Raciocínio Clínico Flashcards

1
Q

O que significa, qual é o conceito de diagnóstico e qual é a sua importância?

A

Diagnóstico (do grego: dia = através de, gnosis = conhecimento)  É a base de toda atuação dos médicos  Série de procedimentos de ordem intelectual e operacional através dos quais se obtém uma resposta a um determinado problema clínico (Rodrigues, 1981)  Sem diagnóstico não haverá proposta terapêutica correta

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2
Q

Do que é preciso saber para a elaboração do diagnóstico?

A

 Fundamentos de anatomia, fisiologia, patologia, semiologia  Conhecimento das entidades nosológicas prevalentes  Identificar cerca de 300unidades nosológicas, acessar fonte de informações seguras  Elaborar lista de problemas, saber se comunicar, ter desenvoltura social

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3
Q

O diagnóstico é resultado de:

A

 Conhecimento médico  Obtenção competente de dados por meio da história clínica e exame físico  Registros organizados  Tempo necessário para obtenção de um bom prontuário médico  Capacidade de integrar dados em conjuntos significativos, seguindo a lógica do raciocínio clínico  Lista de achados em ordem e importância (lista de problemas)  Uso racional e criterioso de exames complementares  Busca do diagnóstico final pela seleção da nosologia que explique de maneira mais adequada todos os achados  Revisão do diagnóstico, valorizando dados positivos

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4
Q

O diagnóstico atualmente é influenciado por:

A

 Revistas, jornais, google, etc  Institucionais (planos de saúde, laboratórios, fornecedores, etc)  Restrição de tempo para consulta  Judicialização da medicina

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5
Q

Qual é a conduta adequada a se tomar quando o paciente já “consultou o dr Google anteriormente”?

A

É uma atitude de alegria, pois o paciente está interessado no processo de diagnóstico e tratamento. É uma boa oportunidade para explicar bem os aspectos da doença e também a farmacodinâmica do fármaco pois, já que ele está interessado, ter informações cada vez mais claras e sólidas aumentará substancialmente a chance do paciente aderir ao tratamento corretamente.

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6
Q

Quais são as regras práticas para o diagnóstico:

A

 Fazer sempre sua observação clínica (Anamnese + Exame físico) pessoal - evitar usar a observação clínica de outrem, para ganhar tempo ou agilizar o trabalho.  Quanto menos precisas forem as definições da síndrome clínica, mais difícil será a escolha dos exames. Quando se chega ao final da anamnese sem elementos ou noção de qual síndrome ou nosologia, mais difícil ficará exame físico e a escolha dos exames  Quanto mais inadequada a anamnese, maior a dependência dos dados do exame físico e exames complementares

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7
Q

Definição de Sintoma:

A

Sensação subjetiva anormal percebida pelo paciente, não observada pelo examinador (inspeção, palpação, percussão e ausculta). Exemplo: Dor, náuseas, dormência, insônia, má digestão

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8
Q

Definição de Sinal:

A

Sinal: é um dado objetivo, notado pelo paciente e observado pelo examinador por meio de método clínico ou exames complementares.

Exemplo: tosse, edema, cianose, sangue na urina
(hematúria)

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9
Q

Conceito de Sindrome

A

Síndrome: conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem
associadamente e que podem ser determinados por
diferentes causas

 Exemplo: síndrome febril (taquicardia, hipertemia, tremores,
sudorese, mialgias), podendo ser infecção bacteriana, viral,
fúngica, entre outros

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10
Q

Conceito de Entidade Nosológica

A

Entidade nosológica: doença bem definida com alteração de
função de órgãos ou sistemas ou mesmo perda da função
(doença)

 Exemplo: Diabetes, hipertensão, doença renal crônica

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11
Q

Como é feito e em que é a beseado o raciocínio diagnóstico?

A

 Baseado em probabilidade do que certeza

 Por ser centrado em sintomas quando seu conjunto é
comparado com o grupo de doenças que os apresentam,
formando um grupo reduzido de possibilidades

 Pode ser centrado na doença. O paciente tem a doença x?

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12
Q

Quais são os meios para a definição diagnóstica?

A

 Reconhecimento de um padrão no qual a inferência é
intuitiva

Diagnóstico “fácil’’, “já visto”, olho clínico

Exemplo: doenças exantemáticas – sarampo ou catapora

 Fluxograma com base em diretrizes, consensos,
protocolos

Muito útil em pronto atendimentos

 Método da exaustão

Anamnese e exame físico esmiuçados, para fornecer
pistas do diagnóstico

 Método hipotético-dedutivo

São valorizados as queixas, sinais e sintomas e achados,
gerando hipóteses

 Raciocínio fisiopatológico

Com base na história e na evolução temporal do quadro
clínico, valorizando as queixas, os sinais e sintomas e
achados semiológicos

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13
Q

Quais são as contribuições que auxiliam na elucidação do diagnóstico?

A

 Quando o conjunto de dados gerar várias hipóteses,
aplique as informações epidemiológicas, antes de pensar
em raridades

 Evoque uma hipótese apenas se houver dados clínicos
suficientes

 Use testes complementares nas hipóteses que
permaneceram, escolhendo os de maior especificidade

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14
Q
A
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15
Q

Quais são os 10 tipos de diagnósticos?

A

 Diagnóstico clínico: reconhecimento de doença através
da anamnese e exame físico

 Diagnóstico sindrômico: reconhecido através de
síndromes, não identifica a doença mas a síndrome

 Diagnóstico anatômico: enfermidades que provocam
modificações anatômicas, identificadas no exame físico

 Diagnóstico funcional ou fisiopatológico: distúrbio da
função do órgão atingido, expressa por sintomas

 Diagnóstico etiológico: identificação das causas da
doença (ITU por bactéria E. coli)

 Diagnóstico histopatológico: uso do microscópio, ex.
neoplasia

 Diagnóstico anatomopatológico: exame micro e
macroscópico de peças cirúrgicas, englobando
anatômico e histopatológico

 Diagnóstico radiológico: utilizando métodos de
radiologia

 Diagnóstico diferencial: análise de várias enfermidades
que podem apresentar quadro clínico semelhante

 Diagnóstico de certeza: diagnóstico final

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16
Q

O que é Check-up, rastreamento ou screening ?

A

É uma parte da medicina preventiva que visa encontrar achados clínicos do doenças em fase inicial. Frequente achado incidental de nódulos que precisam ser acompanhados e geram ansiedade

17
Q

Como devo realizar a comprovação diagnóstica?

A

Com um prontuário bem feito, detalhado, incluindo achados clínicos e exames comprobatórios que de fato fundamentem a minha tese.

Exemplo: BAAR para firmar o diagnóstico de TB, bx para
neoplasias

18
Q

Erros médicos acontecem com determinada frequência. Quais são as principais causas desses erros? Em que situações eles costumam acontecer mais?

A

 Vários estudos revelam que a margem de acertos depende
da qualidade da anamnese, que responde a 80 a 85% deles. Exame físico contribui com 8 a 10%, exames complementares pequena parcela de acertos .

 As dificuldades diagnósticas costumam ocorrer:

 Doença em estágio inicial com poucas manifestações clínicas
 Doença comum com apresentação atípica
 Doença psiquiátrica
 Doença mascarada
 Ignorância médica

19
Q

Quais são as classificações dos erros diagnósticos?

A

 Não intencionais (fatalidade da profissão médica – imperícia,
negligência, imprudência):

  • Ignorância ou desconhecimento da enfermidade
  • Anamnese inadequada
  • Semiotécnica inadequada
  • Má interpretação dos exames
  • Manipulação do médico pelos pacientes
  • Descompromisso com o seguimento clínico do paciente
  • Solicitação irracional de exames complementares
20
Q

O que é prognóstico?

A

 Do grego pro = para adiante, gnosis = conhecimento, ou seja,
prever pelo conhecimento

 É a expectativa de futuro do paciente. Fruto de exercício acurado de conhecimentos, vivências e
experiências, além de dados fisiopatológicos e probabilísticos