Oriente Médio Flashcards
Como é o nome da agência da ONU criada para ajudar os acampamentos de refugiados de árabes palestinos?
UNRWA
Quando e onde foi realizada a primeira Cúpula Árabe? O que resultou dela?
Foi realizada em Cairo, em 1964.
Decide-se pela estruturação da OLP (Organização para Libertação da Palestina).
O que é importante saber sobre a criação da OLP?
Foi criada sob os auspícios da Liga Árabe e de Nasser, que deseja deter a escalada do Iraque.
Essa primeira OLP não tem o objetivo de criação de um Estado palestino e não passa de um instrumento de propaganda.
O que é importante saber sobre o grupo Al-Fatah?
Foi fundado no final dos anos 50.
Colocava a libertação da Palestina como condição preliminar à realização da unidade árabe.
O movimento deseja ser independente, e se coloca à margem da OLP oficial.
Para a al-Fatah, o único meio de libertar a Palestina é a luta armada.
Quais as consequencias da derrota dos exércitos árabes na Guerra dos Seis Dias para o al-Fatah?
A derrota árabe nessa guerra é também a derrota da via nasserista e traz legitimidade à estratégia da al-Fatah, que visa a contrução de um Estado Palestino.
A partir de que momento a OLP passa a reinvindicar autonomia de decisão?
Após a derrota na Guerra dos Seis Dias, a resistência palestina não consegue se implantar militarmente nos territórios ocupados. Entretanto, as ações conduzidas a partir de países vizinhos e depois o recurso ao terrorismo internacional tornam impossível ignorar o problema palestino.
Com Chukeiri desacreditado, os movimentos de resistência armada, sobretudo a al-Fatah de Iasser Arafat, irão assumir o controle da OLP, que agora reinvindica autonomia de decisão.
O que é importante saber sobre o Conselho Nacional Palestino?
Elege um comitê executivo que funciona como um parlamento em exílio. Nele estão representadas as organizações armadas, os grupos socio-profissionais e as comunidades palestinas dos cinco continentes.
Isso torna a OLP a única organização democrática do mundo árabe.
Que episódio marca o surgimento do terrorismo internacional?
Em 1968, um avião da companhia israelense é atacado no aeroporto de Atenas pelos fedayin (guerrilheiros palestinos)* *
Ataque terrorista nos Jogos Olímpicos.
Durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, o grupo terrorista “Setembro Negro” assassina doze atletas israelenses.
O Setembro Negro pedia a libertação de 200 prisioneiros palestinos em Israel.
Que países dão apoio logístico aos comandos terroristas palestinos?
O Egito, o Iraque, a Argélia, o Irã, a Líbia e a Síria.
O que é importante saber sobre a operação de repressão a Jordânia, em 1970, contra os fedayin?
O reino jordaniano, onde se encontram as principais bases da OLP, torna-se o pricipal alvo das acusações dos fedayin.
O rei Hussein desejava controlar as atividades dos fedayin e estes pretendiam fazer da Jordânia o santuário da revolução palestina. Apoiados pela população, estes tomam o controle das cidades do norte do país.
Em 1970, Hussein lança seus exércitos contra os fedayin. Apesar das promessas, nem a Síria nem o Iraque intervêm em favor dos palestinos. Os combates levam à expulsão da OLP da Jordânia.
Esse episódio ficou conhecido como Setembro Negro.
Em que resulta o episódio trágico do Setembro Negro?
Resulta numa mudança de estratégia da OLP em duas direções aparentemente contraritórias:
1) Aumento do terrorismo contra Israel e contra os “traidores árabes”
2) Recorre-se à via diplomática com o objetivo de instaurar um Estado árabe-judáico “leigo e democrático” na Palestina como um todo.
Como se caracteriza a direção da OLP a partir da segunda metade dos anos 70?
Toma características mais realistas.
Em 1977 se destaca uma maioria a favor de um Estado soberano “em qualquer pedaço libertado da pátria”.
Sucessos diplomáticos alcançados pela nova linha política da OLP, dinamizada pela situação nascida da guerra do Yom Kippur.
- Reconhecida pelos países da Liga Árabe (incluindo a Jordânia) como único represetante do povo palestino, a OLP é apoiada maciçamente pela URSS
- Iasser Arafat é convidado por muitos países à tribuna das Nações Unidas
Mundo mulçumano X mundo árabe
Mundo mulçumano e mundo árabe são conjuntos geopolíticos e culturais parcialmente superpostos, porém distintos.
O mundo árabe faz parte do mundo mulçumano (pois o Islã é a religião predominante em todos os países árabes), mas o mundo árabe se define pela língua, não pela religião.
Três principais cidades sagradas do Islã.
Meca, Medina e Jerusalém, todas situam-se no Oriente Médio, núcleo histórico do mundo árabe.
Liga Árabe.
Fundado no Cairo, em 1945, por sete países: Líbano, Egito, Síria, Jordânia, Arábia Saudita, Iraque e Iêmen.
Objetivo: promover a cooperação e mediar as disputas políticas entre seus integrantes.
Atualmente, a organização abrange todos os países árabes.
Consequência da dissolução do Império Turco Otomano no final da Primeira Guerra Mundial.
O Império Turco Otomano dominou, durante séculos, a maior parte do mundo árabe. Sua dissolução abriu caminho para o imperialismo da Grã-Bretanha, da França e da Itália, que repartiram desigualmente os territórios otomanos e delinearam as fronteiras dos atuais Estados árabes no Oriente Médio e na África do Norte.
Quando se consolidou a independência dos países árabes? Como se deu?
Durante a Segunda Guerra ou no pós-guerra.
No início estabeleceram-se monarquias vinculadas às potências europeias, mas, em pouco, tempo tais regimes monárquicos foram confrontados pelo movimento pan-arabista.
Quando foi derrubada a monarquia egípcia? Como isso aconteceu?
Foi derrubada em 1952, por um golpe de oficiais militares liderados pelo coronel Gamal Abdel Nasser.
O líder egípcio tornou-se a figura central do pan-arabismo.
Em que consistia a doutrina do pan-arabismo?
De acordo com essa doutrina, os povos árabes formariam uma única nação e deveriam construir um único Estado.
A unidade política seria o instrumento para a modernização social e o crescimento econômico da nação árabe, baseado na reunião dos recursos dos diferentes países.
O que foi a RAU?
Foi a República Árabe Unida, formada por Síria e Egito, que seria o embrião da unidade dos países árabes. Porém, a RAU só durou poucos anos: de 1958 a 1961.
Motivos da perda de força do impulso inicial para a unidade política árabe.
Os fracassos nas guerras árabe-israelenses
As divergências entre os regimes pan-arabistas. Aos poucos, tais regimes se cristalizaram em ditaduras.
O que é importante saber sobre a “Primavera Árabe”?
No final de 2010, romperam-se protestos de massa na Tunísia, que provocaram a queda do regime ditatorial de Zine Ben Ali.
Em fevereiro de 2011, eclode um levante popular pacífico no Egito, núcleo geopolítico do mundo árabe, que resultou na derubada do ditador Hisni Mubarak.
A “Primavera Árabe” então se espalhou pelo Oriente Médio e pela África do Norte. Foram derrubados os ditadores do Iêmen e da Líbia.
Em outros países, como a Jordânia e o Marrocos, monarcas acuados apressaram-se em promover reformas.
A “Primavera Árabe” na Líbia.
O início de uma guerra civil, em fevereiro de 2011, provocou uma campanha aérea de forças europeias e norte-americanas que se concluiu com a derrubada de Muammar Kaddafi, no poder desde 1969.
A “Primavera Árabe” na Síria.
O conflito interno ainda está em andamento na Síria. Começou como uma série de grandes protestos populares em janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada.
Em 12 de abril, ambos os lados, o Governo Sírio e os rebeldes armados da Oposição, entraram em um período de cessar-fogo mediado pela ONU.
Logo após o massacre em Houla e o subsequente ultimato rebelde ao governo sírio, o cessar-fogo praticamente entrou em colapso no fim de maio de 2012, com forças do Exército Livre da Síria (ESL) lançando vários ataques contra tropas do governo.
Com a escalada na violência, em 19 de julho, o Conselho de Segurança da ONU, pressionado por Estados Unidos e União Europeia, votou uma resolução contra o Regime de Bashar Al-Assad. Contudo, como era esperado, Rússia e China vetaram a resolução e qualquer subsequente sanção contra o governo sírio.
Movimento sionista.
Defende o direito à autodeterminação dos judeus e a existência de um Estado judaico.
Surgiu na Europa no final do século XIX.
Início da migração judaica para a Palestina.
Começou em 1882. Os migrantes recebiam terras compradas pelo movimento sionista europeu.