Sepse Flashcards

1
Q

Como definimos Sepse ?

A

Disfunção organica com risco de vida (alteração da função dos orgãos vitais), causada por uma resposta desregulada do hospedeiro a infecção

  • Alta mortalidade
  • Como reconhecer: criterios para SIRS, score de triagem (SOFA). Diferenciar sepse de infecção comum.
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2
Q

Sindrome da resposta inflamatoria sistemica (SIRS)

A

Presença de 2 ou mais dos seguintres sinais;
* Temperatura corporal > 38°C ou < 36°
* Leucocitose > 12000, leucopenia < 4000 e bastões > 10%
* FC > 90 bpm (taquicardia)
* FR > 20 mpm (taquipneia) ou Pco2 < 32 mmHg

  • Não confirma diagnostico de sepse
  • sepse era considerada se 2 criterios de SIRS + infecção. Hoje, não é mais assim - superdiagnostico
  • Hoje, sepse = infecção + disfunção organica
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3
Q

Scores para traigem ?

A
  • Sofa
  • Q-Sofa

SOFA
* Disfunção orgânica → elevação aguda SOFA score maior ou igual 2 devido à infecção;
* SOFA = 0 → sem disfunção prévia conhecida;
* Pacientes com SOFA basal maior que 2 → pacientes em UTI;
* Considerar a elevação aguda de 2 pontos no SOFA basal;
* Indicado para doentes já internados como uma avaliação comparativa (já possuem exames).

Quick SOFA:
* Utilizado fora da UTI;
* Melhora do diagnóstico e maior precocidade;
* Variáveis beira de leito determinam pacientes com suspeita de infecção que podem ter pior prognóstico;
* Hipotensão, alteração do nível de consciência e taquipneia → 2 ou mais alterados = doente pode ter sepse
(mostra que o doente não está bem).

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4
Q

Disfunções organicas (o que a infecção é capaz de fazer nos orgãos) ?

A
  • Cerebro -> qualquer diminução no nivel de consciencia
  • Pulmão (sistema respiratorio) -> taquipeia, dispneia e/ou qualquer diminuição significativa da oxigenação arterial
  • Coração (sistema CV) -> hipotensão arterial (queda maior que que 20 mmHg na pressão basal do paciente ja é considerada hipotensão
  • Figado -> ictericia por colestase (pedir bilirrubina)
  • RIM -> oliguria (pedir ureia e creatinina)
  • Sangue (coagulação - plaquetopenia) -> petequias
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5
Q

Como definimos choque septico ?

A
  • Sepse + anormalidade metabolica/circulatoria
  • Hipotensão refrataria a volume + necessidade de vasopressor (DVA) + lactato maior ou igual 2mmol/L

Lactato é produto do metabolismo anaerobio (perfusão alterada), estando aumentado em qualquer outro desbalanço de O2 para a célula. Indica também eficacia terapeutica: diminui se tto adequado.

Hipotensão refrataria a volume + refrataria a DVA -> choque septico refratario.

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6
Q

Diagnostico de sepse

A
  • SOFA
  • infecção - sintomas relacionados ao foco
  • Exames - procurar disfunções

RX, US, TC, PU -> investigação do foco da infecção
HMG (leucocitose, bastonetose, plaquetopenia), eletrolitos, ureia/Cr, biirrubinas, gasometria arterial, lactato, PCR, RNI/KPTT.

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7
Q

Como é direcionada a ressucitação inicial ?

A
  • monitorar TEC
  • clearance de lactato
  • medida de PAM invasiva
  • Se necessidade de DVA mesmo apos reposição volemica - vaga de UTi idealmente em até 6h.
  • Sonda vesical de demora: debito urinario maior ou igual a 0,5ml/kg/h
  • Cateter venoso central (saturação venosa central) maior que 70 é ideal.

Avaliar responsividade: elevação das penras, pressão de pulso, veia cava por US.

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8
Q

Como é feita ressucitação volemica no choque septico ?

A

Cristaloide 30 ml/kg em até 3h

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9
Q

Quando devemos iniciar o antibiotico em caso de sepse ?

A

Maximo 45 min apos o diagnostico

Não pode atrasar o inicio
2 hemoculturas perifericas de sitios diferentes: se paciente estiver em uso de cateter central >48h, 1 das amostras do cateter.

Podemos fazer ainda cultura de aspirado traqueal, urina e partes moles.

Fazemos imagem em busca de sitio - RX, US, tomo.

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10
Q

Como fazemos controle do foco da infecção ?

A
  • Se foco cirurgico, considerar cirurgia imediatamente
  • Considerar menor dano tissular possivel
  • considerar retirada de dispositivos vasculares se provavel foco
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11
Q

Quando usamos DVA em choque septico ?

A

Paciente hipotenso não responsivo a volume e objeticos não alcançados

iniciar no acesso periferico (causa necrose - maximo 2h) e organizar material para passagem de acesso venoso central

Todas sao diluidas em soro, em bomba de infusão

1° escolha é a noradrenalina. Adrenalina pode ser usada.

Alvo de PAM 65 mmhG - considerar monitorização invasia da PA

outra opção se falha (PAM não adequada) -> associar vasopressina a noradrenalina/adrenalina (não usar isoladamente - potencial vasoconstritor grande, atua em receptor diferente da noradrenalina)

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12
Q

Casos em que ha disfunção miocardica ou DC insuficiente, o que pode ser feito ?

A

Dobutamina

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13
Q

Em um choque septico refratario não responsivo a volume nem a DVA, qual proximo passo ?

A

HIdrocortisona (CTC)

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14
Q

Quando fazemos transfusão ?

A
  • Hipoperfusão persistente, meta de Hb 7-9mg/dl
  • Plasma e plaquetas apenas se sangramento ativo

aumentar HB mais que 7-9 não diminui mortalidade.

Transfundir sem necessidade pode causar mais infecção.

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15
Q

Uso racional dos ATB abraje quais pontos ?

A
  • inicio rapido e adequado
  • descalonamento e suspensão precoce
  • culturas antes do inicio
  • comorbidades do paciente
  • local de infecção e penetração do ATB
  • prescrição otima
  • resistencia local
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16
Q

Como avaliamos a necessidade de hospitalização em uma pneumonia comunitaria ?

A
  • CURB 65
  • PSI (pneumonia severily index)

o CURB 65: confusão mental, idade maior que 65 anos, uremia, FR, hipotensão.
o PSI (Pneumonia Severily Index): idade, sexo, asilos, comorbidades, achados laboratoriais e radiológicos.

17
Q

Criterios maiores para admissão em UTI na pneumonia comunitaria

presença de 1 criterio indica necessidade de UTI

A
  • Choque septico necessitando de vasopressores
  • Insuficiencia respiratoria aguda com indicação de ventilação mecanica
18
Q

Quais os criterios menores para admissão na UTI na pneumonia comunitaria ?

presença de 2 criterios indica a necessidade de UTI

A
  • Hipotensão arterial
  • Relação PaO2/FiO, menor do que 250
  • Presença de infiltrados multilobulares.
19
Q

Qual ATB normalmente utilizado na pneumonia ?

A

ceftriaxona + azitromicina

Sem internamento:
* Sem comorbidades ou fator de risco para MRSA ou pseudomonas: Amoxicilina ou Doxiciclina ou Macrolideo (se
a resistência pneumocócica local for menor que 25%);
* Com comorbidades: Amoxicilina + Clavulanato ou Cefalosporina e Macrolideo ou Doxiciclina ou monoterapia
com fluoroquinolona respiratória (ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino, moxifloxacino, ofloxacino).
o Comorbidades: DM, alcoolismo, asplenia, neoplasias e qualquer doença crônica cardíaca, renal ou
hepática.
o Fatores de risco para MRSA, pseudomonsas: cultura previa + para essas bactérias, uso de ATB parenteral
nos últimos 90 dias.

Com internamento:
* Pneumonia hospitalar não severa: Betalactamico + Macrolideo ou fluoroquinolona;
* Pneumonia hospitalar severa: Betalactamico + Macrolideo ou Betalactamico + fluoroquinolona.

20
Q

Motivos para falha terapeutica

A
  • Resistencia bacteriana
  • Complicação: empiema, abcesso, outra infecção associada
  • Diagnostico errado: atelectasia, TEP, neoplasia.
21
Q

Qual tto indicado para cistite ?

A

1°Nitrofurantoina por 5 dias
2° fluoroquinolona por 3 dias

  • 1a linha:
    o Nitrofurantoina 100mg 6/6h (formulação presente no BR), por 5 dias;
    o SMZ-TMP 12/12h, por 3 dias;
    o Fosfomicina 3g dose única.
  • 2a linha:
    o Fluoroquinolona por 3 dias;
    o Beta-lactamico por 3-7 dias.
  • Não complicada: ausência de febre, dor em flanco ou suspeita de pielonefrite e capaz de tomar ATB oral;
22
Q

comose segue o tto para pielonefrite ?

A
  • tto ambulatorial - fluoroquinolona 5a 7 dias
  • tto internado
  • sem risco de organismos multiresistentes: ceftriaxona ou floroquinolonas
  • Sem risco de organismos multirresistentes: cefepime ou pipe-taobactam ou meropenem.

Avaliar ressitencia loca, gravidade do caso e fatores de risco do paciente

23
Q

Pontos importantes a se avaliar em infecções do trato urinario.

A
  • Avaliar sinais clínicos durante o tratamento dos pacientes;
  • Alertas para persistência dos sintomas, sinais de falha terapêutica;
  • Investigar obstrução de vias urinarias (homens: alterações na próstata, cálculos);
  • Germe mais comum: E. Coli (75-95%);
  • Atentar para: proteus mirabilis, klebsiella pneumoniae e staphylococcus saprophyticus.