ITU Flashcards

1
Q

O que é bacteriuria assintomática?

A

Assintomático urinário com ≥105 UFC/mL (≥108 UFC/L) na urocultura

Mulher: 2 amostras consecutivas com a contagem dentro de 2 semanas preferencialmente

Homem: 1 amostra de urina com o isolamento de 1 único organismo.

Paciente com cateter: Urina cateterizada com 1 espécie bacteriana isolada em uma contagem quantitativa ≥105 UFC/ml. Entre 102 e 105 UFC = talvez

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2
Q

Quem deve ser rastreado para BA? (ÚNICAS SITUAÇÕES EM QUE TEM QUE FAZER UROCULTURA EM ASSINTOMÁTICOS) (2)

A
  • Gestantes no 1º trimestre da gestação
  • Pacientes que vão se submeter a tratamento urológico
    (com possibilidade de sangramento, devido ao risco de migrar para o sangue e causar sepse)
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3
Q

TTO e profilaxia BA gestante

A

Fosfomicina 3g DU

Nitrofurantoína 100mg 6/6 por 5 dias (nao usar após 37ª semana)

Profilaxia: (continuo ou pós-coito)
- Nitrofurantoína 100mg
- Cefalexina 250mg

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4
Q

TTO BA geral

A
  • Fosfomicina (Monuril®, Traturil®) – DU, CARO
  • Nitrofurantoina – Macrodantina®– 100mg de 6/6 horas
    7 dias
  • Se sensibilidade: Cefalexina ou Ampicilina (4 a 7 dias)
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5
Q

Fatores de risco para ITU por gram negativos multirresistentes (4)

A

Nos últimos 3 meses:
- Pacientes com SVD
- Uso prévio de quinolona (ou sulfa trimetropim ou betalactamico de amplo espectro - cefalosporina de 3ª geração ou posterior)
- Isolamento prévio de MDR (ex. Pseudomononas resistente a fluoroquinolonas)
- Hospitalização recente

NESSES CASOS, USAR CARBAPENEMICOS

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6
Q

quais as manifestações clinicas da cistite?

A
  • Disúria
  • Polaciúria
  • Urgência urinária
  • Dor supra púbica
  • Hematúria
  • Idosos podem ser menos sintomáticos – pode evoluir
    com RNC, principalmente se com problema neurológico
    prévio
  • Febre na cistite é rara (é comum na pielonefrite)
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7
Q

Cistite em mulheres - diagnóstico

A

Diagnóstico clínico: sintomas clínicos + excluir pielonefrite
Diagnóstico laboratorial:
- Solicitar EAS + urocultura + antibiograma
- não é necessária no 1º episódio
- é necessária se fatores de risco para microrganismos
multirresistentes
- EAS ≥ 10 leucócitos/microL

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8
Q

Cistite em mulher - diagnóstico diferencial (4)

A
  • Vaginite
  • Uretrite
  • Síndrome da bexiga dolorosa
  • Doença inflamatória pélvica
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9
Q

Cistite em mulher - etiologia (8)

A

Etiologias mais comuns
* Enterobacteriaceae
* E. Coli (75 a 95%)
* Klebisiella pneumoniae
* Proteus mirabilis
* Staphylococcus saprophyticus (na mulher)

Etiologias mais raras, associadas a fatores de risco
(manipulação do trato urinário, imunossuprimidos etc.)
* Pseudomonas
* Enterococcus sp
* Staphylococcus

OBS.: S. aureus não vem por via baixa, vem do SANGUE, fazendo infecção sistêmica – alerta para bacteremia

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10
Q

TTO de cistite em mulher

A

Clínica de ITU + excluído pielonefrite –> sem risco de MDR –> TTO empírico –> Nitrofurantoína (1ª escolha), Fosfomicina, Pivemicilina

Clínica de ITU + excluído pielonefrite –> risco de MDR –> CULTURA (mas já inicia o TTO empírico) –> de acordo com resultado de cultura anterior –> Ceftriaxona, cefepime, Piepracilina + tazobactan, ertapenem, meropenem (em ordem de preferencia)

Se nao puder fosfomicina ou nitrofurantoina: Ceftriaxona (empirica)

Se nao puder betalactamico (ceftriaxona): Ciprofloxacino

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11
Q

Cistite em homens - clinica (8)

A
  • Disúria
  • Polaciúria
  • Urgência urinária
  • Dor supra púbica
  • Hematúria
  • Idosos podem ser menos sintomáticos
  • Prostatite – dor pélvica ou dor perianal
  • Febre (pensar em complicações ou prostatite)
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12
Q

Qual exame recomendado para confirmar o diagnóstico de ITU em homem?

A

Urocultura: ≥ 103 UFC/mL uma espécie predominante.

EAS: ausência de piuria –> pensar em diagnóstico alternativo

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13
Q

Cistite em homens - etiologia (3)

A
  • E. coli
  • Klebisiella sp
  • Proteus mirabilis
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14
Q

Cistite em homens - FR (2)

A
  • intercurso anal
  • falta de circuncisão
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15
Q

Cistite em homens - diagnóstico diferencial (2)

A
  • Prostatite
  • Uretrite:
    - Neisseria gonorrhoeae
    - Chamydia trachomatis
  • Podem estar associadas: cistite e uretrite
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16
Q

Tratamento da cistite simples em homens e prostatite

A

TTO da cistite:
* Nitrofurantoina 100 mg VO de 6/6 horas por 5 a 7 dias OU
* Fosfomicina 3g VO oral + água – DU

TTO da prostatite
* Tempo de tratamento de 4 a 6 semanas (avaliar VHS e PCR) e ausência de sintomas
* Ceftriaxona 2g 1x ao dia OU Ciprofloxacino 500mg 12/12 horas (ATBS com maior concentração prostática) por 4 semanas – se sensível

17
Q

O que é cistite recorrente?

A
  • Mais que 3 episódios de ITU em 1 ano
  • 2 episódios em 6 meses
18
Q

Quais os FR para cistite recorrente?

A

Fatores de risco comportamentais
* Intercurso sexual e uso de diafragma com espermicida
* Uso de espermicida durante o ano passado
* Ter um novo parceiro sexual durante o ano passado
* Primeira ITU com ou antes de 15 anos de idade
* Ter uma mãe com uma história de UTIs

Fatores de risco urológicos (+comum em mulheres mais
velhas)
* Incontinência urinária
* Presença de um cistocele
* Urina residual pós-miccional

Fatores genéticos e biológicos
* Colonização vaginal por uropatógenos

19
Q

Qual a microbiologia da cistite recorrente

A
  • Enterobacteriaceae
    - E. coli
    - Klebisiella sp
  • Enterococcus
  • S. saprophyticus (em mulheres)
20
Q

Diferença: Reinfecção X recidiva

A

REINFECÇÃO: nova infecção após a erradicação da anterior (após 2 semanas). Outra bactéria

RECIDIVA: emergência da infecção anterior, que foi erradicada de forma incompleta. Mesma bactéria anterior

A infecção recorrente exige uma avaliação urológica mais extensa

21
Q

Indicação da TC na cistite recorrente (4)

A
  • Infecção recidiva
  • Isolamento repetido de Proteus spp, que é frequentemente associado a nefrolitíase
  • História de cálculos renais
  • Hematúria que persiste após a erradicação da infecção
22
Q

Indicação de avaliação ureginecológica na cistite recorrente (3)

A
  • prolapso
  • incontinência
  • esvaziamento vesical incompleto
23
Q

Prevenção da cistite recorrente (comprovados - 4)

A
  • Aumentar a ingesta de água
  • Higiene (uso da ducha higiênica)
  • Pós menopausa: estrógeno vaginal (se contraindicação, usar lubrificantes a base de ácido hialurônico)
  • Mudança de método contraceptivo (parar de usar espermicida)
24
Q

Antibiótico profilaxia continua da cistite recorrente

A
  • Nitrofurantoina
  • Sulfa/trimetoprim
  • Cefalexina

Ver a sensibilidade

25
Q

O que é ITU complicada?

A

Qualquer infecção urinaria alta

26
Q

ITU complicada - clínica

A
  • Febre ≥ 37,8º C
  • Calafrios (mt comum), mal-estar, queda do estado geral
  • Dor lombar
  • Sensibilidade no ângulo costo-vertebral
  • Dor pélvica ou perineal no homem

Sintomas em pacientes graves
* Dor abdominal difusa
* Náuseas e vômitos
* Dispneia e desconforto para respirar
* Hipotensão

27
Q

Quais são as ITU’s definidas como complicadas? (5)

A
  • Infecção urinária que se se estendeu além da bexiga
  • ITU com febre ou outros sintomas sistêmicos
  • Pielonefrite suspeita ou documentada
  • ITU com sepse
  • ITU com bacteremia
28
Q

FR para ITU complicada

A

Pacientes com cistite associado aos fatores de risco:
* Diabetes
* Gestação
* Sintomas há mais de 7 dias
* Infecções hospitalares
* Insuficiência renal
* Comprometimento da defesa do hospedeiro
* Obstrução urinária
* Doença neurológica causando retenção urinária
* Transplante renal
* Corpo estranho: cálculo, cateter
* Instrumentação urinária recente
* Anormalidades anatômicas
* História de ITU na infância
* Presença de cateteres
* Bactéria multirresistente

29
Q

Fatores de risco para infecções por BGN multirresistentes (MDR)? (4)

A
  • Um isolado urinário gram-negativo multirresistente
  • Internação prévia
  • Uso de antibióticos amplo espectro prévio (cipro)
  • Viajem para partes do mundo com altas taxas de organismos resistentes a múltiplos fármacos.
30
Q

ITU complicada - apresentação clínica

A

Os sintomas e sinais de pielonefrite classicamente incluem febre, calafrios, dor no flanco, sensibilidade no ângulo costovertebral e náusea/vômito.

Os sintomas da cistite estão frequentemente, mas não universalmente presentes.

Sintomas atípicos também foram descritos, com alguns pacientes queixando-se de dor no epigástrio ou abdome inferior.

IMPORTANTE: como reconhecer ITU em paciente com bexiga neurogênica (não tem dor na bexiga)?

Pacientes com lesão medular e bexiga neurogênica podem apresentar disreflexia autonômica e aumento da espasticidade –> movimentos anormais dos MMII, câimbras

Pacientes idosos ou debilitados podem apresentar sinais ou sintomas mais generalizados de infecção (por exemplo, febre e calafrios) sem sintomas claros localizados no trato urinário.

31
Q

Complicações da ITU complicada (6)

A
  • Bacteremia
  • Sepse
  • Choque séptico
  • Falência de múltiplos órgãos
  • Insuficiência renal aguda
  • Urossepse (infecção urinária + disfunção organiza/ critério de sepse)
32
Q

Diagnóstico ITU complicada

COMPLETAR

A

Sinais e sintomas + evidência de leucocitúria e ou bacteriúria.

PIELONEFRITE = CULTURA DO SANGUE E URINA E ANTIBIOGRAMA SEMPRE!!!!!

EAS + urocultura + Antibiograma

33
Q

Exames complementares na ITU complicada

A

Exames Gerais
* Hemograma completo
* PCR

Exames – avaliação sistêmica (se suspeita de sepse)
* Hemocultura
* Ureia e creatinina
* Bilirrubinas Totais e frações
* TGO e TGP
* TAP e PPTA
* Radiografia de tórax

34
Q

Exames de imagem complementares na ITU complicada

A

ULTRASSONOGRAFIA
* utilizada para identificação de cálculos e suas repercussões no trato urinário, nos rins policísticos, nas coleções e nos abscessos
* Reservado para 48 a 72 horas após terapia adequada OU na suspeita de obstrução

TOMOGRAFIA
* Raramente está indicada na investigação de ITU.
* É utilizada para descartar a presença de abscesso perinefrético e tem maior sensibilidade na identificação de cálculos.
* melhor exame para obstrução

URETROCISTOGRAFIA MICCIONAL
* não é indicada na avaliação de ITU em adultos, com exceção de ITU recorrente em paciente transplantado renal, para afastar refluxo vesicoureteral (RVU) ao rim transplantado.
* Em crianças abaixo de 2 anos é o padrão de referência para diagnóstico de RVU e está indicada, juntamente com a urografia excretora, para investigação de ITU recorrente

35
Q

Exames de imagem na ITU complicada, QUANDO fazer? (2)

A
  • Sepse ou
  • Suspeita de obstrução