Reconstrução do Aparelho Genital Femino Flashcards
Quais são os objetivos da reconstrução do aparelho genital feminino?
- Obliterar espaço morto
- Reduzir risco de infecção
- Reduzir prolapso, fístula
- Permitir intercurso sexual
- Reconstrução da imagem corporal
- Permitir cicatrização para radioterapia e quimioterapia
Como são classificados os defeitos vaginais adquiridos?
- Parcial (tipo I)
- Circunferencial (tipo II)
O que são os defeitos parciais tipo Ia?
- São parciais e envolvem a parede anterior OU lateral.
- Podem ser resultantes de ressecções neoplásicas malignas do trato urinário ou de neoplasias malignas primárias da parede vaginal.
- Os defeitos do tipo Ia geralmente requerem uma pequena porção tecidual e uma cobertura de superfície pequena a moderada.
Qual o retalho indicado para a reconstrução dos defeitos tipo Ia?
- O retalho fasciocutâneo de Singapura modificado (vulvoperineal ou pudendo da coxa) é o ideal.
Quais são as características do retalho de Singapura?
- O retalho é baseado nas artérias labiais posteriores e é inervado pelos ramos perineais do nervo cutâneo posterior da coxa.
- Os retalhos são levantados na dobra da coxa, lateralmente aos grandes lábios pilosos, e devem ser delineados para medir 9 x 4 cm a 15 x 6 cm.
O que são os defeitos parciais tipo Ib?
- São parciais e envolvem a parede posterior.
- Tendem a ser a maioria dos casos de defeitos vaginais que necessitam de reconstrução, resultam primariamente de extensões de carcinomas colorretais.
- Frequentemente requerem maior porção de tecidos moles para preencher o espaço morto produzido pela ressecção do reto.
Qual o retalho indicado para a reconstrução dos defeitos tipo Ib?
- Retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (normalmente no formato VRAM).
- Esse retalho é altamente confiável e fornece tanto uma grande área de superfície como um grande volume.
- A pele pode ser utilizada para repor toda a parede vaginal posterior.
- A musculatura saudável e o TCS trazem tecido bem vascularizado à pelve, obliterando o espaço morto e separando o conteúdo da cavidade abdominal da região da ressecção.
Quais são as características do VRAM quando utilizado na reconstrução da parede vaginal posterior?
- O retalho baseia-se nos vasos epigástricos profundos inferiores que surgem das artérias femorais comuns e entram no músculo reto ao longo de sua superfície posterolateral 6-7 cm acima de sua inserção no púbis.
O que são os defeitos circunferenciais IIa?
- São circunferenciais, envolvendo os dois terços superiores da vagina.
- Estes defeitos tipicamente resultam de doenças cervicais e uterinas.
Qual o retalho indicado para a reconstrução dos defeitos tipo IIa?
- VRAM
- Outras opções: cólon sigmoide ou jejuno quando o reto abdominal não pode ser utilizado.
- Secreções excessivas e odor desagradável, especialmente quando utilizado o sigmoide, são queixas comuns.
O que são os defeitos circunferenciais IIb?
- São defeitos circunferenciais totais comumente resultantes de exanteração pélvica.
- Estes defeitos resultam em considerável perda de tecido mole, espaço morto, bem como distorção do introito.
Qual o retalho indicado para a reconstrução dos defeitos tipo IIb?
- Grácil bilateral.
- O tecido subcutâneo e a musculatura dos dois retalhos combinados fornecerão um grande volume de tecido mole que pode obliterar o espaço morto na pelve.
- O suprimento vascular para o retalho grácil provém da artéria femoral circunflexa medial, que entra no m. grácil 7-10 cm abaixo do tubérculo púbico.
- Inervado pelo nervo obturador.
- Uma ilha de pele elíptica de aproximadamente 6 x 20 cm pode ser delineada centralizada sobre os 2/3 proximais do músculo, com a borda anterior da incisão recaindo numa linha entre o tubérculo púbico e o tendão semitendinoso.
- Uma vez levantados, os retalhos são tunelizados pelo subcutâneo para dentro do defeito vaginal.
ALGORITMO DE RECONSTRUÇÃO DOS DEFEITOS VAGINAIS