Semiologia Flashcards

1
Q

Explique a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP)

A

É uma doença associada a uma obstrução crônica de arterias, geralmente no membro inferior (ilíaca ou femural). Costuma ocorrer ou por uma lesão de acometimento endotelial que gere um trombo, ou uma placa de ateroma que vai se afixando na parede do vaso e causando microlesões que culminam para o rompimento da barreira do vaso.

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2
Q

Cite os sintomas da DAOP

A
  • Claudicação > dor em MMII por isquemia, costuma intensificar na panturrilha
  • Presença de frêmito e sopro
  • Diminuição dos pulsos
  • Disfunção erétil
  • Hipotrofia de coxa e perna
  • Palidez
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3
Q

Na DAOP, a claudicação pode evolir para uma…

A

Isqumia crítica de membro inferior (ICMMII)
Nesse caso, há uma dor forte, especialmente na panturrilha, a qual indica que a isquemia está se alastrando e tomando uma proporção de irreversibilidade. Pode evoluir para uma necrose gangrenosa na região

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4
Q

O que diferencia da isquemia crítica de MMII e a diabetes?

A

Além do paciente diabético usualmente evoluir para um quadro neuropático, ador na diabetes não melhora a depender da posição dos pés a depender da gravidade. Já o paciente na DAOP com isquemia crítica de membro inferior, terá a dor diminuída se apoiar os pés para baixa na cama, por exemplo > aumentando a irrigação na região

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5
Q

Quais exames podem ser requeridos na DAOP?

A
  • Ultrassom com doppler
  • Angiografia em TC
  • Angiografia em RM
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6
Q

O que é a OAA?

A

É uma oclusão arterial aguda de qualquer artéria, geralmente tende a gerar um quadro mais crítico em artérias de maior calibre e funcionalidade para o corpo. Como o nome mesmo diz, ocorre de forma abrupta, seja pela formação de um trombo ou deslocamento de um êmbolo. Nessa patologia, a passagem adequada de sangue está muto prejudicada

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7
Q

Quais são os sintomas associados a OAA?

A
  • Dor
  • Ausência de pulso
  • Hipotermia > cianose
  • Parestesia > anestesia > paralisia
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8
Q

Qual o risco associado a perda da percepção tátil em um paciente com oclusão arterial aguda?

A

É um indicativo de alterações irreversível, já que as porções sensitivas são muito sucetíveis a necrose.

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9
Q

Por que um paciente com uma oclusão arterial aguda, mesmo qu em uma região periférica não poderia se considerar DOAP?

A

Porque quando se trata de uma oclusõ aguda, ocorre em dois tipos de situações:
1. Formação de um coágulo onde não havia alteração tecidual por aterosclerose
2. Local onde está presente um êmbolo, mesmo que advindo de uma placa de ateroma, porém não na região onde a placa foi instaurada e estruturada colateralmente

Já DAOP é uma construção crônica da patologia na parede do vaso.

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10
Q

Por que um paciente com uma obstrução arterial grave tem o indicativo de amputação sem tentativa de revascularização?

A

Porque há um risco grave com a reperfusão de hiperpotassemia e acidemia.

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11
Q

O que é um aneurirsma? Por que ele ocorre?

A

É uma dilatação arterial, que deve ser ao mesmo 1,5x maior do que o seu diâmetro inicial. Ocorre por um aumento da complacência e diminuição da elastância, ou seja, as paredes se tornam fracas e assim tendem a aumentar de tamanho pelo excesso de pressão sofrida, geralmente associada a uma baixa irrigação da propria artéria (vasa vasorium)

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12
Q

Qual a região que ocorre 90% dos aneurismas no corpo humano?

A

Entre as artérias renais e a bifurcação das ilíacas. Por isso o aneurisma de aorta abdomnal é o mais comum ao se falar de aneurisma arterial

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13
Q

Quais sintomas estão associados a um aneurisma de aorta abdominal?

A
  • Abaulamento pulsátil
  • Presença de sopro e frêmito > por fluxo estar turbilhonar
  • Parestesia e dor > por compressão nervosa
  • Edema > por compressão venosa
  • Complicações isquêmicas
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14
Q

O que é o ataque isquêmico transitório (AIT)?

A

É uma obstrução transitória, comumente carotídea, que gera a presença de sopros e frêmitos e diminuição do pulso carotídeo. Pode gerar sinais de perda neuronal, como um déficit de memória, déficit motor, sensitivo…

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15
Q

O que são varizes? Como podemos chamar essa patologia qando localizada: na bolsa espermática, no esôfago e no ceco?

A

São o acúmulo de sangue venoso no vaso, gerando uma dilatação em decorrência da congestão. Ocorre pela diminuição de porção muscular lisa e consequente aumento de complacência, gerando um afrouxamento da estrutura do vaso.

Varicocele, varizes de esôfago e hemorróida.

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16
Q

Quais são os principais sintomas associados a varizes?

A
  • Dor em peso
  • Sensação de queimação por compressão nervosa
  • Parestesia
  • Edema na região
  • Lipodermoesclerose
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17
Q

Como ocorre o processo de formação de úlceras varicosas?

A

Com o acúmulo de sangue venoso no vaso, há uma migração desse sangue para a porção subcutânea pela diferença de pressão. Esse acúmulo gera um processo inflamatório > lipodermoesclerose, formando uma coloração mais escura na região (dermatite ocre) a ual evolui para a formação de úlceras varicosas, ou seja, restam porções necrosadas a partir do deslocamento do conteúdo infeccioso, restando uma escavação.

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18
Q

Explique características semiológicas da diabetes

A
  • Tendência a hipertensão, pelo aumento da viscosidade do sangue, tendência de formação de placas de ateroma e acúmulo de glicose no sangue
  • Lentifica a cicatrização
  • Gera uma diminuição da imunidade inata do organismo
  • Pode gerar um quadro de isquemia por obstrução, especialmente nos MMII > pé diabético
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19
Q

Explique como se forma uma úlcera diabética

A

O paciente não possui uma boa imunidade, nem uma boa protocepção, nem acuidade visual > maiores são as chances de gerar uma lesão > possui uma diminuição da sensibilidade, de forma a demorar a perceber a lesão > possui uma má cicatrização, tendo em vista a má circulção > como não ocorre a irrigação devida, vão se formando úlceras neuropáticas que não se cicatrizam > vai se formando um processo infeccioso que, se não cicatrizado, irá necrosar > assim forma-se uma necrose gangrenosa, quando já houve morte celular e é necessário amputação do membro para a não disseminação da inflamação

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20
Q

Quais são os possíveis componentes da sindrome do desfiladeiro?

A
  1. Síndrome do escaleno > compressão do músculo escaleno
  2. Síndrome do pinçamento costoclavicular > com compressão entre a primeira costela e a clavícula
  3. Síndrome da hiperabdução > compressão do ligamento do peitoral menor
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21
Q

O que é a manobra de Adson?

A

É uma manobra que consiste na evelação e rotação cervical em direção ao membro analisado. Com esse movimento, se houver compressão em primeiro compartimento da sídrme do desfiladeiro, o estetoscópio irá evidenciar sopro na região do M. escaleno, bem como evidenciar diminuição do pulso radial, e o paciente se queixará de dor

22
Q

O que é a manobra costoclavicular?

A

uma manbra que consiste em solicitar que o paciente se mantenha em “posição de soldado”, impulsionando o gradil costal, pois se houver compressão no segundo compartimento na síndrome do desfiladeiro, o paciente irá se queixar de dor, parestesia e haverá sopro na região, bem como diminuição do pulso radial

23
Q

O que é a manobra da hiperabdução?

A

Consite em hiperabduzir o braço do paciente com suspeita e compressão no terceiro compartimento na síndrome do desfiladeiro. Evidenciando dor por parte do paciente e o avaliador irá evidenciar uma diminuição do pulso radial no membro hiperabduzido

24
Q

No caso da síndrome do estaleno, pode se suspeitar de…

A

Uma anormalidade na coposição óssea, como a presença de uma costela adicional, gerando juntamente essa compressão. Por isso, poderia ser requerida uma Rx de tórax para avaiar o aspecto ósseo do paciente

25
Q

Por que uma eletroneuromiografia ode ser útil na síndrome do desfiladeiro?

A

Porque, através de eletrodos no local comprimido, pode-se evidenciar o grau de acometimento nervoso naquela região

26
Q

O que é um trauma vascular e quais são os seus principais riscos envolvidos?

A

É qualquer trauma que atinge vasos arteriais, especialmente aqueles de maior calibre. Sendo assim, há risco, não somente de uma hemorragia (seja ela exposta ou não), como também de infecções por extravasamento desse sangue em outros compartimentos. Além disso, a lesão vascular, se tiver acometido a camada intima, tende a formar um trombo. Portanto, o risco de isquemia é não somente pela diminuição da volemia pela dissipação do sangue, como por um trombo que interrompa o fluxo

27
Q

Quais parâmetros analisar em caso de trauma vascular?

A

Analisar a PA, pois ainda que não haja sangue visível, pode haver uma hemorragia interna. Se houver hipotensão grave, deve-se conter esse sangramento.

Além disso, avaliar a circulação desse paciente, se houver a presença de um sopro forte, indica uma compressão arterial que vem a gerar uma isquemia grave. Nesse caso, prevalecem os 5 P’s da OAA:
- Pain (dor)
- Palidez
- Pulso diminuído ou abolido
- Parestesia > ou anestesia, já que os nervos sensitivos são muito sensíveis a isquemia, indicando perda irreversível
- Paralisia > sinal grave de isquemia

28
Q

Ao todo, quais são as 9 patologias estudadas em semiologia cardiovascular?

A
  • DAOP > doença arterial oclusiva periférica
  • OAA > oclusão arterial aguda
  • Aneurisma arterial
  • AIT > acidente isquêmico transitório
  • Diabetes
  • Varizes
  • Síndrome do desfiladeiro
  • Trauma vascular
  • DAC > doença arterial coronária
29
Q

O que é a DAC (doença arterial coronariana)

A

É uma patologia em que a oferta cardíaca é menor do que a demanda, levando a uma insuficiência. Costuma ser secundária a uma aterosclerose, tabaco ou hipertensão.

30
Q

O ECG determina o tipo de doença arterial coronariana a partir do segmento ST. Explique

A

Em um IAM com elevação de segmento ST, ocorre a oclusão total do vaso > geralmente por rompimento da placa de ateroma, levando a uma lesão endotelial e exposição de fatores da coagulação.

Em um IAM sem elevação de ST, trata-se de uma oclusão parcial de uma artéria coronariana > pode ocorrer por exemplo por uma ruptura de uma porção ateromatosa, levando a formação de êmbolos

31
Q

Quais são os sintomas comuns, tanto no IAMST, quanto no IAMSST

A
  • Dor aguda, lancinante na região medioesternal > pode irradiar para ombro, pescoço e membro superior direito
  • Parestesia
  • Dispneia
  • Náusea
  • Pré-sincope
32
Q

Descreva o teste de Roos e diga sua função

A

Deve-se solicitar uma abdução dos braços do paciente, bem como flexão do cotovelo e rotação lateral das mãos. Esse é mais um teste da síndrome do desfiladeiro

33
Q

O que deve ser analisado na inspeção de tórax?

A

Estática > forma do tórax
Dinâmica > FR, ritmo, amplitude e simetria respiratórios

34
Q

O que deve ser analisado na palpação do tórax?

A

Integridade do tórax
Expansibilidade (apical e basal)
Frêmito toracovocal (anterior e posterior)

35
Q

Quais são os possíveis sons percebidos na percussão?

A
  • Timpânico
  • Claro pulmonar
  • Submaciço
  • Maciço
36
Q

Quais são os possíveis sons percebidos na ausculta?

A
  • Brônquico
  • Traqueal
  • Broncovesicular
  • MV
37
Q

Em uma patologia, o que pode ser percebido de diferente na palpação do tórax?

A

Se houver a presença de uma massa densa, como uma consolidação no parênquima, a percepção tátil desse som estará aumentada no FTV. Já se houver um derrame ou um pneumotórax, os quais representam uma barreira entre a percepção tátil e o espaço do parênquima, gera uma diminuição do FTV.

38
Q

Em uma patologia, o que pode ser evidenciado na percepção do tórax?

A

Hipertimpanismo na região que deveria ter som claro pulmonar, por acúmulo de ar na região > enfisema pulmonar, pneumotórax

Macicez ou submacicez na região que deveria ter som claro pulmonar por acúmulo de um líquido ou massa/nódulo na região > derrame pleural, hemotórax…

39
Q

Existem sons anormais em caso de patologia, podem ser contínuos ou descontínuos. Explique

A

Contínuos prolongam-se durante todo ciclo respiratório, enquanto os descontínuos são característicos de uma fase respiratória

40
Q

Quais são os 3 sons anormais descontínuos da semiologia respiratória?

A
  • Estertores finos
  • Estertores grossos
  • Atrito pleural
41
Q

Explique os estertores finos

A
  • Som descontínuo
  • De curta duração
  • Alta frequência
  • Ocorre no final da expiração
  • Em decorrência da alta pressão exercida por acúmulo de líquido, massa ou exudato no parênquima
42
Q

Qual som anormal é comum no edema de pulmão?

A

Estertores finos

43
Q

Qual som anormal é comum nas bronquites e bronquiectasias?

A

Estertores grossos

44
Q

Explique os estertores grossos

A
  • Som anormal descontínuo
  • Baixa frequência
  • Longa duração
  • Meio para final da inspiração
  • Ocorre por acúmulo de líquido infeccioso no parênquima
45
Q

Explique o atrito pleural

A

É um som anormal pelo atrito descontínuo das pleurais visceral e parietal, comumente associado a pleurite pelo acúmulo de exsudato na região

46
Q

Quais são os 3 sons anormais contínuos na semiologia respiratória

A
  • Roncos
  • SIibilos
  • Estertores
47
Q

Diferencie roncos e sibilos

A

Ainda que ambos sejam sons anormais contínuos, acontecem por broncoconstricção. Porém os roncos são sons graves e tendem a acometer brônquios de maior calibre, enquanto os sibilos são sons de maior frequência, ou seja, mais agudos e tendem a acontecer por broncoconstricção de bronquíolos terminais

48
Q

Explique o estridor

A

Constricção da laringe ou traqueia, acontece de forma contínua.

49
Q

Explique a ressonância vocal

A

É a percepção das palavras faladas durante o exame da auscuta, um indivíduo sadio deve gerar uma broncofonia > ausência de entendimento das palavras, justamente porque o parênquima absorve o som

50
Q

Explique a broncofonia, pectorilóquia fônica e pectorilóquia afônica

A
  1. Não é possível entender as palavras faladas
  2. É possível entender as palavras faladas
  3. É possível entender as palavras sussurradas