Relações Brasil - Argentina Flashcards
Exportações Brasil e Argentina.
O Brasil é o principal destino das exportações argentinas e o maior fornecedor de produtos para o mercado argentino.
Cerca de 95% das exportações brasileiras para a Argentina correspondem a produtos manufaturados.
O comércio bilateral caracteriza-se não apenas pelo seu volume expressivo, mas também pelo alto índice de produtos industrializados de alto valor agregado, refletindo a integração crescente de cadeias produtivas entre os dois países.
MICBA
Mecanismo de Integração e Coordenação Brasil-Argentina, que, sob coordenação das respectivas Chancelarias, prevê reuniões presidenciais semestrais para garantir impulso político aos projetos prioritários nas mais diversas áreas de cooperação.
Declaração Conjunta sobre Malvinas
Adotada na cidade de San Juan, em agosto de 2010.
O Brasil reiterou o respaldo de seu país aos legítimos direitos da República Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte relativa às Ilhas Malvinas.
5 momentos (Alessandro Caldeas)
1810 (Independência da Argentina) - 1898: Instabilidade estrutural com predomínio de rivalidades;
1898 (Início do segundo governo Roca) - 1962: Instabilidade conjuntural com busca de cooperação e momentos de rivalidade;
1962 (Saída de Frondizi) - 1979: Instabilidade conjuntural com predomínio de rivalidades;
1979 (Acordo Tripartite) - 1988: Estabilidade estrutural pela cooperação;
1988 (Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento) - Hoje: Estabilidade estrutural pela integração.
Guerra Cisplatina.
1825 - 1828: Conflito entre Brasil e Províncias Cisplatinas no Prata (Argentina).
Resultados: 1) Surgimento do Uruguai;
2) Grã-Bretanha consegue a livre navegação do Prata.
1829 - Ascenção de Rosas como governador de Buenos Aires (Projeto federalista com predomínio de Buenos Aires). Se opunha ao projeto centralizador de Bernardino Rivadavia.
Guerra contra Oribe e Rosas.
Oribe (Uruguai) / Rosas (Argentina - Blancos)
Vitória do Brasil. Evita a aproximação entre Uruguai e Argentina aliando-se a Urquiza (Entre Rios e Corrientes) e aos colorados uruguaios.
Urquiza assume o poder na Argentina.
Período do governo Urquiza.
1854 - 1860
Aproximação entre Argentina e Brasil.
Assinatura do Acordo de Amizade, Comércio e Navegação em 1856.
Guerra do Paraguai.
1864 - 1870
As aspirações do Paraguai, que agora pretendia participar do equilíbrio de forças no Prata, são percebidas como ameaçadoras por Brasil e Argentina.
Aproximação Brasil, Argentina e Uruguai contra o projeto expansionista de Solano Lopez. (Tratado de Tríplice Aliança)
Ao final da guerra o Brasil mantém suas tropas no Paraguai para evitar a anexação de territórios pela Argentina. Tal fato quase precipita um conflito entre os dois países (esse período coincide com o governo de Domingos Samento 1868-1874).
Governo de Domingos Sarmento.
1868 - 1874
Envestimento no crescimento da Argentina, principalmente pelo investimento em educação.
Relação com o Brasil: Retorno da rivalidade (fim da Guerra do Paraguai)
Anos 1880.
Generación de los ochenta - período de crescimento econômico argentino, que se consagra como “celeiro do mundo” (exportação de trigo).
Consagração de sentimento de superioridade cultural em face dos vizinhos.
Acirramento de rivalidades.
1890 - 1914
A Argentina foi o principal destino dos investimentos britânicos.
Grande avanço em infra-estrutura.
Obs: Chanceler Saens Peña - “América para a humanidade” (Conferência Pan-Ameriana 1889 - 1890) contrariando a Doutrina Monroe. Nesse período o Brasil já começa a deslocar o eixo das suas relações preferenciais da Europa para os EUA.
Segundo governo do General Roca.
1898 - 1904
1899: Visita de Roca ao Brasil - **Primeiro presidênte estrangeiro a vistar o Brasil. **
1900: Visita de Campos Sales à Buenos Aires - **Primeira visita de um presidente brasileiro ao exterior. **
Evidencia um momento de aproximação entre os dois países.
Barão do Rio Branco.
1902 - 1912
Argentina propõe plano de resistêcia a cobrança de dívidas por meio de força (política das canhoneiras) - Doutrina Drago (1902)
O Brasil rejeita a Doutrina Drago. O Barão do Rio Branco achava que a Doutrina Moroe não se aplicava à política das canhoneiras. 1) O Brasil pagava suas dívidas em dia; 2) O Brasil era credor de alguns países vizinhos; 3) Não queria dar protagonismo à Argentina.
Busca de relação especial com os EUA. Efatiza o eixo de relações assimétricas mas sem esquecer do eixo de relações simétricas (vizinhos). Ex: em 1909, o Barão propõe o Pacto ABC.
Obs: Rivalidade entre Rio Branco e Zeballos originada da questão de Palmas (ou Missões).
Doutrina Drago.
De 1902.
Condenava a intervenção militar de países europeus na Venezuela para obrigar esse país a cumprir seus compromissos financeiros.
Vargas - Justo
Aproximação com a Argentina.
Vargas visita Buenos Aires.
Vargas e Justo trabalham juntos para mediar a Guerra do Chaco (entre Paraguai e Bolívia).
Assinatura do Tratado Antibélico de não-Agressão e Conciliação, convênios comerciais e turísticos, demonstrando, assim, diversificação da agenda.
No ano de 1940, o chanceler brasileiro Oswaldo Aranha negocia com Federico Pinedo, Ministro da Fazenda argentino, um acordo comercial que continha elementos de
integração comercial: o desfecho das disputas comerciais deveria ser favorável a ambos.
Segunda Guerra Mundial.
Com o início da Segunda Guerra Mundial o governo brasileiro apresentou à Argentina um plano estruturado de intercâmbio comercial, que contaria com as demais nações sulamericanas e seria colocado em prática ao final do conflito mundial.
Dessa forma, estabeleceu-se um acordo comercial entre os países, em 1941 e, até o final da Guerra, o comércio bilateral só cresceu: o Brasil acumulou sucessivos superávits e ascendeu à posição de segundo exportador para a Argentina, ultrapassando a Inglaterra.
As profundas divergências em relação à Guerra foram cruciais para que a integração não perdurasse; a partir do distanciamento político entre os países, diminuíram as trocas comerciais entre Brasil e Argentina.
Dutra - Perón
Ambos assumem o governo em 1946.
Dutra adota um alinhamento automático e Perón adota a “terceira posição” (autonomia heterodoxa) e não rompe com a URSS.
Vargas - Perón
Vargas - tentativa de alinhamento negociado
Perón - continua assumindo a “terceira posição”
O Brasil assina um Tratado Militar com os EUA (1952) e Perón, receoso com isso, pede um Pacto ABC. Tal pacto não foi aceito.
Convergecia política e ideológica entre os dois países, mas não há uma aproximação nas relações externas muito profunda.
JK - Frondizi
A partir da posse de Frondizi (1958) há uma maior aproximação.
Criação do Grupo de Cooperação Industrial entre Brasil e Argentina em 1958.
Jânio - Frondizi
Encontro de Uruguaiana (1961) - Assinatura do Convênio de Amizade e Consulta entre Brasil e Argentina.
Governos de Guido e Illia - João Goulart
Vêm em seguida do governo Frondizi e apronfundam uma lógica de rivalidade com o Brasil.
Enquanto Guido e Illia assumem uma lógica de alinhamento automático com os EUA, Jango lança a PEI.
Golpes militares.
Brasil - 1964
Argentina - 1966.
Os golpes militares contribuem para o aprofundamento das rivalidades.
Lógica de “Jodo de soma zero”.
Tratado da Bacia do Prata
Firmado em 1969.
Por meio de identificação de áreas de interesse comum e a realização de estudos, os demais países da região entrariam em consenso sobre a utilização dos recursos hídricos comuns.
Anos 1970.
Rivalidade.
Crise das hidrelétricas.
1973 - 1976
Período de intervalo no governo militar.
1) Hector Cámpora
2) Perón
3) Isabelita Perón - grande aprofundamento das rivalidades com o Brasil.
1976 - Novo golpe militar.
Novo golpe militar.
Início da aproximação com o Brasil.
Coincide com o governo Geisel.
Acordo Tripartite.
1979 (Governo Figueiredo).
Põe fim a crise das hidrelétricas.
Acordo Nuclear.
1980.
Guerra das Malvinas.
O Brasil apoia o pleito argentino de soberania sobre as ilhas.
Sarney - Alfonsín
Momento de grande aproximação.
1985 - Declaração de Iguaçu: 1) compromisso de aprofundar as relações econômicas e comerciais; 2) Acordo Nuclear que aprofunda o acordo de 1980.
1988 - Assinatura do Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento: estabelece um prazo de 10 anos para o estabelecimento de um mercado comum entre Brasil e Argentina.
Medidas de construção de confiança mútua. (Governo Collor)
Durante o Governo Collor.
1) Criação da ABACC (Agencia Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle) - 1991: Assegurar o caráter pacífico dos programas nucleares de BRasil e Argentina.
2) Acordo Quadripartite (Brasil, Argentina, ABACC e AIEA): sistema duplo de salvaguardas.
3) Reformas neoliberais (paralelo na Argentina de Menem)
Política Externa nos Anos 1990.
Brasil: Autonomia pela participação (Gelson Fonseca Jr)
Argentina: Realismo periférico - Aquiescência pragmática (Menem)
A diferença de orientação de política externa levou a uma diferença de posicionamentos de Brasil e Argentina com relação à ALCA.
Início dos anos 2000.
Crise comercial: 1) Protecionismo argentino; 2) Contenciosos diversos.
Foi provocada pela desvalorização do Real em 1999 e pela Crise Argentina de 2001-2003.
Lula - Kirchner
Brasil solidário à Argentina e consciente do seu papel para recuperar a economia e a competitividade do país vizinho.
Ex: 2006 - MAC (Mecanismo de adaptação competitiva);
2009 - O Brasil abre linhas de crédito para produtores e exportadores argentinos.
Agenda internacional.
Convergência progressiva de posicionamento entre Brasil e Argentina.