Síndrome Hepatocelular (Hepatites Agudas) Flashcards
Como são divididas as hepatites?
- Agudas.
- Crônicas ( >6 meses).
- Fulminantes (INR > ou = 1,5 ou encefalopatia < 8 semanas).
Como é o padrão histológico das hepatites virais?
- Leucopenia com Linfocitose.
- Necrose periportal ou em ponte.
- Corpúsculos de Councilman.
Como é o padrão histológico das hepatites alcoólicas e isquêmicas?
- Leucocitose com neutrofilia (apenas a acoólica).
- Necrose centrolobular.
Como se caracteriza a fase prodrômica de uma hepatite viral?
- Síndrome gripal.
- Sintomas gastrointestinais.
OBS.: hepatite B tem sintomas imunomediados: glomerulonefrite, rash, artrite, etc.
Como se caracteriza a fase ictérica de uma hepatite viral?
- Icterícia.
- Colúria.
- Acolia fecal.
OBS.: Só ocorre em 30% dos pacientes.
Como se caracteriza a fase convalecente de uma hepatite viral?
Melhora lenta e gradual dos sintomas.
Qual o tempo de incubação das hepatites virais?
- A: 4 semanas.
- E: 5-6 semanas.
- C: 7 semanas.
- B e D: 8-12 semanas.
Há correlação com a gravidade do quadro com os níveis de transamimases? E de bilirrubina?
Não, apenas com os de bilirrubina (persistência = mal prognóstico)
O que é responsável pelos sintomas, lesão hepática e cronificação das hepatites?
A resposta imune do hospedeiro!
Qual a hepatite que mais causa síndrome colestática?
A
Qual é a hepatite mais comum em crianças e adultos?
A
Qual a hepatite que mais fulmina?
B
Qual a hepatite que mais da fenômenos autoimunes?
B
Qual a hepatite que mais cronifica?
C
Qual o tratamento das hepatites?
- Suporte.
- Específico (se C,ou B grave)
Qual o único vírus de DNA?
HBV.
Quais os antígenos da hepatite B?
- HBsAg: indica a presença do vírus.
- HBcAg: não detectado em exames.
- HBeAg: indica replicação viral.
Quais anticorpos na hepatite B?
- Anti-HBs: indica fim da infecção/cura/imunização.
- Anti-HBc IgM: indica infecção recente.
- Anti-HBC IgG: indica infecção antiga.
- Anti-HBe: indica não-replicação viral.
Qual o primeiro marcador a aparecer na hepatite B?
HBsAg (aparece no período de incubação).
Qual marcador marca o início dos sintomas/fase prodrômica da hepatite B?
Anti-HBc IgM.
Qual marcador indica a fase de covescença na hepatite b?
Anti-HBs + queda das transamimases.
Quando o paciente mais transmite a hepatite B?
Quando produz HBeAg.
Qual o primeiro passo na investigação da hepatite B?
Procurar o HBsAg.
O HBsAg negativo descarta hepatite B?
Não (pode ser que a antiginemia seja baixa)
Qual o segundo passo na investigação da hepatite B?
Avaliar o Anti-HBc (IgM + = hepatite aguda/ IgG + = hepatite crônica/ IgM e IgG negativos = nunca teve contato).
Qual o último passo na investigação da hepatite B?
Avaliar o Anti-HBs (se + = cura/ se - = forma aguda ou crônica)
Paciente HBeAG + e Anti-HBe - ?
Doença ativa e alta infectividade (vírus replicando)
Paciente HBeAg - e Anti-HBe +?
Doença inativa e baixa inatividade (vírus contido).
HBsAg +/ Anti-HBc IgM +/ Anti-HBc IgG +/ Anti-HBs -. Diagnóstico?
Hepatite B aguda.
HBsAg +/ Anti-HBc IgM -/ Anti-HBc IgG +/ Anti-HBs -. Qual o diagnóstico?
Hepatite B crônica.
HBsAg -/ Anti-HBc IgM -/ Anti-HBc IgG +/ Anti-HBs +. Qual o diagnóstico?
Cura + cicatriz sorológica.
HBsAg -/ Anti-HBc IgM -/ Anti-HBc IgG -/ Anti-HBs +. Qual o diagnóstico?
Vacinação.
HBsAg -/ Anti-HBc IgM -/ Anti-HBc IgG +/ Anti-HBs -. Qual o diagnóstico?
Cicatriz sorológica ou hepatite B crônica. Solicitar HBV-DNA para tirar dúvida.
HBsAg -/ Anti-HBc IgM -/ Anti-HBc IgG -/ Anti-HBs -. Qual o diagnóstico?
Indivíduo suceptível. Indicar vacinação.
O Anti-HBc IgM pode dar falso-positivo?
Sim, em pacientes com fator reumatóide elevado.
Como proceder em pacientes < 18 meses com HBsAg +?
Solicitar HBV-DNA (os anticorpos podem ser maternos).
Paciente HBsAg +/ HBeAg -/ Anti-HBeAg +. Qul o diagnóstico?
Mutante Pré-Core. Solicitar HBV-DNA para avaliar replicação viral.
Quais as complicações de infecção pelo mutante Pré-Core?
Maior risco de hepatite fulminante, cirrose e câncer.
Quais as principais manifestações extra-hepáticas da hepatite B?
- Poliarterite Nodosa (PAN).
- Glomerulonefrite membranosa.
- Doença de Gianotti-Crosti (acrodermute papular → lesões papulares, eritematosas e não pruriginosas).
Qual a chance de fulminar?
1% (aumento da icterícia, flapping e distúrbios da consciência).
Quais as chances de cronificar?
- Adultos: 1-5%
- Crianças: 20-30%
- RNs: 90%
Qual o tratamento da hepatite B aguda?
- Suporte, abstinência alcoolica por 6 meses.
- Se fulminante ou paciente cirrótico, utilizar antivirais (tenofovir).
Quais as vias de transmissão?
- Sexual (+ comum).
- Vertical/intraparto (+ grave).
- Percutânea.
Quais são as maiores chances de transmissão vertical?
Mãe HBeAg+
Há indicação de cesareana para previnir transmissão vertical?
Não! Indicação obstétrica.
Deve-se contraindicar o aleitamento materno?
Não!
Mãe gestante HBsAg+. O que fazer pra reduzir os riscos de transmissão vertical?
Administrar tenofovir no 3º trimestre.
Qual a profilaxia pré-exposição da hepatite B?
Vacinação (3 doses. Se imunodeprimido, renal crônico ou transplantado, 4 doses dobradas).
O que fazer se, até 60 dias da vacinação, o paciente ficar Anti-HBs -?
Refazer esquema completo.
O que fazer se, após 60 dias do esquema, Anti-HBs -?
Aplicar mais uma dose.
O que fazer se, após repetir esquema/dose, o paciente continuar Anti-HBs -?
Não repetir. Considerar paciente não respondedor.
Qual a profilaxia pós-exposição da hepatite B?
Vacina + IGHAHB (imunoglobulina hiperimune) até 14 dias.
OBS.: caso o paciente apresente níveis de anti-HBS > 10, está protegido e NÃO precisa de profilaxia.
Quais as indicações de profilaxia pós-exposição da Hepatite B?
- RN com mãe HBsAg+ (fazer até 12h).
- Vítimas não-vacinadas de acidentes biológicos.
- Vítimas de abuso sexual não-vacinadas.
- Imunodeprimidos (mesmo vacinados!).
OBS.: fazer a imunoglobulina se o paciente fonte for HBsAg+ ou a vítima for RN. Se for desconhecido, vacinação.
Qual a particularidade da Hepatite D?
Só existe em pacientes HBsAg +!
Como é a coinfecção da hepatite D?
Paciente com hepatite B e D AGUDAS.
A coinfecção aumenta o risco de hepatite fulminante?
Não, só em usuários de drogas injetáveis.
Como ocorre a superinfecção pela hepatite D?
Hepatite D aguda em paciente com hepatite B CRÔNICA.
Quais os riscos da superinfecção pela hepatite D?
20% de fulminar e de cirrose.
Qual a forma de transmissão da hepatite A?
Fecal-oral.
Qual é a forma de apresentação mai comum da hepatite A? E a mais característica?
Assintomática ou síndrome gripal. Colestática.
A Hepatite A cronifica?
Nunca!
Quando ocorre o maior período de viremia e, consequentemente, de transmissão da hepatite A?
No período de incubação.
Quais as sorologias possíveis da heptite A?
- Anti-HAV IgM: infecção aguda.
- Anti-HAV IgG: cura.
Qual a profilaxia pré-exposição da hepatite A?
Vacinação (1 dose aos 15 meses).
Como é feita a profilaxia pós-exposição na hepatite A?
- Vacinação: > 1 ano de idade.
- Imunoglobulina: < 1 ano de idade ou imunodeprimidos.
OBS.: tanto a vacinação quanto a imunoglobulina podem ser feitas até 2 semanas do contato.
Devemos isolar o paciente com hepatite A?
Sim, por 7-15 dias.
Qual a transmissão da hepatite E?
Fecal-oral.
Qual a importância da hepatite E?
Fulmina em 20% dos casos se GESTANTE.
Qual a principal forma de contágio da Hepatite C?
Parenteral (usuário de drogas injetáveis).
Qual o maior problema da hepatite C?
É a que mais cronifica (80%), e evolui para cirrose em 20% dos casos.
Quais os marcadores sorológicos da hepatite C?
- Anti-HVC: indica contato com o vírus (triagem).
- HCV-RNA: indica presença do vírus.
Quando ocorre a elevação do HCV-RNA? E o pico?
- Eleva-se mais rápido na 1ª semana.
- Atinge o pico ANTES das transaminases e JUNTO com os sintomas.
Quais as manifestações extrahepáticas da hepatite C?
- Crioglobulinemia.
- Glomerulonefrite membranoproliferativa (mesangioCapilar).
Devemos tratar a Hepatite C aguda?
Sempre, para evitar cronificação.
Paciente etilista crônico chega com icterícia, febre , dor abdominal, leucocitose e ascite. FA normal e GGT aumentada, com TGO > TGP. Qual o diagnóstico?
Hepatite alcoólica.
Como ocorre a hepatite alcoólica?
Paciente etilista crônico após libação alcoólica.
Qual o laboratório na hepatite alcoólica?
- TGO (AST) > 2X TGP (ALT)
- GGT elevada com FA normal.
- Leucocitose intensa (reação leucemóide).
- Transaminases < 400.
- VCM > 100 (deficiência de B9).
Quais os achados na biópsia da hepatite alcoólica?
- Corpúsculos de Mallory.
- Necrose centro-lobular.
Qual o tratamento da hepatite alcoólica?
- Abstinência alcoólica.
- Suporte.
- Predinisolona por 28 dias (se encefalopatia ou Maddrey > 32).
Quais os mecanismos de lesão na hepatite medicamentosa?
- Indiossincráticos (ex.: isoniazida e halotanos).
- Dose-dependentes (ex.: paracetamol).
Qual a dose tóxica do paracetamol (acetominofeno)?
10-15g
Qual o tratamento de hepatite por paracetamol?
N-acetilcisteína.
Paciente ictérico e com artralgia de pequenas articulações. Apresenta FA e GGT normais com elevaão de transaminases e das proteínas totais (ás custas de IgG). Sorologias virais negativas bem como história de etilismo. Histórico de lúpus. Qual o diagnóstico?
Hepatite autoimune (sempre acompanhada de outras doenças autoimunes).
Além da síndrome hepatocelular, qual o achado característico das hepatites autoimunes?
Artralgia de pequenas articulações.
Qual o laboratório das hepatites autoimunes?
- Anticorpo Anti-músculo liso +.
- Hipergamaglobulinemia policlonal (predomínio de IgG).
- Aumento das proteínas totais.
Qual o tratamento das hepatites autoimunes?
- Imunossupressão (corticóide).
- Tratamento de manutenção (azatioprina).
Paciente grave na UTI após episódio de hemorragia intensa. Após 3 dias, evolui com icterícia e aumento das transaminases. Diagnóstico?
Hepatite isquêmica (lesão hepática por hipoperfusão tecidual).
Paciente com ICC direita e turgência jugular apresenta hepatomegalia, desconforto abdominal e icterícia. Qual o diagnóstico?
Hepatite congestiva.
Qual o achado patognomônico de hepatite congestiva?
Fígado em noz-moscada.
Qual o quadro clínico de hepatite fulminante?
- Encealopatia (flapping, hipertonia e hiperreflexia) → em crianças, há alteração do cíclo sono-vigilia.
- Coagulopatia (INR, TAP e PTTa alterados).
- Hipotensão.
- Predisposição à sepse bacteriana.
Qual o sinal da cruz na hepatite fulminante?
Queda das aminotransferases com elevação da bilirrubina.
Qual o tratamento da hepatite fulminante?
- Lactulose.
- Manitol.
- Transplante hepático.