POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER – PNAISM Flashcards

1
Q

Qual o Histórico da POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PNAISM)?

A

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) é considerada uma política pública essencial para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), sendo projetada em um arcabouço de diversos temas e defesas no que tange à saúde da mulher desde os primórdios, isto é, desde a Revolução Industrial, por exemplo.
Percebe-se, assim, diversos marcos normativos/legais, que corroboram a temática desenvolvida sobre o Direito das Mulheres, sendo fundamentais para a construção de políticas públicas, sobretudo em prol da igualdade de gêneros.
No Brasil, a Saúde da Mulher foi incorporada à Políticas Nacionais de Saúde nas primeiras décadas do século XX.
Naquele momento histórico, qual seja, século XX, a saúde da mulher era limitada às necessidades relativas à gravidez e ao parto. Ou seja, a mulher era visualizada, tão somente, como um aparelho reprodutor (aspecto biológico reprodutivo), e, assim, deveria ser considerada apenas nas questões albergadas pela gravidez e pelo parto.
Décadas de 30, 50 e 70 – programas materno infantis baseados na especificidade biológica da mulher: papel social de mãe e da mulher doméstica.
Visão restrita: especificidade biológica e papel social, criação, educação e cuidado dos filhos e outros familiares, ou seja, tinha-se apenas a visão da mãe cuidadora.
De tal forma, percebe-se que a implementação do referido Programa nos anos 90 ocorreu justamente pela influência dessa nova política de saúde, sendo balizadas pelo princípio da integralidade e da equidade da atenção.
Por sua vez, o Programa de Assistência à Saúde da Mulher foi criado em 1983 no contexto da redemocratização do país, ou seja, retirando-se do período da Ditadura Militar e reiniciando o presidencialismo.
Com isso, percebe-se um momento histórico precedente de violação às diversas pautas, sendo, por conseguinte, retomado pela redemocratização com a observância de direitos e deveres da sociedade em relação aos cidadãos, sendo salutar, nesse contexto, por exemplo, os movimentos feministas que influenciaram na construção do programa nesse contexto histórico.
Simbolicamente, em 1983, com a normatização do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), rompe com o termo ‘materno-infantil’ - até então orientador das ações de saúde da mulher - e passa a usar o termo “integralidade”. Institucionalmente, modificou-se também a estrutura do Ministério da Saúde, em que a “área técnica materno-infantil” tornou-se “área técnica de saúde da mulher” – Hoje é a Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher.
Salientando-se, inclusive, que, a depender do Governo, pode ocorrer a modificação da sigla indicativa da referida Coordenação.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) incorporou as ideias de descentralização, hierarquização e regionalização, bem como de equidade da atenção, sendo, inclusive, termos incorporados como reflexo aos estabelecidos pelo SUS, em virtude das balizas implementadas pela Constituição Federal de 1988, isto é, sendo salutares para a formação da política nacional.
O PAISM passa a trabalhar também os direitos reprodutivos, o direito à concepção e à contracepção com assistência, segurança e autonomia, como decisão da mulher sobre quando, como e quantos filhos deseja ou não ter.
PAISM - Rompe com o binômio materno-infantil. Com efeito, tem-se pela primeira vez um programa voltado para as mulheres, no qual se tinha as próprias mulheres organizadas como interlocutoras privilegiadas, participando ativamente do seu planejamento, implantação e fiscalização.
Ressaltando-se que, nesse momento histórico de rompimento com o binômio materno-infantil, diversas mulheres foram responsáveis pelas conduções das gestões impulsionadoras dessas reformulações, isto é, desta construção coletiva em prol da saúde da mulher.

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Q

Qual o contexto da POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PNAISM)?

A

Em 2004 (Ano da Mulher):
– I Conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres (I CNPM).
– Lançamento da PNAISM (marco histórico).
* A PNAISM visa à implementação dos princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade e incorpora uma concepção de atenção que enfatiza a promoção da saúde, ampliando o leque de ações propostas desde 1983 com o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Inclusive, sendo responsável pela modernização de diversas pautas importantes para as mulheres.
* A PNAISM considera:
– Enfoque de gênero.
– Recortes racial / étnico e geracional.
A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos.
Desta forma, percebe-se que a mulher é inserida, por uma conjunção de fatores, em situações que a tornam vulneráveis ao adoecimento, como indicado abaixo:
“As mulheres ganham menos, estão concentradas em profissões mais desvalorizadas, têm menor acesso aos espaços de decisão no mundo político e econômico, sofrem mais violência (doméstica, física, sexual e emocional), vivem dupla e tripla jornada de trabalho e são as mais penalizadas com o sucateamento de serviços e políticas sociais, dentre outros problemas. Outros aspectos agravam a situação de desigualdade das mulheres na sociedade: classe social, raça, etnia, idade e orientação sexual”. (PNAISM).
Nesse contexto, percebe-se, por exemplo, que ao analisar os cenários que estão presentes os homens e as mulheres indígenas, há uma carga de vulnerabilidade muito maior sobre estas mulheres. Igualmente ocorre com mulheres e homens com condições financeiras muito vulneráveis.
Com isso, constata-se uma carga maior de adoecimento e de enfrentamento das problemáticas sociais pela mulher, inclusive quando analisado homens que estão inseridos nas mesmas situações fáticas.
Nesse sentido, ressalta-se que o Censo de 2022 do IBGE, indica que atualmente as mulheres representam seis milhões a mais do que os homens na sociedade, isto é, sendo 51,48% de mulheres e 48,52% de homens:

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3
Q

A PNAISM consolida avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos. Quais são eles?

A

Considera a necessidade de melhorar a atenção obstétrica.
* Ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo.
* Atenção ao abortamento inseguro.
* Atenção à violência doméstica e sexual / sexista.
* Incorpora a prevenção e tratamento das IST e de mulheres vivendo com o HIV/Aids.
* Atenção às mulheres portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e cânceres ginecológicos.
* Ampliação das ações para grupos historicamente alijados (mulheres negras, indígenas, trabalhadoras do campo, das florestas e das águas, mulheres em situação de prisão, mulheres lésbicas, mulheres no climatério e mulheres idosas).
* Avança rumo à formulação de um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero.
*Além do atendimento materno.
*Lógica descentralizada.
*Regionalizada.
*Hierarquizada.
A PNAISM considera a diversidade dos 5,570 municípios, das 27 UF, que representam diferentes níveis de desenvolvimento e de organização dos seus sistemas locais de saúde e tipos de gestão.
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres é uma política de extrema importância que se integra ao Sistema Único de Saúde (SUS) dentro de um amplo conjunto de ações. Essas ações, como discutido anteriormente, são altamente progressistas, especialmente considerando o contexto de duas décadas atrás. A política é altamente inclusiva, abordando não apenas questões tradicionais, mas também temas modernos como sexualidade e planejamento reprodutivo, agora centrado na decisão da mulher.
Os avanços são notáveis, especialmente no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, abordando desde a melhoria da obstetrícia até questões importantes como o aborto seguro, violência de gênero e o contexto sexista enfrentado por mulheres no passado.
Além disso, destaca-se a necessidade de ampliação das ações para grupos historicamente vulneráveis, como mulheres negras, indígenas, ribeirinhas, entre outras, que foram historicamente negligenciadas Essa abordagem mais abrangente reconhece que as mulheres têm necessidades que vão além da maternidade e da saúde obstétrica. Portanto, a política visa atender às diversas necessidades das mulheres, adotando uma abordagem descentralizada, regionalizada e hierarquizada para garantir que todas as mulheres, independentemente de sua localização ou características, recebam o atendimento adequado.
O Brasil, com sua vasta extensão territorial e diversidade populacional, apresenta uma gama de necessidades e características regionais distintas. Com seus 5.570 municípios e 27 unidades federativas, o país exige uma adaptação das políticas de saúde para atender a essa diversidade. Isso implica em diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas de saúde locais, o que exige uma abordagem flexível e adaptável.
A questão de como garantir atendimento igualitário em meio a essa diversidade sempre foi uma preocupação do Ministério da Saúde. A implementação de políticas, programas e estratégias para abranger essa diversidade é um desafio constante, mas crucial para garantir que todas as mulheres tenham acesso à saúde de qualidade, independentemente de onde vivam.

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3
Q

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA
MULHER (PNAISM):

A

A PNAISM consolida avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos:
– Considera a necessidade de melhorar a atenção obstétrica.
– Ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo.
– Atenção ao abortamento inseguro. Salienta-se que, atualmente, o aborto é a 4ª maior causa de morte das mulheres, sendo a maioria mulheres, pretas e pobres.
– Atenção à violência doméstica e sexual / sexista (inclusive, a violência obstétrica).
– Incorpora a prevenção e tratamento das IST e de mulheres vivendo com o HIV/Aids (texto original da PNAISM indica como DST). Nesse caso, faz-se necessário diferenciar quem é portadora do vírus/infectada (HIV) daquela que está doente (Aids).
– Atenção às mulheres portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e cânceres ginecológicos.
– Ampliação das ações para grupos historicamente alijados (mulheres negras, indígenas, trabalhadoras do campo, das florestas e das águas, mulheres em situação de prisão, mulheres lésbicas, mulheres no climatério e mulheres idosas).
– Avança rumo à formulação de um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero.

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4
Q

Quais são os OBJETIVOS GERAIS DA PNAISM?

A
  • Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.
  • Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.
  • Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
    Os objetivos gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres podem ser divididos em três categorias principais para facilitar a compreensão. O primeiro deles visa promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, assegurando os direitos legalmente estabelecidos e ampliando o acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo o território brasileiro. Esse objetivo reafirma a importância de garantir os direitos já constituídos e se concentra na promoção da saúde, prevenção de doenças e aumento do acesso aos serviços terapêuticos para todas as mulheres.
    O segundo objetivo aborda a contribuição para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, cuidando para não limitar-se apenas à mortalidade materna. Busca-se reduzir as causas evitáveis em todos os ciclos de vida e grupos populacionais, sem discriminação. Isso inclui não só questões relacionadas à saúde materna, mas também o enfrentamento de feminicídios, cânceres ginecológicos e violência contra mulheres.
    O terceiro objetivo concentra-se em ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso implica em oferecer uma atenção que considere todas as necessidades e particularidades das mulheres, indo além do foco tradicional na saúde materna. Procura-se atender as mulheres em todas as suas necessidades e particularidades, promovendo uma abordagem integral da saúde feminina.
    Ao abordar a saúde mental, é crucial observar tanto as necessidades físicas quanto psicológicas da mulher, verificando todo o espectro da prevenção de doenças evitáveis. É importante fornecer um atendimento integral, integrado ao contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) e das redes de atenção à saúde. Por exemplo, na atenção primária, ao realizar um rastreamento para câncer do colo do útero, pode-se identificar a necessidade de encaminhamento para um serviço psicossocial. Além disso, é possível identificar outras necessidades e vulnerabilidades que requerem encaminhamento para serviços de assistência social ou atendimento clínico.
    A ampliação do acesso e a qualificação dos serviços são essenciais para melhorar a assistência. Isso inclui a melhoria das instalações físicas, a humanização do atendimento e a atualização profissional dos prestadores de serviço. Embora haja avanços, ainda há espaço para melhorias significativas, especialmente na garantia de um atendimento humanizado e digno para as mulheres. A conscientização sobre questões como violência obstétrica também influencia na demanda por uma qualificação mais abrangente dos profissionais de saúde, visando proporcionar uma assistência mais respeitosa e centrada na mulher.
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4
Q

Qual o 1º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM?

A

1 Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras IST:
* fortalecer a atenção básica no cuidado com a mulher;
* ampliar o acesso e qualificar a atenção clínico- ginecológica na rede SUS.

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Q

Qual o 2º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

2 Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual:
* organizar redes integradas de atenção às mulheres em situação de violência sexual
e doméstica;
* articular a atenção à mulher em situação de violência com ações de prevenção de DST/aids;
* promover ações preventivas em relação à violência doméstica e sexual.
Dentro dos objetivos específicos da política há a delimitação de ações estratégicas
que elucidam tais objetivos. É importante destacar a necessidade de compreender o
contexto político que motivou a elaboração desses objetivos, especialmente considerando o cenário de 20 anos atrás, quando a política foi estabelecida. A explanação detalhada desses objetivos visa facilitar a compreensão de sua relevância e finalidade.
O primeiro objetivo específico visa ampliar e qualificar a atenção clínica ginecológica,
especialmente para as portadoras de infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs). Esta atualização se deve à compreensão de que nem todas as ISTs
são consideradas doenças. O foco é fortalecer a atenção básica e primária, ampliando o
acesso e melhorando a qualidade dos cuidados prestados às mulheres.
No segundo objetivo específico, a preocupação é com as mulheres e adolescentes em
situação de violência doméstica e sexual. É proposto organizar redes integradas de atenção para essas mulheres, articulando a assistência com ações de prevenção. Além de
identificar situações de risco e vulnerabilidade, são necessárias ações preventivas e um
atendimento humanizado para as vítimas de violência. Isso é crucial, especialmente considerando que anteriormente as mulheres em situação de vulnerabilidade muitas vezes
não eram ouvidas ou atendidas adequadamente, contribuindo para uma naturalização
da violência doméstica. No entanto, o acesso à informação tem contribuído para reduzir
essa realidade.

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Qual o 3º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

3 Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde:
* ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar, incluindo a assistência à infertilidade;
* garantir a oferta de métodos anticoncepcionais para a população em idade reprodutiva;
* ampliar o acesso das mulheres às informações sobre as opções de métodos anticoncepcionais;
* estimular a participação e inclusão de homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar.
No terceiro objetivo específico, o foco é estimular a implementação da assistência em planejamento familiar para homens, mulheres, adultos e adolescentes, como parte da abordagem integral à saúde. Uma reflexão interessante aqui é quanto ao termo “planejamento familiar”, que possui uma conotação conservadora. Pode ser substituído por “planejamento reprodutivo” sem perda de significado. Essa mudança permite uma abordagem mais abrangente, considerando que nem todas as mulheres desejam ter filhos ou casar. O planejamento reprodutivo abrange uma gama mais ampla de escolhas, incluindo o momento ideal para ter filhos, independente do estado civil.
É crucial incluir a participação masculina nesse processo de decisão, reconhecendo o homem como um parceiro importante nesse contexto. No entanto, é fundamental ressaltar que a decisão reprodutiva não depende exclusivamente da permissão masculina.
Dentro desse contexto, é importante oferecer e qualificar a assistência em planejamento familiar e reprodutivo, o que vai além da simples oferta de contraceptivos. Envolve orientação, capacitação e assistência em casos de infertilidade, garantindo acesso aos métodos contraceptivos e promovendo a livre escolha da população em idade reprodutiva.
Ampliar o acesso à informação sobre os métodos contraceptivos é fundamental para que as mulheres possam fazer escolhas conscientes e informadas. Permitir que experimentem diferentes métodos é essencial, assim como garantir tempo para tomada de decisão, sem interferência externa. Além disso, é importante promover a participação de homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar, sempre que apropriado e relevante para a assistência prestada, principalmente na atenção primária à saúde.

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Qual o 4º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

4 Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes:
Neste ponto, discute-se a promoção da atenção obstétrica e neonatal qualificada e humanizada. Historicamente, a mulher era vista apenas como uma “produtora de filhos” para atender às necessidades de mão de obra do país. Essa perspectiva desumanizadora
e limitante era extremamente prejudicial e necessita ser transformada. A assistência à saúde da mulher deve ser melhorada e humanizada, incluindo a oferta de atendimento especializado para casos que demandem cuidados além do parto eutócico (natural).
É imperativo que a assistência obstétrica e neonatal se estenda a casos de nascimentos prematuros, uma vez que a mortalidade infantil é exacerbada pela prematuridade. A mortalidade infantil, especialmente a neonatal precoce, está diretamente relacionada à qualidade da assistência obstétrica e pré-natal. Um pré-natal de qualidade e uma assistência obstétrica adequada reduzem significativamente a mortalidade infantil e a prematuridade, uma das principais causas de mortalidade neonatal.
A humanização da assistência obstétrica é crucial. Atendimentos apressados, desqualificados e rotineiros aumentam os riscos para a mulher e o recém-nascido. Cada mulher tem suas particularidades e necessidades específicas durante a atenção obstétrica, e é fundamental reconhecer e respeitar essas diferenças.
Quanto à inclusão da assistência ao abortamento em condições inseguras, é necessário contextualizar tanto os abortos legais quanto os provocados de maneira irregular.
Independentemente das circunstâncias que levaram ao abortamento, é essencial proporcionar uma assistência de qualidade, sem julgamentos ou culpabilização. As mulheres precisam ser acolhidas e assistidas de maneira humanizada e profissional.
Para atingir esse objetivo específico, é necessário construir parcerias com diversos atores e estabelecer um pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal. Este objetivo se diferencia do objetivo específico número 2, que trata da redução da
mortalidade e morbidade feminina em termos gerais, ao focar especificamente na qualificação da atenção obstétrica e neonatal.
Outras estratégias incluem a qualificação da referência obstétrica e neonatal nos estados e municípios brasileiros e a organização da rede de serviços de atenção obstétrica e neonatal. Deve-se garantir o atendimento às gestantes de alto risco e em situações de urgência e emergência, incluindo mecanismos de referência e contra-referência para assegurar a funcionalidade da rede de atenção no âmbito do parto e nascimento.
O fortalecimento do sistema de formação e capacitação de pessoal na área da assistência obstétrica e neonatal é essencial. Este fortalecimento abrange tanto a formação
inicial, em faculdades, dos futuros profissionais de saúde, quanto a capacitação contínua daqueles que já estão atuando na área, atualizando seus conhecimentos e habilidades.
Para os profissionais em formação, é fundamental a inclusão de práticas contemporâneas e baseadas em evidências científicas. Para os profissionais já atuantes, é necessário um processo de atualização contínua que elimine práticas obsoletas. Por exemplo, já não se justifica a imobilização das pernas das mulheres durante o parto, a realização de manobras como a de Kristeller, que são consideradas ultrapassadas, ou a episiotomia de
rotina, que deve ser reservada apenas para casos específicos e necessários.
É importante que os profissionais de saúde compreendam que muitas práticas rotineiras e desatualizadas podem ser prejudiciais. A resistência a mudanças baseada na justificativa de que “sempre foi feito assim” precisa ser superada, pois a manutenção dessas práticas pode contribuir para a mortalidade materna e neonatal. O estudo “Nascer no Brasil” trouxe à luz o chamado paradoxo obstétrico brasileiro. Apesar do elevado número de partos hospitalares e da ampla assistência médica, a mortalidade materna e neonatal
no Brasil continua elevada. Esse paradoxo revela que a simples oferta de procedimentos médicos, como cesarianas em excesso, não é suficiente para reduzir a mortalidade.
Ao contrário, a medicalização excessiva e a realização de procedimentos desnecessários expõem as mulheres a maiores riscos.
Este paradoxo obstétrico mostra que o aumento de leitos hospitalares e a oferta de assistência médica intensiva não garantem a redução da mortalidade. Estudos indicam que, apesar de uma tendência de redução histórica da mortalidade infantil, a mortalidade materna permanece alta e difícil de diminuir. As altas taxas de mortalidade materna em pleno 2024 evidenciam a necessidade urgente de mudanças na abordagem obstétrica. O foco deve ser na promoção de uma assistência obstétrica e neonatal humanizada e qualificada, baseada em evidências científicas e práticas atualizadas. Esse enfoque deve garantir que as mulheres recebam cuidados personalizados, seguros e eficazes, diminuindo assim a morbidade e mortalidade associadas ao parto e nascimento.
Além do fortalecimento da formação e capacitação profissional, que configura uma necessária atualização profissional, é importante elaborar, revisar, imprimir e distribuir material técnico-educativo. Isso se alinha com a qualificação e humanização da atenção à mulher em situação de abortamento, orientando como acolher e prestar assistência adequada a essas mulheres.
É crucial lembrar que o aborto configura a quarta ou quinta causa de mortalidade materna no Brasil. As principais causas de mortalidade materna, dependendo da literatura, incluem doenças hipertensivas gestacionais e hemorragias, seguidas de infecções, incluindo aquelas decorrentes de abortamentos. Portanto, o aborto está dentro das infecções, configurando a terceira principal causa de mortalidade materna no país.
A expansão de uma rede laboratorial competente é fundamental. A PNAISM, ao completar 20 anos em 2024 e, passando por atualizações e modernizações, foi concebida num contexto onde os exames laboratoriais demoravam muito para serem processados.
Atualmente, tem-se a capacidade de obter resultados de exames como hemogramas no mesmo dia na rede SUS, o que antes demorava meses. Melhorar a rede laboratorial visa garantir diagnósticos mais ágeis e oportunos.
Garantir a oferta de ácido fólico e sulfato ferroso para todas as gestantes é outra ação crucial. Esses suplementos são essenciais: o sulfato ferroso para a prevenção de anemias e o ácido fólico para a prevenção de doenças neurológicas fetais, como espinha
bífida e anencefalia, que resultam de dificuldades no fechamento do tubo neural. Dentro do objetivo específico 4, também se inclui a melhoria da informação sobre a mortalidade materna. Diversas ações podem ser alocadas dentro desse objetivo, tornando-o bastante amplo. A coleta e análise de dados precisos são essenciais para identificar tendências e ajustar políticas e práticas de saúde de forma eficaz.

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7
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Qual o 5º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

5 Promover, conjuntamente com o PN-IST/AIDS, a prevenção e o controle das infecção sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na população feminina:
* Prevenir as IST e a infecção pelo HIV entre mulheres;
* Ampliar e qualificar a atenção à saúde das mulheres vivendo com HIV e aids.

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8
Q

Qual o 6º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

6 Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina:
A redução da morbimortalidade por câncer, especialmente os cânceres ginecológicos, é outro objetivo crucial. Isso envolve a organização dos municípios em polos de micro-regiões e a criação de uma rede de referência e contra-referência para o diagnóstico e tratamento do câncer de colo do útero e de mama. Estes tipos de câncer são rastreáveis, o que permite diagnósticos precoces e, consequentemente, tratamentos mais eficazes.
É imperativo garantir o cumprimento da lei federal que prevê a cirurgia de reconstrução mamária para mulheres que realizarem mastectomia, demonstrando a visão vanguardista da PNAISM. Além disso, oferecer o teste anti-HIV e de sífilis para as mulheres incluídas no programa “Viva Mulher”, especialmente aquelas com diagnóstico de IST, HPV e lesões intraepiteliais de alto grau ou câncer invasor, reforça a preocupação com as mulheres acometidas por câncer.

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9
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Qual o 7º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

7 Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque
de gênero:
A implantação de um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero é uma iniciativa louvável da PNAISM. Este modelo visa não apenas a saúde
física, mas também a saúde mental das mulheres, reconhecendo a importância de um
cuidado integral.
Três ações importantes estão previstas:
* Melhorar a informação sobre as mulheres portadoras de transtornos alimentares no SUS.
* Qualificar a atenção à saúde mental das mulheres, incluindo o enfoque de gênero e
raça, devido à relevância desses fatores nos diagnósticos e tratamentos.
* Promover a integração com setores não governamentais, incentivando sua participação nas definições das políticas de atenção às mulheres portadoras de transtornos mentais.

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9
Q

Qual o 9º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

9 Promover a atenção à saúde da mulher indígena:
Ampliar e qualificar a atenção integral à saúde das mulheres indígenas, de acordo
com as diretrizes da PNAISM, considerando a vulnerabilidade social.

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10
Q

Qual o 8º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

8 Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério:
A implantação e implementação da atenção à saúde da mulher no climatério visa
ampliar o acesso e qualificar a atenção às mulheres nessa fase da vida no âmbito do SUS.
Embora o climatério não seja fatal, ele pode causar impactos significativos na qualidade
de vida das mulheres. Portanto, oferecer assistência qualificada às mulheres que estão
passando por esse período é essencial.

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11
Q

Qual o 10º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

10 Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade:
A atenção à saúde da mulher na terceira idade envolve a integração das especialidades de atenção à saúde da mulher com a política de atenção à saúde do idoso, já existente. É importante incorporar uma perspectiva de gênero na atenção à saúde do idoso
no SUS, reconhecendo que os idosos também têm uma sexualidade que deve ser preservada e, quando necessário, estimulada.

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12
Q

Qual o 11º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

11 Promover a atenção à saúde da mulher negra:
Este objetivo é de extrema importância, pois visa melhorar o registro e a produção de
dados que antes eram subnotificados. É necessário realizar um recorte de raça e cor, evidenciando os impactos diferenciados na assistência às mulheres negras e pardas. Estudos, como a pesquisa “Nascer no Brasil”, mostram que as mulheres negras são as que
mais sofrem com problemas na assistência ao parto, sugerindo a presença de racismo
estrutural na assistência obstétrica.
Para abordar essa questão, é essencial capacitar profissionais de saúde, implementar programas de diagnóstico e tratamento de anemia falciforme, com ênfase nas especificidades das mulheres em idade fértil no ciclo grávido-puerperal. A inclusão da eletroforese de hemoglobina na Rede Cegonha é um passo importante nesse sentido.
Consolidar o recorte racial e étnico nas ações de saúde da mulher no âmbito do SUS
é fundamental para garantir que todas as mulheres recebam o cuidado adequado. Além
disso, é necessário estimular e fortalecer a interlocução das áreas de saúde da mulher
nas secretarias estaduais e municipais com movimentos e entidades relacionadas à
saúde da população negra.

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13
Q

Qual o 12º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

12 Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade:
* implementar ações de vigilância e atenção à saúde da trabalhadora da cidade e do
campo, do setor formal e informal;
* introduzir nas políticas de saúde e nos movimentos sociais a noção de direitos das
mulheres trabalhadoras relacionados à saúde.
Obs.: é pertinente analisar o 12º objetivo específico da PNAISM, que visa promover a
atenção à saúde das trabalhadoras tanto no meio rural quanto no urbano. A PNAISM
sempre procurou documentar a importância de se preocupar com as pessoas em
situação de vulnerabilidade, com ênfase nas mulheres que se encontram nessas
condições. A política tem como foco as mulheres que, em geral, são as mais
excluídas da sociedade, abrangendo tanto as áreas rurais quanto urbanas, com
uma perspectiva mais ampla. Ela inclui, especificamente, as mulheres periféricas,
ribeirinhas e LGBT, destacando-se como uma preocupação constante da PNAISM.
No contexto da PNAISM há uma constante preocupação em implementar ações de
vigilância e atenção à saúde das trabalhadoras tanto da cidade quanto do campo,
abrangendo setores formais e informais. É crucial introduzir políticas de saúde que
reflitam a importância dos movimentos sociais, que contribuíram para a formação da
PNAISM, trazendo a noção de direitos das mulheres trabalhadoras em relação à saúde.

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14
Q

Qual o 13º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

13 Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da
infecção pelo HIV/aids nessa população:
* ampliar o acesso e qualificar a atenção à saúde das presidiárias.
Obs.: há uma preocupação clara com as mulheres privadas de liberdade, que estão
em ambientes prisionais e que necessitam de apoio na promoção da saúde e na
prevenção de doenças. Essas mulheres encontram-se em situação de vulnerabilidade,
especialmente em relação a questões como sexo inseguro e infecções, o que torna
crucial ampliar o acesso e qualificar a atenção à saúde para as presidiárias.

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15
Q

Qual o 14º OBJETIVO ESPECÍFICOS E ESTRATÉGIAS DA PNAISM

A

14 Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das
políticas de atenção integral à saúde das mulheres:
* promover a integração com o movimento de mulheres feministas no aperfeiçoamento da política de atenção integral à saúde da mulher.
Obs.: o 14º objetivo específico enfatiza a importância de fortalecer a participação e o
controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral
à saúde das mulheres. A partir do controle social e dos movimentos sociais, que
levantam as principais bandeiras e demandas, é possível auxiliar na definição e
implementação de políticas públicas voltadas para a saúde das mulheres. Esses
movimentos são fundamentais para reforçar, aperfeiçoar e, quando necessário,
atualizar e qualificar as políticas de saúde feminina.
Com a PNAISM completando 20 anos, destaca-se a necessidade de incorporar
críticas e reivindicações feitas ao longo dos anos.
Na última Conferência Nacional de Saúde, houve uma demanda significativa
por parte dos movimentos sociais, de classe e feministas, para que se atenda à
saúde das mulheres que necessitam e são submetidas a abortamentos, sejam
eles provocados, inseguros ou de outra natureza. Dentro desse contexto amplo, é
essencial a ampliação dos direitos à saúde sexual e reprodutiva, um tema que será
abordado em sequência. É imperativo que essas questões sejam continuamente
reforçadas nas políticas que promovem a saúde das mulheres.
Neste marco de 20 anos da PNAISM, surge a necessidade de modernizar alguns termos
e conceitos. Por exemplo, no contexto da saúde sexual e reprodutiva, há a necessidade
de atualizar a terminologia, substituindo “doença” por “infecção” em certos casos. O
Ministério da Saúde está ciente dessas necessidades e está revisando a PNAISM para
garantir que ela reflita as demandas e avanços contemporâneos na saúde das mulheres

16
Q

O que é a Saúde Integral da Mulher?

A

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISME) aborda uma
perspectiva abrangente da saúde feminina, não se limitando apenas à questão reprodutiva
e ao planejamento familiar. Ela engloba a atenção clínico-ginecológica, o cuidado com o climatério, a saúde da mulher na terceira idade e o apoio a mulheres adolescentes em situação de violência. Além disso, destaca-se a importância da atenção obstétrica para reduzir
a mortalidade materna e infantil, especialmente a mortalidade neonatal precoce, que está
intimamente ligada à qualidade do pré-natal. A melhoria da qualidade da atenção obstétrica é vista como um fator crucial para reduzir essas taxas. A PNAISME também enfatiza
a importância da prevenção e tratamento dos cânceres ginecológicos, bem como a necessidade de atender às necessidades específicas de grupos vulneráveis de mulheres. Todas
essas intervenções devem ser oferecidas com acolhimento e humanização, criando ambientes respeitosos e agradáveis e contando com profissionais qualificados para proporcionar
a melhor assistência possível às mulheres. Essas considerações destacam a importância de
uma abordagem holística e centrada na mulher para promover sua saúde e bem-estar.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) – Conclusões
e Reflexões
* A PNAISM supera as políticas que compreendiam a saúde da mulher exclusivamente
a partir de seu papel de mãe (reprodutora e cuidadora de filhos).
Obs.: a PNAISM visa à superação de políticas que anteriormente limitavam a saúde da
mulher ao seu papel tradicional de mãe, reprodutora e cuidadora de filhos. Em meio
a um contexto demográfico em evolução, observa-se um fenômeno peculiar em que
as mulheres, apesar da redução da natalidade, assumem cada vez mais o papel de
cuidadoras não só de seus filhos, mas também de seus pais. Esse fenômeno se deve,
em parte, ao aumento da expectativa de vida e à necessidade de incluir os pais no
contexto de cuidado familiar, evitando seu abandono. Assim, muitas mulheres, ao
concluírem seu papel de mãe cuidadora, passam a assumir o papel de cuidadoras de seus
pais, uma dinâmica cada vez mais comum atualmente. Embora haja uma diminuição
na taxa de natalidade, evidenciada pela média de 2.1 filhos por mulher brasileira de
acordo com o último censo, persiste uma pressão social pela reprodução feminina. É
crucial refletir sobre o cuidado integral, que reconheça as mulheres não apenas como
mães, mas como cidadãs plenas de direitos, necessidades e desejos, aspectos que
historicamente foram subestimados ou ignorados. Além disso, é necessário repensar
o sistema de saúde, garantindo que as linhas de cuidado sejam articuladas ao longo do
ciclo de vida das mulheres, evitando a individualização de suas necessidades de saúde.
* Possui caráter “integral” - diz respeito a uma forma emancipadora de compreender
as mulheres e sua saúde, um cuidar que vai além do período reprodutivo e que as
compreende como cidadãs, diversas e plenas de direito.
* Demanda um Sistema de Saúde organizado por meio de linhas de cuidado, articulado
no seu curso de vida e que não invisibilize mulheres e suas necessidades de saúde.
Obs.: uma reflexão adicional diz respeito à necessidade de um sistema de saúde que organize
suas linhas de cuidado ao longo do curso de vida das mulheres, evitando a individualização
de suas necessidades de saúde. Isso implica em considerar cada mulher em sua totalidade,
indo além do aspecto clínico. Por exemplo, ao lidar com uma adolescente, é importante
abordar questões como educação sexual, oferta de métodos contraceptivos e prevenção
de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), reconhecendo-a não apenas como uma
adolescente, mas como uma mulher com necessidades amplas de cuidado. Da mesma
forma, ao cuidar de uma gestante, é essencial considerar não apenas a gestação em si,
mas também o desejo de amamentar, o vínculo com os filhos, aspectos sociais, saúde
reprodutiva e ginecológica, incluindo rastreamento de câncer do colo do útero. As
mulheres representam a maioria da população brasileira e são as principais usuárias do
Sistema Único de Saúde (SUS), com um acréscimo significativo em relação aos homens.
Diante desse panorama, é crucial que o SUS esteja alinhado com as necessidades
específicas das mulheres. Embora a saúde da mulher tenha sido considerada prioritária
ao longo da história do SUS, sua abordagem nem sempre foi positiva, muitas vezes
limitando-se ao aspecto reprodutivo.
* As mulheres são as principais usuárias do SUS!
* As mulheres são a maioria da população brasileira - A população brasileira é composta por 48,9% de homens e 51,1% de mulheres - 4,8 milhões de mulheres a mais
que homens*.
* Demanda um Sistema de Saúde organizado por meio de linhas de cuidado, articulado
no seu curso de vida e que não invisibilize mulheres e suas necessidades de saúde.
* A saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras
décadas do século XX e considerada prioritária no decorrer da história da área no
Brasil. Mesmo antes da concepção do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil foi
contemplado em 1983 com o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
(PAISM). Porém, apesar da priorização da saúde da mulher nas políticas brasileiras,
foram preconizadas as ações materno-infantis, ou seja, a assistência era prestada
fundamentalmente no período da gravidez, parto e pós-parto

17
Q

20 ANOS DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA
MULHER (PNAISM)

A

Como mencionado anteriormente, ao longo dos últimos 20 anos da Política Nacional
de Atenção Integral à Saúde da Mulher, é fundamental situar essa política no contexto
de um país onde a maioria da população é composta por mulheres, as quais constituem
a maioria dos usuários do sistema de saúde público.
Muitas vezes, as mulheres utilizam os serviços de saúde não apenas para si mesmas,
mas também para seus filhos, pais e até mesmo seus parceiros, que por vezes chegam
às consultas por influência delas. Isso não é um julgamento, mas uma observação frequente da dinâmica de cuidado.
A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 destacou que quase 70% dos 17,3 milhões de atendimentos na atenção primária foram destinados às mulheres. Um dado interessante é que, ao
considerar o recorte racial, aproximadamente 60,9% dessas mulheres são negras ou pardas,
grupos que tendem a enfrentar mais o racismo estrutural e serem mais suscetíveis à violência
obstétrica. Esses são pontos cruciais que merecem reflexão e análise mais aprofundada.
* Contextualizada em um país com maioria da população formada por mulheres.
* São elas também que formam maioria seja nos postos de trabalho do Sistema Único
de Saúde (SUS), seja no número de atendimentos.
* A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 já revelava que dos 17,3 milhões de atendimentos na Atenção Primária à Saúde daquele ano, 69,9% foram destinados às
mulheres; 60,9% delas pretas ou pardas.

Conceito de Interseccionalidade é a interação ou sobreposição de fatores sociais que
definem a identidade de uma pessoa e a forma como isso irá impactar sua relação com
a sociedade e seu acesso a direitos.

18
Q

(FAPEC/SES MS/FISCAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA/ÁREA: ENFERMEIRO/2022) O PAISM
(Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher) foi lançado em 1983 pelo Ministério da
Saúde e, no contexto atual, a política de atenção à saúde da mulher permanece em construção,
e diversos mecanismos vêm sendo utilizados para garantir os direitos das mulheres em seus
mais variados aspectos. Quanto à atenção à saúde da mulher, assinale a alternativa INCORRETA.
a. O programa preconizou a garantia de acesso de todas as mulheres, em qualquer ciclo de sua
vida, a informações e serviços integrados de atendimento, do nível mais simples ao mais complexo,
com cobertura para prevenção e atenção curativa e ações de planejamento reprodutivo.
b. A atenção à saúde da mulher dos povos indígenas ainda é precária, não se conseguindo
garantir ações como assistência pré-natal, de prevenção do câncer de colo de útero e de
prevenção de IST/HIV/Aids.
c. É fundamental desenvolver políticas de saúde voltadas para mulheres no contexto
do etnodesenvolvimento das sociedades indígenas e da atenção integral, envolvendo as
comunidades indígenas na definição e no acompanhamento delas.
d. As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, compreendido
como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar
o caráter da atenção à saúde como direito.
e. A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como relação com o meio ambiente,
lazer, alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os
problemas são agravados pela indiscriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com
as responsabilidades com o trabalho doméstico.

A

Letra: E

A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como relação com o meio ambiente, lazer, alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela indiscriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga
com as responsabilidades com o trabalho doméstico.
Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades.
As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A
vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada
com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos.

19
Q

(IBFC/PREFEITURA DE CANDEIAS/ENFERMEIRO OBSTETRA/2019) A respeito dos
objetivos específicos e estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher, assinale a alternativa incorreta.
a. Busca ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar, incluindo a assistência à
infertilidade
b. Visa promover ações curativas em relação à violência doméstica e sexual
c. Procura construir, em parceria com outros atores, um Pacto Nacional pela Redução da
Mortalidade Materna e Neonatal
d. Visa qualificar a assistência obstétrica e neonatal nos estados e municípios

A

Letra: B

a) Fortalecer a capacitação do pessoal da atenção básica e dos serviços de referência,
promovendo a implementação das ações de planejamento familiar, incluindo a anticoncepção
de emergência e a prevenção contra a infecção pelo HIV e outras DST.
b) Ações apenas curativas não se relaciona com os princípios do SUS.
c) Promover articulação entre setores governamentais e não governamentais, garantindo
sua participação nas definições das estratégias para redução da morte materna e neonatal;
Promover campanha de mídia para dar visibilidade à problemática da morbimortalidade
materna e neonatal.
d) Repassar recursos financeiros para 100% dos municípios que cumprirem os protocolos
do PHPN, visando à ampliação e à qualificação das ações de atenção ao pré-natal, ao parto
e ao puerpério; Adquirir e distribuir kit pré-natal (estetoscópio de Pinard, fita obstétrica,
disco de idade gestacional e disco para cálculo de Índice de Massa Corpórea) para 100% das
unidades de atenção básica.

20
Q

Como é a Epidemiologia de Saúde da Mulher?

A

Maior parte da população brasileira;
Principais usuárias do SUS;
Desigualdade de gênero;
Menor representatividade nos cargos de chefias;
Discriminação e sobrecarga doméstica;
Violência doméstica;
As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente.

20
Q

Quais são as Principais causas de morte materna?

A

Hipertensão;
Hemorragias;
Infecção puerperal;
Aborto;
Doenças cardiovasculares que complicam na gestação, parto e puerpério;

21
Q

Como foi a Evolução das Políticas de Saúde das Mulheres?

A
  • Século XX - abordagem gravidez e parto
  • 1984 - Programa de Assistência integral na saúde da mulher.
  • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004.
  • Rede Cegonha Portaria 1459/2011
21
Q

Quais são as Principais causas de morte da população feminina?

A
  1. Doenças cardiovasculares: IAM e o AVC;
  2. Neoplasias: câncer de mama, de pulmão e o de colo do útero;
  3. Doenças do aparelho respiratório: as pneumonias (que podem estar encobrindo casos de
    aids não diagnosticados);
  4. Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas: diabetes;
  5. Causas externas
22
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 1960?

A

Movimentos feministas - direito de escolha e a liberdade de decisão nos assuntos sexuais e reprodutivos

22
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 1988?

A

CF/88 Art. 226 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas

22
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 1984?

A

Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) incluiu o planejamento familiar no elenco mínimo de ações voltadas para a atenção integral à saúde da mulher.

23
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 1996?

A

Lei 9.263/1996 - Planejamento familiar - atualizada em 2022

24
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2000?

A

Objetivos do milênio tem correlação com a saúde reprodutiva: a promoção da igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; a melhoria da saúde materna; o combate ao HIV/Aids, malária e outras doenças; e a redução da mortalidade infantil

25
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2004?

A

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS

26
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2005?

A

Portaria do MS n° 426 de 2005 e a Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos
Reprodutivos/MS/2005 -

27
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2007?

A

Política Nacional de Planejamento Familiar

28
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2009?

A

Ampliação da Política do Planejamento familiar

29
Q

Quais são os MARCOS HISTÓRICOS da Saúde da Mulher em 2022?

A

Mudanças das regras da esterilização definitiva - LEI Nº 14.443/2022

30
Q

Qual a Diferença de gênero e sexo?

A
  • SEXO refere-se a um conjunto de características genotípicas e biológicas
  • GÊNERO é uma construção social e histórica.
  • Na maioria das sociedades, as relações de gênero são desiguais.
31
Q

Programa de Assistência integral na saúde da mulher quais são os PROBLEMAS?

A

Alto índice de mortalidade materna, baixa cobertura do pré-natal, assistência ao parto muito ruim, altas taxas de câncer de mama e útero, aumento de DST, abortos sem segurança.

32
Q

Programa de Assistência integral na saúde da mulher qual é o FOCO?

A

Assistência preventiva e de diagnóstico precoce de doenças ginecológicas malignas, outros aspectos, como a prevenção, detecção e terapêutica de ISTs, repercussões biopsicossociais da gravidez não desejada, abortamento e acesso a métodos e técnicas de controle da fertilidade.
Influência da reforma sanitária: descentralização, hierarquização, integralidade, equidade.
Prevenção;
Educação;
Atenção em todos os níveis;
Planejamento familiar, câncer mama, colo., climatério, Abordava como base todas as fases de vida da mulher, porém na prática o foco era no ciclo gravídico puerperal.

33
Q

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM quais são as PARTES?

A

Saúde da mulher e o enfoque de gênero
Evolução da Política de Atenção à saúde das mulheres
Diagnóstico da situação de saúde da mulher no Brasil
Humanização e qualidade
Diretrizes da PNAISM
Objetivos gerais da PNAISM
Objetivos específicos e estratégias

33
Q

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM qual a VISÃO GERAL?

A

1ª Política com abordagens amplas;
Transversal a outras ações de saúde;
Princípios do SUS;
Autonomia e protagonismo das mulheres;
Avanços nos direitos da “Saúde sexual e reprodutiva”
Redução da mortalidade materna;
Violência doméstica e sexual;
Abordagem ao aborto;
Abordagem do climatério;
Câncer de mama e colo;
Relações de gênero – adoecimento e sobrecarga das mulheres,
dupla carga de trabalho e adoecem mais e carga maior de doenças.
Atendimento qualificado e humanizado.

33
Q

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM quais são os Elementos para humanizar e qualificar a assistência à saúde das mulheres?

A

– Acesso nos três níveis de assistência;
– Organização da rede assistencial (referência e contra referência);
– Captação precoce e busca ativa das usuárias;
– Disponibilidade de recursos tecnológicos;
– Capacitação dos profissionais: uso da tecnologia adequada, acolhimento humanizado e práticas educativas voltadas à usuária e à comunidade;
– Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos;
– Acolhimento amigável em todos os níveis da assistência
– Disponibilidade de informações e orientação da clientela, familiares e da comunidade sobre a promoção da saúde, assim como os meios de prevenção e tratamento dos agravos a ela associados;
– Estabelecimento de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação
continuada das ações e serviços de saúde, com participação da usuária;
– Análise de indicadores que permitam aos gestores monitorar o andamento das ações, o impacto sobre os problemas tratados e a redefinição de estratégias.

34
Q

Quais são as Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM?

A

– Contemplar a promoção da saúde, as necessidades de saúde, o controle de patologias mais prevalentes;
– Atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais.
– Nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva, para alcançar todos os aspectos.
– Deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva em todos os níveis assistenciais.
– Dimensão mais ampla para a segurança, a justiça, trabalho, previdência social e educação.
– Atendimento aos princípios do SUS;
– Autonomia;
– Respeito a todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e
crenças;
– Humanização e acolhimento;
– Participação da sociedade civil organizada, em particular do movimento de mulheres
– Execução de ações será pactuada entre todos os níveis hierárquicos
– As ações serão executadas de forma articulada com setores governamentais e não-governamentais

35
Q

Quais são os Objetivos Gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM?

A

– Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres.
– Garantia de direitos legalmente constituídos
– Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina, especialmente por causas evitáveis.
– Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS.

36
Q

Quais são os Objetivos Específicos e estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004. PNAISM?

A
  1. Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica.
  2. Estimular a implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres.
  3. Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes.
  4. Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual.
  5. Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das IST/HIV/aids
    na população feminina.
  6. Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
  7. Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero.
  8. Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade (articulando com a Política do Idoso).
  9. Promover a atenção à saúde da mulher negra.
  10. Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade.
  11. Promover a atenção à saúde da mulher indígena.
  12. Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão.
  13. Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulher