas chegam a circulação e infectam hemácias, onde adquirem forma de esquizonte eritrocitário e ficam se proliferando desenfreadamente até o rompimento cessas células -> grande quantidade de Plasmodium liberada na corrente sanguínea (tempestade antigênica -> resposta imune -> inflamação -> febre alta);
  5. Plasmodium é ingerido pelo Anopheles darlinge é o ciclo reinicia.
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9
Q

Qual o período de incubação da Malária?

A

Varia de acordo com o agente: 7-30d.

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10
Q

Qual o quadro clínico da Malária?

A

Febre alta paroxística com calafrios, se em área não endêmica terçã (vivax e falciparum) ou quartã (malariae) + cefaléia, mialgia, náuseas, vômito, desidratação + anemia hemolítica (icterícia com aumento de BI) +/- hepatomegalia.
Possível complicação: Malária cerebral.

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11
Q

Pq o tipo de febre da Malária varia de acordo com o agente e de acordo com a região?

A

Pois em região endêmica o Anopheles darlingi é multi-infectado, sendo o quadro clínico gerado por vários tipos de Plasmodium, enquanto em região não endêmica ele é mono-infectado, sendo o quadro clínico marcado pela febre quartã ou terçã a depender do agente causador.

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12
Q

Como é realizado o diagnóstico da Malária?

A

Suspeita clínica + Análise epidemiológica + Achados laboratoriais + Exame parasitológico do sangue por meio de punção digital e análise de gota espessa (permite a diferenciação do agente e é o exame de escolha) / TR se em regiões não endêmicas (diferencia falciparum de não falciparum).

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13
Q

Cite 5 diagnósticos diferenciais da Malária.

A
  1. Leptospirose
  2. Febre amarela
  3. Dengue
  4. Febre tifoide
  5. Doença de Chagas
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14
Q

Cite um importante diferencial entre Malária e Dengue e Febre Amarela e Malria e Febre tifoide.

A

Dengue e Febre amarela: apresentam hiperbilirrubinemia as custas de BD, e não BI.
Febre tifoide: apresenta sinal de Faget.

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15
Q

Qual o objetivo do tratamento da Malária?

A

Matar esquizontes teciduais, eritrocitários e, em caso de infecção por Plasmodium vivax, os Hipinozoítas.

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16
Q

Qual o tratamento da Malária?

A

Depende do Plasmodium causador da infecção.

17
Q

Qual o tratamento da Malária causada pelo Plasmodium malariae?

A

Cloroquina

18
Q

Qual o tratamento da Malária causada pelo Plasmodium vivax?

A
  • Cloroquina + primaquina: droga que mata hipnoizoíta e é muito parecida com a cloroquina “mas não é irmã, é prima”).
  • Se gestação: cloroquina durante toda gestação (assim todo hipnoizoita que se transformar em esquizonte será morto) e após associar cloroquina para matar hipnozoíta).
19
Q

Cite 2 contraindicações do uso da Primaquina no tratamento da Malária.

A

Gestação e < 6 meses, pelo risco de hemólise.

20
Q

Qual o tratamento da Malária causada pelo Plasmodium falciparum?

A
  • Artemeter + Lumefantrina OU artesuntato + dose única de primaquina
  • Se gestantes no primeiro tri ou < 6 meses: clindamicina + quinina
21
Q

Cite 2 contraindicações do uso de Artemeter + Lumefantrina no tratamento da Malária.

A

Gestantes no primeiro tri ou < 6 meses.

22
Q

Qual tratamento dos casos graves de Malária?

A

Artesuntato + Clindamicina.
Dica: tratamento tem ser ser no ATO + droga associada, qual associar, mincina?.

23
Q

Cite 8 condições que predispõem à quadros graves de Malária.

A
  1. Infecção por Plasmodium falciparum
  2. Hiperparasitemia
  3. Primoinfectados
  4. Crianças
  5. Imunodeprimidos
  6. Crianças
  7. Gestantes
  8. Doenças de base
24
Q

Cite 5 medidas preventivas contra a Malária.

A
  1. Controle vetorial
  2. Telas em portas e janelas
  3. Evitar locais de transmissão à noite, principalmente em áreas ribeirinhas
  4. Uso de repelentes
  5. Uso de roupas que protejam pernas e braços
25
Q

Qual o perfil epidemiológico da Leshmaniose visceral?

A

Antigamente era típica das regiões rurais, especialmente no Ceará. Atualmente, com a urbanização, está presente em todo Brasil, mas ainda é mais comum no Ceará (alto índice de suspeição), Bahia e norte de Minas.

26
Q

Qual o agente etiológico causador da Leshmaniose visceral?

A

Leshmania chagasi, um protozoário.

27
Q

Qual o reservatório do Leshmania chagasi?

A

Anteriormente raposas, com a urbanização, cães.

28
Q

Qual o vetor do Leshmania chagasi?

A

Lutzomyia longipalpis.

29
Q

Como ocorre a transmissão da Leshmaniose Visceral?

A

Picada de mosquito Lutzomyia longipalpis infectado pela Leshmania chagasi (após picar cachorro infectado).

30
Q

Qual a fisiopatologia e os achados clínico-laboratoriais da Leshmaniose Visceral?

A
  • Se paciente tem código genético que propicia resposta imune celular ruim (“febre com bação por um tempão e pancitopenia”)
    1. Mosquito Lutzomyia longipalpis infectado pela Leshmania chagasi pica paciente.
    2. Leshmania chagasi chaga à circulação sanguínea e infeta os macrófagos (célula alvo), onde se prolifera lentamente, gerando inflamação do sistema reticuloendotelial (fígado, fígado e medi-la óssea: principais locais em que os macrófagos residem) -> febre arrastada (replicação lenta) + hepatoesplenonmegalia de grande monta + pancitopenia. Além disso, a reposta imune humoral também é ativada e tenta, sem sucesso, combater a infecção -> hipergamaglobulinemia policlonal, o que + diminuição da albumina (pela febre arrastada -> denutrição) -> inversão albumina/ globulina.
    Obs: O baço é o órgão do SRE que tem > resposta inflamatória à presença da Leshmania chagasi -> aumenta muito.
  • Se paciente tem código genético que propicia boa resposta imune celular (a melhor para combater a Leshmania chagasi) -> ao chegar na corrente sanguínea a infecção é rapidamente combatida pelo sistema imune (agente tem baixa patogenicidade) -> quadro assintomático.
31
Q

Como deve ser realizado o diagnóstico de Leshmaniose visceral?

A

Suspeita clínica + Análise epidemiológica (apesar de hoje estar presente em todo Brasil) + Achados laboratoriais inespecíficos + Exames Específicos para confirmação:

  1. Parasitológico: deve ser preconizado; visa encontrar formas amanteigaras nos macrófagos do SRE, ou seja fígado, baço, e medula óssea, sendo o aspirado de MO o exame preferencial, pois, apenas de ter sensibilidade menor que a punção esplênica (70%x90%), é o mais seguro, uma vez que esse último tem risco inaceitável de hemorragia (punção em baço aumentado e inflamado).
  2. Sorológico: deve ser realizado em situações em que, por qualquer que seja a razão, não há possibilidade de realizar teste parasitológico (geralmente em área não endêmica, em que não há profissional capacitado para fazer o exame e ler a lâmina); visa encontrar Ac contra Ags do agente por meio de TR, havendo a IFI (imunofluorescência indireta), que é o padrão ouro e aparte de titulação 1:80; e o ELISA anti rK39 (Ag recombinante, artificial do K39, Ag da Leshmania chagasi).
32
Q

Como avaliar resposta ao tratamento de paciente com Leshmania além de achados clínico-laboratoriais?

A

Por meio da reação de Leshmania / Intradermo reação de Montenegro.

33
Q

Como deve ser realizada, qual o objetivo e possíveis achados da Reação de Leshmania?

A
  • Injeta-se partículas de Leshmania chagasi na derme do paciente e observa-se se surge uma resposta.
  • Avaliar se paciente já teve contato com a Leshmania chagasi e se produziu resposta imune celular e, além de avaliar o tratamento.
  • Se assintomático -> positivo, se sintomático -> negativo. Se boa resposta ao tratamento -> positivação.
34
Q

Qual o objetivo do tratamento da Leshmaniose Visceral?

A

Diminuir a carga parasitária -> melhora o estado imune do paciente -> aprende a combatê-lo pela imunidade celular.

35
Q

Qual o tratamento da Leshmaniose Visceral?

A
  • Escolha: Glucantina (Antimonial pentavalente), é droga de escolha por ser mais barata, mas é menos potente que a Anfotericina B e tem como efeito colateral alargamento do intervalo QT -> predispõem à taquicardia ventricular polimórfica, Torsades pontes -> contraindicado em cardiopata e fazer ECG semanal.
  • Padrão ouro: Anfotericina B lipossomal, apensar de mais potente, é mais cara, devendo seu uso ser restrito no SUS aos seguintes casos: “Gs” -> gestantes e casos graves; I’s -> Insuficiências, idade (< 1a e > 50a), imunodeprimidos, intolerantes.