retalhos cutaneos Flashcards

1
Q

conceito

A

segmentos corporais de tamanho e espessura variáveis, compostos de um ou mais tecidos, que são levados a outros locais próximos ou a distância e que dependem de circulação arteriovenosa fornecida por seus locais de origem ou de destino.

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2
Q

Fisiologia neurovascular da pele

A
  • Macrocirculação: ramos das grandes artérias (aorta, carótidas, axilares, femorais) irrigam massas musculares e dão origem a aa. perfurantes, derivando o sistema septocutâneo (vasos diretos das grandes artérias) e musculocutâneo (origem muscular), ambos perpendiculares à pele e que se interconectam formando os plexos vasculares subfascial, subdérmico e dérmico para irrigar a pele.Artérias miocutâneas dão bons retalhos ao acaso (vascularizam pequenas regiões circulares), enquando as artérias septocutâneas/cutâneas diretas dão bons retalhos axiais (ramos mais longos → vascularizam grandes segmentos de pele).
  • Microcirculação: ramos advindos dos plexos subdérmicos e dérmicos → responsável por nutrição cutânea, termorregulação, homeostasia e hemodinâmica vascular.
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3
Q

Suprimento sanguíneo e nervoso para os RETALHOS

A

suprimento nervoso se dá por fibras sensitivas e fibras do SNAS.
• Artérias miocutâneas, após passarem pelos mm., dão ramos dérmicos, formando os plexos subdérmicos e dérmicos, que irrigarão pequenos segmentos de pele.
• Artérias septocutâneas: saem das artérias maiores perpendiculares à pele para se tornarem paralelas e longitudinais a ela, muitas vezes associada a ramos venosos e nervosos (pedículo neurovascular), emitindo ramos que formarão os plexos em extensas regiões da pele, irrigando extensas regiões da pele.

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4
Q

Alterações Fisiológicas após a Elevação do Retalho

A

Há interrupção parcial da vascularização → Como as necessidades nutricionais da pele são baixas, pode haver lesão de várias aa perfurantes sem ocorrer necrose, exceto em casos de ausência de fluxo maiores que 24-48h> fibrina e suporte para o início da neovascularização, congestão venosa é mais danosa do que a insuficiência arterial ao retalho. Formação de edema

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5
Q

Eventos que acompanham e influenciam o reparo dos Retalhos

A
  • Fenômeno de Isquemia/Reperfusão: vasoconstritores e agregantes plaquetários → necrose tecidual. Uso de antioxidantes/quelantes dos radicais livres (alopurinol, vitaminas A/C/E, superóxido-dismutase e deferoxamina) reduz efeito deletério.
  • Inflamação/Prostaglandinas: há resposta inflamatória → ↑permeabilidade vascular → efeitos benéficos (reparo tecidual) + edema + produção de PGs + produção de radicais livres
  • Efeito neurovascular: alteração de sensibilidade devido a desconexão nervosa do retalho transposto.
  • Autonomização: preparo parcial de um retalho antes que este seja colocado no sítio receptor.
  • Influência de drogas
  • Expansão Tecidual: promove a mitose da camada epidérmica com adelgaçamento da camada dérmica → retalho mais resistente à necrose.
  • Câmara Hiperbárica: aumenta a oxigenação via externa por osmose,↓tecido de granulação em feridas extensas (traumas e queimaduras).
  • Tabagismo: predispõe à necrose proporcionalmente ao tempo e exposição ao fumo → parar de fumar 30 dias antes da cirurgia.
  • Radiação: causa uma endoarterite obliterante com alteração da cicatrização em 30 dias após a realização de uma RT → incentivar fazer a cirurgia o mais rápido após uma RT.
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6
Q

classificação retalhos

suprimento sanguineo

A
  • Randomizados/Ao acaso: nutridos por aa miocutâneas que formam os plexos subdérmicos e dérmicos para a vascularização de locais distantes, mais chance de isquemias
  • Axiais: nutridos por aa septocutâneas/cutâneas diretas, que também formam os plexos cutâneos dérmicos e subdérmicos. O tamanho do retalho é determinado pelo comprimento da artéria septocutânea, muitas vezes acompanhada por veias e nervos (feixe neurovascular):
     Peninsulares: continuidade da base até a ponta do retalho
     Em ilha: sem continuidade com a pele, levando um segmento de pele ligado apenas a um feixe neurovascular
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7
Q

classificação retalhos

localização

A
  • Local: adjacentes ao defeito, mantém características da pele (cor, textira, espessura), necessita de menos estágios operatórios e menos hospitalização (idosos):
     Que rodam sobre seu próprio eixo: rotação, transposição, interpolação.
     Em avanço: movem sobre o defeito sem rotação/lateralidade. Pode ser em pedículo simples, bipediculado ou em V-Y.
  • Distância: área doadora do retalho é distante do defeito:
     Diretos: uma cirurgia para confecção do retalho e outra 3-4 semanas após para a liberação do pedículo (retalho inguinal, groin flap, cross leg, cross, finger, Tagliacozzi).
     Indiretos: tecidos são transferidos por um transportador (membro) ou migrações (tubos pediculados).
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8
Q

classificação retalhos

região anatomica

A

retalho de cabeça e pescoço, de tronco, de MMSS e MMII.

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9
Q

classificação retalhos

composição

A
  • Simples: uma estrutura anatômica (mucosa, pele, fáscia, músculo, tendão, omento).
  • Composto: duas ou mais estruturas anatômicas (fasciocutâneos, miocutâneos, osteomusculares, osteocutâneos, condrocutâneos).
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10
Q

principais retalhos

A

• Retalho Frontal Mediano:
- Local: região frontal acima dos mm da mímica facial.
- Tipo: fasciocutâneo do tipo C.
- Inervação: motora → ramos frontal e zigomático do n. facial; sensitiva → n. supratroclear e subraorbital.
- Vascularização: a. supratroclear.
- Usos: reconstrução nasal, infraorbital e sobrancelhas.
• Retalho Frontal:
- Local: região frontal (entre linha do cabelo e sobrancelha).
- Tipo: cutâneo ou fasciocutâneo tipo A. Pode ser peninsular ou em ilha, e de pedículo reverso.
- Inervação: motora → ramo temporal do n. facial; sensitiva → supratrocleares, supraorbital, lacrimal, temporomalar, auriculotemporal.
- Vascularização: a. e v. temporal superficial
- Usos: cobertura de terço médio/inferior da face, reconstrução da sobrancelha/nariz/língua.
• Retalho Nasolabial:
- Local: sulco nasolabial.
- Tipo: cutâneo axial ou ao acaso do tipo C → base superior ou inferior, avançado ou em V-Y.
- Inervação: sensitiva → divisão medial do trigêmeo.
- Vascularização: a. angular (ramo terminal da a. facial).
- Usos: reconstrução de nariz, lábio superior/inferior, assoalho da boca e região malar.
• Retalho Deltopeitoral:
- Local: região anterossuperior do tórax, do esterno até m. deltoide.
- Tipo: cutâneo ou fasciocutâneo do tipo C.
- Inervação: sensitiva → 2º e 4º n. intercostal.
- Vascularização: 1-3º ramos perfurantes da a. torácica interna.
- Usos: cobertura de terços médio e inferior da face, cavidade oral, lábio inferior, pescoço, reconstrução esofágica e microcirúrgica de cabeça e pescoço.
• Retalho Inguinal (Groin-flap):
- Local: região inguinal lateral (entre vasos femorais e crista ilíaca posterior) 3 cm inferior ao lig. Inguinal no eixo longitudinal e com 6-10cm largura.
- Tipo: fasciocutâneo do tipo A.
- Inervação: sensitiva → segmento de T12.
- Vascularização: a. e v. ilíaca circunflexa superficial.
- Usos: cobertura de MMSS, parede abdominal e períneo, microcirúrgico de cabeça, pescoço e membros.
• Retalho Radial do Antebraço:
- Local: face ventral do antebraço.
- Tipo: cutâneo ou fasciocutâneo tipo B → reverso, expandido, sensitivo, musculovascularizado, tendineocutâneo, miocutâneo.
- Inervação: sensitiva → n. cutâneo lateral e medial anterobraquial ou com uso do n. radial como um enxerto nervoso microvascular.
- Usos: cobertura de antebraço, cotovelo, punhos, mão, polegar e microvascular para a cabeça, tórax, membros, esôfago e pênis.
• Retalho Dorsal do Pé:
- Local: dois terços mediais do pé e do calcâneo até base do hálux.
- Tipo: cutâneo ou fasciocutâneo do tipo B → reverso, expandido, osteovascularizado, peninsular, em ilha, tendinocutâneo, sensitivo.
- Inervação: ramo superficial e profundo do n. peroneal.
- Vascularização: ramos perfurantes septocutâneos da a. e v. dorsal do pé e 1ª a. metatársica dorsal; retorno venoso pela v. safena.
- Usos: cobertura do terço inferior da perna tornozelo, dedos.

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