Distúrbios eletrolíticos e metabolicos Flashcards

1
Q

Como devemos abordar um transtorno eletrolitico ?

A
  • Tratamos o transtorno, porem devemos procurar a causa
  • São as circunstancias/manifestações que determinam a urgencia do tto e gravidade do disturbio.

As anormalidades eletroliticas requerem reavaliação frequente. Normalmente as correções duram de 6h a 8h.

Os sintomas são inespecificos e incluem - fraqueza, mal-estar, arritmia, alteração do nivel de consciencia, caimbra…

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2
Q

Qual valor para determinação de hipocalemia ?

A

K < 3,5mmol/L

O potassio é o principal ion intracelular - não é muito presente no extracelular, portanto, sua concentração plasmatica é baixa normal: 3,5 a 5

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3
Q

Cite causas de hipocalemia

A
  • rabdomiolise
  • hemolise
  • baixa ingesta
  • perda de potassio pela urina ou pelo TGI

Destruição celular maciça.

  • rabdomiolise (trauma, isquemia de membros)
  • hemolise (anemia hemolitica)
  • Perda de potassio pela urina (iatrogenicas de alça, como furosemida)
  • TGI (diarreia grave)
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4
Q

Como fazemos a reposição de potassio?

A

Não temos um calculo exato. Então fazemos uma estimativa para reposição e reavaliamos os niveis de K a cada 6-8h.

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5
Q

Como temos a apresentação do potassio ?

A
  • Ampola de KCL (cloreto de potassio) EV. Cada ampola rep~e 25 mEq.
  • KCL (Slow-K) VO. 6mEq por Cp
  • Xarope de KCL, cada 10 ml tem 8 mEq VO

Cada 25 mEq de reposição, sobe em media, 0,1 do K serico.
Em casos de K a 2,5 e querendo o nivel noraml de 3,5 devemos usar 10 ampolas, que aumentam 25 mEq cada chegando aos 250mEq e 10 K serico.

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6
Q

Quais cuidados devemos ter na reposição de potassio ?

A
  • Flebite em acesso periferico
  • Cuidar com a velocidade de infusão - potassio é cardioplégico

  • Em acesso periferico a diluição maxima é de 2 ampolas (50mEq/L), se não causa flebite. uita dor, o paciente não tolera a infusão.
  • Com relação a velocidade da infusão. Deve ser feita lentamente, EM bomba de infusão, tanto no acesso periferico como no central. A velocidade maxima de reposição é de 20-30mEq/H (paciente grave). 1 ampola diluida ao longo de 1h em bomba de infusão.
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7
Q

Como escolhemos entre EV e VO ?

A

K < ou = 2,5 mmol/L (< 3 mmol/L se o paciente estiver sob digoxina) —
* Sintomas potencialmente fatais - EV

  • Sintomas não potencialmente fatais ou nenhum sintoma - enteral (KCL 20-40mmol cada 2/4h) e/ou EV (KCL 10mmol/h)

K < 3,5 mmol/L porem > 2,5 mmol/L e sem sintomas
* Reposição enteral (VO cp ou xarope) KCL 20-40 mmol cada 4-6h

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8
Q

Qual valor para determinação de hipercalemia ?

A

K > 4,5 - 5

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9
Q

O que o aumento no potassio causa?

A

Instabilidade eletrica cardiaca (arritmia cardicada decorrente do K)

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10
Q

Qual tto para hipercalemia ?

A
  • Administração de gluconato de calcio
  • Redistribuição do potassio
  • Remoção do potassio
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11
Q

Por que fazemos gluconato de calcio ?

A
  • Estabiliza a membrana do coração e diminui o risco de arritmia. Não diminui potassio.

Infusão de 1 ampola de gluconato de calcio 10%, em bolus, repetindo a cada 5 minutos até normalizar o ECG (normalmente isso ocorre entre as 2° e 3° ampolas. Sendo a arritmia mais classica a onda T apiculada.

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12
Q

Qual é o objetivo da redistribuição do potassio e como a fazemos ?

A

Jogar K para dentro da célula (ja que é deleterio quando esta no sangue - ganhar tempo ate a retirada definitiva)

  • Insulina e glicose (solução polarizante
  • Bicarbonato de sodio EV
  • B2-agonistas inalatorios de curta duração (salbutamol e fenoterol)

  • insulina e glicose: 50g de glicose EV + 10U de insulina regular, em 1h
  • Bicarbonato de sodio EV: induz ambiente de alcalose extracelular. Para equilibrar essa alcalose, sai H+ de dentro da célula e entra K+
  • B2-agonistas inalatorios de curta duração: Joga K para dentro da célula, pode ser feito 8 jatos de 4/4h
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13
Q

Como fazemos a remção do potassio ?

Solução mais definitiva, mas mais demorada. por isso abrimos mão das demais.

A
  • Diuretico de alça
  • Retirar o K pelo intestino por resina de troca (SORCAL)
  • Dialise

  • Diuretico de alça - elimitar o K pelo rim (furosemida)
  • Retirar o K pelo intestino pelo SORCAL (sulfonato de poliestireno de sodio): troca K por Na, na membrana intestinal. Essa medida diminui o K nos proximos dias, mas não resolve na UE.
  • Dialise: medida agressiva, mas mais efetiva na emergencia.
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14
Q

Qual valor para determinação de hiponatremia ?

A

NA < 135

O Na é o principal ion extracelular - fornece a osmolaridade do plasma (se diminui - osmolaridade dimunui). Como é um íonn extracelular temos uma formula mais fidedigna para sua reposição, diferente do potassio.

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15
Q

Como devemos avaliar Hiponatremia laboratorial, mas com aumento de glicose ou aumento de proteinas ou lipidios, ou ainda uso de manitol?

A
  • Se temos a presença destas alterações temo hiponatremia hiperosmolar ou pseudo-hiponatremia (paciente na verdade não tem hiponatremia)
  • Se não estão presentes temos hiponatremia hipo-osmolar - Verdadeira

Quando estamos diantes do segundo caso devemos avaliar o estado volemico, osmolaridade urinaria (Uosm), sodio urinario (UNa), FE NA (fração excretada de sodio). Para então identificar sua etiologia.

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16
Q

Quais as possiveis etiologias de uma hiponatremia ?

3

A
  • hipovolemia
  • hipervolemia
  • euvolemia

  • Hipovolemia - perdeu Na e agua junto
  • Hipervolemia - excesso de liquido com Na urinario baixo - mais comum
  • Euvolemia - perde Na mas não perde agua
17
Q

Como descrevemos uma hiponatremia hipovolemica ?

Clinica: desidratação, hipotensão, pulso filiforme, taquicardia, debito urinario diminuido.

A
  • Uosm > 300mOsm/L
  • U Na < 20 mmol/L (sodio baixo na urina - esta perdendo por outro lugar)
  • Fe Na < 1%

ou

  • Uosm > 300mOsm/L
  • U Na > 20mmol/L (sodio alto na urina - perda de Na pelo rim)
  • Fe Na > 1%

  • O primeiro caso vem de vomitos, diarreira, perda de liquido no 3° espaço
  • Seungo caso vem de diureticos, aldosterona, deficiencia renal, disunfção tubular.
18
Q

Como descrevemos uma hiponatremia hipervolemica ?

Clinica: anasarca, derrame pleural

A
  • Uosm > 300mOsm/L
  • U Na < 10-20mmol/L (baixa quantidade de Na urinario)
  • Fe Na <1%

Vem de ICC, cirrose, insuficiencia renal com ou sem nefrose.

19
Q

Como descrevemos uma hiponatremia euvolemica ?

Clinica: paciente não apresenta queixas

A
  • Uosm < 100mOsm/L
  • U Na > 30mmol/L

ou

  • Uosm > 100mOsm/L (geralmente >300)
  • U Na > 30mmol/L

O primeiro caso vem de polidipsia, administração inadequada de agua a crianças
O segundo caso vem de SIADH (secreção inapropriada de ADH), hipotireoidismo, insuficiencia adrenal

20
Q

Quais as condutas para cada tipo de hiponatremia?

A
  • Hipovolemica: reposição com SF
  • Hipervolemica: restringir a ingestão de água livre o retirar o excesso de água. Não repor mais NA.
  • Euvolemica: trata-se a causa
21
Q

Como fazemos a reposição de sodio ?

2

A
  • Cloreto de sodio (SF) 0,9% - 154 mEq/L –> se hiponatremia menos acentuada
  • NaCl - 514 mEq/L –> se hiponatremia mais acentuada

Fazemos reposição de sodio no paciente sintoatico. O paciente com hiponatremia apresenta sintomas neurologicos pelo edema cerebral.

22
Q

Qual a formula de reposição de Na ?

A

Formula de Adrogué -

Variação Na + =
(Na+ solução - Na+ paciente).
dividido pela
água corporal total +1.

o resultado de adrogue da a quantidade de mEq.

  • Água corporal total = 60% do peso para homens jovens / 55% do peso para mulheres jovens / 50% do peso para homens idosos / 45% do peso para mulheres idosas
  • Maximo de reposição do Na em um dia é 12mEq. A velocidade maxima de reposição é de 12 mEq/24h (risco de edema cerebral e lesão neurologica permanente)
23
Q

Qual valor para determinação de hipernatremia ?

A

Na > 145

24
Q

Como tratamos hipernatremia ?

A
  • Paciente hemodinamicamente instavel - solução salina normal
  • Paciente estavel - liquido hipotonico: SG intravenoso ou agua livre enteral

Para o calculo da reposição na hipernatremia também usamos a fomrua de Androgué.

  • solução salina normal seria o cloreto de sodio 0,45% (metade SF e metade SG) - 77 mEq/L –> se hipernatremia menos acentuada
  • Solo glicosado 5% - 0mEq/L –> se hipernatremia mais acentudada

Maximo de reposição de água em um dia é 12mEq. Velocidade maxima de reposição é de 12 mEq/24h

25
Q

O que seriam as sindromes hiperglicemicas ?

A

Cetoacidose diabetica (DKA) ou estado hiperosmolar hiperglicemico (HHS)

Grau de desidratação e presença de infecção ou outra condição precipitante, sendo principalmente infecção urinaria.

26
Q

Como se apresenta a cetoacidose diabetica (labortorialmente)

Normalmente o estado mental do paciente se mostra lucido

A
  • pH acido (menor ou igual a 7,3)
  • glicose acima de 250mg/dL
  • bicarbonato diminuido
  • AG maior que 12 (aumentado)
  • cetonas urinarias +

Cetoacidose diabetica é mais frequente em DM 1 (apesar de poder acontecer em DM2). Nela a falta de insulina a que a célula é submetida faz com que a glicose não entre para dentro da célula. Com isso, há aumento dos niveis de glicose serico (hiperglicemia).
As células começam a degradar lipidios e formar os corpos cetonicos: aectoacetato e beta-hidroxibutirato, que são acidos não mensuraveis, que aumentam o anion GAP (AG). Quando o AG aumenta, na tentativa de manter o equilibrio eletrolitico, o bicarbonato cai –> acidose metabolica normocloremica com AG aumentado (maior que 12). Gliose acima de 250 mg/L ja justifica cetoacidose.

27
Q

Como se apresenta o HHS em laboratorios ?

O estado mental do paciente se encontra rebaixado

A
  • Glicose acima de 600mg/dl
  • pH basico (maior que 7,3)
  • Ag variavel
  • Cetonas urinarias - ou pequenas
  • osmolaridade serica/ Na aumentado

Estado de hiperosmolaridade hiperglicemica: existe uma certa quantidade de insulna mas esta não é suficiente. Pacientes evoluem com hiperglicemia importante - diurese osmotica e desidratação (Na sobe).
Não apresenta acidose e as cetonas são geralmente negativas.
TTO - muita hidratação e menos insulina, além de corrigir o Na serico.

28
Q

Quais estudos laboratoriais fazemos nos casos de cetoacidose e HHS ?

A
  • glicose
  • gasometria arterial ou pH venoso
  • eletrolitos
  • função renal
  • cetonas urinarias ou sericas
  • hemograma completo
  • ECG
29
Q

Como se faz o manuseio de cetoacidose diabetica ?

A
  • liquidos
  • insulina
  • eletrolitos

  • Liquidos
    -Cristaloides: bolus inicial de 30-40ml/kg nas primeiras 2h. Nas próximas 6-12h, repor bolus extras de cristaloide até chegar a 80-100ml/kg. Normalmente faz 5-8L.
  • insulina
    -Dose de ataque de insulina regular: bolus de 0,1-0,15 U/Kg, EV
    -Depois, infusão de insulina regular: 0,1 U/kg/h – até reverter a acidose/normalizar o AG, e não até
    normalizar a glicemia
    Adicionamos a glicose aos liquidos quando baixar de 250-300 mg/dL
  • eletrolitos
    -Se o potássio < 3,3 mmol/l adiar a insulina e repor o potássio previamente (risco de arritmia) - raro;
    -Adicionar potássio aos líquidos se o potássio for > 3,3, porém <5 mmol/L → reposição preventiva;
    -Medir o K+ a cada 6h.
30
Q

Quais são causas de hiperglicemia na doença grave ?

A
  • choque septico
  • politrauma
  • pos-operatorios de grandes cirurgias

Os pacientes dos casos acima podem ter hipoglicemia sem serem diabeticos. Como forma de descompensação. Diferente de cetoacidose e HHS.

tto com infusão continua de insulina - insulina regular (se grave EV) até corrigir a glicemia.

meta de glicemia :
* 80-110 mg/dL
* 140-180 mg/dL
* < 150 mg/dL

temos estudo de caso no drive