Seminario 4 Flashcards

1
Q

Qual é uma das principais funções dos rins?

A

A manutenção do volume e da tonicidade do fluido extracelular (FEC), independentemente das variações diárias na ingestão de sal e água.

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2
Q

Como se relaciona a regulação do volume e da tonicidade do FEC?

A

• A regulação do volume está primariamente associada ao balanço de sódio.
• A regulação da tonicidade está essencialmente ligada ao balanço de água.

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3
Q

O que compõe o Fluido Extracelular (FEC)?

A

Inclui todos os líquidos fora das células, como plasma, linfa e líquido intersticial (MEC).

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4
Q

O que é o Volume Circulatório Efetivo (VCE)?

A

É o volume dentro do espaço vascular que perfunde os tecidos, garantindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes às células.

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5
Q

Por que o VCE deve ser tao finamente regulado?

A

Se um tecido deixa de ser perfundido, ele entra rapidamente em sofrimento celular, podendo ocorrer morte celular caso o fluxo sanguíneo não seja restaurado.

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6
Q

Como o corpo ajusta o Volume Circulatório Efetivo (VCE)?

A

Ajustando a retenção e a excreção de sódio e água, processo no qual os rins desempenham um papel fundamental.

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7
Q

Qual é o principal determinante do volume corporal (FEC)?

A

O sódio, pois sua associação com ânions exerce uma grande força osmótica, atraindo água.

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8
Q

Alem de responder ss proximas, va na pagina 215 e faca o passo a passo do raciocinio e depois leia tudo de novo.

A
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9
Q

Qual a relação entre a excreção renal de sódio e a regulação do volume circulatório eficaz (VCE)?

A

A excreção renal de sódio é o principal fator na regulação do volume circulatório eficaz (VCE), pois o sódio atrai água osmoticamente. Assim, uma menor excreção de sódio reduz a perda de água e aumenta o VCE, enquanto uma maior excreção de sódio reduz o volume extracelular.

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10
Q

Como a queda do VCE é detectada e quais mecanismos são ativados?

A

Uma queda no VCE (como em uma hemorragia) é detectada por barorreceptores de baixa pressão, que enviam sinais ao Sistema Nervoso Central (SNC). O SNC ativa o Sistema Nervoso Simpático (SNS), resultando em vasoconstrição generalizada para elevar a pressão arterial e em vasoconstrição das arteríolas renais, reduzindo o fluxo sanguíneo renal (FSR) e o ritmo de filtração glomerular (RFG).

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11
Q

Como a ativação do SNS influencia a excreção renal de sódio?

A

A ativação do SNS reduz o FSR e o RFG, o que diminui a formação de ultrafiltrado. Com menos filtrado sendo produzido, há uma menor quantidade de sódio sendo excretada na urina. Além disso, o SNS estimula a liberação de renina pelas células justaglomerulares, ativando o SRAA e aumentando ainda mais a reabsorção de sódio.

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12
Q

Como o SRAA é ativado e qual a sua importância na regulação do volume?

A

O SRAA pode ser ativado por dois mecanismos principais:

1.	Pelo Sistema Nervoso Simpático – O SNS envia aferências para o rim, estimulando a liberação de renina. Isso ocorre pelos receptores beta 1.
2.	Pelos barorreceptores da arteríola aferente – A queda no VCE reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo a pressão nas arteríolas renais. Os barorreceptores renais percebem a menor distensão da parede vascular e estimulam a liberação de renina.

O SRAA promove vasoconstrição e reabsorção renal de sódio, contribuindo para o aumento do VCE e da pressão arterial.

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13
Q

Como o SRAA modula a filtração glomerular e a reabsorção de sódio?

A

O SRAA causa vasoconstrição das arteríolas renais, sendo mais intensa na arteríola eferente do que na aferente. Isso cria uma diferença de pressão maior entre as arteríolas, aumentando a fração de filtração. Essa alteração favorece a reabsorção de sódio nos capilares peritubulares devido a um aumento da pressão oncótica e uma redução da pressão hidrostática nesses capilares.

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14
Q

Qual a importância dos capilares peritubulares na reabsorção de sódio e como o SRAA influencia esse processo?

A

Os capilares peritubulares desempenham um papel fundamental na reabsorção de sódio. O SRAA reduz o FSR e causa vasoconstrição predominante da arteríola eferente, o que:

•	Aumenta a pressão oncótica nos capilares peritubulares, favorecendo a reabsorção de sódio e água.
•	Diminui a pressão hidrostática nesses capilares, o que reduz a tendência de filtração e reforça a reabsorção.

Esse mecanismo é crucial para a retenção de sódio e, consequentemente, para o aumento do VCE.

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15
Q

Como a redução do fluxo sanguíneo renal afeta a lavagem medular e a reabsorção de solutos?

A

Com a redução do fluxo sanguíneo renal causada pelo SNS e pelo SRAA, a pressão hidrostática nos capilares peritubulares diminui. Isso reduz a lavagem medular e mantém um interstício mais concentrado, favorecendo a reabsorção de solutos e água. Assim, há uma maior retenção de sódio e um aumento do VCE.

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16
Q

Qual o papel do peptídeo atrial natriurético (PAN) na regulação do volume e como ele é afetado pelo VCE?

A

O PAN promove natriurese (excreção renal de sódio), diurese (eliminação de água) e vasodilatação. Quando o VCE está reduzido, há uma menor liberação de PAN, diminuindo a excreção de sódio e aumentando a resistência vascular periférica (RVP). Esse mecanismo contribui para a retenção de sódio e para a recuperação do VCE.

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17
Q

Como ocorre o feedback negativo no controle do VCE?

A

O aumento do VCE após a ativação dos mecanismos de retenção de sódio e água gera um feedback negativo, inibindo o SNS e o SRAA. Isso impede um acúmulo excessivo de volume e mantém o equilíbrio homeostático.

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18
Q

Como ocorre a regulação da tonicidade do fluido extracelular (FEC)?

A

A regulação da tonicidade do FEC ocorre por meio de modificações no balanço de água. Como a tonicidade é determinada pela soma das concentrações de todas as substâncias osmoticamente ativas, qualquer alteração na quantidade de água modifica a concentração de todos esses solutos.

•	Menos água → maior osmolaridade plasmática.
•	Mais água → menor osmolaridade plasmática.
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19
Q

Por que é importante manter a osmolaridade plasmática dentro de limites estreitos?

A

A osmolaridade da FEC é mantida em torno de 290 mOsm porque tanto a hiposmolaridade quanto a hiperosmolaridade causam alterações no volume celular. Isso pode comprometer funções celulares, especialmente as dos neurônios, que são altamente sensíveis às variações osmóticas.

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20
Q

Como o corpo detecta mudanças na osmolaridade plasmática?

A

As variações na osmolaridade plasmática são detectadas por osmorreceptores hipotalâmicos localizados no:

1.	Órgão vascular da lâmina terminal
2.	Órgão subfornical do hipotálamo

Esses núcleos não possuem barreira hematoencefálica, permitindo que os osmorreceptores estejam em contato direto com o sangue para monitorar sua osmolaridade.

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21
Q

Como os osmorreceptores hipotalâmicos ativam os mecanismos de controle da osmolaridade?

A

Os osmorreceptores se retraem em resposta ao aumento da osmolaridade plasmática, abrindo canais de cátion mecanossensíveis.

•	A entrada de sódio e cálcio nesses neurônios causa despolarização e disparo de potenciais de ação.
•	Os potenciais de ação são transmitidos para os núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, estimulando a liberação de ADH.

Ao mesmo tempo, esses osmorreceptores também ativam o Centro da Sede, projetando sinais para o córtex cerebral e gerando a sensação de sede.

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22
Q

Qual a via neural envolvida na liberação do ADH?

A

Os neurônios dos núcleos supra-óptico e paraventricular produzem o ADH. Seus axônios se projetam para a neuro-hipófise, onde ocorre a liberação desse hormônio na circulação sistêmica.

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23
Q

Como o ADH regula a osmolaridade plasmática?

A

O ADH atua nos ductos coletores renais, aumentando a reabsorção de água. Isso reduz a osmolaridade plasmática, restaurando o equilíbrio hidroeletrolítico.

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24
Q

Como a ativação do Centro da Sede contribui para a regulação osmótica?

A

A ativação do Centro da Sede no hipotálamo estimula o córtex cerebral, gerando a percepção de sede e induzindo o comportamento de ingestão de água.

Essa resposta comportamental, somada à ação do ADH nos rins, leva à normalização da osmolaridade plasmática.

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25
O que ocorre quando a osmolaridade plasmática volta ao normal?
Quando a osmolaridade plasmática retorna ao seu valor normal de 290 mOsm, há uma redução do estímulo aos osmorreceptores hipotalâmicos. Isso leva à: • Diminuição da liberação de ADH, reduzindo a reabsorção de água nos rins. • Redução da ativação do Centro da Sede, inibindo a sensação de sede. Isso evita uma ingestão ou retenção excessiva de água, mantendo a homeostase osmótica.
26
O que é o ADH e como sua secreção é regulada?
O ADH (hormônio antidiurético), também chamado de vasopressina, é um hormônio proteico formado por 9 aminoácidos. Sua secreção é regulada por: 1. Osmolaridade plasmática: um aumento de apenas 1% na osmolaridade já é suficiente para estimular sua secreção. 2. Volume e pressão sanguínea: uma queda de 10 a 15% no Volume Circulatório Efetivo (VCE) ou na pressão arterial estimula sua liberação por meio do sistema barorreceptor. Exemplo: um choque hipovolêmico ou uma diarreia intensa podem ativar os barorreceptores e aumentar a secreção de ADH.
27
Quais são os receptores do ADH e suas funções?
O ADH atua em dois tipos de receptores de membrana, cada um com funções distintas: 1. Receptores V1 (localizados nas células musculares lisas dos vasos sanguíneos): • O ADH tem baixa afinidade por esse receptor, ou seja, só age quando suas concentrações estão elevadas. • Ativação → Vasoconstrição → Aumento da pressão arterial (daí o nome “vasopressina”). 2. Receptores V2 (localizados nos rins, principalmente na membrana basolateral das células principais do ducto coletor): • O ADH tem alta afinidade por esse receptor, então pode agir mesmo em baixas concentrações. • Ativação → Aumento da reabsorção renal de água → Redução da osmolaridade plasmática.
28
Como a osmolaridade influencia a secreção de ADH?
A osmolaridade plasmática é um regulador altamente sensível da secreção de ADH. • Pequenas alterações na osmolaridade resultam em grandes variações na liberação de ADH. • O gráfico da osmolaridade (eixo X: ADH plasmático, eixo Y: % de mudança) é muito mais inclinado que os gráficos do volume e da pressão, indicando que o sistema osmótico tem alta afinidade para regulação da secreção de ADH. • Já o volume e a pressão sanguínea mantêm uma produção relativamente constante de ADH e precisam sofrer alterações superiores a 10% para afetar significativamente sua liberação.
29
Como o aumento da osmolaridade ativa os osmorreceptores hipotalâmicos?
O aumento da osmolaridade plasmática ativa osmorreceptores localizados em dois núcleos hipotalâmicos sem barreira hematoencefálica: 1. Órgão vascular da lâmina terminal 2. Órgão subfornical do hipotálamo Mecanismo de ativação: • O aumento da osmolaridade provoca a retração dos corpos celulares dos osmorreceptores. • Isso leva à abertura de canais de cátion mecanossensíveis, permitindo a entrada de sódio e cálcio. • A entrada desses íons causa despolarização neuronal e aumento da frequência de potenciais de ação.
30
Como os osmorreceptores estimulam a secreção de ADH?
Os axônios dos osmorreceptores hipotalâmicos se projetam para os núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo. 1. Esses núcleos produzem ADH e seus axônios se estendem até a neuro-hipófise. 2. A ativação desses núcleos promove a liberação dos grânulos contendo ADH na neuro-hipófise. 3. Como resultado, há um aumento da concentração plasmática de ADH.
31
Como a queda do volume circulatório efetivo (VCE) ou da pressão arterial influencia a secreção de ADH?
Uma redução significativa do VCE ou da pressão arterial também pode ativar os núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, aumentando a secreção de ADH. Exemplos de situações que estimulam essa via: • Choque hipovolêmico • Diarreia intensa • Hemorragia
32
Qual o efeito final do aumento da secreção de ADH?
Aumento da secreção de ADH → Maior reabsorção renal de água → Redução da osmolaridade plasmática → Recuperação do equilíbrio hidroeletrolítico.
33
Qual o principal efeito do ADH no rim?
O ADH aumenta a reabsorção de água no ducto coletor ao aumentar a permeabilidade à água. Isso ocorre por meio do aumento da quantidade de aquaporina 2 na membrana luminal das células principais do ducto coletor. ⚠️ Importante: A reabsorção de água é um processo passivo, então as aquaporinas só serão efetivas se o interstício for mais concentrado que o lúmen.
34
Como a água chega diluída ao ducto coletor?
Nos outros segmentos do néfron, há um mecanismo coordenado que dilui o ultrafiltrado antes de ele alcançar o ducto coletor: 1. Túbulo proximal → Reabsorção isotônica de água e solutos (o líquido que sai tem a mesma osmolaridade do que entrou). 2. Alça descendente de Henle → Possui aquaporinas, permitindo a reabsorção intensa de água devido ao interstício mais concentrado. 3. Alça ascendente espessa de Henle → Apenas reabsorção de solutos: • O transportador NKCC2 reabsorve Na⁺, K⁺ e Cl⁻. • O vazamento de K⁺ para o lúmen gera uma carga positiva, permitindo a reabsorção paracelular de Ca²⁺ e Mg²⁺. • Essa remoção de solutos dilui o ultrafiltrado antes de ele chegar ao ducto coletor. Assim, quando o ultrafiltrado chega ao início do ducto coletor, ele está muito diluído. A água será então reabsorvida pelas aquaporinas 2, cuja presença na membrana luminal depende do ADH. ⚠️ Observação: As aquaporinas 3 e 4, presentes na membrana basolateral, são constitutivas (ou seja, não dependem do ADH).
35
Além da água, o ADH também aumenta a reabsorção de solutos?
Sim! O ADH também aumenta a reabsorção de sódio e ureia, o que favorece a reabsorção de água. 1. Reabsorção de sódio • O ADH aumenta a atividade do NKCC2 e do ENaC. • Isso leva a maior reabsorção de sódio, que: ✅ Aumenta a hipertonicidade da medula externa, fortalecendo o gradiente osmótico. ✅ Diminui a concentração do ultrafiltrado, facilitando a reabsorção de água no ducto coletor. 2. Reabsorção de ureia • O ADH aumenta a atividade e a quantidade dos transportadores UTA1. • Isso eleva a reabsorção de ureia, que: ✅ Aumenta a hipertonicidade da medula interna, tornando o interstício ainda mais concentrado. ✅ Potencializa o gradiente osmótico, permitindo maior reabsorção de água quando o ultrafiltrado passa pelo ducto coletor. 📌 Conclusão: O ADH não apenas aumenta a permeabilidade do ducto coletor à água, mas também modifica o ambiente medular, reforçando o gradiente osmótico para otimizar a reabsorção hídrica.
36
Como o ADH age na célula principal do ducto coletor?
🔹 O ADH se liga ao receptor V2 na membrana basolateral da célula principal. 🔹 O receptor V2 é acoplado à proteína Gs, que ativa a Adenilato Ciclase. 🔹 A Adenilato Ciclase converte ATP em AMPcíclico (AMPc). 🔹 O AMPc ativa a Proteína Quinase A (PKA). 🔹 A PKA fosforila diversas proteínas, incluindo a Aquaporina 2 (AQP2), promovendo sua inserção na membrana luminal.
37
❓ O que acontece imediatamente após a ativação da PKA?
🔹 A fosforilação da Aquaporina 2 (AQP2) promove a translocação de vesículas citoplasmáticas contendo AQP2 para a membrana luminal. 🔹 As vesículas se fundem com a membrana luminal, aumentando a permeabilidade à água. 🔹 Isso permite a reabsorção de água, reduzindo a osmolaridade plasmática.
38
❓ Como o ADH influencia a síntese de aquaporinas a longo prazo?
🔹 O AMPc ativa a PKA, que fosforila reguladores da transcrição gênica. 🔹 Esses reguladores aumentam a transcrição do gene da Aquaporina 2, elevando sua síntese. 🔹 Com mais AQP2, a célula aumenta sua capacidade de reabsorver água.
39
❓ Como as aquaporinas são removidas da membrana?
🔹 As Aquaporinas 2 permanecem na membrana luminal até serem desfosforiladas por fosfatases. 🔹 A desfosforilação estimula a endocitose das AQP2, formando novas vesículas citoplasmáticas. 🔹 A Fosfodiesterase degrada o AMPc, reduzindo a ativação da PKA e favorecendo a ação das fosfatases. 🔹 Com menos PKA ativa, há menos fosforilação e mais remoção de AQP2 da membrana.
40
Ver SEDE direto no yago
41
❓ Quais são os dois tipos de Diabetes Insipidus e suas causas?
🔹 Diabetes Insipidus Central: • Ocorre por uma deficiência na secreção de ADH devido a um defeito nos neurônios hipotalâmicos. • Como o problema está na produção do ADH, é facilmente corrigido com a administração de ADH exógeno. 🔹 Diabetes Insipidus Nefrogênica: • As células renais não respondem adequadamente ao ADH circulante, mesmo que sua produção e secreção estejam normais. • Pode ter origem idiopática (causa desconhecida) ou familiar/genética (mutação no gene da aquaporina 2, impedindo sua ativação pela Proteína Quinase A). • Mais difícil de tratar, pois o problema está na sinalização intracelular do ADH.
42
❓ Como a Diabetes Insipidus afeta o equilíbrio hídrico do corpo?
🔹 Menor reabsorção de água nos néfrons devido à falha no ADH. 🔹 Poliúria: • Produção excessiva de urina diluída, pois menos água é reabsorvida pelos rins. 🔹 Hipernatremia: • Com a perda de água, a concentração plasmática de sódio aumenta. 🔹 Polidipsia: • A hipernatremia ativa os osmorreceptores, estimulando a sede e aumentando o consumo de água.
43
CONTINUAR DA QUESTAO 3
44
Questao 3 ler tbm
45
❓ Qual o principal mecanismo ativado em resposta a uma hemorragia?
💡 O principal mecanismo ativado é o Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA). A hemorragia leva a uma queda da pressão arterial, o que ativa mecanismos para aumentá-la. Como o aumento da pressão exige o aumento do Volume Circulatório Efetivo (VCE), o SRAA atua aumentando a reabsorção de sódio e água pelos rins.
46
❓ Como o Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) é iniciado?
💡 O SRAA se inicia com a liberação de renina pelas células justaglomerulares. A renina entra na circulação e cliva o angiotensinogênio, um precursor produzido pelo fígado, formando angiotensina I. Esta, por sua vez, é convertida em angiotensina II pela Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), que está presente em todo o endotélio vascular, mas é mais abundante no endotélio pulmonar, tornando os pulmões o principal local de conversão.
47
❓ Quais os receptores da angiotensina II e como eles diferem entre si?
💡 A angiotensina II se liga aos receptores AT1 e AT2: • AT1: Possui alta afinidade pela angiotensina II, sendo ativado mesmo em pequenas concentrações. Sua ativação desencadeia os efeitos clássicos da angiotensina II. • AT2: Possui baixa afinidade pela angiotensina II, exigindo grandes concentrações para ser ativado. Quando ativado, ele bloqueia os efeitos da angiotensina II. A angiotensina II tem meia-vida curta no sangue e é rapidamente degradada, o que é essencial para evitar vasoconstrição excessiva.
48
❓ Como ocorre a regulação da liberação de renina?
💡 A liberação de renina ocorre em resposta à queda do Volume Circulatório Efetivo (VCE) e é regulada por três mecanismos principais: 1️⃣ Barorreceptores arteriais: Detectam a queda da pressão arterial e enviam sinais ao Sistema Nervoso Central, aumentando a atividade simpática. Isso leva à liberação de noradrenalina, que estimula a vasoconstrição das arteríolas renais e a liberação de renina. 2️⃣ Barorreceptores renais: Localizados nas arteríolas aferentes, percebem a redução do estiramento vascular devido à queda do fluxo sanguíneo renal. Isso reduz a concentração intracelular de cálcio, o que estimula a liberação de renina. 3️⃣ Mácula densa: Percebe a diminuição da concentração de sódio e cloreto no túbulo distal (indicativo de menor filtração). Isso leva à repolarização celular, fechamento dos canais de cálcio e consequente redução do cálcio intracelular, estimulando a liberação de renina.
49
❓ Quais são os efeitos circulatórios da angiotensina II?
💡 Os principais efeitos da angiotensina II são: • Vasoconstrição sistêmica, aumentando a resistência vascular periférica e elevando a pressão arterial. • Vasoconstrição das arteríolas aferente e eferente, sendo mais intensa na eferente, o que: 🔹 Aumenta a fração de filtração glomerular (RFG). 🔹 Reduz o fluxo sanguíneo renal (FSR). 🔹 Diminui a lavagem papilar, mantendo o interstício medular mais concentrado (mais sódio e ureia). 🔹 Favorece a reabsorção passiva de NaCl no ramo ascendente da alça de Henle. • Aumento da pressão oncótica nos capilares peritubulares, favorecendo a reabsorção de sódio no túbulo proximal.
50
❓ Quais são os efeitos mediados pelo receptor AT1 da angiotensina II?
💡 Os efeitos da angiotensina II pelo receptor AT1 podem ser não-genômicos e genômicos: 🔹 Efeitos não-genômicos (rápidos): • Vasoconstrição sistêmica e vasoconstrição das arteríolas renais (com maior efeito na eferente). • Aumento da atividade do NHE (trocador Na+/H+ no túbulo proximal, ramo ascendente da alça de Henle e túbulo distal). • Aumento da atividade do ENaC (canais de sódio do ducto coletor). • Estimulação da sede e aumento da secreção de ADH. 🔹 Efeitos genômicos (lentos): • Aumento da síntese e secreção de aldosterona pela zona glomerulosa do córtex adrenal.
51
❓ Quais são os efeitos da aldosterona?
💡 A aldosterona é um hormônio lipossolúvel que atua no ducto coletor (células principais e células intercalares A), exercendo efeitos genômicos e não-genômicos: 🔹 Efeitos não-genômicos (rápidos): • Aumento da atividade do ENaC nas células principais, aumentando a reabsorção de sódio. • Aumento da atividade da bomba Na+/K+ ATPase, promovendo maior secreção de potássio (através dos canais ROMK). • Aumento da atividade da H+-ATPase nas células intercalares A, favorecendo a excreção de H+. 🔹 Efeitos genômicos (lentos, duram dias): • A aldosterona se liga ao receptor intracelular RM, que entra no núcleo e regula a transcrição gênica. • Isso leva à síntese de novos canais ENaC, H+-ATPase e NHE, aumentando ainda mais a reabsorção de sódio e excreção de H+.
52
O que caracteriza a insuficiência cardíaca congestiva e como ela influencia o volume sanguíneo?
A insuficiência cardíaca congestiva ocorre quando o coração não bombeia sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Associada à hipertensão arterial sistêmica (HAS), causa um maior choque do sangue contra as paredes das câmaras cardíacas, levando a uma distensão excessiva dos átrios. Esse estiramento atrial estimula a liberação do Peptídeo Natriurético Atrial (ANP), que atua para reduzir o volume circulante por meio da natriurese e da diurese.
53
O que é o Peptídeo Natriurético Atrial (ANP) e qual é o seu principal estímulo de liberação?
O ANP é um hormônio proteico produzido e armazenado pelos cardiomiócitos atriais, sendo liberado em resposta ao estiramento atrial causado pelo aumento do volume sanguíneo. Sua principal função é reduzir o volume circulante por meio da natriurese (eliminação de sódio) e da diurese (eliminação de água).
54
Quais são os três principais mecanismos pelos quais o ANP promove a natriurese e a diurese?
1️⃣ Aumento da Taxa de Filtração Glomerular (RFG) • Vasodilatação periférica, reduzindo a resistência vascular e a pressão arterial. • Vasodilatação da arteríola aferente e vasoconstrição da arteríola eferente, aumentando a pressão hidrostática glomerular e, consequentemente, o RFG. • Aumento do fluxo sanguíneo na medula renal, promovendo lavagem papilar, o que reduz a reabsorção de água. 2️⃣ Inibição da Reabsorção de Sódio • Inibição dos canais ENaC no ducto coletor, reduzindo a reabsorção de sódio. • Redução da atividade da bomba Na⁺/K⁺-ATPase, diminuindo o gradiente necessário para a reabsorção de sódio. 3️⃣ Inibição de Hormônios Antidiuréticos • Inibição da secreção de renina, reduzindo os níveis de angiotensina II e aldosterona. • Redução da secreção de ADH e da ativação do centro da sede pelo hipotálamo.
55
Como o ANP afeta a resistência vascular periférica e o fluxo sanguíneo renal?
O ANP promove vasodilatação generalizada, reduzindo a resistência vascular periférica e a pressão arterial. No rim, dilata a arteríola aferente e contrai a arteríola eferente, o que aumenta o fluxo sanguíneo glomerular, a pressão hidrostática e, consequentemente, o ritmo de filtração glomerular (RFG). Além disso, acelera o fluxo nos vasos peritubulares da medula renal, promovendo lavagem papilar, o que reduz a reabsorção de sódio e água.
56
Como o ANP inibe a reabsorção de sódio nos néfrons?
🔹 Inibição dos canais ENaC: O ANP reduz a atividade desses canais no ducto coletor, diminuindo a reabsorção de sódio. 🔹 Inibição da Na⁺/K⁺-ATPase: A bomba de sódio-potássio tem sua atividade reduzida, resultando em menor transporte de sódio para o interstício, o que reduz o gradiente necessário para a reabsorção de sódio. 🔹 Efeito final: Com menos sódio sendo reabsorvido, mais sódio é eliminado na urina (natriurese), arrastando água com ele (diurese).
57
Como o ANP interfere na regulação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) e da secreção de ADH?
🔸 Inibição da secreção de renina → Redução da produção de angiotensina II e aldosterona, levando a menor retenção de sódio e água. 🔸 Inibição da secreção de ADH pelo hipotálamo → Redução da reabsorção de água nos túbulos renais. 🔸 Redução do centro da sede → Menor estímulo para ingestão de líquidos.
58
Como o ANP influencia a permeabilidade vascular e qual é o impacto desse efeito na diurese?
O ANP aumenta a permeabilidade vascular, facilitando a saída de líquido dos vasos para os tecidos. Nos capilares peritubulares, esse efeito contribui para a lavagem papilar, reduzindo a reabsorção de sódio na medula renal. Como resultado, o gradiente osmótico medular diminui, favorecendo ainda mais a eliminação de sódio e água na urina.
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Como os inibidores da ECA (IECA) e os bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA) atuam no controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS)?
Resposta: 🔹 IECA: Inibem a Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), impedindo a conversão de angiotensina I em angiotensina II. Isso reduz a ativação dos receptores AT1, diminuindo a vasoconstrição. Além disso, a angiotensina I acumulada é convertida em angiotensina 1.7 pela ECA2, ativando os receptores Mas, que promovem vasodilatação. 🔹 BRA: Bloqueiam o receptor AT1, impedindo que a angiotensina II exerça seus efeitos vasoconstritores. Com isso, a angiotensina II age preferencialmente nos receptores AT2, que causam vasodilatação. 📉 Efeito final: Ambos reduzem a resistência vascular periférica, levando à queda da pressão arterial.
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Quais são os principais efeitos adversos dos IECA e BRAs?
🔸 IECA: Podem causar tosse seca, pois a ECA também degrada bradicininas nos pulmões. Com sua inibição, há acúmulo dessas substâncias irritativas, estimulando o reflexo da tosse. 🔸 BRAs: Não causam tosse, pois não interferem na degradação de bradicininas. 🔸 Ambos (IECA e BRA): Podem causar hipercalemia, pois reduzem a produção de aldosterona, o que diminui a secreção de potássio pelo ENaC no ducto coletor renal. A hipercalemia pode levar a arritmias cardíacas, especialmente graves em pacientes hipertensos, que frequentemente possuem doenças coronarianas. 🚫 Contraindicação: Pacientes com alto risco de hipercalemia devem ser monitorados de perto ao usar essas medicações.
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Por que a combinação de um IECA com um BRA não é recomendada para controle da HAS?
O uso conjunto de IECA e BRA potencializa a inibição do SRAA, aumentando o risco de hipercalemia grave e potencialmente fatal. Isso ocorre porque a aldosterona, que estimula a secreção de potássio, fica ainda mais suprimida, favorecendo o acúmulo desse íon no sangue. 📌 Risco maior: Hipercalemia pode causar despolarização dos cardiomiócitos, aumentando a chance de arritmias letais, especialmente em pacientes com doença cardiovascular.
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Como os diuréticos atuam no controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS)?
Os diuréticos reduzem o volume circulante efetivo, promovendo a excreção de sódio e, consequentemente, de água. Isso diminui o débito cardíaco e, a longo prazo, reduz a resistência vascular periférica. 🔹 Diuréticos de alça: Inibem o NKCC2 no ramo ascendente da Alça de Henle, bloqueando a reabsorção de 20-30% do sódio filtrado. Como consequência, a osmolaridade da medula renal diminui, reduzindo a capacidade do ADH de reabsorver água no ducto coletor. 🔹 Diuréticos tiazídicos: Inibem o NCCT no túbulo contorcido distal, reduzindo a reabsorção de sódio e promovendo diurese moderada. 🔹 Diuréticos poupadores de potássio: Inibem o ENaC ou bloqueiam os receptores de aldosterona, reduzindo a reabsorção de sódio e prevenindo a excreção excessiva de potássio. 📉 Efeito final: Redução da pressão arterial por diminuição do volume extracelular.
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Qual é uma contraindicação importante para o uso de diuréticos no tratamento da HAS?
Em pacientes com doença renal crônica avançada, os diuréticos não são eficazes, pois o rim já apresenta disfunção tubular severa, prejudicando a resposta à medicação. 🔹 Nesses casos, a diálise pode ser necessária para o controle da sobrecarga de volume e da pressão arterial.