Síndrome dos ovários policísticos Flashcards

1
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fisiopatologia

Relacionada ao eixo gonadal central?

A
  1. Aumento da pulsatilidade do GnRH;
  2. Aumento relativo na secreção do LH em relação ao FSH.

(aumento da pulsatilidade do GnRH parece ter relação com genética)

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2
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Nas células da teca o LH age…

A

aumentando a produção de andrógenos.

(o andrógeno é o substrato para produção do estrógeno)

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3
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Nas células da granulosa o FSH age…

A

estimulando a aromatase e participando da maturação do folículo.

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4
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Como existe “menos” FSH em relação ao LH, existirá menos estímulo à aromatase, portanto, menos conversão de andrógeno em estrógeno na célula da granulosa.

A

Verdadeiro.

(acúmulo de andrógenos ovarianos gera hiperandrogenismo)

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5
Q

Síndrome dos ovários policísticos

A existência de “menos” FSH em relação ao LH levará à redução da maturação do folículo e acúmulo desses, levando à formação de…

A

cistos ovarianos.

(caracterizando os “ovários policísticos”)

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6
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Consequência da não maturação folicular?

A

Anovulação.

(irregularidade menstrual/infertilidade)

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7
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Potenciais consequências do hiperandrogenismo? (5)

A
  1. Acne;
  2. Hirsutismo;
  3. Alopécia;
  4. Infertilidade;
  5. Queda na produção de SHBG pelo fígado.
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8
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Justificativa da infertilidade ter como componente o hiperandrogenismo?

A

Prejuízo ao pico de LH no meio do ciclo menstrual.

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9
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Consequência da queda de concentração da SHBG em relação à testosterona?

A

Aumento da fração livre da testosterona, agravando o hiperandrogenismo.

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10
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Consequência da queda de concentração da SHBG em relação ao estrógeno?

A

Aumento da fração livre do estradiol, cursando com feedback negativo na adenohipófise, agravando a queda da produção de FSH.

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11
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fisiopatologia

Relacionada à resistência insulínica/hiperinsulinemia?

A
  1. A hiperinsulinemia age nas células na teca estimulando a produção de andrógenos;
  2. É causa de queda da SHBG.

(ciclo: queda da SHBG aumenta a fração livre da testosterona e estrdiol)

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12
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

O aumento na produção de Hormônio Antimülleriano (AMH) pelos cistos ovarianos tem parcitipação, a nível central, em aumento da pulsatilidade do GnRH.

A

Verdadeiro.

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13
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Diagnóstico

Critérios de Rotterdam? (3)

A
  1. Oligo ou anovulação;
  2. Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial;
  3. Morfologia policística dos ovários à US.
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14
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Definições da oligo ou anovulação? (3)

A
  1. Oligomenorreia ou amenorreia (< 8 ciclos ao ano);
  2. Apresentação de sangramento abundante pós período de amenorreia;
  3. Pode se expressar apenas como infertilidade.

(amenorreia é definida como tempo > 3 meses sem menstruação)

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15
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

É possível um ciclo menstrual regular coexistir com anovulação crônica, isto é, a mulher ser infertil e menstruar regularmente.

A

Verdadeiro.

(em até 20% das mulheres pode existir essa situação)

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16
Q

Síndrome dos ovários policísticos

A expressão da infertilidade na oligo ou anovulação se traduzirá laboratorialmente com progesterona dosada na fase…

A

lútea (ou segunda fase do ciclo no 22º dia) em níveis < 5 ng/ml.

(esse “ponto de corte” de 5 não é bem estabelecido)

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17
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Definições do hiperandrogenismo clínico? (4)

A
  1. Hirsutismo;
  2. Acne;
  3. Oleosidade cutânea;
  4. Alopécia androgenética.

(hirsutirmo = escala de Ferriman-Gallwey ≥ 8 ou ≥ 6 variando com etnia)

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18
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais diagnósticos diferenciais da apresentação do hirsutismo? (3)

A
  1. Tumor androgênico;
  2. Hirsutismo idiopático;
  3. Hiperandrogenismo idiopático.
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19
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Características do hirsutismo em contexto de tumor androgênico? (3)

A
  1. Evolução rápida e grave;
  2. Níveis muito elevados de testosterona (em geral > 150 ng/dl);
  3. Sinais de virilização.

(se existir sinais de virilização na SOP: descartar tumor androgênico)

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20
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Características do hirsutismo em contexto do hirsutismo idiopático? (3)

A
  1. Progressão lenta e leve a moderada;
  2. Níveis normais de andrógenos;
  3. Ausência de critérios para SOP.

(o mecanismo parece ser aumento da sensibilidade cutânea ao andrógeno)

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21
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Características do hirsutismo em contexto do hiperandrogenismo idiopático? (3)

A
  1. Progressão lenta e leve a moderada;
  2. Níveis elevados de andrógenos;
  3. Ausência de critérios para SOP.

(mecanismo = hirsutismo idiopático porém com níveis elevados andrógenos)

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22
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Definições do hiperandrogenismo laboratorial? (4)

A
  1. Testosterona total normal ou discretamente elevada;
  2. SHBG diminuída;
  3. Testosterona livre mais elevada, na maioria das vezes;
  4. Pode ocorrer elevação de androstenediona e SDHEA em 20% casos.

(existe elevação dos andrógenos em até 80% dos casos)

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23
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Técnica laboratorial ideal para dosagem da testosterona total?

A

Cromatografia líquida + espectometria de massa (LM-MS).

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24
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Técnica laboratorial ideal para dosagem da testosterona livre?

A

Diálise de equilíbrio (porém pela pouca disponibilidade do método, calcula-se a testosterona livre com os valores da TTotal + albumina + SHBG) .

(se dosada por quimioluminescência ou radioimunoensaio: pouco ajuda)

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25
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Indicação da solicitação da androstenediona e SDHEA?

A

Quando níveis de testosterona forem normais e necessidade de afastar o critério de hiperandrogenismo.

(não é exame inicial: apenas se TTotal e TLivre calculada forem normais)

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26
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principal recomendação em relação às dosagens dos andrógenos (seja testosterona, androstenediona ou SDHEA)?

A

Suspender anticoncepcional oral 3 meses antes das dosagens laboratoriais.

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27
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Definições da morfologia policística dos ovários à US?

A
  • ≥ 12 folículos entre 2 e 9 mm;
  • Em caso de aparelho moderno (com transdutor de 8 MHz): ≥ 20 folículos entre 2 e 9 mm;
  • Volume ovariano > 10 cm3 mesmo que unilateral.

(volume ovariano é critério de preferência justamente por limitações US)

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28
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Existir ≥ 12 folículos entre 2 e 9 mm não é sinônimo de SOP, uma vez que pode estar presente em até 20% das mulheres não portadoras dessa condição.

A

Verdadeiro.

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29
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

A presença de 2 dos 3 critérios de Rotterdam confirma o diagnóstico de SOP.

A

Falso.

(o diagnóstico da SOP é de exclusão)

A presença de 2 dos 3 critérios de Rotterdam não confirma o diagnóstico de SOP.

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30
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Em caso de preenchimento de critérios para SOP, afastando-se outras etiologias, é necessário avaliar os “fenótipos”.

A

Verdadeiro.

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31
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fenótipos da SOP

Tipos? (4)

A
  1. Clássico tipo A;
  2. Clássico tipo B;
  3. Ovulatório tipo C;
  4. Normoandrogênico tipo D.
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32
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Característica do fenótipo clássico A?

A

Presença dos 3 critérios: oligo ou anovulação, hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial e morfologia policística dos ovários à US.

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33
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Característica do fenótipo clássico B?

A

Presença de 2 dos 3 critérios: oligo ou anovulação e hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial.

(não há morfologia policística dos ovários à US)

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34
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Característica do fenótipo ovulatório tipo C?

A

Presença de 2 dos 3 critérios: hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial e morfologia policística dos ovários à US.

(se é ovulatório, não tem o critério de oligo ou anovulação)

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35
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Característica do fenótipo normoandrogênico tipo D?

A

Presença de 2 dos 3 critérios: oligo ou anovulação e morfologia policística dos ovários à US.

(não há o critério de hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial)

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36
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Importância da determinação do fenótipo da SOP?

A

Avaliar o prognóstico cardiometabólico da mulher.

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37
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fenótipo da SOP sugestivo de maior risco cardiometabólico?

A

Clássicos (tipo A ou B).

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38
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais medidas a serem implantadas aos fenótipos clássicos?

A
  1. Mudança de MEV (intensificar);
  2. Rastreios precoces de comorbidades cardiovasculares e metabólicas.
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39
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fenótipo da SOP sugestivo de menor risco cardiometabólico?

A

Ovulatório tipo C.

(esse fenótipo ainda tem risco maior que a mulher que não tem SOP)

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40
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fenótipo da SOP sugestivo de não aumento do risco cardiometabólico?

A

Normoandrogênico tipo D.

(risco cardiometabólico desse fenótipo: igual à mulher que não tem SOP)

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41
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Diagnósticos diferenciais

Principais condições a serem excluídas? (4)

A
  1. Tumores androgênicos;
  2. HAC não-clássica;
  3. Outras etiologias de anovulação;
  4. Gravidez.
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42
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais etiologias de anovulação que fazem diagnóstico diferencial com a SOP? (4)

A
  1. Distúrbios tireoidianos;
  2. Hiperprolactinemia;
  3. Cushing;
  4. Insuficiência ovariana primária.
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43
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Exames fundamentais para exclusão dos diagnósticos diferenciais da SOP? (8)

A
  1. Testosterona total;
  2. SDHEA;
  3. 17-OH-progesterona;
  4. TSH;
  5. Prolactina;
  6. FSH;
  7. Cortisol Livre Urinário (CLU);
  8. HCG.
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44
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais etiologias dos tumores androgênicos? (2)

A
  1. Ovários;
  2. Córtex da adrenal.
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45
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Sinias de virilização possíveis dos tumores androgênicos (independente se etiologia ovariana ou córtex da adrenal)? (4)

A
  1. Clitoromegalia;
  2. Aumento da massa muscular;
  3. Engrossamento voz;
  4. Hirsutismo grave e rápida progressão.
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46
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

A testosterona total em níveis > 150 a 200 ng/dl corrobora para diagnóstico de tumor androgênico.

A

Verdadeiro.

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47
Q

Síndrome dos ovários policísticos

O SDHEA, se muito elevado, norteia a origem do tumor androgênico em favor de __________ (ovário/córtex da adrenal).

A

Córtex da adrenal.

(os “valores elevados” do SDHEA variam entre “3x > LSN ou 500 µg/dL)

48
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Em caso de investigação de tumor androgênico de origem ovariana recomenda-se a realização de __________ (RM de pelve/TC de abdome).

A

RM de pelve.

49
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Exame de imagem recomendado em caso de investigação de tumor androgênico de origem do córtex da adrenal?

A

TC de abdome.

50
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Hiperandrogenismo de início na pós-menopausa

Diagnósticos diferenciais?

A
  1. Síndrome de cushing;
  2. Acromegalia;
  3. Iatrogenia;
  4. Hipertecose;
  5. Tumores ovarianos;
  6. Tumores adrenais.

(na Acromegalia a clínica é mais de hipertricose que hirsutismo)

51
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

A hipertecose ovariana é definida por aumento/hiperplasia homogênea geralmente unilateral do estroma ovariano.

A

Falso.

A hipertecose ovariana é definida por aumento/hiperplasia homogênea geralmente bilateral do estroma ovariano.

52
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Mulheres no período pós-menopausa portadoras de SOP podem ter ovários aumentados porém, em geral, são < 10 cm3 (ou 10 ml).

A

Verdadeiro.

53
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Apresentação clínica comum aos Tu ovarianos e adrenais e também à hipertecose?

A

Virilização + rápida progressão do hiperandrogenismo.

54
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Diferenciação entre hipertecose x tumor ovariano?

A

Histopatológico.

55
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

A hipertecose ocorre, em geral, em mulheres com histórico de SOP na idade fértil.

A

Verdadeiro.

(como se a hipertecose fosse “uma expressão da SOP na pós-menopausa”)

56
Q

Síndrome dos ovários policísticos

HAC forma não-clássica

Principal causa?

A

Deficiência congênita da 21-hidroxilase.

(porém se mantém funcionante parcialmente, não há deficiência total)

57
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Etiopatogenia da HAC não-clássica?

A

Revisando a esteroidogênese adrenal: quando há déficit da 21-hidroxilase, acumula-se substratos que são desviados para síntese de andrógenos.

(ainda há produção de cortisol e aldosterona: déficit enzima é parcial)

58
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principal substrato dosado para diagnóstico da HAC não clássica por déficit de 21-hidroxilase?

A

17-OH-progesterona.

59
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Interpretação da 17-OH-progesterona em caso de resultado < 200 ng/dl?

A

Afasta HAC.

60
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Interpretação da 17-OH-progesterona em caso de resultado > 1000 ng/dl?

A

Confirma HAC.

61
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Conduta em caso da 17-OH-progesterona com resultado entre 200 e 1000 ng/dl?

A

Realizar teste da cortrosina.

62
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Interpretação do teste da cortrosina em caso de resultado < 1000 ng/dl?

A

Afasta HAC.

63
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Interpretação do teste da cortrosina em caso de resultado > 1000 ng/dl?

A

Confirma HAC.

64
Q

Síndrome dos ovários policísticos

É necessário atentar-se para unidade de medida que em caso de ng/ml para transformar para ng/dl é necessário…

A

“cortar dois zeros”.

65
Q

Síndrome dos ovários policísticos

SOP na adolescência

Principal diagnóstico diferencial?

A

Puberdade.

66
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Critérios utilizados para diagnóstico de SOP na adolescência? (2)

A
  1. Irregularidade menstrual;
  2. Hiperandrogenismo ou hiperandrogenemia.

(para considerar a acne como critério é necessário que seja grave)

67
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Para diagnóstico de SOP na adolescência é usada a USG pélvica.

A

Falso.

Para diagnóstico de SOP na adolescência não é usada a USG pélvica.

68
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Necessidade de USG pélvica como critério para dignóstico de SOP na adolescência?

A

Após 8 anos da menarca.

(a morfologia ovariana vira critério somente 8 anos pós-menarca)

69
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Em caso de preenchimento de critérios de SOP na adolescência (já excluídas as demais causas) o diagnóstico é prospectivo.

A

Verdadeiro.

(diz-se que a adolescente está “em risco de ter SOP”)

70
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Parâmetros para definição da irregularidade menstrual na adolescência como critério de SOP? (2)

A
  1. Tempo de menarca;
  2. Ausência de menarca aos 15 anos.

(se amenorreia 1ª já entra como critério de “irregularidade menstrual”)

71
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Critério necessário para definição de irregularidade menstrual na adolescência em caso de menarca há < 1 ano ?

A

Não é possível caracterizar irregularidade menstrual no 1º ano da menarca.

(a imaturidade do eixo gonadotrófico não permite estabelecer o critério)

72
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Critério necessário para definição de irregularidade menstrual na adolescência em caso de menarca há > 1 ano ?

A

Amenorreia há > 90 dias.

(maioria das adolescentes não cursa com amenorreia e sim oligomenorreia)

73
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Critério necessário para definição de irregularidade menstrual na adolescência em caso de menarca há > 1 ano e < 3 anos ?

A

Oligomenorreia há > 45 dias.

74
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Critério necessário para definição de irregularidade menstrual na adolescência em caso de menarca há > 3 anos ?

A

Oligomenorreia há > 35 dias.

75
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Hormônio Anti-Mülleriano (AMH)

Impedimento em ser critério diagnóstico?

A

Ponto de corte ainda não definido.

76
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Níveis séricos de AMH em mulheres portadoras de SOP, se comparados àquelas sem a síndrome, podem chegar até 4x mais.

A

Verdadeiro.

77
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Uma das complicações graves da SOP, além das cardiometabólicas, é…

A

câncer de endométrio.

(ausência de fase lútea para proteção endometrial)

78
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Em muitos casos se faz necessário a realização do TOTG mesmo em caso de glicemia de jejum dentro da normalidade.

A

Verdadeiro.

79
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Indicações de solicitação do TOTG na mulher portadora de SOP? (5)

A
  • IMC > 25;
  • HAS;
  • Histórico de DMG;
  • Histórico familiar de DM tipo 2;
  • Planejamento de gestação.

(mesmo se glicemia jejum < 100 mg/dl: nas condições acima + SOP = TOTG)

80
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Tratamento

Objetivos principais? (2)

A
  1. Gravidez;
  2. Tratamento hirsutismo ou oligomenorreia.

(o tratamento dependerá do principal objetivo da paciente)

81
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Possibilidades terapêuticas em caso de desejo de gravidez, segundo último guideline de SOP?

A
  1. Letrozol (1ª opção);
  2. Clomifeno + metformina (2ª opção);
  3. Clomifeno (3ª opção).
  4. Metformina (4ª opção).

(a metformina entraria como tratamento adjuvante)

82
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia do letrozol em contexto do tratamento da infertilidade na SOP?

A

5 mg (2 cp de 2,5 mg) do 2º ao 6º dia do ciclo menstrual.

(duração de 5 dias no início do ciclo)

83
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia do clomifeno em contexto do tratamento da infertilidade na SOP?

A

50 mg (1 cp) do 2º ao 6º dia do ciclo mentrual (duração de 5 dias no início do ciclo).

84
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

O uso do letrozol (podendo chegar à dose de até 15 mg) e do clomifeno (podendo chegar à dose de até 150 mg) pode ser tentado por até 5 ciclos.

A

Verdadeiro.

(se não responder após esse período: técnicas de reprodução assistida)

85
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da metformina em contexto do tratamento da infertilidade na SOP?

A

1 a 2 g ao dia.

(funciona como terapia adjuvante às opções de 1ª linha)

86
Q

Síndrome dos ovários policísticos

O uso da metformina age na melhora da anovulação, da resistência insulínica, porém não tem ação no…

A

hiperandrogenismo.

(não auxilia na melhora do mecanismo da formação da acne ou hirsutismo)

87
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Drogas recomendadas para tratamento de mulheres portadoras de SOP em associação à obesidade ou sobrepeso, segundo último guideline de SOP? (2)

A
  1. Liraglutida ou semaglutida (uso isolado);
  2. Liraglutida ou semaglutida ± Orlistate (uma das duas drogas em associação ou não ao uso de orlistate).
88
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Uso do inositol, segundo último guideline de SOP?

A

Pode ser considerando devido ao pontencial benefício em relação aos parâmetros metabólicos.

89
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Fisiologia do inositol relacionada ao metabolismo? Dose?

A
  1. Participa melhorando a sinalização intracelular da insulina.
  2. Não pode ainda ser estabelecida.
90
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Não existem evidências suficientes para estabelecimento de dose/posologia ou tipo de inositol a ser utilizado: mio-inositol ou D-quiro-inositol.

A

Verdadeiro.

(o mio-inositol será convertido em D-quiro-inositol pelo efeito da insulina e , na SOP, como essa conversão é aumentada, o desenvolvimento do folículo é prejudicado)

91
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Os benefícios do uso do inositol em relação à anovulação e hiperandrogenismo necessitam de mais estudos e ainda não foram estabelecidos, segundo o último guideline de SOP.

A

Verdadeiro.

92
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Possibilidades terapêuticas caso não exista desejo de gravidez? (2)

A
  1. ACHO;
  2. Antiandrogênico.
93
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Mecanismo de ação do componente estrogênico do ACHO no tratamento do hiperandrogenismo?

A

Ação hepática estimulando a produção de SHBG.

(o aumento da SHBG diminui a disponibilidade de andrógenos livres)

94
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Mecanismo de ação do componente progestogênico do ACHO no tratamento do hiperandrogenismo?

A

Bloqueio/feedback negativo na hipófise da secreção de LH com menor estímulo às células da TECA e, consequentemente, menor produção androgênica.

(não é obrigatória a presença sempre de Drospirenona ou Ciproterona)

95
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

As combinações de ACHO de estrógeno de 35 mcg + Ciproterona devem ser utilizadas como 1ª linha.

A

Falso.

(doses mais elevadas de etinilestradiol cursam com maior RCV)

As combinações de ACHO de estrógeno de 35 mcg + Ciproterona não devem ser utilizadas como 1ª linha.

96
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Em caso de não resposta (avaliação em 6 meses) com ACHO pode-se realizar a associação com droga…

A

antiandrogênica.

97
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Mecanismos de ação das drogas antiandrogênicas? (2)

A
  1. Ação no bloqueio da conversão da testosterona em DHT;
  2. Evitar a ligação da DHT em seu receptor.
98
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais drogas que agem no bloqueio da conversão da testosterona em DHT (bloqueio da 5-α-redutase)? (2)

A
  1. Finasterida;
  2. Espironolactona.
99
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Principais drogas que evitam a ligação da DHT em seu receptor? (3)

A
  1. Espironolactona;
  2. Ciproterona;
  3. Flutamida.
100
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da espironolactona no tratamento do hiperandrogenismo?

A

50 a 200 mg ao dia continuamente ou de forma cíclica por 21 dias.

(há necessidade de vigilância hemodinâmica e níveis de potássio)

101
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da ciproterona no tratamento do hiperandrogenismo?

A

12,5 a 50 mg ao dia de forma cíclica por 21 dias (no ACHO combinado a concentração da ciproterona é apenas 2 mg).

(no último guideline de SOP não é recomendada dose maior que 10 mg por questão de segurança sob justificativa do risco de meningioma)

102
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da finasterida no tratamento do hiperandrogenismo?

A

1 a 5 mg ao dia (reservada para terapia em casos de alopécia ou adjuvante aos demais).

(o último guideline de SOP ressalta o colateral de hepatotoxicidade da finasterida)

103
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

A Flutamida é pouco utilizada devido efeitos colaterais de hepatotoxicidade.

A

Verdadeiro.

104
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Em caso de gestação em vigência do uso do antiandrogênico isolado, é possível o bloqueio da virilização em embrião XY com consequente genitália ambígua.

A

Verdadeiro.

105
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Idealmente o uso isolado do antiandrogênico pode ocorrer em mulheres laqueadas, histerectomizadas ou portadoras de DIU.

A

Verdadeiro.

106
Q

Síndrome dos ovários policísticos

V ou F?

Independentemente do desejo ou não de gravidez da paciente é fundamental a mudança do estilo de vida (MEV).

A

Verdadeiro.

107
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Repercussões da MEV na SOP? (2)

A
  1. Melhora da ovulação e fertilidade;
  2. Melhora dos parâmetros metabólicos.

(perda de peso de 5 a 10% podem cursar com esses efeitos)

108
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Em caso de a paciente portadora de SOP realizar cirurgia bariátrica, recomenda-se…

A

evitar a gestação nos primeiros 12 meses após a cirurgia.

(realizar contracepção nesse período)

109
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Tratamento da oligomenorreia

Objetivo?

A

Reduzir o risco de hiperplasia/câncer de endométrio.

110
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Primeira opção de tratamento da oligomenorreia?

A

ACHO.

111
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Em caso de contraindicação ou intolerância ao ACHO para tratamento da oligomenorreia, recomenda-se…

A

uso isolado da progesterona.

112
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Opções de progesterona possíveis para uso no tratamento da oligomenorreia? (4)

A
  1. Medroxiprogesterona;
  2. Progesterona micronizada;
  3. Noretindrona;
  4. DIU (levonorgestrel).

(o DIU de levonorgestrel garante a proteção endometrial e contracepção)

113
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da medroxiprogesterona no tratamento da oligomenorreia?

A

5 a 10 mg 10 a 14 dias ao mês ou a cada 2 meses.

(a garantia de 6 menstruações ao ano é considerada proteção endometrial)

114
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da progesterona micronizada no tratamento da oligomenorreia?

A

10 a 14 dias do ciclo a cada mês ou a cada 2 meses.

115
Q

Síndrome dos ovários policísticos

Posologia da noretindrona no tratamento da oligomenorreia?

A

0,35 mg ao dia se necessária contracepção.

(além de garatir a contracepção - se necessário - protege o endométrio)