Síndrome Da Hipertensão Portal Flashcards

1
Q

Quem é responsável por 75% do fluxo sanguíneo do fígado?

A

A veia porta!

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2
Q

Quais as veias que formam a veia porta?

A

Veia mesentérica superior e esplênica (depois de formada recebe a gástrica esquerda).

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3
Q

Com que pressão ocorre a hipertensão porta?

A

> 5mmHg.

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4
Q

Com que pressão ocorrem as varizes gastroesofágicas?

A

> 10mmHg.

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5
Q

Com que pressão ocorre a ruptura das varizes gastroesofágicas?

A

> 12mmHg.

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6
Q

Qual o principal exame na avaliação da hipertensão portal?

A

USG com Doppler.

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7
Q

Após confirmada hipertensão portal, qual exame sempre deve ser feito?

A

Endoscopia digestiva alta (procurar varizes).

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8
Q

Quais as causas de hipertensão porta pré-hepática?

A
  • Trombose de veia porta.
  • Trombose de veia esplênica.
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9
Q

Quais as causas de hipertensão porta intra-hepática?

A
  • Pré-sinusoidal: esquistossomose e sarcoidose.
  • Sinusoidal: cirrose hepática (principal causa de hipertensão porta!), hipervitaminose A (ativação das células estreladas → fibrose).
  • Pós-sinusoidal: síndrome veno-oclusiva, hepatite alcoólica.

OBS.: a esquistossomose causa hipertensão porta SEM cirrose.

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10
Q

Quais as causas de hipertensão porta pós-hepática?

A
  • Síndrome de Budd-Chiari
  • Obstrução de veia cava inferior.
  • Congestão cardíaca direita crônica.
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11
Q

Qual a clínica das obstruções antes dos sinusóides?

A

Muitas varizes e pouca ascite.

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12
Q

Qual a clínica das obstruções depois dos sinusóides?

A

Muita ascite e poucas varizes.

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13
Q

Quando ocorre a trombose de veia porta?

A

Estados de hipercoagulobilidade (ex.: trombofilias, doenças mieloproliferarivas).

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14
Q

Quando ocorre a trombose de veia esplênica (hipertensão porta segmentar)?

A

Após doenças pancreáticas (ex.: pancreatite crônica).

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15
Q

Qual a característica da hipertensão porta segmentar?

A

Varizes de fundo gástrico isoladas + função hepática normal.

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16
Q

Qual o tratamento da hipertensão porta segmentar?

A

Esplenectomia.

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17
Q

Como ocorre a hipertensão porta pela esquistossomose?

A

Deposição de ovos de S. mansoni nas vênulas pré-sinusoidais.

OBS.: a esquistossomose causa hipertensão porta SEM cirrose.

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18
Q

Qual a grande característica da hipertensão porta da cirrose hepática?

A

Tem característica tanto pré-sinusoidal (varizes sangrantes) quanto pós-sinusoidal (ascite de difícil controle).

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19
Q

Quais as causas de doença hepática veno-oclusiva?

A
  • Reação enxerto vs. hospedeiro.
  • Chá da Jamaica.
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20
Q

O que é a síndrome de Budd-Chiari?

A

Obstrução das veias hepáticas.

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21
Q

Qual a causa da síndrome de Budd-Chiari?

A

Estado de hipercoagulobilidade.

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22
Q

Qual dado é sugestivo de obstrução de veia cava inferior?

A

Edema de mmii + circulação colateral no dorso.

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23
Q

Quais as manifestações clínicas da hipertensão porta?

A
  • Ascite.
  • Circulação colateral (abdominal e varizes).
  • Encefalopatia.
  • Esplenomegalia (trombocitopenia = hiperesplenismo).
  • Síndrome de Cruveilhier-Baumgarten (frêmito e sopro periumbilical por recanalização da v. umbilical).
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24
Q

Qual o mecanismo de formação da ascite?

A

Transudato hepático (linfa) por ação da aldosterona.

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25
Q

Qual é o exame mais sensível para diagnóstico de ascite?

A

USG.

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26
Q

Quais as manobras semiológicas para o diagnóstico de ascite?

A
  • Teste do piparote.
  • Semicírculos de Skodda (concavidade cara cima).
  • Macicez móvel (principal).
  • Toque retal.
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27
Q

Qual a primeira conduta frente a uma ascite?

A

Paracentese diagnóstica!

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28
Q

Qual parâmetro mais importante para se determinar a etiologia da ascite?

A

GASA (gradiente de albumina soro-ascite).

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29
Q

Quais os resultados do GASA?

A

- > ou = 1,1: transudato/pouca proteína e menos defesa (hipertensão porta).

  • < 1,1: exudato/muita proteína (doença peritoneal).
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30
Q

Quais as principais causas de ascite com GASA > ou = 1,1?

A
  • Hipertensão porta (cirrose, síndrome de Budd-Chiari, hepatite alcoólica) → Proteínas < 2,5.
  • Insuficiência cardíaca direita → Proteínas > 2,5.
  • Metástases hepáticas.
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31
Q

Quais as principais causas de ascite com GASA < 1,1?

A
  • Carcinomatose peritoneal.
  • Tuberculose peritoneal (linfócitos no líquido).
  • Pancreática crônica (amilase da ascite > 1000).
  • Síndrome nefrótica.
  • Coleperitônio.
32
Q

Qual o tratamento da ascite?

A
  • Restrição de sódio (2g/dia).
  • Diuréticos (espironolactona + furosemida).
  • NÃO fazer restrição hídrica (apenas se Na < 120)!
33
Q

Qual a perda de peso diária estimada no tratamento da ascite?

A
  • Sem edema de membros inferiores: 0,5kg/dia.
  • Com edema de membros inferiors: 1,0kg/dia.
34
Q

Qual a conduta nas ascites volumosas e tensas que causam dispnéia?

A

Paracentese de alívio (se > 5l, repor 8g de albumina/l retirado).

35
Q

Qual a conduta nas ascites resistentes a diuréticos?

A
  • Paracenteses seriadas (se > 5l, repor 8g de albumina por litro).
  • TIPS.
  • Transplante hepático.
36
Q

INR elevado contraindica a paracentese diagnóstica ou terapêutica?

A

Não!

37
Q

Paciente com ascite evolui com febre e dor abdominal. Qual o diagnóstico?

A

Peritonite bacteriana expontânea (PBE).

38
Q

Qual a definição de PBE?

A

> 250 polimorfonucleares/mm3 (e não LEUCÓCITOS!) + cultura positiva monobacteriana (geralmente E. coli).

39
Q

Qual a clínica da PBE?

A
  • Febre.
  • Dor abdominal.
  • Alteração do estado mental.
40
Q

Como está a glicose do líquido ascítico na PBE?

A

Reduzida!

41
Q

> 250 PMN/mm3 com culturas -. Qual o diagnóstico e conduta?

A

Ascite neutrofílica. Tratar como PBE!

42
Q

Culturas +, mas com < 250 PMN/mm3. Qual o diagnóstico e conduta?

A

Bacterioascite. Repetir paracentese (se assintomático) ou tratar como PBE (se sintomático)!

43
Q

Se > 250 PMN/mm3, precisa esperar o resultado da cultura para tratar PBE?

A

Não!

44
Q

Qual o tratamento de PBE?

A

Cefotaxime 5 dias.

45
Q

Paciente com leucocitose > 10.000 c/ desvio a esquerda e cultura do líquido ascítico polimicrobiana. Qual o diagnóstico?

A

Peritonite bacteriana secundária (PBS).

46
Q

Quais as causas de PBS?

A

Perfuração de viscera oca (principal).

47
Q

Como é feito o diagnóstico se PBS?

A
  • Proteína total > 1g,
  • Glicose < 50g.
  • LDH do líquido maior que o limite superior da normalidade plasmática.

OBS.: cultura polimicrobiana e leucocitose com desvio à esquerda também são sugestivos.

48
Q

Qual a conduta na PBS?

A
  • TC de abdome.
  • Laparoromia.
49
Q

Como ocorre a peritonite bacteriana terciária (PBT)?

A

Perpetuação da peritonite bacteriana secundária devido à dediciência dos mecanismos de defesa do paciente. Tratar com imunomoduladores.

50
Q

Quais profilaxias da PBE?

A
  • Profilaxia primária aguda (se HDA).
  • Profilaxia primária crônica (se proteína na ascite < ou = 1,5 + creatinina > 1,2/CHILD > 9/bilirrubina > 3).
  • Profilaxia secundária (após PBE).
51
Q

Quais as drogas utilizadas nas profilaxias de PBE?

A
  • Primária aguda: ceftriaxona e norfloxacino.
  • Primaria crônica e secundária: norfloxacino.
52
Q

Devemos fazer profilaxia para síndrome hepatorrenal após PBE?

A

Sim! Albumina 1,5g/kg no 1º dia e 1,0g/kg no 3º dia.

53
Q

Paciente etilista crônico chega ao PS com ematêmese e melena. O sangramento vem de qual complicação?

A

Varizes gasteoesofágicas.

54
Q

Quais os fatores de risco para o sangramento das varizes gastroesofágicas?

A
  • Child B e C.
  • Pressão porta > 12mmHg.
  • Calibre > 3mm (F2 e F3).
  • Pontos hematocíticos (cherry-red spots).

OBS.: em crianças, a principal causa de HDA é hipertensão portal (Doença de Wilson e dificiência de alfa-1-antitripsina).

55
Q

Qual a indicação de profilaxia primária em pacientes que nunca sangraram?

A
  • Varizes de médio e grande calibre (F2 e F3).
  • Varizes com pontos avermelhados.
  • Child B e C.
56
Q

Come é feita a profilaxia primária das varizes gastroesofágicas (nunca sangraram)?

A

Betabloqueador não-seletivo (propanolol ou nadolol) OU ligadura endoscópica (se contraindicação aos betabloqueadores).

57
Q

Qual a sequência de atendimento num paciente com HDA varicosa?

A
  • Estabilização hemodinâmica.
  • EDA + drogas.
  • Balão.
  • TIPS.
  • Cirurgia de urgência.
  • Profilaxias.
58
Q

Quais drogas devemos utilizar na HDA varicosa?

A
  • Vasocontrictores esplâncnicos: terlepressina (principal), octreotídio e somatostatina.
  • Eritromicina (facilitar EDA).
  • Ceftriaxona (profilaxia de PBE).
  • Suspender anti-hipertensivos (IECA, BRA e betabloqueadores).
59
Q

Em quanto tempo devemos fazer a EDA na HDA varicosa?

A

Até 12h.

60
Q

Quais as terapias endoscópicas na HDA varicosa?

A
  • Ligadura elástica (melhor método).
  • Escleroterapia com cianoacrilato (varizes gástricas).
61
Q

Caso a terapia com EDA + drogas falhe, qual o próximo passo na HDA varicosa?

A

Balão de Sengstaken-Blakemore (3 luzes) ou de Minessota (4 luzes) por até 24h.

62
Q

Após o balão, qual a terapia a conduta na HDA varicosa?

A
  • Repetir EDA.
  • TIPS (se falha da 2ª EDA).
63
Q

Qual a grande vantagem do TIPS?

A

Permite o transplante hepático.

64
Q

Qual as complicações do TIPS?

A
  • Encefalopatia hepática.
  • Estenose de stent.
65
Q

Quais as contraindicações absolutas para o TIPS?

A
  • Insuficiência cardíaca direita.
  • Doença policística hepática.
  • Encefalopatia hepática.
  • PBE ativa.
66
Q

Caso não tenha TIPS, qual a conduta na HDA varicosa?

A

Cirurgia de urgência

67
Q

Quais as cirurgias de urgência na HDA varicosa?

A

Derivações portossistêmicas não-seletivas (laterolateral, terminolateral e esplenorrenal proximal).

68
Q

Quais as complicações das derivações portossistêmicas na HDA varicosa?

A
  • Encefalopatia hepática.
  • Insuficiência hepática acelerada.
  • Ressangramento (portoCOVA!).
69
Q

Quais as profilaxias na HDA varicosa?

A
  • Profilaxia secundária de HDA.
  • PBE.
  • Síndrome hepatorrenal.
  • Encefalopatia hepática.
70
Q

Como é feita a profilaxia secundária na HDA varicosa?

A

Betabloqueador não-seletivo (propanolol ou nadolol) E ligadura endoscópica.

71
Q

Qual a profilaxia de PBE na HDA varicosa?

A
  • Ceftriaxona, depois norfloxacino quando retornar via oral (total de 7dias).
  • Deve ser iniciado antes da EDA.
72
Q

Qual a profilaxia pra síndrome hepatorrenal?

A

Albumima 1,5g/kg no 1º dia e 1,0g/kg no 3º dia.

73
Q

Qual a profilaxia para encefalopatia hepática na HDA varicosa?

A

Lactulose e rifaximina.

74
Q

Quais as cirurgias eletivas pós-HDA varicosa?

A

Desconexão ázigo-portal.

75
Q

Quais são as cirurgias de desconexão ázugo-portal?

A
  • Derivação esplenorrenal distal/cirurgia de Warren (cirrose hepática).
  • Desconexão ázigo-portal + esplenectomia (esquistossomose).
76
Q

Qual a profilaxia secundária na HDA por esquistossomose?

A

Desconexão ázigo-portal + esplenectomia (melhor que betabloqueador e escleroterapia).