Aula 3 Flashcards
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Qual é o papel da ureia na manutenção do gradiente osmótico medular?
O sistema multiplicador em contracorrente estabelece o gradiente osmótico medular, mas precisa de mais soluto para sua manutenção, pois o transportador NKCC2 sozinho não consegue manter a medula altamente hipertônica. A ureia desempenha esse papel essencial. Formada constantemente pelo metabolismo, a ureia representa cerca de 40% dos solutos do ultrafiltrado glomerular. Aproximadamente 40% da ureia do ultrafiltrado permanece nos túbulos renais, ou seja, 60 prcnt vai ao intersticio, contribuindo para a retenção de água, pois sua presença no interstício gera um efeito osmótico que atrai água do ultrafiltrado para o interstício, reduzindo a perda de água na urina.
Qual é o papel dos transportadores UTA-1 e UTA-3 no ducto coletor?
Os transportadores UTA-1 e UTA-3 permitem o vazamento de ureia do ducto coletor para o interstício renal. Esse vazamento ocorre porque a concentração de ureia na luz do túbulo é maior do que no interstício, favorecendo sua difusão. ( esta mais concentrada pq houve reabsrc de agua antes )A ureia no interstício contribui para a manutenção da osmolaridade medular, ajudando na reabsorção de água e evitando sua eliminação excessiva na urina.
O que acontece com a ureia após ser liberada no interstício pelos transportadores UTA-1 e UTA-3?
Após ser liberada no interstício, parte da ureia retorna ao néfron por meio dos transportadores UTA-2, localizados na porção final da alça de Henle. Esse processo forma o “ciclo da ureia”, essencial para manter a osmolaridade medular e evitar a excreção excessiva de água na urina.
A osmolardd se mantem pois a medida que ureia sai do intersticio para voltar ao nefron mais ureia tbm sai do nefron e vai ao intersticio.
O que aconteceria se toda a ureia fosse eliminada de uma vez? A
Se toda a ureia fosse eliminada de uma vez, seria necessário urinar cerca de 18 litros a mais por dia, pois o interstício renal perderia sua alta osmolaridade e não conseguiria reabsorver tanta água no ducto coletor. E tbm pq haveria maior forca osmotica no nefronsendo exercida pela ureia no DC
Qual é a função dos transportadores UTB na vasa reta?
Os transportadores UTB permitem a entrada de ureia nos vasos sanguíneos da vasa reta. Isso auxilia na remoção de água do interstício, contribuindo para a manutenção do equilíbrio osmótico no rim.
Qual é o impacto do bloqueio dos transportadores UTA na reabsorção de água?
O bloqueio dos transportadores UTA impede o vazamento de ureia para o interstício, fazendo com que mais ureia permaneça na luz do ducto coletor. Isso aumenta a excreção de ureia na urina, puxando mais água para a excreção e reduzindo a reabsorção de água no ducto coletor.
Por que indivíduos com mutação genética em apenas uma isoforma dos transportadores UTA-1 ou UTA-3 podem não apresentar tantos danos?
Indivíduos com mutação em apenas uma isoforma UTA-1 ou UTA-3 podem não apresentar danos significativos porque as células renais compensam o defeito aumentando a expressão da outra isoforma funcional.
Por que a ureia não fica permanentemente acumulada no interstício renal?
Se a ureia ficasse acumulada no interstício sem retornar ao néfron, a reabsorção de ureia acabaria cessando, levando a um aumento da excreção de ureia e, consequentemente, a uma maior excreção de água. Para evitar isso, parte da ureia no interstício retorna à luz do túbulo através dos transportadores UTA-2 na alça de Henle, mantendo um fluxo contínuo conhecido como “ciclo da ureia”. Esse ciclo é essencial para preservar a osmolaridade medular e reduzir a perda excessiva de água na urina.
Como o corpo mantém o equilíbrio hídrico?
O corpo mantém o equilíbrio hídrico ajustando a ingestão e a eliminação de água. A quantidade de água ingerida deve ser igual à quantidade eliminada por meio da urina, fezes, respiração e suor. Esse equilíbrio evita tanto a super-hidratação quanto a desidratação.
O que acontece quando ingerimos mais água do que perdemos?
Quando ingerimos mais água do que perdemos, ocorre um aumento do volume sanguíneo. Como o sistema vascular está preparado para um volume específico de sangue, esse aumento pode elevar a pressão arterial e aumentar a formação de urina para eliminar o excesso de água, prevenindo complicações como acidentes vasculares.
O que acontece quando ingerimos menos água do que perdemos?
Quando ingerimos menos água do que perdemos, as células começam a perder água para o meio externo, o que pode causar danos celulares. Para evitar isso, o corpo reduz a formação de urina e ativa a sensação de sede, estimulando a ingestão de líquidos.
Faca o esquema de uma gangorra evidenciando essa relacao
Qual é o papel do Hormônio Antidiurético (ADH) na regulação do equilíbrio hídrico?
O ADH, também chamado de vasopressina, aumenta a reabsorção de água nos rins, reduzindo o volume da urina. Isso ajuda a manter o equilíbrio hídrico do corpo, prevenindo a desidratação.
Como a perda de água afeta a osmolaridade do sangue e as células do corpo?
Quando a perda de água é maior do que a ingestão, a osmolaridade do sangue aumenta, elevando a força iônica do líquido extracelular. Isso faz com que a água saia das células para o meio extracelular, podendo levar à desidratação celular.
Como o corpo detecta o aumento da osmolaridade sanguínea?
Neurônios osmorreceptores no hipotálamo detectam o aumento da osmolaridade sanguínea. Esses neurônios murcham antes das outras células, ativando suas conexões neuronais e estimulando o centro da sede no SNC, gerando a necessidade de beber água.
O que acontece quando os osmorreceptores ativam o centro da sede?
Além de ativar o centro da sede e estimular a ingestão de água, os osmorreceptores também sinalizam para a neuro-hipófise, que libera o hormônio antidiurético (ADH) na circulação.
Onde o ADH é armazenado e liberado?
O ADH é armazenado e liberado pela neuro-hipófise em resposta a sinais dos osmorreceptores hipotalâmicos.
Como o ADH atua nos rins para reduzir a perda de água?
O ADH atua no ducto coletor dos rins, onde se liga a células principais sensíveis a esse hormônio. Isso promove a reabsorção de água, reduzindo o volume da urina e ajudando a manter o equilíbrio hídrico do corpo.
Onde e como o Hormônio Antidiurético (ADH) é sintetizado, armazenado e secretado?
O ADH é sintetizado nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo. Após sua síntese, ele é transportado pelos axônios até a neuro-hipófise, onde fica armazenado. Quando necessário, o ADH é secretado na circulação sanguínea a partir dos axônios da neuro-hipófise.
Como o corpo responde a um déficit hídrico para evitar a desidratação?
A ocorrência de um déficit hídrico aumenta a osmolaridade extracelular, gerando uma tendência de puxar água das células. Isso é percebido pelos osmorreceptores hipotalâmicos, que sinalizam para a neuro-hipófise liberar ADH. O aumento da quantidade de ADH no plasma faz com que a permeabilidade à água aumente no túbulo distal e no ducto coletor, promovendo maior reabsorção de água e reduzindo a quantidade de água excretada na urina.
Por que a membrana luminal das células principais do ducto coletor e do túbulo distal é impermeável à água em condições normais?
A membrana luminal das células principais não possui aquaporinas constitutivas, impedindo a passagem de água, mesmo havendo uma tendência osmótica para sua reabsorção. No entanto, essas células possuem aquaporinas-2 armazenadas em vesículas no citoplasma, que podem ser inseridas na membrana luminal sob estímulo do ADH.
Como ocorre a ativação do receptor de ADH na célula principal do ducto coletor?
O lado basolateral da célula principal contém receptores específicos para ADH, que são proteínas transmembrana com sete domínios acopladas à proteína G estimuladora. Quando o ADH se liga a esses receptores, a proteína G estimuladora é ativada, iniciando a cascata de sinalização intracelular.
Como ocorre a ativação da via do AMP cíclico pelo ADH?
Após a ativação do receptor de ADH, a proteína G estimuladora ativa a enzima adenilato ciclase, que converte ATP em AMP cíclico (AMPc). O aumento da concentração de AMPc ativa a proteína quinase A (PKA), que fosforila várias proteínas, incluindo as aquaporinas-2 armazenadas em vesículas no citoplasma da célula principal.