Seminario 4 Flashcards
Qual é uma das principais funções dos rins?
A manutenção do volume e da tonicidade do fluido extracelular (FEC), independentemente das variações diárias na ingestão de sal e água.
Como se relaciona a regulação do volume e da tonicidade do FEC?
• A regulação do volume está primariamente associada ao balanço de sódio.
• A regulação da tonicidade está essencialmente ligada ao balanço de água.
O que compõe o Fluido Extracelular (FEC)?
Inclui todos os líquidos fora das células, como plasma, linfa e líquido intersticial (MEC).
O que é o Volume Circulatório Efetivo (VCE)?
É o volume dentro do espaço vascular que perfunde os tecidos, garantindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes às células.
Por que o VCE deve ser tao finamente regulado?
Se um tecido deixa de ser perfundido, ele entra rapidamente em sofrimento celular, podendo ocorrer morte celular caso o fluxo sanguíneo não seja restaurado.
Como o corpo ajusta o Volume Circulatório Efetivo (VCE)?
Ajustando a retenção e a excreção de sódio e água, processo no qual os rins desempenham um papel fundamental.
Qual é o principal determinante do volume corporal (FEC)?
O sódio, pois sua associação com ânions exerce uma grande força osmótica, atraindo água.
Alem de responder ss proximas, va na pagina 215 e faca o passo a passo do raciocinio e depois leia tudo de novo.
Qual a relação entre a excreção renal de sódio e a regulação do volume circulatório eficaz (VCE)?
A excreção renal de sódio é o principal fator na regulação do volume circulatório eficaz (VCE), pois o sódio atrai água osmoticamente. Assim, uma menor excreção de sódio reduz a perda de água e aumenta o VCE, enquanto uma maior excreção de sódio reduz o volume extracelular.
Como a queda do VCE é detectada e quais mecanismos são ativados?
Uma queda no VCE (como em uma hemorragia) é detectada por barorreceptores de baixa pressão, que enviam sinais ao Sistema Nervoso Central (SNC). O SNC ativa o Sistema Nervoso Simpático (SNS), resultando em vasoconstrição generalizada para elevar a pressão arterial e em vasoconstrição das arteríolas renais, reduzindo o fluxo sanguíneo renal (FSR) e o ritmo de filtração glomerular (RFG).
Como a ativação do SNS influencia a excreção renal de sódio?
A ativação do SNS reduz o FSR e o RFG, o que diminui a formação de ultrafiltrado. Com menos filtrado sendo produzido, há uma menor quantidade de sódio sendo excretada na urina. Além disso, o SNS estimula a liberação de renina pelas células justaglomerulares, ativando o SRAA e aumentando ainda mais a reabsorção de sódio.
Como o SRAA é ativado e qual a sua importância na regulação do volume?
O SRAA pode ser ativado por dois mecanismos principais:
1. Pelo Sistema Nervoso Simpático – O SNS envia aferências para o rim, estimulando a liberação de renina. Isso ocorre pelos receptores beta 1. 2. Pelos barorreceptores da arteríola aferente – A queda no VCE reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo a pressão nas arteríolas renais. Os barorreceptores renais percebem a menor distensão da parede vascular e estimulam a liberação de renina.
O SRAA promove vasoconstrição e reabsorção renal de sódio, contribuindo para o aumento do VCE e da pressão arterial.
Como o SRAA modula a filtração glomerular e a reabsorção de sódio?
O SRAA causa vasoconstrição das arteríolas renais, sendo mais intensa na arteríola eferente do que na aferente. Isso cria uma diferença de pressão maior entre as arteríolas, aumentando a fração de filtração. Essa alteração favorece a reabsorção de sódio nos capilares peritubulares devido a um aumento da pressão oncótica e uma redução da pressão hidrostática nesses capilares.
Qual a importância dos capilares peritubulares na reabsorção de sódio e como o SRAA influencia esse processo?
Os capilares peritubulares desempenham um papel fundamental na reabsorção de sódio. O SRAA reduz o FSR e causa vasoconstrição predominante da arteríola eferente, o que:
• Aumenta a pressão oncótica nos capilares peritubulares, favorecendo a reabsorção de sódio e água. • Diminui a pressão hidrostática nesses capilares, o que reduz a tendência de filtração e reforça a reabsorção.
Esse mecanismo é crucial para a retenção de sódio e, consequentemente, para o aumento do VCE.
Como a redução do fluxo sanguíneo renal afeta a lavagem medular e a reabsorção de solutos?
Com a redução do fluxo sanguíneo renal causada pelo SNS e pelo SRAA, a pressão hidrostática nos capilares peritubulares diminui. Isso reduz a lavagem medular e mantém um interstício mais concentrado, favorecendo a reabsorção de solutos e água. Assim, há uma maior retenção de sódio e um aumento do VCE.
Qual o papel do peptídeo atrial natriurético (PAN) na regulação do volume e como ele é afetado pelo VCE?
O PAN promove natriurese (excreção renal de sódio), diurese (eliminação de água) e vasodilatação. Quando o VCE está reduzido, há uma menor liberação de PAN, diminuindo a excreção de sódio e aumentando a resistência vascular periférica (RVP). Esse mecanismo contribui para a retenção de sódio e para a recuperação do VCE.
Como ocorre o feedback negativo no controle do VCE?
O aumento do VCE após a ativação dos mecanismos de retenção de sódio e água gera um feedback negativo, inibindo o SNS e o SRAA. Isso impede um acúmulo excessivo de volume e mantém o equilíbrio homeostático.
Como ocorre a regulação da tonicidade do fluido extracelular (FEC)?
A regulação da tonicidade do FEC ocorre por meio de modificações no balanço de água. Como a tonicidade é determinada pela soma das concentrações de todas as substâncias osmoticamente ativas, qualquer alteração na quantidade de água modifica a concentração de todos esses solutos.
• Menos água → maior osmolaridade plasmática. • Mais água → menor osmolaridade plasmática.
Por que é importante manter a osmolaridade plasmática dentro de limites estreitos?
A osmolaridade da FEC é mantida em torno de 290 mOsm porque tanto a hiposmolaridade quanto a hiperosmolaridade causam alterações no volume celular. Isso pode comprometer funções celulares, especialmente as dos neurônios, que são altamente sensíveis às variações osmóticas.
Como o corpo detecta mudanças na osmolaridade plasmática?
As variações na osmolaridade plasmática são detectadas por osmorreceptores hipotalâmicos localizados no:
1. Órgão vascular da lâmina terminal 2. Órgão subfornical do hipotálamo
Esses núcleos não possuem barreira hematoencefálica, permitindo que os osmorreceptores estejam em contato direto com o sangue para monitorar sua osmolaridade.
Como os osmorreceptores hipotalâmicos ativam os mecanismos de controle da osmolaridade?
Os osmorreceptores se retraem em resposta ao aumento da osmolaridade plasmática, abrindo canais de cátion mecanossensíveis.
• A entrada de sódio e cálcio nesses neurônios causa despolarização e disparo de potenciais de ação. • Os potenciais de ação são transmitidos para os núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, estimulando a liberação de ADH.
Ao mesmo tempo, esses osmorreceptores também ativam o Centro da Sede, projetando sinais para o córtex cerebral e gerando a sensação de sede.
Qual a via neural envolvida na liberação do ADH?
Os neurônios dos núcleos supra-óptico e paraventricular produzem o ADH. Seus axônios se projetam para a neuro-hipófise, onde ocorre a liberação desse hormônio na circulação sistêmica.
Como o ADH regula a osmolaridade plasmática?
O ADH atua nos ductos coletores renais, aumentando a reabsorção de água. Isso reduz a osmolaridade plasmática, restaurando o equilíbrio hidroeletrolítico.
Como a ativação do Centro da Sede contribui para a regulação osmótica?
A ativação do Centro da Sede no hipotálamo estimula o córtex cerebral, gerando a percepção de sede e induzindo o comportamento de ingestão de água.
Essa resposta comportamental, somada à ação do ADH nos rins, leva à normalização da osmolaridade plasmática.