SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Flashcards

1
Q

QUEM pôs os direitos reprodutivos em pauta?

A

Os direitos reprodutivos que hoje estão em legislações internacionais – e nacionais
de diversos países – e são garantidos nos serviços voltados para mulheres são resultado
de reivindicações do movimento feminista, que desde o início do século 20 pleiteia o planejamento familiar e a autonomia feminina sobre o próprio corpo.
Os primeiros registros do tema datam do início do século 20, quando a feminista
americana Margaret Sanger escreveu sobre o papel da autonomia reprodutiva para a
emancipação feminina na revista The Woman Rebel (“a mulher rebelde”), que havia fundado em 1914.
Enfermeira obstetra que viu a mãe morrer após a 18ª gravidez, Sanger defendia
que as mulheres deveriam se libertar da “escravidão biológica” e ter controle sobre sua
reprodução no lugar dos homens, principais autores das leis que proibiam a contracepção na época

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2
Q

Como é A saúde sexual e reprodutiva no Brasil

A

Há mais de 54 milhões de mulheres em idade fértil (de 15 a 49 anos)
As políticas para a saúde sexual e reprodutiva devem alcançar cada uma dessas
mulheres, bem como cada homem e pessoa não binária, independentemente da identidade de gênero e da orientação sexual.
Entre essas mulheres, mais de 50% têm gestações não planejadas
Isso indica acesso limitado a contraceptivos e orientações de qualidade sobre planejamento reprodutivo, além de possíveis violências e barreiras no acesso ao aborto
legal. O planejamento reprodutivo é um direito que promove a diminuição da pobreza e
o desenvolvimento das pessoas jovens. Quando não acontece, a possibilidade de construir um futuro melhor para cada pessoa, sua família e comunidade, é comprometida.
Obs.: A mulher que possui uma condição crônica, como hipertensão ou diabetes, e
busca um tratamento para depois engravidar, irá participar do pré-natal com
mais controle da sua condição de saúde

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3
Q

Pré-natal

A

No Brasil, a razão da morte materna entre gestantes que tiveram até duas consultas
de pré-natal é de 212,4 por 100 mil nascidos vivos (NV).
Com mais consultas, as mortes maternas tendem a diminuir, em grande medida, pela
identificação de gestações de risco e manejo desses casos. A razão de morte materna
por sete ou mais consultas de pré-natal é de 71,4.
Obs.: Recomenda-se que os candidatos tenham cuidado com as questões abertas e
com as afirmações realizadas nas alternativas.

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4
Q

SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA – SSSR
DEFINIÇÃO

A

São todos os aspectos relacionados ao bem-estar e ao exercício saudável, livre e
responsável da sexualidade e da reprodução, sem qualquer tipo de imposição, violência ou discriminação, sem riscos de infecções sexualmente transmissíveis ou gravidez
não intencional, possibilitando que mulheres e homens possam decidir livremente se
querem ou não ter filhos/as, com quem, quantos e quando.

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5
Q

SAÚDE SEXUAL

A

Um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à
sexualidade, que vai além da ausência
de doença, disfunção ou enfermidade.
A saúde sexual implica que todas as
pessoas tenham acesso a:
*aconselhamento e cuidados relacionados à sexualidade, à identidade sexual e
a relações sexuais;
*serviços para a prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmitidas, incluindo HIV/Aids e outras
doenças do aparelho geniturinário;
*aconselhamento psicossexual e tratamento dos distúrbios e disfunções
sexuais;
*prevenção e tratamento de cânceres
no sistema reprodutivo.

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6
Q

SAÚDE REPRODUTIVA

A

Um estado de completo bem-estar físico, mental, e não
apenas a ausência de doenças ou enfermidade, em todos os
assuntos relacionados ao sistema reprodutivo e às suas funções e processos.
A saúde reprodutiva implica:
*receber informações precisas sobre o sistema reprodutivo
e os serviços necessários para manter a saúde reprodutiva;
*gerenciar a menstruação de forma higiênica, em privacidade e com dignidade;
*acessar serviços multissetoriais para prevenir e responder
à violência por parceiro íntimo e outras formas de violência
de gênero;
*acessar métodos seguros, eficazes, acessíveis e aceitáveis
de contracepção de sua escolha;
*acessar serviços de saúde adequados para garantir gravidez
e parto seguros e bebês saudáveis;
*acessar serviços de aborto seguro, incluindo cuidado pós-
-aborto;
*acessar serviços de prevenção e tratamento de infertilidade

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7
Q

ASSISTÊNCIA À SAÚDE REPRODUTIVA

A
  • É definida como a constelação de métodos, técnicas e serviços que contribuem para a saúde
    e o bem-estar reprodutivo, prevenindo e resolvendo problemas de saúde reprodutiva.
    Isso inclui também a saúde sexual, cuja finalidade é a intensificação das relações
    vitais e pessoais e não simples aconselhamento e assistência relativos à reprodução
    e a infecções sexualmente transmissíveis.
    LEMBRE–SE
    SEXO refere-se a um conjunto de características genotípicas e biológicos; e GÊNERO
    é uma construção social e histórica. Na maioria das sociedades, as relações de gênero
    são desiguais.
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8
Q

DIREITOS REPRODUTIVOS

A
  • O direito das pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter
    filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
  • O direito de acesso a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não
    ter filhos.
  • O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição
    e violência.
  • Receber cuidados de qualidade durante o ciclo gravídico-puerperal, com acesso a
    equipes profissionais e a serviços que promovam uma experiência positiva da gravidez e do parto, com saúde, segurança, integridade e dignidade
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9
Q

DIREITOS SEXUAIS

A
  • Ter acesso à informação e educação integral em sexualidade;
  • Ter acesso a métodos seguros para prevenção da gravidez não intencional e de
    infecções sexualmente transmissíveis (IST);
  • Ter acesso a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de
    qualidade, sem discriminação;
  • Expressar livremente sua orientação sexual, sem medo, culpa ou vergonha;
  • Ter relações sexuais somente quando e com quem se quer (relações consentidas e
    livres de violência);
  • Viver e expressar a sexualidade de forma plena, segura e prazerosa, livre de estigma,
    violência, discriminação e imposições – e com total respeito pelo corpo das outras
    pessoas com quem se relaciona.
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10
Q

MARCOS HISTÓRICOS DOS DIREITOS SEXUAIS E
REPRODUTIVOS

A
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11
Q

Em âmbito nacional, como marcos referenciais em relação aos direitos sexuais e
aos direitos reprodutivos, destacam-se:

A
  • Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher – PAISM/MS/1984.
  • Constituição Federal de 1988.
  • Lei de Planejamento Familiar N. 9.263 de 12 de janeiro de 1996(Regulamenta o § 7º,
    do art. 126, da Constituição Federal)
  • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - PNAISM/MS/2004.
  • Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos DireitosReprodutivos/MS/2005.
  • Lei Maria da Penha (Violência Contra a Mulher) - N. 11.340/2006
  • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra/2007
  • Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/Aids e outras
    DSTs /2007
    Obs.: A sigla DST (Doenças sexualmente transmitidas) foi substituída por IST (Infecções
    sexualmente transmissíveis).
    É importante destacar que a saúde sexual reprodutiva ocorre, primordialmente, na
    atenção primária à saúde.
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12
Q

Quais as Atribuições da APS em saúde sexual e reprodutiva?

A
  • Consultas e espaços educativos
    sobre o planejamento e oferta
    de métodos contraceptivos, de
    acordo com a necessidade e
    realidade de cada mulher.
  • Acompanhamento pré-natal e
    puerperal
  • Prevenção de IST com
    orientações, oferta de
    preservativos e lubrificantes
  • Aconselhamentos e ações
    educativas sobre o exercício livre
    e seguro da sexualidade.
  • Informação e aconselhamento
    sobre infertilidade
  • Aconselhamento
    pré-concepcional
  • Orientações técnicas sobre
    aborto legal e atenção a
    mulheres em situações de
    abortamento.
  • Atendimento imediato e
    encaminhamentos em casos
    de violência sexual.
  • Encaminhamentos para
    outros serviços de saúde de
    acordo com a complexidade
    de necessidades.

Obs.: Durante o acompanhamento pré-natal e puerperal é possível ofertar métodos contraceptivos após o parto.
As mulheres poderão solicitar o aborto legal quando:
* For vítima de violência sexual;
* Corre algum risco de vida;
* Gera um bebê incompatível com a vida, como por exemplo, um bebê anencéfalo

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13
Q

O que é SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA (PLANEJAMENTO
REPRODUTIVO)?

A

O planejamento familiar é definido no art. 2º da Lei n. 9.263,de 12 de janeiro de 1996,
da seguinte forma:
Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações
de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou
aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
Parágrafo único. É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico. (BRASIL, 1996).
LEMBRE–SE
Planejamento reprodutivo é um termo mais adequado que planejamento familiar e
não deve ser usado como sinônimo de controle de natalidade.
Por exemplo, o adolescente, o jovem ou o adulto, homem ou mulher, independentemente de ter ou não uma união estável ou de constituir uma família, pode fazer, individualmente ou com o(a) parceiro(a), uma escolha quanto a ter ou não ter filhos.
Portanto, em um direito sexual e reprodutivo e, a atenção em planejamento familiar
deve levar em consideração o contexto de vida de cada pessoa e o direito de todos poderem tomar decisões sobre a reprodução sem discriminação, coerção ou violência.

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13
Q

O que é SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA – SEGMENTO POPULACIONAIS?

A

Atividades a serem desenvolvidas na atenção em saúde reprodutiva na Atenção Primária:
A atuação dos profissionais de saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo,
envolve, principalmente, três tipos de atividades:
* Aconselhamento.
* Atividades educativas.
* Atividades clínicas
ADOLESCENTES E JOVENS: Todos os adolescentes e jovens que procuram o serviço
de saúde sejam ouvidos com atenção, recebam informações, atendimento e encaminhamentos adequados. No mesmo sentido, é preciso que a burocracia não comprometa a
qualidade do atendimento. Dessa forma, por exemplo, o acesso aos preservativos e ao
teste de gravidez deve ser o mais abrangente e simples possível, favorecendo as ações
de anticoncepção, de prevenção das DST/HIV/Aids e o acesso precoce ao pré-natal.
POPULAÇÃO IDOSA: A vivência da sexualidade modifica-se com o tempo, mas faz
parte de todas as etapas da vida e sua expressão saudável é fundamental para a felicidade e realização do ser humano.
POPULAÇÃO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS – LGBT:
importante distinguir as especificidades dos diferentes segmentos que integram a
população LGBT, pois representam diferentes formas de expressão da orientação sexual
e da identidade de gênero.
A saúde reprodutiva implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e
quantas vezes deve fazê-lo”.
Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens e adolescentes informação, acesso e escolha a métodos eficientes, seguros, permissíveis, aceitáveis e não contrários à Lei n. 9.263/1996, além da oferta de outros métodos de regulação da fecundidade e o
direito ao acesso a serviços apropriados de saúde para o pré-natal, o parto e o puerpério.
É a OMS quem define os critérios de elegibilidade dos métodos anticoncepcionais
que permitem escolher com segurança aquele(s) mais adequado(s) para cada pessoa.
Em 1960, o assunto ganhou nova força com a invenção de um medicamento que
revolucionaria a reprodução feminina: a pílula anticoncepcional.
Comumente atribuída ao cientista americano Gregoy Pincus, a pílula também contou
com contribuições de Sanger.
O lançamento da pílula coincidiu com a segunda onda do feminismo entre os anos 1960 e
1980. Se, no início do século 20, Sanger era uma voz rara em meio à maioria feminista que reivindicava direitos como o voto, na metade do século suas pautas viraram o centro da agenda.

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14
Q

Quais são os OS MÉTODOS CRIADOS EM CADA ÉPOCA?

A
  • 1700: Preservativo masculino
  • 1881: Laqueadura para mulheres
  • 1882: Diafragma de borracha
  • 1909: DIU de cobre
  • 1957: Vasectomia para homens
  • 1960: Pílula anticoncepcional
  • 1980: Implantes hormonais
  • 1990: Preservativo feminino
  • 2000: Adesivos e géis hormonais
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15
Q

QUANDO OS DIREITOS REPRODUTIVOS FORAM ESTABELECIDOS?

A

Os primeiros registros de garantia dos direitos reprodutivos incluem o caso da Rússia pós-
-revolução, que legalizou o aborto em 1920, a decisão dos EUA que permitiu o uso de contracepção em 1965 e uma série de medidas de diversos países aprovadas em todo o século 20.
O principal marco da inclusão desses direitos na ordem global, porém, é a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas de 1994, realizada na cidade
do Cairo, no Egito, no embalo das reivindicações feministas que avançavam naquela época.
A conferência, que contou com a participação de 179 países, adotou o conceito de direitos reprodutivos na concepção atual e foi responsável por reconhecer formalmente pela
primeira vez a reprodução e a sexualidade como bens merecedores de proteção específica.

15
Q

Quais são os Direitos humanos básicos no planejamento reprodutivo?

A
  • Decidir de forma livre e responsável sobre o número, o espaçamento e a oportunidade de ter filhos.
  • Ter acesso à informação e aos meios para gozar dos mais elevado padrão de saúde
    sexualreprodutiva, sem discriminação, coerção ou violências.
    US$ 1
    Gastos em serviços contraceptivos poupam cerca de US$ 2,22 em assistência médica
    por ano em um país, segundo estudo de 2017 do Instituto Guttmacher.
16
Q

o que é o planejamento sexual e reprodutivo?

A

O planejamento sexual e reprodutivo é condição importante para a saúde das mulheres e homens adolescentes, jovens e adultos.
Todos os indivíduos têm o direito de decidir de forma livre e responsável se querem
ou não ter filhos(as), quantos filhos(as) desejam ter e em que momento de suas vidas.
Desta forma, todos têm direito à atenção em planejamento reprodutivo, ou seja,
acesso aos métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a
informações e acompanhamento por um profissional de saúde, num contexto de escolha livre e informada.
Também têm direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação,
imposição e violência.

16
Q

O que são os MÉTODOS REVERSÍVEIS OU IRREVERSÍVEIS?

A

Obs.: Esses métodos se referem à continuidade da condição proporcionada por eles.
Os métodos contraceptivos são recursos que podem ser comportamentais, medicamentosos, ou cirúrgicos, usados pelas pessoas para evitar a gravidez indesejada. Existem
métodos femininos e masculinos, reversíveis e irreversíveis.
Os métodos reversíveis são aqueles que, como diz o nome, podem ser revertidos. Ou
seja, quando a pessoa deixa de utilizá-los, poderá engravidar.
Obs.: A reversibilidade do método pode ocorrer por dois motivos: ou a pessoa para
de utilizá-lo ou ela não o utiliza da forma correta, o que faz com que ele perca
sua eficácia.
Já os métodos irreversíveis, como a ligadura de trompas uterinas/ laqueadura e a
vasectomia, são aqueles que, após utilizados, é muito difícil a pessoa recuperar a capacidade de engravidar. Por isso, para optarem por esses métodos as pessoas precisam estar
seguras de que não querem mais ter filhos.
Obs.: Aproximadamente 12,5 milhões de mulheres no mundo usavam pílula anticoncepcional
em 1967, segundo “O Livro do Feminismo”. Mesmo a pílula apresentando efeitos
adversos bem conhecidos, ela é a opção mais prática para a maioria das mulheres,
devido à sua fácil reversibilidade, fácil acesso e valores.

16
Q

Quais as categorias de PLANEJAMENTO REPRODUTIVO?

A

Métodos comportamentais
* Métodos hormonais
* Métodos de barreira
* Métodos definitivos

17
Q

O que são os MÉTODOS CONTRACEPTIVOS?

A
  • São métodos utilizados para prevenir e/ou evitar a gravidez ou concepção.
    Obs.: No Brasil, os métodos contraceptivos masculinos são o preservativo externo
    (utilizado no pênis) e a vasectomia.
17
Q

O que é a DUPLA PROTEÇÃO?

A

As camisinhas, masculina e feminina, são os únicos métodos que oferecem dupla
proteção. Quando usadas corretamente em todas as relações sexuais, protegem de uma
gravidez e das IST/HIV-Aids.
Obs.: Outros métodos podem ser combinados, mas a utilização da camisinha é o único
método com dupla proteção.

17
Q

O que são os PRESERVATIVO EXTERNO OU CAMISINHA?

A

Método de barreira que consiste em uma capa fina, podendo ser de borracha (látex
ou outro) que cobre o pênis e que deve ser colocada antes de cada relação sexual.
* O preservativo externo evita a gravidez, assim como a transmissão de infecções
sexualmente transmissíveis como HIV, hepatites virais e outras.
Obs.: Risco de falha de 18% a 21%. A falha do preservativo pode se relacionar, muitas
vezes, à metodologia de uso, ou seja, se ele foi colocado na hora correta, com o
pênis ereto, se o tamanho era correto, se ele foi retirado da forma correta etc.
Pode ser chamado de camisinha, capa, guantô, camisa de vênus, entre outros.

18
Q

O que é o PRESERVATIVO INTERNO/FEMININO?

A

Obs.: Também conhecido como camisinha feminina.
* Método reversível e de barreira.
* Consiste em uma capa fina de plástico, um material mais fino que o látex da camisinha externa, com anel interno e externo, ambos flexíveis.
* Pode ser colocado até oito horas antes da relação. Pode ser utilizada por mulheres e
homens alérgicos ao látex.
* O preservativo evita a gravidez, assim como a transmissão de infecções sexualmente
transmissíveis como HIV, hepatites virais e outras.
Obs.: Risco de falha de 18% a 21%. O preservativo masculino é mais utilizado que
o feminino.

19
Q

O que é o método contraceptivo DIAFRAGMA?

A

Obs.: É um método que tem caído em desuso ultimamente.
* Método contraceptivo de barreira que evita a gravidez impedindo a entrada de
espermatozoide no interior do útero.
* É uma capa flexível de borracha ou de silicone, em forma de concha, que é inserida
dentro da vagina para cobrir o colo uterino.
* Existem diferentes tamanhos de diafragma, por isso é preciso a medição de um profissional de saúde para determinar o tamanho ideal para cada pessoa.
* O diafragma pode ser inserido na vagina horas antes do sexo, mas só pode ser retirado de seis a oito horas após o término da última relação sexual, que é o tempo
necessário para que os espermatozoides que ficaram dentro da vagina morram.
* Imediatamente após a retirada do diafragma, deve-se lavá-lo com água e sabão,
depois de secá-lo você deve guardá-lo em um lugar seco.
Obs.: O diafragma não previne contra IST/ HIV ou hepatites virais. Seu risco de falha é
de 1,6 a 21%.

20
Q

O que é o DIU - DISPOSITIVO INTRAUTERINO (T DE COBRE)?

A
  • É uma pequena estrutura de plástico flexível com a forma da letra T. Pode ser recoberto por um fio de cobre ou ter ação hormonal.
  • O DIU de cobre age inativando ou matando os espermatozoides, agindo antes da
    fecundação.
  • O DIU hormonal age liberando hormônios que impedem a fecundação.
  • O DIU de cobre pode ficar até 10 anos e o DIU hormonal até 5 anos.
  • Pode ser utilizado por todas as mulheres em idade reprodutiva.
  • Após retirado, o corpo volta à fecundidade e é possível engravidar.

Obs.: O DIU não previne contra IST/HIV/AIDS e hepatites virais. Sua taxa de falha é de
1,4%. O DIU hormonal é chamado de SIU, porém, ele não é ofertado pelo SUS. O
SUS oferta somente o DIU de cobre.

20
Q

O que são as PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS?

A
  • As pílulas contêm hormônios similares aos hormônios produzidos pelos ovários da mulher,
    podendo ser apenas de progesterona ou combinada de estrogênio e progesterona.
  • Elas atuam impedindo a ovulação e dificultando a passagem do espermatozoide
    para o interior do útero.
  • Os contraceptivos hormonais devem ser prescritos após avaliação clínica. Deve ser
    tomada, sem interrupções, durante 21 ou 28 dias, dependendo da prescrição e
    escolha da mulher.
  • Há também opções de pílulas cujo calendário é flexível, podendo inclusive ser mais
    longo, variando a quantidade de dias de ingestão do comprimido conforme escolha
    da usuária.
    Obs.: A pílula não previne contra IST/HIV/AIDS e hepatites virais. Seu risco de falha é
    de 0,1 a 8%
21
Q

O que são os IMPLANTE SUBDÉRMICO?

A
  • O implante consiste em um dispositivo em forma de I ou Y, introduzido abaixo da
    pele, no braço, que tem efeito de longa duração.
  • Também é um método contraceptivo hormonal e confere proteção contra gravidez
    por até 2, 3, 5 ou 10 anos, dependendo do modelo.
    Obs.: Os LARCs são os anticoncepcionais reversíveis de longa permanência. Se referem
    ao DIU, SIU e ao implante.
  • É um método reversível, o que significa que, ao parar de usá-lo, o efeito contraceptivo passa imediatamente.
  • Tanto a inserção quanto a retirada devem ser realizadas em um serviço de saúde.
  • Incorporado ao SUS em 2021.
    Obs.: O implante não previne contra IST/HIV/ AIDS e hepatites virais. Seu risco de falha
    é de 0 a 1,1%.
22
Q

O que são as INJEÇÕES ANTICONCEPCIONAIS?

A
  • São feitas de hormônios similares aos produzidos nos ovários, o estrogênio e a
    progesterona.
  • Atuam impedindo a ovulação e dificultando a passagem do espermatozoide para o
    interior do útero.
  • Existem dois tipos de injeção anticoncepcional, a injeção mensal e a trimestral, essa
    última pode ser utilizada durante a amamentação.
    Obs.: A injeção não previne contra IST/ HIV e hepatites virais. Seu risco de falha é de
    0 a 0,3%
23
Q

Para que serve a DUPLA PROTEÇÃO?

A
  • Nenhum método contraceptivo é 100% seguro, por isso é indicada a dupla proteção,
    que consiste no uso de dois métodos, sendo que um deles em geral é o preservativo
    interno ou externo, conjuntamente com outro método, como DIU, diafragma, pílula
    hormonal, ou implante.
    Os preservativos interno e externo são os únicos métodos de barreira capazes de proteger
    de infecções como IST, HIV, Zika vírus, hepatites e outras.
24
Q

Contraceptivo de Emergência (Pílula do
Dia Seguinte)

A
  • É um método hormonal disponibilizado em pílula, que pode ser
    tomada até 120 horas (5 dias) após a relação sexual desprotegida,
    falha do método contraceptivo ou em caso de violência sexual.
  • A pílula age impedindo ou retardando a ovulação, diminuindo assim a
    capacidade dos espermatozóides fecundarem o óvulo.
  • Todas as meninas e mulheres que sofreram violência sexual têm o
    direito à pílula de emergência, assim como ao atendimento imediato
    no serviço de saúde, incluindo o acesso à Profilaxia Pós-Exposição
    (PEP) de Risco, apoio psicológico, jurídico e social.
25
Q

Ligadura das Trompas ou Laqueadura

A
  • Contracepção permanente, realizada através de amarração ou corte nas trompas
    uterinas para evitar que os espermatozóides cheguem até o óvulo. É um
    procedimento cirúrgico invasivo que deve ser feito por médica(o) especializada(o).
  • Lei nº 14.443/2022, ampliou o acesso e delimitou prazos de espera. A nova redação
    traz as seguintes alterações nos requisitos de elegibilidade:
  • A idade mínima para mulheres e homens com capacidade civil plena passa de 25 para 21 anos,
    independentemente do número de filhos vivos;
  • Fica definido prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico;
  • Não é mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização de
    laqueadura tubária ou vasectomia;
  • O histórico de cesarianas sucessivas anteriores não é mais requisito para a realização de
    laqueadura tubária durante a cesárea, sendo a esterilização cirúrgica em mulher durante o
    período de parto garantida à solicitante, desde que observados o prazo mínimo de 60 dias entre
    a manifestação da vontade e o parto e as devidas condições médicas.
26
Q

Vasectomia

A
  • Procedimento cirúrgico destinado às pessoas com pênis, que consiste em cortar os
    canais de fluxo dos espermatozóides, interrompendo a presença deles no sêmen.
    Procedimento simples e seguro. Demora cerca de 20 a 30 minutos, a anestesia é local
    e pode ser realizada em nível ambulatorial ou hospitalar.
  • Lei nº 14.443/2022, ampliou o acesso e delimitou prazos de espera. A nova redação
    traz as seguintes alterações nos requisitos de elegibilidade:
  • A idade mínima para mulheres e homens com capacidade civil plena passa de 25 para 21 anos,
    independentemente do número de filhos vivos;
  • Fica definido prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico;
  • Não é mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização de
    laqueadura tubária ou vasectomia;
    Nem a laqueadura e nem a vasectomia previnem contra IST/ HIV
    nem hepatites virais.
27
Q
A
28
Q
A