Semana 5 - Sondas e Drenos Flashcards

1
Q

Sobre a sonda NASOGASTRICA, fale:
Definição
Indicação
Contraindicações absolutas
Contraindicações relativas
Procedimento

A

Definição
Tipo Levin. Sondas flexíveis, de lúmen único ou duplo, que são passadas desde o nariz até o estômago. Escolha do tamanho: 16-18F para adultos e para crianças é variável de acordo com a idade (idade + 16 / 2).

Indicações
1. Avaliação de sangramentos gastrintestinais (presença, volume).
2. Administração de medicamentos ou contrastes orais para tomografias computadorizadas, em
pacientes que não podem deglutir.
3. Tratamento de íleo paralítico e obstrução intestinal (descompressão gastrointestinal).
4. Lavagem gástrica, no intuito de remover sangue ou coágulos, para facilitar a endoscopia.
5. Aspiração de conteúdo gástrico, inclusive após ingestão de substâncias tóxicas.
6. Nutrição enteral.

Contraindicações absolutas
1. Fratura no terço médio da face ou de base de crânio (risco de introdução intracraniana).
2. Cirurgia nasal recente.

Contraindicações relativas
1. Varizes esofágicas, devido ao risco de sangramento.
2. Diátese hemorrágica, pois traumas mínimos podem levar a sangramentos profusos.
3. Ingestão de substâncias alcalinas (a sonda pode ser passada se a injúria à mucosa não foi severa).

Procedimento
1. Orientar o paciente sobre o procedimento.
2. Higienização simples das mãos e colocação de luvas de procedimento.
3. Colocá-lo em posição de Fowler (cabeceira a 45° e pernas semiflexionadas).
4. Medição: nariz → ponta da orelha → processo xifoide, evitando deixar a sonda tocar no
paciente.
5. Marcação com esparadrapo no tamanho adequado.
6. Lubrificação: utilizar lidocaína gel diretamente na sonda até local demarcado.
7. Flexionar a cabeça do paciente em direção ao esterno (facilita suboclusão de vias aéreas).
8. Introduzir a sonda na cavidade nasal e avançá-la horizontalmente (em caso de resistência,
tentar na narina contralateral).
9. Se o paciente estiver consciente, pedir para que ele faça movimentos de deglutição ou oferecer
um pouco de água para facilitar a passagem da sonda.
10. Caso o paciente tussa excessivamente ou não consiga falar, é possível que a sonda tenha sido
introduzida na traqueia. Deve-se removê-la e iniciar novamente o procedimento.
11. Injetar aproximadamente 20 ml de ar e auscultar os RHA no epigástrio. *
12. Cortar o esparadrapo ou micropore longitudinalmente até a metade (em forma de calça). Em
seguida, colar a porção íntegra sobre o dorso nasal e, com a porção seccionada, envolver a
sonda (atentando-se para não ocluir a narina com o esparadrapo).
13. Fixar a sonda na região temporomandibular ou na fronte com uma camada de esparadrapo ou
micropore por baixo da sonda e outra por cima. Cuidado para não tracionar a asa nasal
excessivamente e provocar ulceração ou necrose.
14. Confirmar o posicionamento da sonda através da radiografia simples de tórax (inferior) e de
abdome (superior). Caso a sonda esteja após o piloro, deve-se tracioná-la para minimizar o risco de anormalidades eletrolíticas.

Observação
Quando um paciente intubado requer uma sonda nasogástrica, é sugerido evitar a colocação às cegas devido ao risco de passar inadvertidamente a sonda até o pulmão, o que pode ocorrer mesmo com o balonete endotraqueal inflado. A melhor abordagem é usar um laringoscópio para avançar a sonda sob visualização direta.

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Q

Sobre a sonda OROGASTRICA, fale:
Definição
Indicação
Procedimento

A

Definição
Tipo Fouché. Sondas flexíveis, de lúmen único ou duplo, que são passadas desde a cavidade oral até o estômago.

Indicações
1. Usada em pacientes inconscientes, uma vez que a passagem da sonda pela cavidade oral pode ativar o reflexo de vômito em pacientes conscientes;
2. Lavagem gástrica / aspiração de conteúdo gástrico;
3. Presença de alguma contraindicação para o uso da sonda nasogástrica.

Procedimento
A técnica é semelhante à nasogástrica, porém com algumas particularidades:
1. Medição: ângulo da boca → ponta da orelha → processo xifoide;
2. Lubrificação: é utilizada Lidocaína Spray na cavidade oral.
3. A introdução é feita pela boca.
4. Fixação: é feita com uma fita adesiva (esparadrapo ou micropore) que deve ter uma ponta fixada em um lado da face; em seguida, deve-se envolver a sonda e o protetor antimordedura e sua outra ponta deve, então, ser fixada do outro lado da face. O protetor antimordedura é feito com um pequeno rolo de gaze e deve ter diâmetro maior que a sonda. Deve ser colocado entre os dentes, em paralelo à sonda, e não em torno dela, de forma a evitar que o paciente morda a sonda ou oclua o seu lúmen. É importante salientar que pode ser utilizada uma cânula de Guedel ao em vez do protetor antimordedura.

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3
Q

Sobre a sonda NASOENTERAL, fale:
Definição
Indicação
Procedimento

A

Definição
As sondas nasoenterais são mais flexíveis, têm um diâmetro menor (3,5 a 12F), variam em comprimento (15 a 170 cm) e podem ser pesadas ou não. São utilizadas para nutrição e devem ser feitas de borracha de silicone, poliuretano ou de outros polímeros. Devem ser leves, resistentes à ação das secreções digestivas e de alta tolerabilidade por parte dos pacientes (biocompatíveis). Devem possuir fio guia de aço inoxidável, flexível, que ajude na passagem da sonda no trajeto nasogástrico, quando necessário. O tempo de permanência da sonda é variado, devendo apenas ser retirada quando cumprir seu objetivo e não houver mais indicação para o seu uso.

Indicações
É utilizada para nutrição enteral (pós-pilórica) em longo prazo, uma vez que, por estar após o piloro, não causa distensões gástricas importantes e o risco de vômitos é reduzido. Empregada em pacientes em desnutrição ou risco nutricional devido a:
1. Ingestão insuficiente para suprir suas necessidades diárias (trauma, anorexia, alcoolismo ou queimaduras);
2. Impossibilidade de se alimentar via oral (inconsciente, AVC);
3. Impossibilidade de se alimentar por via oral devido a dor ou desconforto (doenças
gastrointestinais graves, pancreatite, quimio e radioterapia);
4. Presença de disfunção no trato gastrintestinal (fístulas, síndromes de má absorção ou do
intestino curto).
Procedimento
1. Orientar o paciente sobre o procedimento.
2. Higienização simples das mãos e colocação de luvas de procedimento.
3. Colocá-lo em posição de Fowler (cabeceira a 45° e pernas semiflexionadas).
4. Medição: nariz → ponta da orelha → processo xifoide + 10 cm (deslocamento para o duodeno).
5. Marcar com esparadrapo.
6. Conferir a presença e mobilidade do fio-guia na sonda.
7. Injetar água dentro da sonda.
8. Mergulhar a extremidade da sonda em copo com água para lubrificá-la. A sonda nasoenteral
possui um lúmen interno com sistema de peso para facilitar a sua migração para o duodeno,
revestidos por uma substância lubrificante hidrófila.
9. Introduzir a sonda em uma das narinas, pedindo ao paciente que degluta.
10. Injetar aproximadamente 20 ml de ar e auscultar RHA no epigástrio;
11. Cortar o esparadrapo ou micropore longitudinalmente até a metade (em forma de calça). Em seguida, colar a porção íntegra sobre o dorso nasal e, com a porção seccionada, envolver a sonda (atentando-se para não ocluir a narina com o esparadrapo).
12. Fixar a sonda na região temporomandibular ou na fronte com uma camada de esparadrapo ou micropore por baixo da sonda e outra por cima. Cuidado para não tracionar a asa nasal excessivamente e provocar ulceração ou necrose.
13. Realizar a primeira radiografia simples de tórax (inferior) e de abdome (superior) e retirar o fio- guia após a confirmação da localização pós-pilórica da sonda.
14. Aguardar a migração da sonda para duodeno antes de administrar alimentação. A migração da sonda ocorre de 4h a 24h, devendo essa ser confirmada pela segunda radiografia (24h depois da primeira).
15. Liberar dieta após a segunda confirmação radiológica.

Observação: Não há um consenso literário se a retirada do fio-guia deve ser feita antes ou após a confirmação radiológica do posicionamento da sonda. Para retirada, é importante realizar a tração firme do equipamento, segurando a sonda para evitar que a mesma também tracione. Esse fio deve ser guardado em uma embalagem limpa e mantida junto aos pertences do paciente, caso a sonda precise ser posteriormente repassada.

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4
Q

Sobre a sonda NASOENTERAL, fale:
Indicação
Procedimento

A

Indicações
1. Aliviar a tensão provocada por gases e líquidos no cólon;
2. Administração de medicamentos;
3. Cirurgias anais;
4. Diarreias graves;
5. Retirada de conteúdo fecal através do reto, quando não é possível pelos meios naturais. Geralmente, a lavagem intestinal para a retirada de conteúdo fecal é indicada quando há obstipação por tempo maior que 05 dias, mesmo diante do uso de laxativos, como óleo mineral e Lactulona.

Procedimento
1. Orientar o paciente quanto ao procedimento.
2. Higienização simples das mãos e colocação de luvas de
procedimento.
3. Adaptar a sonda retal à solução prescrita e ao equipo de
soro, se preciso.
4. Colocar o paciente em posição de Sims: decúbito lateral
esquerdo, perna direita flexionada e esquerda
estendida.
5. Lubrificar cerca de 10 cm da sonda com vaselina.
6. Afastar glúteos e introduzir os 10 cm da sonda
devidamente acoplada com a solução a ser utilizada.

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5
Q

Sobre a sonda VESICAL, fale:
Definição
Indicação
Contraindicações absolutas
Contraindicações relativas

A

Definição
Sondas vesicais são utilizadas tanto para drenagem urinária quanto para coleta de urina para monitorização de débito urinário. Muitas situações clínicas são propícias à colocação de uma sonda vesical, porém frequentemente elas são utilizadas sem indicação adequada ou deixados por mais tempo que o necessário. A avaliação diária da necessidade de permanência da sondagem é essencial para reduzir complicações relacionadas ao procedimento.

Indicações
1. Obtenção de urina asséptica para exame laboratorial;
2. Monitorização do débito urinário para manejo de fluidos e testes diagnósticos;
3. Monitorização do status volêmico e prevenção de distensão vesical em cirurgias;
4. Durante ou após cirurgias específicas do trato genitourinário ou estruturas adjacentes
(exemplo: cirurgia urológica, ginecológica, colorretal);
5. Manejo da retenção urinária aguda ou crônica, com ou sem obstrução vesical.
6. Manejo de pacientes imobilizados (fratura pélvica, AVC, etc.);
7. Cateterismo vesical intermitente em pacientes com bexiga neurogénica;
8. Terapia farmacológica intravesical (câncer de bexiga, contrastes para exames).
9. Manejo de pacientes com incontinência urinária após falha de tratamentos conservadores,
comportamentais, farmacológicos e cirúrgicos;
10. Conforto para o paciente em cuidado paliativo;
11. Manejo de feridas abertas em localizadas em região sacral ou perineal em pacientes
incontinentes;
12. Manejo de hematúria associada a coágulos.

Contraindicações absolutas:
1. Lesão uretral (suspeitar dessas lesões na presença de sangue no meato uretral, hematúria ou equimose perineal).

Contraindicações relativas:
1. Estenose uretral;
2. Cirurgia recente de vias urinárias (uretra, bexiga);
3. Presença de esfíncter artificial.

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6
Q

Quais os tipos de sonda vesical?

A

Sonda Vesical de Permanência
Tipo: Foley, de 2 ou 3 vias, de silicone ou látex.
Escolha: Em adultos, uma sonda 16 – 18 French é tipicamente escolhida.
Sondas mais largas, 20 – 24 French, são mais adequadas para drenagem de hematúria com coágulos. Sondas de silicone são preferidas nas sondagens longas, pois o látex está associado a inflamações uretrais, devido à aderência proteica e salina à superfície da sonda.
Procedimento:
1. Orientar o paciente sobre o procedimento.
2. Posicionamento. Mulheres: posição ginecológica. Homens: decúbito dorsal.
3. Realizar higienização simples das mãos e calçar luvas de procedimento.
4. Lavar toda a região pélvica e perineal com solução degermante (esponja em todos os locais,
menos na mucosa; escova em todos os locais, menos na genitália).
5. Retirar o excesso do degermante com compressas e proteger a glande e corpo do pênis com
uma gaze antes de repousá-lo na pele da região pubiana, em sua posição anatômica.
6. Calçar luvas estéreis.
7. Inflar o balonete da sonda para testar sua integridade e conectar a sonda ao sistema coletor fechado.
8. Realizar antissepsia da pele com PVPI tintura, em sentido medial-lateral e PVPI tópico em mucosa (glande e mucosa vaginal), em sentido radial (do centro para fora).
9. Retirar a gaze que estava protegendo a glande e o corpo do pênis.
10. Delimitar a área com campo fenestrado.
11. Passar Lidocaína gel diretamente na sonda, em mulheres e, no caso dos homens, aplicar 20
ml diretamente no meato uretral, com auxílio de uma seringa e com o corpo do pênis retificado.
12. Inserção da sonda. Mulher: afastar os lábios com a mão não dominante, identificar o orifício uretral e introduzir a sonda até a urina refluir. Homem: segurar o prepúcio do pênis a 90o, entre os 2o e 3o quirodáctilos, com a palma da mão voltada para cima, e iniciar a inserção da sonda até que haja resistência. Horizontalizá-lo e finalizar a inserção até que haja resistência
novamente e a urina reflua.
13. Insuflar o balonete com água destilada conforme volume indicado na sonda, após visualização
de fluxo de urina. Não se deve utilizar soro fisiológico, pois isso propiciar a formação de cristais, que podem obstruir a sonda e impedir a sua retirada. Em seguida, deve-se tracionar a sonda para verificar se está fixa na bexiga e abrir o lacre do sistema coletor.
14. Após refluir toda a urina, fechar o lacre, desconectar a sonda do sistema coletor, retirar o campo fenestrado e conectar a sonda ao sistema coletor novamente, abrindo o lacre ao final.
15. A sonda pode ser fixada junto à coxa do paciente para evitar qualquer tração acidental. A fixação é realizada colocando uma camada de esparadrapo ou micropore por baixo da sonda e outra por cima.

Tipo: Nelaton
Procedimento: A realização do procedimento é semelhante à sonda de Foley. Na preparação, no entanto, a técnica pode ser estéril (com antissepsia) ou não estéril, apenas com a degermação. Como não possui balonete, o conteúdo é desprezado em uma cuba rim e a sonda deve ser retirada logo após o esvaziamento vesical.

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7
Q

Sobre os DRENOS, fale:
Introdução
Tempo de permanencia e retirada
Complicações

A

Introdução
- 3 mecanismos de expulsão: Gravidade, capilaridade e pressão vizinha dos tecidos
- Aproximação dos tecidos -> Cicatrização
- Drenagem ativa -> Drenos tubulares
- Em cavidade abdominal, nova incisão
- Na mesma incisão favorece infecção e deisencia da sutura

Tempo de permanencia e retirada
- Quanto menor a permanência do dreno, menor possibilidade de complicações (especialmente contaminação retrograda)
- No momento da retirada do dreno, deve-se levar em conta o motivo de sua instalação e o aspecto do conteúdo drenado
- Drenagem sentinela: Quando há possibilidade de deiscência de uma anastomose por tensão de vicera oca, deficiência de irrigação, infecção, alterações na serosa de revestimento
- Drenagem curativa: Coleções purulentas em geral e cavidadesbem delimitadas por paredes
- Drenagem profilática: Empregada em ocasiões em que houvesse a possibilidade de acumulo de secreções, como nos descolamentos do leito vascular ou pancreático

Complicações
- Infecções exógenas ascendentes
- Lesnao de vísceras por drenos de maior consistencia
- Perda do dreno dentro do abdome
- Hemorragia por lesão vascular
- Fistulas residuais
- Evisceracoes
- Desconforto local
- Drenos tubulares traumatizam mais os tecidos do que os laminares, porém permitem quantificação mais precisa do debito das secreções

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8
Q

Quais os tipos de drenos?

A

Classificação: Passivo - Drena por Capilaridade.
Uso: o Penrose deve ser usado nos casos em que o débito/produção de líquido é pequeno. Procedimento:
1. Colocar o dreno sanfonado com o auxílio de uma pinça hemostática curva no local a ser drenado.
2. A fixação é realizada com um ponto simples, transfixando a parede inferior do dreno e a pele, deixando a parede superior livre.
3. O curativo é feito com dois chumaços de gazes dobradas, repousando o dreno sobre um deles e o outro por cima. Tais gazes contribuirão para mobilizar, por capilaridade, através do dreno, o conteúdo.
4. Uma vez molhadas, as gazes perdem a força motriz, dificultando o escoamento do conteúdo. Logo, o curativo deve permanecer seco a maiorparte do tempo e trocado caso necessário.
5. Caso a produção de exsudato seja de tal monta que torne impraticável manter seco ocurativo, deve-se colocar sobre o dreno uma bolsa coletora de colostomia.
Retirada: Remover o curativo e o ponto simples realizado, retirar o dreno e suturar a incisão original com pontos simples.
Mobilização: 1-2 cm por dia, sem retirar o ponto que está fixando o dreno.

Tubular com e sem Trocarte (Aberto e Fechado) Classificação: Aberto: Passivo - Drena por Gravidade
Fechado: Ativo - Drena por Sucção
O sistema de aspiração fechado funciona com pressão negativa e elimina suavemente o líquido e os dejetos de uma ferida por meio de una sonda perfurada conectada a uma câmara-reservatório. Trocarte: lâmina utilizada para realizar incisão na pele no mesmo diâmetro do dreno tubular.
Uso: o dreno Tubular deve ser utilizado quando o débito for muito alto, necessitando-se, portanto, de uma aspiração ativa. Deve-se considerar ainda a natureza do conteúdo a ser drenado (por exemplo, possibilidade de formação de coágulos ou rolhas proteicas) e a necessidade de lavagem ou aspiração do conteúdo. Ressalta-se que os drenos tubulares têm indicação para uso em cavidades naturais e naquelas com paredes bem definidas (por exemplo, abscesso encapsulado, pseudocistos), onde a pressão dos órgãos circunvizinhos não favoreça o desabamento de alças sobre os orifícios do dreno, obstruindo-o.
Procedimento:
1. Coloca-se o dreno com trocarte na cavidade, através da incisão cirúrgica original. Faz-se uma nova incisão de dentro para fora na pele adjacente.
 Observação: caso o dreno seja sem trocarte, deve-se realizar uma pequena incisão na
pele adjacente, lateralmente à incisão original, no intuito de guiar e facilitar a exteriorização do dreno.
2. Corta-se a ponta do trocarte e em seguida liga-se o dreno aos conectores (a mangueira dos conectores já deve estar acoplada ao reservatório, e o lacre, que regula a passagem para o reservatório, deve estar fechado para que não haja extravasamento de secreção).
3. O reservatório é comprimido e a sua tampa deve ser fechada neste momento, permitindo a obtenção da pressão negativa que irá promover a sucção após a finalização do procedimento.
4. Fechar a incisão cirúrgica inicial.
5. Realização de um ponto em U horizontal em volta do dreno, sem transfixá-lo.
6. Cortar a agulha e realizar 1 seminó. Realizar a “bailarina” (as duas extremidades do fio são
cruzadas três vezes em volta do dreno). Realiza-se mais 3 seminós, para finalizar a fixação.
7. O lacre deve ser aberto para que o conteúdo drenado prossiga para o reservatório.
8. Realiza-se curativo ao redor do dreno: cortar dois maços de gaze até o meio (em calça) e
colocá-los aoredor do dreno, cobrindo-os com esparadrapo.
9. Retirada (depois que o dreno cumpriu o seu papel): Remover o curativo e cortar os 3 seminós realizados para a fixação. Realizar dois semi- nós (indicador e dedo médio) ou um seminó (cirurgião) para fechar a cavidade que continha o dreno.

Blake com e sem trocarte (aberto e fechado)
Classificação: Aberto: Passivo - Drena por Gravidade e Capilaridade.
Fechado: Misto - Drena por Sucção e Capilaridade.
Uso: Funciona de forma semelhante ao dreno tubular (mesma técnica). A principal diferença do dreno de Blake para o dreno tubular reside no fato de que o primeiro possui uma conformação diferenciada em sua extremidade, que propicia o mecanismo de drenagem também por capilaridade, fato que não ocorre no dreno tubular.

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