Sequelas de Fissuras Labiopalatinas Flashcards

1
Q

Quais são possíveis sequelas labiais das cirurgias de fissuras labiopalatinas?

A
  • Cicatriz hipertrófica
  • Assimetria de vermelhão
  • Lábio curto
  • Desalinhamento do vermelhão
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2
Q

Exemplo de cicatriz hipertrófica.

A
  • Tratamento conservador inicial
  • Reabordar caso não regrida
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3
Q

Exemplo de assimetria do vermelhão.

A
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4
Q

Exemplo de lábio curto.

A

Relacionado com fibrose/retração cicatricial, principalmente em técnicas que resultam em cicatriz retilíneas. O arco do cupido tende a retrair, dando um aspecto de que o lábio está mais curto.

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5
Q

Quais são possíveis sequelas nasais das cirurgias de fissuras labiopalatinas?

A
  • Insuficiência da asa nasal
  • Estenose narinária
  • Assimetria da base narinária
  • Lábio longo/falha muscular
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6
Q

Exemplo de insuficiência da asa nasal.

A
  • Normalmente em fissuras unilaterais, em que o nariz está deslocado lateralmente e inferiormente.
  • Normalmente reabordada quando for realizar outra abordagem, como em um enxerto alveolar.
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7
Q

Exemplo de estenose narinária.

A
  • Normalmente relacionada com técnicas em que há incisões intranasais, como Skoog.
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8
Q

Exemplo de assimetria da base narinária.

A
  • Normalmente ao não deslocamento completo ao nível do piriforme do tecido muscular no momento da correção cirúrgica.
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9
Q

Exemplo de lábio longo.

A
  • Relacionado com deiscência/falha muscular da síntese da musculatura orbicular.
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10
Q

Exemplo de desalinhamento de vermelhão.

A
  • Mais frequente em pacientes com fissura bilateral.
  • Principalmente nas técnicas que preserva a mucosa do prolábio.
  • Normalmente as meninas se queixam devido a falta de um arco do cupido bem desenhado, dificultando uso do batom.
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11
Q

Quais são as sequelas das fissuras bilaterais?

A
  • Lábio largo sem músculo no pro-lábio
  • Lábio apertado/em assobio/em apito.
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12
Q

Exemplo de lábio largo sem músculo no pro-lábio.

A
  • O segmento filtral pró lábio foi projetado de modo muito largo no momento da operação inicial.
  • Mais comum nas técnicas que não fazem reparo de musculatura no tempo primário, preservam a mucosa do pro-lábio e que não abordam o nariz.
  • Filtro labial muito largo
  • Ausência de musculatura na região central do pro-lábio
  • Base narinária mais larga
  • Nariz mais achatado sem projeção de columela
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13
Q

Exemplo de lábio apertado/em assobio/em apito.

A
  • Paciente com fissura bilateral que após a cirurgia, as vertentes laterais ficaram muito curtas e o lábio da uma sensação de que está subindo.
  • Há falta de tecido causando um não selamento do lábio superior com o inferior.
  • Tratamento com retalhos de avanço local, enxertos de gordura, enxertos autólogos e retalho de Abbé (melhor opção)**.
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14
Q

Desenho do retalho de Abbé.

A
  • Altura do retalho igual altura do defeito.
  • Largura do retalho sendo 1/2 da largura do defeito.
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15
Q

Quando realizar as reabordagens nasolabiais?

A
  • Em torno dos 6 anos: risco de bullying aumenta a partir dessa idade. Se possível, esperar até a cirurgia de enxertia alveolar secundária para aproveitar mesmo tempo cirúrgico.
  • Todos os pacientes com 4-5 anos devem ser avaliados para uma cirurgia secundária antes do início da escola primária.
  • Mesmo na adolescência caso necessário.
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16
Q

Qual é um dos principais fatores determinantes no desenvolvimento de fístulas palatais?

A
  • Experiência do cirurgião.
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17
Q

Como é o sistema de Pittsburgh para classificação das fístulas palatais?

A
18
Q

Como é a correção das fístulas pequenas com tecido local?

A

Se a fístula for pequena, realiza-se uma incisão perifístula com fechamento do plano nasal. Na sequência é descolado o palato lateralmente (uni ou bilateralmente) e feito o fechamento.

19
Q

Como é a correção das fístulas maiores com deficiência de tecido?

A
  • Retalho miomucoso do bucinador (pode ser pedículo anterior ou posterior).
20
Q

Quando são indicados os retalhos de língua?

A
  • Fístulas de palato anterior/duro, em que o defeito é muito largo, amplo e que não há margem de tecido palatal suficiente para o fechamento.
21
Q

Qual a diferença entre insuficiência velofaríngea (IFV) e a incompetência velofaríngea?

A
  • Na insuficiência, há uma falta de tecido do palato, ele está curto. O defeito é anatômico.
  • Já na incompetência velofaríngea, o palato é longo, anatomicamente suficiente, porém ele não se mexe o suficiente, não funciona. Defeito funcional, dinâmico.
22
Q

Qual o exame mais utilizado na avaliação da insuficiência velofaríngea?

A
  • Nasoendoscopia.
  • A videofluoroscopia é pouquíssimo disponível no Brasil.
23
Q

A cirurgia de correção da insuficiência velofaríngea é o suficiente para resolver o quadro?

A
  • A cirurgia, isoladamente, não fará o paciente adquirir a fala normal.
  • Sempre necessitará de terapia fonoarticulatória.
24
Q

O que cirurgia de correção da insuficiência velofaríngea é capaz de corrigir?

A
  • A cirurgia é capaz de corrigir os componentes PRIMÁRIOS da insuficiência velofaríngea, sendo eles:
    —> Hipernasalidade
    —> Escape do ar
  • Melhora as condições de pressão intra-oral e o fluxo aéreo oral para permitir melhor articulação dos fonemas.
  • Porém, por si só, nunca irá corrigir todos os mecanismos secundários compensatórios (distúrbios articulares).
25
Q

Qual é a terapia responsável por corrigir os mecanismos secundários compensatórios na insuficiência velofaríngea?

A
  • Terapia fonoarticulatória.
26
Q

Qual defeito está muito relacionado com a insuficiência velofaríngea?

A
  • Fissura submucosa.
27
Q

O que é a fissura submucosa?

A
  • A fissura palatina submucosa ocorre quando o palato possui a continuidade com a mucosa, mas o músculo levantador do véu palatino subjacente é descontínuo através da linha média longitudinalmente.
  • Com a contração da musculatura velar, uma distinta diástase muscular da linha média pode ser vista.
28
Q

Qual é a tríade relacionada com a fissura submucosa?

A

Tríade de Calnan, composta por:
- Translucência da mucosa: zona clara da linha média (zona pelúcida)
- Chanfradura óssea: entalhe no palato duro posterior
- Úvula bífida

29
Q

Quando a fissura submucosa costuma ser diagnosticada?

A
  • A fissura submucosa frequentemente não é diagnosticada na infância.
  • Nem todas as crianças com essa alteração irão precisar de cirurgia. Podem ser acompanhadas quanto ao seu desenvolvimento para avaliação futura, podendo postergar a cirurgia.
30
Q

Quais são os sintomas da fissura submucosa quando presentes?

A
  • 45-55% apresentam alterações na fala, otite média ou perda da audição.
  • 33% apresenta insuficiência velofaríngea.
31
Q

Qual o tratamento da insuficiência velofaríngea com tecido do próprio palato?

A

Alongamento do palato com:
- Repalatoplastia através de Furlow

Normalmente a primeira opção, sendo realizada já como técnica de primeira escolha nos casos de fissura submucosa.

32
Q

Quais são principais padrões de oclusão velofaríngea?

A
  • Coronal * mais comum *
  • Coronal com movimento medial pronunciado das paredes laterais da faringe
  • Circular
  • Circular com prega de Passavant
  • Sagital
33
Q

Qual é o tratamento da insuficiência velofaríngea com retalhos de parede posterior (faringoplastia)?

A

Utilizados quando não há tecido suficiente que permita a realização de uma repalatoplastia.
- Sanvenero-Rosseli (Padgett): pedículo superior.
—-> Melhor opção.
- Rosenthal (Schoenborn): pedículo inferior.

34
Q

O que são as esfincterofaringoplastias dinâmicas?

A
  • Utilização dos pilares laterais como doadores de tecido ao invés da parede posterior. Assim, diminui-se o diâmetro do esfíncter velofaríngeo.
  • Cirurgia mais complexa. Exemplos:
    —-> Hynes: retalho miomucoso contendo o músculo salpingofaríngeo e posteriormente o músculo palatofaríngeo.
    —-> Jackson: pedículo superior.
    —-> Orticochea: pedículo inferior.
35
Q

Quando as próteses obturadoras são indicadas?

A
  • Em caso de insuficiência velofaríngea, possuem objetivo de vedar o palato, bloqueando o escape nasal de ar quando há fístula ou ausência de tecido.
  • Podem ser com ou sem bulbo faríngeo.
36
Q

Quando são utilizadas as próteses obturados com bulbo faríngeo/fonador?

A
  • Quando o palato não apresenta tecido suficiente (insuficiente) porém com boa movimentação muscular. Como no caso de fístulas por exemplo.
  • Podem substituir cirurgias secundárias também.
37
Q

Quando são indicadas as próteses elevadoras?

A
  • Nos pacientes com incompetência velofaríngea, ou seja, o palato é longo (suficiente) porém ele não se mexe (incompetente).
  • A prótese irá elevar ele mecanicamente para a posição onde deveria estar.
38
Q

A influência do bulbofaríngeo afetada positivamente/negativa a própriocepção?

A

Positivamente.

39
Q

Como deve ser o tamanho do bulbo faríngeo ao longo do tempo?

A
  • Deve ser aumentado progressivamente de acordo com a tolerância do paciente e, uma vez atingido seu tamanho máximo, PODE ser diminuído conforme resposta do paciente.
40
Q

Qual é uma possível complicação do tratamento cirúrgico da insuficiência velofaríngea?

A
  • Hiponasalidade.
41
Q

No paciente fissurado, como deve-se proceder em relação a adenoidectomia?

A
  • Contraindicada sua realização, pois incorre no risco de desenvolver/piorar um quadro de rinolalia.