Refluxo Gastroesofágico Flashcards
Refluxo gastroesofágico
Fluxo retrógrado involuntário gástrico
RGE fisiológico
- Sem repercussões clínicas
- Primeiros meses de vida: regurgitações pós alimentares imediatas
- Crescimento normal
RGE patológico (DRGE)
- Disfunção nos mecanismos de barreira
- Acompanhado de perda de peso, lesão esofágica ou manifestações respiratórias
- Pode ser primário ou secundário a outras doenças
Quando suspeitar de DRGE?
Regurgitações/vômitos não reduzem no 2º semestre de vida
Fisiopatologia do DRGE
- Relaxamentos transitórios do EEI inadequados (>5s)
- Pressão do EEI reduzida
- Aumento da pressão intra abdominal
- Esvaziamento gástrico retardado
- Hérnia de hiato
- Tempo de clareamento esófagico
- Composição do material refluído (pH)
Manifestações clínicas
- Regurgitações e/ou vômitos (podem cursar com anemia ferropriva e perda ponderal)
- Esofagite péptica
- Manifestações respiratórias
Esofagite de refluxo
- Crianças mais jovens: irritabilidade, choro excessivo, distúrbio do sono, dificuldade para alimentar (com recusa) e hipodesenvolvimento somático
- Crianças mais velhas (>8a): dor abdominal, pirose, sensação de plenitude gástrica, disfagia
- Qualquer idade: hematêmese, melena, sangue nas fezes e anemia
Quais as complicações de esofagite de refluxo
- Estenose esofágica
- Esôfago de Barret
- Síndrome de Sandifer
Síndrome de Sandifer
- Anemia ferropriva
- Esofagite grave
- Rotação lateral do pescoço (fechar o EES)
- Baixo peso
Manifestações respiratórias do DRGE
- Asma: SEMPRE INVESTIGAR
- Doença respiratória crônica
- Pneumonias de repetição
- Sinusites
- Laringites
- Otites de repetição
- Doenças respiratória crônica
Diagnóstico de RGE
- História clínica
- Avaliação laboriatorial
- Avaliação do ritmo de crescimento
Quando deve ser pedida propedêutica complementar?
RGE patogênico
Estudo radiológico contrastado (REED)
- Útil para o estudo morfológico do esôfago (identifica estenose esofágica
- Muitos falsos positivos e falsos negativos (observação curta)
- Exclusão de RGE secundária (fístulas traqueoesofágicas, estenoses hipertróficas de piloro, má rotação intestinal, duplicação intestinal)
Cintilografia (tenécio 99)
Melhor para identificar aspiração pulmonar e estudo do esvaziamento gástrico
Monitoração do pH esofágico
- Indicação: casos não claros (refluxo oculto - manifestações respiratórias sem regurgitações ou vômitos), seguimento do tto com inibidores de secreção ácida e acompanhamento pós-cirúrgico
- Detecta RGE fisiológico
Endoscopia Digestiva Alta
- Indicação: ESOFAGITE (único exame que diagnostica), presença de outras alterações (hérnia, Barret, úlceras, etc)
- Analisa alterações de mucosa
- EXAME INVASIVO (anestesia geral ou sedação)
- Permite a visualização de hérnia hiatal
Mudanças alimentares
- Aleitamento materno mantido sobre livre demanda
- Alimentação espessa: PIORA ESOFAGITE!!! (mas diminui vômitos e regurgitações)
- Investigar alergia a proteína do leite ou soja (retirar esses alimentos se necessário)
- Reduzir alimentos gordurosos, chocolate, café, bebidas gaseificadas, frutas cítricas, tomate e alimentação noturna
- Evitar alimentos antes de dormir
Medidas posturais
- Decúbito ventral 20-30º para crianças acima de 1 ano (SÍNDROME DA MORTE SÚBITA em lactentes)
- Lactentes: decúbito dorsal ou lateral esquerdo (acentua o ângulo de His)
OBS: BEBÊ CONFORTO CONTRAINDICADO!!!
Tratamentos gerais
Evitar constipação, roupas apertadas, medicamentos que rebaixem o EEI, troca de fralda pós prandial, fumo e etilismo
Epidemiologia de RGE
67% das crianças com 4-5 meses
Diagnóstico diferencial comum de DRGE em lactentes
Hipersensibilidade à proteína do leite de vaca
OBS: Sempre testar antes
Tratamento farmacológico
- Antiácido (hidróxidos de aluminio e magnésio): alívio sintomático da dor - antes de um ano de vida
- Inibidores de secreção ácida (ranitidina e omeprazol): cicatrização - depois de um ano de vida
Indicação cirúrgica
- Estenose de esôfago
- Doença respiratório grave
- Paciente com sintomas persistentes ou recorrentes