Revalida 2012 Objetivas Flashcards
QUESTÃO 1
Uma paciente de 17 anos de idade, estudante, é atendida em
Unidade Básica de Saúde (UBS) com queixa de disúria,
polaciúria e urgência urinária há 48 horas. Nega febre ou
corrimento vaginal. Informa que tem vida sexual ativa e que seu
namorado faz uso sistemático de preservativo. Não apresenta,
ao exame físico, qualquer alteração relevante.
A conduta médica mais adequada para essa jovem é
A solicitar urinocultura por micção espontânea e aguardar
resultado para iniciar antibioticoterapia.
B não solicitar qualquer exame complementar no momento e
prescrever nitrofurantoína empiricamente.
C solicitar sedimento urinário e, se piúria e bacteriúria
presentes, prescrever sulfametoxazol e trimetoprima.
D prescrever ciprofloxacina e azitromicina em dose única e
encaminhar a paciente para exame ginecológico.
E prescrever antiespasmódico via oral e solicitar ultrassonografia
e radiografia simples de vias urinárias.
B
QUESTÃO 2
A prefeitura de um pequeno município do interior contratou
profissionais de saúde para implantar três equipes da
Estratégia da Saúde da Família que atuarão junto a uma
Unidade Básica de Saúde (UBS). Para iniciar as suas atividades,
essas equipes precisam definir os territórios de abrangência e a
população de cada uma delas, conforme preconiza a Política
Nacional da Atenção Básica.
Que estratégias devem orientar a definição do território?
A As equipes terão número variável de famílias em territórios
estabelecidos pela prefeitura e sem definição de números
mínimos e máximos por equipe.
B O número de famílias de cada equipe dependerá do grau de
vulnerabilidade em cada área, em territórios definidos pelos
Agentes Comunitários de Saúde.
C Todas as equipes terão sob sua responsabilidade 3 500
pessoas, definidas em territórios contínuos dentro da área de
abrangência da UBS .
D Os territórios das equipes serão definidos pelas equipes e o
número de pessoas adscritas a cada equipe vai depender da
análise de vulnerabilidade das famílias de cada microárea.
E A definição acerca dos territórios e da população sob
responsabilidade de cada equipe da Estratégia da Saúde da
Família depende do diagnóstico de vulnerabilidade feito pelo
médico
D
Questão 3
Um lactente com 6 meses de idade, previamente hígido, em
aleitamento materno, é atendido em um Pronto Socorro
Infantil com história de febre persistente há dois dias
(temperatura axilar de até 38,9°C), acompanhada de
irritabilidade e 2 a 3 episódios de vômitos por dia. Foi levado
previamente a um serviço de saúde e a mãe foi orientada a
oferecer soro de reidratação oral (SRO) e a retornar, caso não
houvesse melhora ou piorasse. A mãe informa que a
irritabilidade da criança aumentou nas últimas 12 horas,
prejudicando a amamentação e a ingestão de líquidos. Nega
tosse e diarreia. As vacinas estavam atualizadas. Ao examinar o
lactente, o médico observou: bom estado geral e nutricional e
irritabilidade ao manuseio. Realizada punção lombar, o
resultado do exame do líquor foi: líquido límpido, com 300
3
células/mm com predomínio de linfomononucleares,
glicorraquia normal, proteínas levemente aumentadas.
Com base no quadro clínico e nos resultados da análise do
líquor, a associação diagnóstico-terapêutica correta é
A meningite bacteriana; tratamento hospitalar com
antibioticoterapia, com necessidade de isolamento em UTI.
B meningite bacteriana; tratamento hospitalar com
antibioticoterapia, sem necessidade de isolamento.
C meningite viral; tratamento hospitalar sem
antibioticoterapia, sem necessidade de isolamento.
D meningite viral; tratamento hospitalar sem
antibioticoterapia, com necessidade de isolamento.
E meningite tuberculosa; tratamento hospitalar com
antibioticoterapia e com necessidade de isolamento.
C
QUESTÃO 4
Uma gestante de 32 anos de idade, gesta = 2, para = 1, hoje com
15 semanas de gestação, comparece a sua segunda consulta de
pré-natal. Encontra-se assintomática. Tem histórico de parto pré-
termo há 4 anos devido a descolamento prematuro de placenta,
com complicação de hemorragia pós-parto. Nega história de
hipertensão, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional anterior. O
filho anterior nasceu com 36 semanas, pesou 2 050 g e mediu 40
cm. A gestante nega o uso, na gravidez anterior, de quaisquer
medicações, exceto sulfato ferroso e ácido fólico. Ao exame
clínico apresentou: PA = 110 x 60 mmHg; FC = 80 bpm; altura
uterina = 15 cm; batimentos cardiofetais = 152 bpm; toque: colo
fechado, grosso e posterior. A paciente traz os resultados dos
seguintes exames laboratoriais: glicemia de jejum = 65 mg/dL
(valor de referência < 99 mg/dL); sorologia para toxoplasma
gondii = IgM não reagente/IgG reagente; sorologia rubéola = IgG
reagente/IgM não reagente; VDRL não reagente; TSH = 15 UI/ml
(valor de referência = 0,4 a 5,0 UI/ml), hemograma com Hb =
12,0 g/dL (valor de referência = 11,3 a 16,3 g/dL), leucócitos e
plaquetas normais.
Com base na história clínica e nos resultados dos exames acima
apresentados é correto afirmar que
A a gestante deve iniciar reposição de hormônio tireoidiano.
B os níveis de T4 livre da gestante estão necessariamente
elevados.
C o quadro clínico apresentado não sugere risco de parto
prematuro.
D a mesma rotina laboratorial deve ser repetida após 30 dias
para nova avaliação.
E a gestante está assintomática, fato que não indica reposição
de hormônio tiroidiano
A
QUESTÃO 5
Um homem de 21 anos de idade está internado no Pronto
Socorro de um hospital terciário após adequada atenção pré-
hospitalar e remoção feita pelo SAMU local. Ele foi vítima de
acidente de trânsito devido a queda de moto, ocorrido há 15
horas, e apresenta traumatismo raquimedular cervical grave.
Ao repetir o exame físico do paciente, o médico constata o
retorno do reflexo bulbocavernoso ainda nas primeiras 24
horas do evento traumático.
O que sugere este último achado clínico ?
A Recuperação do quadro neurológico.
B Término do choque medular.
C Lesão medular incompleta.
D Síndrome de Brown-Séquard.
E Hipertensão intracraniana associada
B
QUESTÃO 6
Uma paciente de 25 anos de idade, gesta = 2, para = 1 (1
cesariana há 3 anos), com 32 semanas de gestação, chega à
emergência de um hospital referindo sangramento vaginal há 2
horas. Ao exame, apresenta sinais vitais estáveis, pressão
arterial = 130 x 80 mmHg, ausência de dinâmica uterina,
batimentos cardiofetais de 150 bpm e útero indolor à palpação.
Ao exame especular, foi observado sangramento de moderada
quantidade fluindo pelo colo.
Nessa situação qual o diagnóstico mais provável e qual a
conduta a seguir?
A Vasa prévia; realizar reposição volêmica e indicar cesariana
de emergência.
B Descolamento prematuro de placenta; realizar reposição
volêmica e indicar cesariana de emergência.
C Placenta prévia; realizar toque vaginal e, se houver dilatação,
fazer a internação da paciente e solicitar ultrassonografia.
D Descolamento prematuro de placenta; solicitar ultrassonografia
para confirmação diagnóstica e avaliação do bem-estar fetal.
E Placenta prévia; realizar internação para monitorização do
sangramento e solicitar ultrassonografia para avaliação do
bem-estar fetal.
E
Questão 7
Uma mulher de 40 anos de idade, branca, casada, procura o
Serviço de Emergência queixando-se de dor abdominal
epigástrica em todo o hemi-abdome superior, intensa,
contínua, com irradiação para o dorso e acompanhada de
náuseas e vômitos há 24 horas. Não refere história de doença
pregressa, etilismo, tabagismo e uso de medicamentos.
Informa ter 4 filhos. Ao exame físico apresenta-se
desconfortável no leito. Encontra-se afebril, com FC = 110 bpm,
PA = 100 x 60 mmHg, pele com discreta sudorese, mucosas
coradas e escleróticas ictéricas 1+/4+. Ao exame do abdome
observam-se ruídos hidroaéreos presentes; abdome flácido,
com dor à palpação no hemi-abdome superior e ausência de
visceromegalias. Os exames laboratoriais mostram:
hemograma com 15 400 leucócitos/mm³ (valores de referência
3
= 3 800 a 10 600/mm ) com neutrofilia; glicose = 130 mg/dL
(valor de referência = 99 mg/dL); amilase = 1 240 U/L (valor de
referência = 30 a 225 U/L); lipase = 600 U/L (valor de referência
= 3 a 43 U/L), bilirrubinas totais = 5,2 mg/dL (valor de
referência < 1,3 mg/dL), com fração direta de 2,0 mg/dL (valor
de referência < 0,4 mg/dL); alanino-amino-transferase = 162
UI/L (valor de referência = < 35 UI/L); aspartato-aminotransferase = 87 UI/L (valor de referência < 30 UI/L). A
radiografia simples de abdome mostra padrão inespecífico de
distribuição de gases, sem evidência de pneumoperitônio.
Diante do quadro apresentado, a principal hipótese
diagnóstica é
A cólica biliar.
B pancreatite biliar.
C obstrução intestinal.
D isquemia mesentérica.
E úlcera gástrica perfurada
B
QUESTÃO 8
Suponha que uma fábrica de cimento foi instalada na periferia
de determinado município. A população festejou o
empreendimento, pois significou desenvolvimento e novos
empregos para a população da área. Após o início do
funcionamento da fábrica, observou-se aumento da incidência
de doenças respiratórias e de queixas de náuseas e vômitos.
Sabendo que há emissão de determinadas substâncias pelas
chaminés dessa fábrica, a equipe de Saúde da Família
encaminha o problema ao Setor de Vigilância.
Quais são as etapas a serem seguidas para a avaliação de risco
de substâncias específicas?
A Identificação da periculosidade; avaliação da dose-resposta;
avaliação da exposição; caracterização do risco.
B Estabelecimento das frações de exposição; avaliação da
dose-resposta; determinação da prevalência dos fatores de
risco.
C Criação de sistemas de ouvidoria; determinação dos riscos
relativos; estabelecimento de padrões de resposta na
população.
D Determinação da fração de risco populacional; mensuração
das taxas de exposição; classificação das incidências de
problemas.
E Identificação da situação comunitária; determinação da
fração total de exposição; determinação das taxas de risco
populacionais
A
QUESTÃO 9
Uma criança com 6 anos de idade, moradora em zona rural, é
trazida por sua mãe à Unidade Básica de Saúde (UBS) por
apresentar palidez, falta de apetite, perda de peso e
rendimento escolar insatisfatório observados há dois meses.
Além da dosagem de hemoglobina e hematimetria, que outros
exames, com seus respectivos resultados, servirão para o
diagnóstico de uma anemia carencial?
A Morfologia das hemácias: normocítica e normocrômica;
ferritina baixa; ferro sérico normal; capacidade de ligação do
ferro baixa; saturação de transferrina normal.
B Morfologia das hemácias: microcítica e hipocrômica;
ferritina baixa; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do
ferro elevada; saturação de transferrina baixa.
C Morfologia das hemácias: normocítica e normocrômica;
ferritina normal; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do
ferro baixa; saturação de transferrina normal.
D Morfologia das hemácias: microcítica e normocrômica;
ferritina baixa; ferro sérico baixo; capacidade de ligação do
ferro elevada; saturação de transferrina baixa.
E Morfologia das hemácias: normocítica e hipocrômica;
ferritina normal; ferro sérico normal; capacidade de ligação do
ferro baixa; saturação de transferrina normal
B
QUESTÃO 10
Um homem de 25 anos de idade, vítima de atropelamento, foi
admitido na Emergência com quadro de insuficiência
respiratória aguda, agitação psicomotora e cianose central e
periférica. Apresenta várias lesões de face, com afundamento
maxilar, perda dos dentes e sangramento local importante.
Qual o procedimento imediato para estabelecer uma via aérea
para esse paciente?
A Intubação orotraqueal.
B Intubação nasotraqueal.
C Traqueostomia.
D Cricotireoidotomia.
E Ventilação não invasiva com CPAP e máscara
D
QUESTÃO 11
Um menino de dois anos de idade é levado à Unidade Básica de
Saúde (UBS) próxima ao assentamento onde sua família reside,
com queixa de diarreia intermitente, com restos alimentares
em alguns episódios, sem sangue ou muco, associada a dor
epigástrica e hiporexia, iniciada há 15 dias. No último ano, a
criança foi levada à UBS duas vezes pelo mesmo motivo. A
genitora relata que, há dois meses, a criança também
apresentou lesões de pele muito pruriginososas, seguidas de
tosse, com resolução espontânea em 3 dias. O padrão alimentar
inclui alimentos da família e leite de vaca engrossado com
farináceos desde que foi suspenso o aleitamento materno aos 3
meses de vida. A situação vacinal está adequada à idade. O
médico observou: peso = 11 kg (percentil 15); turgor e
elasticidade da pele um pouco diminuídos, mucosas
hipocoradas, distensão abdominal moderada, com
dolorimento discreto e difuso e ausência de edema, de lesões
de pele significativas ou de sinais de instabilidade respiratória
ou hemodinâmica. Para esse paciente, foram prescritas
reidratação oral e orientação higiênico-sanitária.
Qual a hipótese diagnóstica que melhor explica o quadro
descrito acima e qual a conduta que deve ser aplicada?
A Enteropatia ambiental; solicitar parasitológico de fezes e
tratar com antiparasitário adequado ao agente identificado.
B Enteropatia dependente do glúten; solicitar anticorpo
antigliadina e antiendomísio e excluir da dieta glúten e farináceos
em geral.
C Enteropatia por alergia ao leite de vaca; solicitar dosagem de IgA
secretora, excluir leite de vaca da dieta e prescrever fórmula isenta de
proteínas do leite.
D Enteropatia infecciosa aguda; solicitar coprocultura, iniciar
sulfametexazol-trimetoprim ou cefalosporina de primeira
geração durante 7 a 10 dias.
E Enteropatia dependente da lactose; excluir fontes de
lactose da dieta, prescrever probióticos, prebióticos e usar
leite de soja ou fórmula láctea isenta de lactose
A
QUESTÃO 12
Um homem de 40 anos de idade é atendido na Unidade Básica
de Saúde (UBS) com quadro de anorexia, perda de peso e
adinamia, associados a tosse e discreta falta de ar, iniciado há
30 dias. Ao exame físico foi constatado: paciente emagrecido,
2
IMC 16 kg/m , PA = 110 x 70 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 20 irpm,
sopro cavitário no ápice pulmonar esquerdo.
Que exames são indicados para a elucidação diagnóstica nesse
caso?
A Hemograma completo, anti-HIV 1 e 2 e radiografia de tórax.
B Pesquisa de BAAR no escarro e radiografia de tórax.
C Pesquisa de BAAR no escarro, cultura do escarro pelo
método Ogawa-Kudoh e radiografia de tórax.
D Baciloscopia do escarro, radiografia de tórax e técnica
molecular de reação em cadeia mediada pela polimerase.
E Cultura do escarro pelo método Löwestein-Jensen e técnica
molecular e reação em cadeia mediada pela polimerase
B
Questão 13
Uma mulher de 25 anos de idade procurou o ambulatório com
queixa de febre e diarreia há mais de um mês, com cerca de
seis evacuações por dia, seguidas por sangramento, dor
abdominal e perda de peso de aproximadamente 10 quilos.
Ao exame físico, apresentava-se emagrecida, com pele e
mucosas descoradas ++/4+ e temperatura = 38,5°C. Foi
observada a presença de fissuras perianais. Exames
laboratoriais mostraram Hb = 8,2 g/dL (valor de referência =
11,3 a 16,3 g/dL), volume corpuscular médio = 70 fL (valor de
referência = 79 a 93,3 fL), leucócitos = 15 000/mm³ (valor de
3 3
referência = 3 800 a 10 600/mm ), plaquetas = 520 000/mm
(valor de referência = 165 000 a 415 000/mm3), velocidade de
hemossedimentação = 70 mm/h (valor de referência: < 20
mm/h). Imediatamente, o médico decidiu encaminhar a
paciente para um serviço especializado devido à suspeita
diagnóstica de doença inflamatória intestinal grave.
Os critérios de inclusão nessa categoria de gravidade devem
considerar
A a leucocitose, o número de plaquetas, a perda de peso, a
febre e a anemia.
B o número de evacuações com sangue por dia, a febre, a
anemia e a VHS elevada.
C o número de plaquetas, a febre, a perda de peso, as fissuras
perianais e a anemia.
D a idade, o número de evacuações com sangue por dia, a
leucocitose e a VHS elevada.
E a idade, a dor abdominal, o número de evacuações com
sangue por dia e a VHS elevada
B
Uma mulher de 23 anos de idade, casada, do lar e nuligesta,
iniciou atividade sexual há 3 anos, após casamento. No
momento, essa mulher está em tratamento para
condilomatose vulvar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e
apresenta boa evolução. Ela não mantém relações
extraconjuguais, seu marido é saudável e não tem histórico de
doença sexualmente transmissível (DST) e (ou) uso de drogas
injetáveis. Após aconselhamento, realizou sorologia para HIV e
o resultado foi positivo. Diante disso, foi solicitada pesquisa
sorológica para HIV em nova amostra sanguínea. A paciente
retorna hoje à UBS para conhecer o resultado. Ambas as
amostras foram processadas no mesmo laboratório e seus
resultados são apresentados nas figuras a seguir.
Nessa situação, que conduta deve ser adotada para a paciente?
A Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+.
B Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+ e a quantificação
da Carga Viral do HIV.
C Encaminhar a paciente para o Serviço de Assistência
Especializada em DST/AIDS.
D Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra
sanguínea, pela técnica de Western Blot.
E Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra
sanguínea, pela técnica de Imunofluorescência indireta.
C
QUESTÃO 15
Uma mulher de 60 anos de idade é admitida na Emergência de
um Pronto-Socorro de referência com quadro de dor em fossa
ilíaca esquerda há trinta horas, associada a febre, três episódios
de evacuação diarreica, náuseas e dois episódios de vômitos
ocorridos há seis horas. Ao exame físico, foi palpada massa de
limites imprecisos em fossa ilíaca esquerda. O diagnóstico
sugerido pela tomografia abdominal e pélvica foi diverticulite
aguda.
Qual a conduta inicial para essa paciente?
A Antibióticos endovenosos, suspensão da dieta oral e
analgesia com dipirona.
B Dieta constipante, administração de antieméticos endovenosos
e analgesia com morfina.
C Hidratação endovenosa, analgesia e encaminhamento para
cirurgia de urgência.
D Antibióticos por via oral, dieta rica em fibras e analgesia com
morfina.
E Drenagem percutânea de emergência
A
QUESTÃO 16
Uma adolescente com idade de 14 anos procura uma Unidade
Básica de Saúde (UBS) para a sua primeira consulta
ginecológica, pois deseja usar anticoncepcional oral. Ela iniciou
atividade sexual há 6 meses e refere menarca aos 11 anos de
idade e ciclos regulares. A adolescente nega comorbidades e
diz, ainda, que os pais não sabem do início da atividade sexual.
Qual a conduta mais adequada frente ao caso relatado acima?
A Não prescrever anticoncepcional oral, pois a paciente é
menor de idade.
B Não prescrever anticoncepcional oral, pois a paciente teve
menarca há apenas 3 anos.
C Solicitar que a paciente compareça acompanhada de um
responsável à consulta médica.
D Prescrever anticoncepcional oral, orientar uso de
preservativo e garantir a confidencialidade da consulta.
E Prescrever anticoncepcional oral e solicitar a presença de
um responsável pela menor para comunicar o fato
D
QUESTÃO 17
Uma mulher de 22 anos de idade procurou atendimento de
urgência, apresentando falta de ar, chegando a ter dificuldade
para completar frases. Informou a ocorrência de episódios
prévios semelhantes. Ao exame: acianótica, padrão
respiratório com uso da musculatura acessória, tiragem
intercostal e supraesternal. Pressão arterial = 110 x 80 mmHg,
frequência cardíaca = 115 bpm e frequência respiratória = 28
irpm; ausculta pulmonar com sibilos expiratórios difusos. A
oximetria digital em ar ambiente evidenciou saturação de
oxigênio (SaO²) = 91%. Foi administrado beta-agonista
inalatório e oxigênio por cateter nasal. Reavaliada após 30
minutos, a paciente apresentou melhora parcial do quadro:
frequência respiratória = 24 irpm, SaO² = 94%, frequência
cardíaca = 110 bpm, ausculta pulmonar com sibilos
expiratórios.
Qual a conduta terapêutica mais adequada a ser tomada após
essa reavaliação?
A Nebulização com beta-agonista – até 3 doses em uma hora,
prednisolona oral e suspensão do oxigênio.
B Nebulização com beta-agonista e ipratrópio – 3 doses
sequenciais, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
C Beta-agonista em spray, com espaçador, até 3 doses em
uma hora; hidrocortisona venosa e suspensão do oxigênio.
D Nebulização com beta-agonista e ipratrópio a cada 30
minutos, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
E Associação de beta-agonista e ipratrópio em spray, com
espaçador, a cada 30 minutos; prednisolona oral e manutenção
do oxigênio.
E
QUESTÃO 18
Um pediatra de plantão em uma maternidade de nível
secundário é chamado para assistir o nascimento de um recémnascido a termo, com 39 semanas de idade gestacional. O
obstetra da equipe comunica que a gestante está na admissão
em início de trabalho de parto (com 3 cm de dilatação) e com
uma avaliação ultrassonográfica gestacional que evidencia
hérnia diafragmática. A bolsa amniótica ainda está íntegra.
Qual a conduta recomendada no caso?
A Contatar imediatamente a equipe de cirurgia pediátrica para
que o recém-nascido seja encaminhado ao bloco cirúrgico de outro
hospital tão logo ocorra o nascimento.
B Transferir a gestante para um centro terciário por se tratar
de uma unidade secundária sem UTI neonatal, pois pressupõese a necessidade de ventilação mecânica.
C Preparar o material de intubação na sala de parto, por se
tratar de uma patologia cirúrgica grave, gerando prejuízo da
ventilação, não sendo indicada a ventilação com máscara após o
nascimento.
D Preparar o material para a cirurgia imediata do recémnascido na maternidade secundária, pois não haverá tempo
hábil para transferência para um hospital de nível terciário.
E Conversar com o obstetra e avisar que não poderá atender
o bebê em maternidade de nível secundário e que, por esse
motivo, não irá comparecer à sala de parto
B
Questão 19
Uma paciente de 25 anos de idade, com história obstétrica
gesta = 1, para = 0, aborto = 0, com 28 semanas de idade
gestacional, foi atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS)
referindo que há 2 dias está gripada e fez uso de medicação
sintomática. Resolveu vir ao posto de saúde porque está
tossindo muito. Ao ser realizado o exame físico, constatou-se:
temperatura axilar = 38,1ºC, frequência respiratória = 30 irpm,
pressão arterial = 80 x 60 mmHg, normohidratada.
Qual é a abordagem adequada para o caso?
A Encaminhar a paciente para internação hospitalar.
B Solicitar hemograma completo e radiografia de tórax com
urgência.
C Orientar hidratação, prescrever paracetamol e solicitar
retorno se piorar.
D Solicitar hemograma completo, prescrever vitamina C,
dipirona e nebulização.
E Prescrever dipirona, nebulização sem uso de
broncodilatador e reavaliar a paciente em 48 horas
A
QUESTÃO 20
Um homem de 27 anos de idade, pedreiro, sofreu queda de um
andaime e deu entrada na Emergência de um hospital terciário
em franca insuficiência respiratória. As vias aéreas
encontravam-se pérvias e, à ausculta, foi constatada a abolição
do murmúrio vesicular à direita e macicez à percussão. Foi
realizada drenagem do hemitórax direito com saída de 1500 mL
de sangue. No decurso do atendimento, observou-se que o
débito do dreno era de 300 mL/h.
Além da reposição volêmica, a conduta mais adequada para
esse paciente, nesse momento, é
A intubação orotraqueal e ventilação com pressão positiva.
B radiografia de tórax em PA e Perfil.
C drenagem torácica com aspiração contínua.
D toracostomia secundária.
E toracostomia de urgência
E
QUESTÃO 21
Um homem de 55 anos de idade, portador de infecção pelo HIV,
diabético do tipo II, hipertenso, em terapia antiretroviral,
estável há 6 anos, com contagem de linfócitos CD4 de 980
células/mm3 (valor de referência < 1 000 células/mm3) e carga
viral indetectável (< 25 cópias/mL), apresentou quadro de
perda súbita e transitória da consciência, com queda da própria
altura e recuperação espontânea. Na semana seguinte ao
episódio, procurou o médico clínico que o acompanha; a
hipertensão arterial e o diabetes mellitus mantinham-se
controlados. O paciente relatou que, desde o episódio
mencionado, sente “palpitações” e “pulso acelerado”. O
médico observou no exame cardiovascular: frequência
cardíaca = 105 bpm; pressão arterial = 140 x 90 mmHg, ritmo
cardíaco irregular, achados que não haviam sido até então
documentados em 10 anos de seguimento ambulatorial do
paciente. O eletrocardiograma realizado naquela ocasião
mostra ausência de ondas P e intervalos RR muito irregulares.
A conduta imediata mais adequada é
A monitorizar o paciente por 48 horas, para observar a
possibilidade de reversão espontânea da arritmia.
B encaminhar o paciente para a emergência cardiológica,
para ser submetido à cardioversão elétrica.
C solicitar ecocardiograma transesofágico, para avaliar a
presença de trombos em átrio esquerdo.
D iniciar heparinização plena e warfarina, para minimizar o
risco existente de doença tromboembólica.
E administrar antiarrítmicos intravenosos, para induzir
reversão farmacológica da arritmia
D
QUESTÃO 22
Uma criança de 3 anos de idade foi atendida em Unidade de
Pronto Atendimento com febre de 39°C, irritabilidade, vômitos,
sonolência e extremidades frias. Mesmo sem sinais de irritação
meníngea ou sepse, existe a suspeita de meningite. Para
confirmá-la, o médico realizou punção lombar e solicitou a
análise do líquido céfalo-raquidiano (LCR).
Que achado do LCR é indicativo de meningite viral?
A Aspecto turvo.
B Glicose baixa.
C Proteína alta.
D Número baixo de células.
E Número elevado de linfócitos
D
QUESTÃO 23
O médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) recebe várias
crianças de uma mesma escola da região, todas com idade entre 9
e 10 anos. A queixa é semelhante: houve surgimento, há cerca de
10 dias, de lesões vesico-papulosas associadas a prurido intenso,
principalmente no horário noturno, em região interdigital,
punhos, nádegas, axila e periumbilical. Observa-se, também, a
presença de pústulas friáveis e crostas facilmente removíveis
sobre algumas das áreas pruriginosas.
Além das medidas gerais de controle, qual o tratamento indicado?
A Nistatina e amoxicilina.
B Permetrina e cefalexina.
C Ivermectina e cloranfenicol.
D Aciclovir e penicilina benzatina.
E Hexaclorobenzeno e ácido nalidíxico.
B
QUESTÃO 24
Uma paciente de 17 anos de idade, que teve menarca aos 11
anos, vem à Unidade Básica de Saúde (UBS), acompanhada da
mãe, referindo amenorréia há 1 ano. A adolescente relata ainda
perda de peso de 15 kg no último ano devido a dietas feitas por
conta própria, pois deseja ser modelo. Nega comorbidades, uso
de medicações e início de atividade sexual. Ao exame,
apresenta altura de 1,75 m e peso de 50 kg.
Nesse caso, qual o diagnóstico mais provável?
A Amenorréia hipotalâmica.
B Falência ovariana prematura.
C Amenorréia de causa hipofisária.
D Síndrome dos ovários policísticos.
E Sinéquias uterinas decorrentes de endometrite.
A