SEPSE Flashcards
Definição atual de sepse
Disfunção orgânica causada por infecção associada a uma resposta descontrolada do hospedeiro.
Presença de infecção suspeita ou confirmada associada com uma alteração aguda no escore SOFA de 2 pontos ou mais.
Como identificar a disfunção orgânica (2)
- Escore SOFA (quando aumento de 2 pontos)
- Presença da própria disfunção orgânica
Quais são as disfunções orgânicas?
SNC (3), coração (2), rim (2), pulmão (2), fígado (2), sangue (2), + 1
SNC:
- Alteração da consciência
- Confusão
- Delirium
Coração:
- Taquicardia
- Hipotensão (PAS<90 ou PAM<70)
Rim:
- Oliguria
- Aumento creatinina (>2)
Pulmão:
- Taquipneia
- PaO2/ FiO2 ≤ 300
Fígado:
- Bilirrubinas > 2
- Aumento enzimas hepáticas (TGO, TGP, FA, GGT)
Sangue:
- Plaquetas <100 mil
- Aumento TP/ INR > 1,5x normal
Aumento do lactato
TRIAGEM da sepse (identificação precoce da sepse) - 2
- qSOFA
- NEWS (Pontuação de Alerta Precoce Nacional)
NEWS e qSOFA NÃO são para diagnosticar sepse, são para SUSPEITAR que o paciente pode evoluir para sepse = são usados na TRIAGEM
Escore qSOFA
Local mais utilizado e parâmetros (3)
Mais útil em pacientes com SUSPEITA de sepse FORA DA UTI
COMPONENTES DO ESCORE:
- Alteração do nivel de consciencia
- PAS ≤ 110 bpm
- FR ≥ 22 irpm
Critério positivo = ≥ 2 pontos
Macete: CPF DA SISTER
C - consciencia
P - pressão SIStolica
F - frequência respiratoria
Parametros do SIRS (4)
- Temperatura > 38º C ou <36º C
- FR > 20 irpm
- FC > 90 bpm
- Leucócitos > 12.000 ou <4.000 ou > 10% de formas jovens
Quais são as 3 disfunções principais, mais comuns e graves?
- Síndrome do desconforto respiratório agudo
- Insuficiência renal aguda
- Coagulação intravascular disseminada.
Fatores de risco para sepse
- Admissão na UTI
- Bacteremia
- Idade avançada (65 anos ou mais)
- Imunossupressão
- Diabetes e câncer
- PAC
- Hospitalização anterior
- Fatores genéticos
Tratamento da sepse (objetivos de cuidados do paciente séptico) - 7
- Identificação precoce de pacientes com risco de sepse
- Diagnóstico precoce da sepse
- Monitorização não invasiva
- Oxigênio se necessário
- Antibiótico precoce e correto – identificação foco, MAIS IMPORTANTE
- Acesso venoso e ressuscitação volêmica - se necessário
- Vasopressores - se necessario
São prioridades terapêuticas na sepse e no choque séptico:
coletar (5)
- Proteger as vias aéreas
- corrigir a hipoxemia
- estabelecer acesso vascular para a administração precoce de fluidos e antibióticos.
- Coletar:
- lactato sérico
- gasometria arterial
- hemoculturas de 2 locais distintos de punção venosa e de todos os dispositivos de acesso
- culturas de locais de fácil acesso (por exemplo, expectoração, urina) e
- imagens de fontes suspeitas.
- As hemoculturas devem ser colhidas antes do início dos antibióticos.
Variáveis utilizadas para monitorização da ressuscitação com fluidos (5)
e metas
- Melhora da perfusão: meta TEC <3s
- DU: meta ≥ 0,5 ml/kg/h
- PAM ≥ 65
- US de sala de emergencia
- Lactato arterial ou venoso central
O que deve ser feito na 1ª hora do diagnóstico da sepse?
Culturas e antibiótico (se choque séptico)
Ressuscitação inicial na sepse
30 mL/kg de RL nas primeiras 3 horas
Medidas para orientar a ressuscitação volêmica (4)
TEC, FC, PAM, lactato
Alvo de PAM
alvo inicial de PAM ≥ 65 mmHg
Tempo para a admissão ao cuidado intensivo para sepse ou choque séptico
Admitir os pacientes na UTI em até 6 horas.
Para pct com SUSPEITA de sepse ou choque séptico, mas com INFECÇÃO NÃO CONFIRMADA ….
Reavaliar continuamente e buscar diagnósticos alternativos
Para pct com POSSÍVEL choque séptico ou ALTA PROBABILIDADE de sepse –>
Administração de antimicrobianos imediatamente
- Choque séptico – em até 1 hora
- Suspeita de Sepse sem choque em até 3 horas (ainda em dúvida, sem certeza se é sepse)
POSSÍVEL sepse sem choque –>
Avaliação RÁPIDA da probabilidade de causas infecciosas x não infecciosas de doença aguda.
Avaliar diagnósticos alternativos: TEP, IAM, etc.
Curso limitado de investigação rápida e, se a preocupação com a infecção persistir, a administração de antimicrobianos dentro de 3 horas a partir do momento em que a sepse foi reconhecida pela 1ª vez.
Antibiótico em paciente com sepse ou choque séptico
- alto risco de MRSA
- baixo risco de MRSA
- alto risco para MDR
- baixo risco de MDR
- alto risco de infecção fúngica
- Alto risco de MRSA –> ATB empírico com cobertura de MRSA (ex. Meropenem + vanco)
- Baixo risco MRSA –> nao cobrir MRSA
- Alto risco MDR –> 2 ATB empírico com cobertura de Gram-negativo
- Baixo risco MDR –> 1 ATB empírico com cobertura de Gram-negativo
- Alto risco infecção fúngica –> terapia antifúngica empírica
Descalonamento do antimicrobiano na sepse
Avaliação diária para descalonamento de antimicrobianos em vez de usar durações fixas de terapia sem reavaliação diária para descalonamento
Controle adequado da fonte –> uso de terapia antimicrobiana de curta duração (max. 5-7d, exceto BACTEREMIA POR STAPHYLOCOCCUS E ENDOCARDITE)
Controle adequado da fonte, onde a duração ideal da terapia não é clara –> usar procalcitonina + avaliação clínica
Gestão Hemodinâmica na sepse
Ressuscitação
30 ml/kg de RL
Se precisar de mais que isso: albumina
Gestão Hemodinâmica na sepse
Vasopressor (1ª linha)
1ª linha = norepinefrina
Refratario a nora = + vasopressina
Refratario a nora e vaso = + epinefrina
Devem ser concluídos em até 3 hrs na sepse (5)
• Dosar o lactato
• Obter culturas
• Administrar antibióticos
• Administrar RL 30 mL/Kg em paciente com hipotensão e lactato ≥ 4mmol/L
• Noradrenalina para manter PAM ≥ 65mmHg se a hipotensão não responder a fluidos. Nova dosagem do lactato se o inicial estiver elevado