Psicopatologia Flashcards

1
Q

Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Conceitos importantes

A

Conceitos importantes
* Substância (droga)
* Classe de substâncias
* Intoxicação
* Abstinência
* Perturbação do uso de substâncias
* Perturbação induzida por substâncias

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Q

Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Alterações do DSM-IV para o DSM-5

A

Dependência de substância
Abuso de substância
para
Perturbação do uso de substância

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Q

Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Classes de substâncias

A

Depressoras: resultam em sedação e podem induzir relaxamento. Incluem álcool e as drogas sedativas, hipnóticas e ansiolíticas da família dos barbitúricos e benzodiazepinas
Estimulantes: resultam num aumento da atividade e alerta e podem elevar o estado de humor. Estão incluídas as anfetaminas, cocaína, nicotina e cafeína
Opiáceos: O principal efeito é produzir analgesia temporária e euforia. Heroína, ópio, codeína e morfina estão incluídas neste grupo
Alucinogénios: alteram a perceção sensorial e podem produzir delírios, paranoia e alucinações. Marijuana e LSD estão incluídos nesta categoria
Outras

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4
Q

Perturbações relacionadas com substâncias incluem - classes de drogas

A

Tabela (1)

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5
Q

Perturbações Relacionadas com Substâncias - Tipos

A

Perturbações de uso de substâncias
Perturbações induzidas por substâncias
* Intoxicação
* Abstinência
* Outra perturbação mental induzida por substâncias/medicamentos (referidas no capítulo correspondente)

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6
Q

Perturbações de uso de substâncias - Principal Característica

A

Principal característica: conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que indicam que o indivíduo continua a usar a substância apesar da existência de problemas significativos relacionados com a substância
* Todas as classes menos a cafeína
Em geral o diagnóstico de perturbação de uso de substância baseia-se no padrão patológico de comportamentos relacionados com o uso da substância.

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7
Q

Perturbações de uso de substâncias - critérios

A

Défice de controlo (critérios 1-4): Doses maiores do que o pretendido, desejo de reduzir, tempo gasto, impulso desejo da substância (craving)
Disfunção social (critérios 5-7): Obrigações ocupacionais, problemas sociais e interpessoais, afastamento de atividades
Uso de risco (critérios 8-9): Fisicamente perigosa, manter o consumo apesar de problema causado ou induzido pela substância
Critérios fisiológicos (critérios 10-11):
* Tolerância
* Abstinência

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8
Q

Perturbações de uso de substâncias - Intoxicação (informações)

A

Intoxicação
Os efeitos agudos do uso de uma substância.
Característica principal é o desenvolvimento de um síndrome reversível específico para a substância devido à ingestão recente da substância (critério A)
Alterações comportamentais ou psicológicas atribuíveis aos efeitos fisiológicos da substância
Não atribuíveis a outra condição
Para a maioria das substâncias que referimos a intoxicação é experienciada como um comprometimento no discernimento, alterações de humor e diminuição da capacidade motora.
Tabaco não provoca intoxicação

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9
Q

Perturbações de uso de substâncias - Abstinência (informações)

A

Abstinência de substância
Característica essencial é o desenvolvimento de alterações problemáticas do comportamento específicas para cada substância, com alterações fisiológicas concomitantes, dados à cessação ou redução do uso pesado e prolongado de substâncias (critério A)
Alucinogénios e inalantes não provocam abstinência

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10
Q

Perturbação mental induzida por substância/medicamento - Diagnóstico

A

Perturbação mental induzida por substância/medicamento
A. A perturbação representa uma apresentação sintomática clinicamente significativa de uma perturbação mental relevante.
B. Existe evidência a partir da história, exame físico, ou achados laboratoriais de ambos os seguintes:
1. A perturbação desenvolveu-se durante ou num período de 1 mês a partir da intoxicação ou abstinência de substância ou exposição a medicamento
2. A substância/medicamento envolvido é capaz de produzir a perturbação mental
C. A perturbação não é mais bem explicada por uma perturbação mental independente (isto é, uma que não seja induzida por substância ou medicamento). Esta evidência de perturbação mental independente pode incluir os seguintes:
1. A perturbação precedeu o início da intoxicação grave ou abstinência ou a exposição a medicamentou, ou
2. a perturbação mental completa persistiu durante um período de tempo substancial (por exemplo, pelo menos um mês) após a cessação da abstinência aguda ou intoxicação grave, ou da toma do medicamento
D. A perturbação não decorre exclusivamente no decurso de um delirium
E. A perturbação causa mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento

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11
Q

Perturbações relacionadas com o álcool - Perturbações

A

Tabela (2)

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12
Q

Perturbação do uso do álcool - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de álcool que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. O álcool é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de álcool
3. É gasta uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de álcool, uso de álcool ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar álcool
5. Uso de álcool recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de álcool continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do álcool
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de álcool
8. Uso recorrente de álcool em situações em que é fisicamente perigoso
9. Uso do álcool é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo álcool
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de álcool para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de álcool
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica do álcool. (consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência do álcool)
b. O álcool (ou outra substância intimamente relacionada, tal como uma benzodiazepina) é consumido para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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13
Q

Intoxicação por álcool - Diagnóstico

A

A. Ingestão recente de álcool.
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (p. ex., comportamento agressivo ou sexual desadequado, labilidade do humor, discernimento comprometido) que se desenvolveram durante ou pouco tempo depois do uso de álcool.
C. Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas que se desenvolveram durante ou ou pouco depois do uso de álcool:
1. discurso empastado;
2. Descoordenação;
3. marcha instável;
4. Nistagmo*,
5. défices na atenção ou memória;
6. estupor ou coma
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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14
Q

Abstinência do álcool - Daignóstico

A

A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolvem entre várias horas a poucos dias após a cessação ou redução:
1. hiperatividade autonómica (per exemplo, sudorese ou pulsação superior a 100 ppm)
2. Tremor das mãos aumentada
3. Insónia;
4. Náuseas ou vómitos;
5. Alucinações ou ilusões visuais, tácteis ou auditivas, transitórias;
6. Agitação psicomotora;
7. Ansiedade;
8. Convulsões tónico-clónicas generalizadas
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam perturbação clinicamente significativa ou comprometimento no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes de funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são melhor explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificadores: Com perturbação da perceção

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15
Q

Perturbações relacionadas com a cafeína - Perturbações

A

Tabela (4)

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16
Q

Intoxicação por cafeína - Diagnóstico

A

A. Consumo recente de cafeína (geralmente uma dose elevada excedendo bastante os 250mg)
B. Cinco ou mais dos seguintes sintomas, que se desenvolvem durante ou logo após a utilização da cafeína:
1. Inquietação;
2. Nervosismo;
3. Excitação;
4. Insónia;
5. Rubor facial;
6. Diurese;
7. Perturbações gastrointestinais;
8. Tremor muscular;
9. Fluxo incoerente do pensamento e do discurso;
10. Taquicardia ou arritmia cardíaca;
11. Períodos de inesgotabilidade;
12. Agitação psicomotora
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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17
Q

Abstinência da cafeína - Diagnóstico

A

A. Uso diário prolongado de cafeína
B. Cessação abrupta ou redução no uso de cafeína seguida, nas próximas 24 horas seguintes, por 3 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas
1. Cefaleias (dores de cabeça)
2. Cansaço marcado ou sonolência
3. Humor disfórico, deprimido ou irritabilidade
4. Dificuldades de concentração
5. Sintomas semelhantes aos da gripe (náusea, vómitos, ou dor/rigidez muscular)
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou em noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica (p.ex., enxaqueca ou doença viral) e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância

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18
Q

Perturbações relacionadas com a cannabis - Perturbações

A

Tabela (4)

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19
Q

Perturbação do uso de cannabis - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de cannabis que conduz a mal- estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. A Cannabis é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de Cannabis
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção e Cannabis, uso de Cannabis ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar Cannabis
5. Uso de Cannabis recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de Cannabis continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do Cannabis
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de Cannabis
8. Uso recorrente de Cannabis em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do Cannabis é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo Cannabis
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de Cannabis para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de Cannabis
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica da Cannabis(consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de Cannabis)
b. A Cannabis(ou outra substância intimamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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20
Q

Intoxicação por cannabis - Diagnóstico

A

A. Uso recente de cannabis
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas clinicamente significativas (por exemplo, défice da coordenação motora, euforia, ansiedade, sensação de lentificação do tempo, alterações do juízo crítico, isolamento social) que se desenvolvem durante ou pouco depois do uso de cannabis.
C. Dois (ou mais) dos seguinte sinais ou sintomas, que se desenvolvem no prazo de duas horas após o uso de cannabis:
1. Conjuntivite;
2. Aumento do apetite;
3. Boca seca;
4. Taquicardia
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar se: com alterações da perceção

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21
Q

Abstinência de cannabis - Diagnóstico

A

A. Cessação do uso de cannabis que tem sido pesado e prolongado (i.e., uso diário ou quase diário por um período de pelo menos alguns meses)
B. Três (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas desenvolveram-se aproximadamente após uma semana do critério A
1. Irritabilidade, raiva ou agressão
2. Nervosismo ou ansiedade
3. Dificuldades no sono (p.ex., insónia ou sonhos perturbadores)
4. Diminuição ou perda do apetite ou perda de peso
5. Inquietação
6. Humor deprimido
7. Pelo menos um dos seguintes sintomas físicos causa desconforto significativo: dor abdominal, tremores, sudorese, febre, calafrios, ou cefaleias.
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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22
Q

Perturbações relacionadas com alucinogénios - Perturbações

A

Tabela (6)

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23
Q

Perturbação do uso de Fenciclidina - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de fenciclidina (ou outra substância farmacologicamente semelhante) que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. A fenciclidina é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de fenciclidina
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção e fenciclidina , uso de fenciclidina ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar fenciclidina
5. Uso de fenciclidina recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de fenciclidina continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do fenciclidina
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de fenciclidina
8. Uso recorrente de fenciclidina em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do fenciclidina é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo fenciclidina
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de fenciclidina para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de fenciclidina
Nota: os sintomas e sinais de abstinência de fenciclidina não estão estabelecidos e por isso o critério não se aplica
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida(mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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24
Q

Perturbação do uso de outros alucinogénios - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de alucinogénio (que não fenciclidina) que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. O alucinogénio é com frequência consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de alucinogénios
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de alucinogénios, uso de alucinogénio ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar alucinogénios
5. Uso recorrente de alucinogénios resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso alucinogénios continuado apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou agravados pelo efeito do alucinógeno
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de alucinogénio
8. Uso de alucinogénio recorrente em situações em que é fisicamente perigoso
9. Uso do Alucinogénio é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos alucinogénios
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de alucinogénios para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de alucinogénios
Nota: os sintomas e sinais de abstinência de alucinógenos não estão estabelecidos e por isso o critério não se aplica
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida(mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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25
Q

Intoxicação por fenciclidina - diagnóstico

A

A. Uso recente de fenciclidina (ou substância relacionada)
B. Alterações comportamentais problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, beligerância, agressividade, impulsividade, imprevisibilidade, agitação psicomotora, compromisso do juízo crítico) que se desenvolveram durante ou logo ou pouco depois do uso da fenciclidina.
C. Em 1 hora 2 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: Nota: Quando a droga é fumada, “snifada” ou usada por via endovenosa, o início pode ser particularmente rápido.
1. nistagmo vertical ou horizontal;
2. hipertensão ou taquicardia;
3. entorpecimento ou diminuição da resposta à dor;
4. ataxia;
5. disartria;
6. rigidez muscular;
7. convulsões ou coma;
8. hipercusia (hipersensibilidade auditiva)
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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26
Q

Intoxicação por outros alucinogénios - Diagnóstico

A

A. Uso recente de um alucinogénio (que não fenciclidina)
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, ansiedade ou depressão acentuadas, ideias de referência, medo de perder a cabeça, ideação paranoide, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois do uso o de alucinogénios.
C. Alterações da percepção que ocorrem em estados de vigília e alerta (por exemplo, intensificação subjectiva das perceções, despersonalização, desrealização, ilusões, alucinações, sinestesias), que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois do uso de alucinogénios.
D. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvem-se durante ou pouco tempo depois do uso de alucinogénios:
1. dilatação pupilar;
2. Taquicardia;
3. Sudação;
4. Palpitações;
5. Visão turva;
6. Tremores;
7. Descoordenação
E. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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27
Q

Perturbação de perceção persistente por alucinogénios - Diagnóstico

A

A. Depois da cessação do uso de alucinogénios, a reexperiência de um ou mais dos sintomas percetivos experimentados durante a intoxicação com alucinogénio (por exemplo, alucinações geométricas, falsas perceções de movimento em campos visuais periféricos, flashes de cor, cores intensificadas, trilhos de imagens de objetos em movimento, imagens residuais, halos à volta de objetos, macropsia, micropsia)
B. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras área importantes do funcionamento.
C. Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, ou alucinação hipnopômpica

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28
Q

Perturbação relacionada com inalantes - Perturbações

A

Tabela (8)

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29
Q

Perturbação do uso de inalantes - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de substância inalante à base de hidricarbonetos que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. a substância inalante é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso da substância inalante
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção da substância inalante, uso da substância inalante ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar a substância inalante
5. Uso da substância inalante recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado da substância inalante apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou exacerbados pelos efeitos do seu uso
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao da substância inalante
8. Uso recorrente da substância inalante em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso da substância inalante é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pela substância
10. Tolerância, definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade marcada de quantidades crescentes substância inalante para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de substância inalante
Especificar o inalante particular quando possível
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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30
Q

Intoxicação por inalantes - Diagnóstico

A

A. Exposição recente, intencional ou não intencional e de curta duração a doses elevadas de substâncias inalantes, incluindo hidrocarbonetos voláteis como tolueno e gasolina
B. Alterações problemáticas e clinicamente significativas comportamentais ou psicológicas (por exemplo, beligerância, agressividade, apatia, compromisso do juízo crítico), que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois da exposição a inalantes
C. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas desenvolvem-se durante ou pouco tempo depois do uso ou exposição a inalante:
1. Tonturas;
2. Nistagmo;
3. Descoordenação;
4. Discurso arrastado;
5. Marcha instável;
6. Letargia;
7. Diminuição dos reflexos;
8. Lentificação psicomotora;
9. Tremor;
10. Fraqueza muscular generalizada;
11. Visão turva ou diplopia;
12. Estupor ou coma;
13. Euforia
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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31
Q

Perturbações relacionadas com opioides - Perturbações

A

Tabela (9)

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32
Q

Perturbação do uso de opioides - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de opioides que conduz a mal- estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. Os opioides são muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de opioides
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de opioides, uso de opioides ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar opioides
5. Uso de opioides recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de opioides apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos dos opioides
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de opioides
8. Uso recorrente de opioides em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do opioide é continuado apesar de saber ter um problema, físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos opioides
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de opioides para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de opioide
Nota: este critério não se considera preenchido nos indivíduos que tomam opioides exclusivamente sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica dos opioides. (consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de Opioides)
b. O opioide (ou outra substância intimamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não se considera preenchido nos indivíduos que tomam opioides exclusivamente sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se; Em terapia de manutenção (e.g., metadona)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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33
Q

Intoxicação por opioides - Diagnóstico

A

A. Uso recente de opioides
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, euforia inicial seguida de apatia, disforia, agitação ou lentificação psicomotora, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou logo após a utilização da substância.
C. Constrição pupilar (ou dilatação pupilar devido à anóxia de overdose grave) e um (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolveram durante ou pouco depois do uso de opioides: 1. sonolência ou coma; 2. discurso pouco claro; 3. défices de atenção ou memória
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar se: Com alterações de perceção

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34
Q

Abstinência de opioides - Diagnóstico

A

A. Presença de qualquer um dos seguintes:
1. Cessação (ou redução) do uso de opioides que foi intenso e prolongado de opiáceos (i.e., várias semanas ou mais)
2. Administração de um antagonista opioide depois de um período de uso de opioides
B. Três (ou mais) dos seguintes sintomas que se desenvolvem em minutos a vários dias após a utilização da substância:
1. humor disfórico;
2. náuseas ou vómitos;
3. dores musculares;
4. lacrimejo ou rinorreia;
5. dilatação pupilar, piloerecção ou sudorese;
6. Diarreia;
7. Bocejo;
8. Febre;
9. insónia
C. Os sinais ou sintomas do critério B causam mal-estar ou défices social, profissional ou noutras área importantes.
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância

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35
Q

Perturbações relacionadas com sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos - Perturbações

A

Tabela (10)

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36
Q

Perturbação do Uso de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico

A

A. Padrão problemático de uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos dois dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. Os sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos são frequentemente consumido em quantidades maiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos de diminuir ou controlar o uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção, uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.
5. Uso recorrente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou agravados pelo efeito dos sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
8. Uso recorrente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos em situações sem que é fisicamente perigoso
9. O uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos é continuado apesar de saber que se tem um problema físico ou psicológico recorrente que provavelmente foi causado ou exacerbado por sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
10. . Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apenas sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Um síndrome de abstinência característica do sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos)
b. Os sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos (ou uma substância estreitamente relacionada) são consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apenas sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão sustentada
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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37
Q

Intoxicação por Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico

A

A. Uso recente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
B. Alterações comportamentais e psicológicas desadaptativos clinicamente significativas (por exemplo, comportamento sexual ou agressivo inapropriado, labilidade do humor, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou pouco depois do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
C. Um (ou mais) dos seguintes sinais desenvolvem-se durante ou depois do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos:
1. discurso arrastado;
2. Descoordenação;
3. marcha instável;
4. Nistagmo;
5. Défice cognitivo (e.g., atenção ou memória);
6. estupor ou coma
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância

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38
Q

Abstinência de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico

A

A. Cessação (ou redução) do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos que tem sido prolongado.
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolvem dentro de várias horas até 5 dias depois da cessação (ou redução) do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos descrita no Critério A:
1. hiperatividade autonómica;
2. tremor das mãos;
3. Insónia;
4. náuseas ou vómitos;
5. alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas, transitórias;
6. agitação psicomotora;
7. Ansiedade;
8. convulsões de grande-mal
C. Os sinais ou sintomas do Critério B podem causar mal-estar clinicamente significativo ou défices social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Especificar se: Com alterações da perceção

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39
Q

Perturbações Relacionadas com Estimulantes - Pertrubações

A

Tabela (12)

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40
Q

Perturbação do Uso de Estimulantes - Diagnóstico

A

A. Padrão de uso de substâncias tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulantes que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
1. O estimulante é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos para diminuir ou controlar o uso de estimulantes
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de estimulantes, uso do estimulante ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso pelo uso de estimulantes
5. Uso recorrente de estimulante resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de estimulantes apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos de estimulantes
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de estimulantes
8. Uso recorrente de estimulantes em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso estimulantes é continuado apesar de saber ter um problema, físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos estimulantes
10. Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de estimulantes para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de estimulantes
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam estimulantes apenas sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Um síndrome de abstinência característica estimulantes. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de estimulantes)
b. Os estimulantes (ou uma substância estreitamente relacionada) são consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam estimulantes apenas sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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41
Q

Intoxicação por Estimulantes - Diagnóstico

A

A. Uso recente de substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, euforia ou embotamento afetivo; hipervigilância; sensibilidade interpessoal; ansiedade; tensão ou raiva; comportamentos estereotipados; compromisso do juízo crítico), que se desenvolveram durante ou pouco depois do uso de estimulantes
C. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que desenvolveram durante ou ou pouco depois do uso de estimulantes:
1. taquicardia ou bradicardia;
2. dilatação pupilar
3. tensão arterial aumentada ou diminuída
4. sudação ou calafrios
5. náuseas ou vómitos
6. evidência de perda de peso
7. agitação ou lentificação psicomotora
8. fraqueza muscular, depressão respiratória, dor torácica ou arritmias cardíacas
9. confusão, convulsões, discinesias, distonias ou coma
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar o intoxicante: anfetamina, cocaína ou outro estimulantes
Especificar se: com alterações da perceção

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42
Q

Abstinência de Estimulantes - Diagnóstico

A

A. Cessação (ou redução) do uso prolongado de substâncias tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante
B. Humor disfórico e 2 (ou mais) das alterações fisiológicas seguintes que se desenvolvem algumas horas a vários dias depois do Critério A:
1. Fadiga
2. Pesadelos vívidos e desagradáveis
3. Insónia ou hipersónia
4. Aumento do apetite
5. Lentificação ou agitação psicomotora
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Especificar a substância específica que causa o síndrome de abstinência

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43
Q

Perturbações Relacionadas com o Tabaco - Perturbações

A

Tabela (13)

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44
Q

Perturbação do Uso do Tabaco - Diagnóstico

A

A. Um padrão problemático de uso de tabaco que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
1. O tabaco é muitas vezes consumido em quantidades maiores ou durante mais tempo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos de diminuir ou controlar o uso de tabaco
3. É despendida grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de tabaco ou uso de tabaco
4. Craving, ou um forte desejo ou impulso pelo uso de tabaco
5. Uso recorrente de tabaco resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de tabaco apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistente ou recorrentes, causados ou exacerbados pelo efeitos do tabaco
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de tabaco
8. Uso recorrente de tabaco em situações sem que é fisicamente perigoso (e.g., fumar na cama)
9. Uso do tabaco é continuado apesar de saber ter um problema físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente é causado ou exacerbado pelo tabaco
10. Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de tabaco para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de tabaco
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica do tabaco. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de tabaco)
b. O tabaco (ou uma substância estreitamente relacionada, tal como nicotina) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se: sob terapia de manutenção
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas

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45
Q

Abstinência de Tabaco - Diagnóstico

A

A. Uso diário de tabaco por pelo menos várias semanas
B. Cessação abrupta do uso, ou redução da quantidade de tabaco usada, seguida nas 24 horas subsequentes por 4 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:
1. Irritabilidade, frustração ou raiva
2. Ansiedade
3. Dificuldade de concentração
4. Aumento de apetite
5. Inquietação
6. Humor deprimido
7. Insónia
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são melhor explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância

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46
Q

Perturbações Não Relacionadas com Substâncias: Jogo Patológico - Diagnóstico

A

A. Comportamento problemático persistente e recorrente, em relação ao jogo que conduz a mal-estar e défices clinicamente significativos, tal como indicado pela exibição pelo de 4 (ou mais) dos seguintes critérios durante um período de 12 meses:
1. Necessidade de jogar com quantias de dinheiro crescentes de modo a atingir a excitação desejada
2. Inquietação ou irritabilidade quando tenta reduzir ou parar de jogar
3. Esforços mal sucedidos de controlar, reduzir ou parar de jogar
4. Preocupação frequente com o jogo (p. Ex., pensamentos persistentes de reviver experiências prévias com o jogo, desvantagens ou planeamento dos próximos jogos, pensar em formas de obter dinheiro para jogar)
5. Jogo frequente quando se sente angustiado (sentimento de desespero, culpabilidade, ansiedade, depressão)
6. Após perdas de dinheiro no jogo, regressa muitas vezes noutro dia para as recuperar (resgate das próprias perdas)
7. Mentir para dissimular a extensão de envolvimento com o jogo
8. Prejudicou ou perdeu ma relações significativas, emprego, ou oportunidades de carreira ou académicas devido ao jogo
9. Depende de terceiros para obter dinheiro para aliviar situações financeiras desesperadas causadas pelo jogo
B. O jogo não é mais bem explicado por um episódio maníaco
Especificar se: episódico ou persistente
Especificar se: em remissão precoce, remissão mantida
Especificar gravidade atual: ligeira 4-5 critérios; moderada, 6-7, grave 8-9

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47
Q

Perturbações alimentares - DSM-IV

A

DSM-IV – Perturbações do comportamento alimentar
* Anorexia nervosa: Recusa em manter um peso corporal mínimo
* Bulimia nervosa:
o Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva (voracidade)
o Comportamentos compensatórios inapropriados (o vómito, uso de laxantes e diuréticos, exercício físico excessivo ou jejum)
* Autoavaliação associada ao peso e forma corporal / Distorção da imagem corporal e peso comum a ambas
* PCA-SOE
* (Perturbações da Alimentação da primeira infância)

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48
Q

Perturbações alimentares - DSM-5

A

DSM-5 - Perturbações alimentares e da alimentação
Tabela (15)

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49
Q

Anorexia (AN) e Bulimia (BN) - Informações

A

Anorexia (AN) e Bulimia (BN)
AN e BN são duas perturbações unidas pela mesma psicopatologia central
Pacientes sobrevalorizam o seu peso e forma corporal
A maioria de nós avalia-se com base em vários domínios – e.g.. Relações, trabalho, família, desporto, etc.
Pacientes com AN e BN julgam-se maioritariamente ou exclusivamente com base no peso, forma corporal e seu controlo
As outras características parecem ser secundárias a esta psicopatologia e suas consequências
AN busca determinada de perda de peso, que sendo bem sucedido, ao ponto de este comportamento não é considerado problemático. Pacientes tendem a ver o peso baixo como uma vitória e não uma doença
BN tentativas semelhantes de perda de peso são boicotadas por frequentes episódios de ingestão incontrolada. Pacientes por vezes descrevem-se como anoréticos falhados

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50
Q

BED E OSFED (Binge Eating Disorder e Other Specific Eating Disorders) - Informações

A

BED E OSFED (Binge Eating Disorder e Other Specific Eating Disorders)
BED partilha com a BN os episódios de ingestão não controlada, mas as outras características não parecem estar presentes
EDNOS (Eating Disorder Not Otherwise Specified): categoria residual do DSM-IV que representa cerca de 50% dos casos em contextos clínicos
EDNOS –> OSFED no DSM-5

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51
Q

Anorexia Nervosa - Diagnóstico

A

A. Restrição do consumo energético relativamente às necessidades, conduzindo a um peso significativamente baixo para a idade, sexo, trajetória de desenvolvimento e saúde física. O peso significativamente baixo é definido como um peso corporal abaixo do nível mínimo normal, ou para crianças e adolescentes abaixo do peso mínimo esperado.
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamentos persistentes que interfere com o ganho de peso, mesmo quando tem um peso significativamente baixo
C. Perturbação na própria apreciação do peso ou forma corporal, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação, ou ausência de reconhecimento persistente da gravidade do peso baixo atual.
Especificar:
* Tipo restritivo: Nos últimos 3 meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de ingestão compulsiva ou comportamentos purgativos (i.e., vómito autoinduzido ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Este subtipo descreve apresentações em que a perda de peso é conseguida através de jejum, dieta e/ou exercício excessivo
* Tipo ingestão compulsiva/purga: Durante os últimos 3 meses o indivíduo envolveu-se em episódios recorrentes de ingestão compulsiva ou comportamentos purgativos (i.e., vómito autoinduzido ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas).
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual (em crianças deve usar-se percentis de BMI):
* Ligeira: IMC ≥17 kg/m2
* Moderada: IMC 16-16.99 kg/m2
* Grave: IMC 15-15.99 kg/m2
* Extrema: IMC ≤ 15 kg/m2

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52
Q

Bulimia nervosa - Diagnóstico

A

A. Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva. Um episódio é caracterizado pelos dois seguintes critérios:
1. Comer, num período curto de tempo (por exemplo, num período até 2 horas), uma quantidade de alimentos que é sem dúvida superior à que a maioria dos indivíduos comeria num período de tempo semelhante e nas mesmas circunstâncias
2. Sensação de perda de controlo sobre o ato de comer durante o episódio (por exemplo, sentimento de incapacidade para parar de comer ou controlar a quantidade e qualidade dos alimentos).
B. Comportamento compensatório inapropriado recorrentes para prevenir o ganho ponderal, tal como indução de vómito; mau uso de laxantes, diuréticos, enemas ou outros medicamentos; jejum; ou exercício físico excessivo.
C. A ingestão compulsiva de alimentos e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem ambos, em média, pelo menos 1 vez por semana durante um período de 3 meses.
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pelo peso e forma corporais.
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante os episódios de Anorexia Nervosa
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual: Ligeira: em média 1-3 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Moderada: em média 4-7 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Grave: em média 8-13 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Extrema: em média 14 ou mais episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana

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53
Q

Perturbações Alimentares - Especificadores de tipo do DSM-IV desapareceram no DSM5

A

Especificadores de tipo do DSM-IV desapareceram no DSM5:
* Tipo Purgativo: durante o episódio atual de Bulimia Nervosa a pessoa induz regularmente o vómito ou abusa de laxantes, diuréticos ou enemas.
* Tipo Não Purgativo: durante o episódio atual de Bulimia Nervosa a pessoa usa outros comportamentos compensatórios inapropriados, tais como jejum ou exercício físico excessivo, mas não induz o vómito nem abusa de laxantes, diuréticos e enemas.

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54
Q

Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva - Diagnóstico

A

A. Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva. Um episódio é caracterizado pelos 2 critérios seguintes : – 1. Comer, num período curto de tempo (por exemplo, num período até 2 horas), uma quantidade de alimentos que é sem dúvida superior à que a maioria dos indivíduos comeria num período de tempo semelhante e nas mesmas circunstâncias – 2. Sensação de perda de controlo sobre o ato de comer durante o episódio (por exemplo, sentimento de incapacidade para parar de comer ou controlar a quantidade e qualidade dos alimentos).
B. Os episódios de ingestão compulsiva associam-se a 3 (ou mais) dos seguintes sintomas: – 1. Ingestão muito mais rápida que o habitual – 2. Comer até se sentir desagradavelmente cheio; – 3. Ingestão de grandes quantidades de comida apesar de não sentir fome; – 4. Comer sozinho por se sentir envergonhado pela sua voracidade; – 5. Sentir-se desgostoso consigo próprio, deprimido ou com grande culpabilidade depois da ingestão compulsiva.
C. Mal estar marcado ao recordar as ingestões alimentares compulsivas
D. As ingestões alimentares compulsivas têm lugar, em média, pelo menos 1 vez por semana durantes 3 meses.
E. A ingestão alimentar compulsiva não se associa ao uso regular de comportamentos compensatórios inapropriados como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante a evolução de bulimia nervosa ou anorexia nervosa.
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual: Ligeira: em média 1-3 episódios de ingestão compulsiva por semana; Moderada: em média 4-7 episódios de ingestão compulsiva por semana; Grave: em média 8-13 episódios de ingestão compulsiva por semana; Extrema: em média 14 ou mais episódios de ingestão compulsiva por semana

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55
Q

Outras perturbações alimentares e da alimentação específicas

A

Anorexia atípica: Todos os critérios de anorexia exceto o peso que se encontra nos valores normais
Bulimia Nervosa (de baixa frequência e/ou duração limitada): Todos os critérios de bulimia nervosa exceto que os episódios de ingestão alimentar compulsiva e comportamentos compensatórios ocorrem, em média, menos de 1 vez por semana e/ou há menos de 3 meses
Perturbação de ingestão compulsiva (de baixa frequência e/ou duração limitada): Todos os critérios de Perturbação de ingestão compulsiva exceto que os episódios de ingestão alimentar compulsiva ocorrem, em média, menos de 1 vez por semana e/ou há menos de 3 meses
Perturbação purgativa: Uso recorrente de comportamentos purgativos para influenciar o peso ou forma corporal, na ausência de ingestão compulsiva.
Síndrome de ingestão noturna: Episódios recorrentes de alimentação noturna, tal como manifestado por comer depois de despertar de um sono, ou por ingestão excessiva depois da refeição noturna. Existe consciência e memória de ter comido. O síndrome de ingestão noturna não é melhor explicado por influências externas como alteração no ciclo de sono vigília individual ou por normas sociais locais. A ingestão noturna causa perturbação significativa ou comprometimento no funcionamento. A perturbação não é melhor explicada por perturbação de ingestão compulsiva, ou outra perturbação mental ou ao efeito de uma medicação

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56
Q

Perturbações alimentares - Aspetos Importantes

A
  • Definir ingestão excessiva e episódios bulímicos
  • Preocupação com o peso
  • Preocupação com a forma
  • Peso baixo e IMC
    Tabela (17)
    Ver preocupação com o peso (17)
    Ver preocupação com a forma (17/18)
    Ver escala de cotação (18)
    Ver IMC (18)
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57
Q

Sinais de Anorexia Nervosa

A

Ver tabela (18)

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58
Q

Problemas médicos e físicos associados com AN

A

Ver tabela (18)

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59
Q

Sinais de Bulimia Nervosa

A

Ver Tabela (18)

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60
Q

AN e BN - Formulação de CC

A

Em ambas as PA , os clientes procuram a magreza e a perda de peso. O ganho de peso e a gordura percebida são ativamente evitadas
No centro destas perturbações existe uma tendência para julgar o valor próprio quase, ou mesmo, exclusivamente em termos do que se come, forma, peso corporal e o controlo destas dimensões
Em vez, de o fazer a partir de outras fontes: e.g. relações interpessoais, trabalho, família, desporto, capacidades artísticas, etc.
Uma das distorções cognitivas mais frequentes é a baixa autoestima e o perfeccionismo
Ver imagens (19)

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61
Q

Pica - Diagnóstico

A

A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, por um período de pelo menos 1 mês
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao nível de desenvolvimento
C. O comportamento alimentar não faz parte de práticas sancionadas culturalmente
D. Se o comportamento alimentar ocorrer exclusivamente durante a evolução de outra perturbação mental (e.g., perturbação intelectual, perturbação do espectro autista, esquizofrenia), ou estado físico geral, incluindo gravidez, é suficientemente grave para requerer atenção clínica adicional.

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62
Q

Mericismo (Perturbação de ruminação) - Diagnóstico

A

A. Regurgitação repetida de alimentos durante um período de pelo menos 1 mês. Os alimentos regurgitados pode ser novamente mastigados, engolidos ou cuspidos.
B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma doença gastrointestinal associada ou outra condição médica (e.g., refluxo esofágico)
C. O A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de AN, BN, BED, ou perturbação de ingestão alimentar evitante/restritiva.
D. Se os sintomas acontecem no contexto de outra perturbação mental (e.g., perturbação intelectual, ou outra perturbação do neurodesenvolvimento), é suficientemente grave para requerer atenção clínica adicional.

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63
Q

Perturbação de ingestão alimentar evitante/restritiva - Diagnóstico

A

A. Alteração da ingestão ou alimentação (e.g., aparente falta de interesse em se alimentar ou na comida; evitamento baseado nas características sensoriais dos alimentos, preocupação sobre as consequências aversivas da alimentação) manifestada por incapacidade persistente de atingir as necessidades nutricionais e/ou energéticas associadas a 1 (ou mais) dos seguintes:
1. Perda de peso significativa
2. Deficiência nutricional significativa
3. dependência de alimentação entérica ou suplementos nutricionais orais
4. interferência marcada no funcionamento psicossocial
B. A perturbação não é mais bem explicada por falta de alimentos ou por prática culturalmente aceite
C. O A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de AN ou BN e não há evidência de uma perturbação no modo como o peso e a forma corporal do indivíduo são experienciados
D. A perturbação não é atribuível a um condição médica nem é mais bem explicada por outra perturbação mental. Quando a perturbação alimentar ocorre durante a evolução de outra condição ou perturbação, a gravidade da perturbação alimentar excede aquela habitualmente associada à condição ou perturbação e é suficiente para merecer uma atenção clínica adicional.

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64
Q

Perturbações do Sono-Vigília - Informação clínica relevante

A

Tabela (20)

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65
Q

Perturbações do Sono-Vigília - Perturbações DSM-IV

A

Dissónias (anomalias na quantidade, qualidade ou horário do sono) - Ver Tabela (20)
Parassónias (Eventos comportamentais ou fisiológicos anormais ocorrendo em associação com o sono) - Ver Tabela (20)

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66
Q

Perturbações do Sono-Vigília - Perturbações DSM5

A

Ver Tabela (20)

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67
Q

Perturbação de insónia - Diagnóstico

A

A. Uma queixa predominante de insatisfação com a qualidade ou quantidade do sono associada a 1 (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Dificuldade em iniciar o sono (em crianças, pode manifestar-se como dificuldade em iniciar o sono sem a intervenção do cuidador).
2. Dificuldade em manter o sono, caracterizada por despertares frequentes ou problemas em voltar a adormecer depois de despertar
3. Despertar precoce com incapacidade de voltar a adormecer
B. A perturbação de sono provoca mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional, educacional, académico, comportamental ou noutras áreas importantes do funcionamento.
C. A dificuldade de sono ocorre pelo menos em 3 noites por semana
D. A dificuldade de sono está presente há pelo menos 3 meses
E. A dificuldade de sono ocorre apesar de oportunidade adequada para dormir
F. A insónia não é mais bem explicada e não ocorre exclusivamente durante o curso de outras perturbações do sono-vigília (e.g., narcolepsia, perturbação do sono relacionada com a respiração, perturbação do ritmo circadiano do sono- vigília ou de uma parassónias)
G. A insónia não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (e.g., droga de abuso ou medicamento)
H. Perturbações mentais e condições médicas coexistentes não explicam adequadamente a queixa predominante de insónia

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68
Q

Perturbação de hipersonolência - Diagnóstico

A

A. O doente refere sonolência excessiva (hipersonolência) apesar de um período de sono principal de pelo menos 7 horas, com pelo menos 1 dos seguintes sintomas:
1. Períodos de sono recorrentes ou episódios de sono ao longo do mesmo dia;
2. Um episódio principal de sono prolongado superior a 9 horas por dia que não é reparador (i.e., o indivíduo não se sente refrescado)
3. Dificuldade em manter-se completamente acordado após um despertar abrupto
B. A hipersonolência ocorre pelo menos 3 vezes por semana, por pelo menos 3 meses
C. A hipersonolência é acompanhada por mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional, educacional, académico, comportamental ou noutras áreas importantes do funcionamento.
D. A hipersonolência não é mais bem explicada pelo, e não ocorre exclusivamente durante, o curso de outra perturbação do sono (e.g., narcolepsia, perturbação do sono relacionada com a respiração, perturbação do ritmo circadiano do sono-vigília ou de uma parassónia)
E. A hipersonolência não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (e.g., droga de abuso ou medicamento)
F. Perturbações mentais e condições médicas coexistentes não explicam adequadamente a queixa predominante de hipersonolência

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69
Q

Narcolepsia - Diagnóstico

A

A. Períodos recorrentes de necessidade irreprimível de dormir, de cair no sono, ou fazer sestas que ocorrem ao longo do mesmo dia. Estes devem ter ocorrido pelo menos 3 vezes por semana durantes os últimos 3 meses.
B. Presença de pelo menos 1 dos seguintes:
1. Episódios de cataplexia, definida como (a) ou (b), que ocorrem pelo menos algumas vezes por mês:
a) Nos indivíduos com doença de longa duração, breves (segundos a minutos) episódios de perda súbita bilateral do tónus muscular, com manutenção da consciência, que são precipitados pelo riso ou divertimento
b) Em crianças ou em indivíduos no espaço de 6 meses após a apresentação episódios de caretas espontâneas ou abrir a boca com deglutição atípica, ou uma hipotonia global, sem quaisquer desencadeadores emocionais óbvios
2. Deficiência de hipocreatina (orexina)
3. Polissonografia do sono noturno mostrando latência do sono REM menor ou igual a 15 minutos …

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70
Q

Perturbações do Sono relacionadas com a respiração

A

Apneia-hipopneia obstrutiva do sono: Caracterizada por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores (faringe)- apneias e hipopneias – durante o sono
Apneia do sono central: Caracterizada por episódios repetidos de apneias e hipopneias durante o sono resultantes de variabilidade do esforço respiratório
Hipoventilação relacionada com o sono: Episódios de respiração decrescida com elevação de CO2

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71
Q

Perturbações do ritmo circadiano de sono-vigília

A

Alteração do sistema circadiano ou desajuste entre o horário de sono-vigília exigido pelo ambiente e o padrão circadiano de sono vigília do indivíduo
Tipo de atraso de fase do sono: Atraso de mais de duas horas em relação à hora desejada de sono e acordar
Tipo avanço da fase do sono: Padrão adiantado várias horas do desejado ou convencional
Tipo sono-vigília irregular
Tipo sono vigília não de 24-horas: Sincronização anormal entre ritmo circadiano interno e o ciclo de 24 horas de luz-escuridão
Tipo trabalho por turnos
Perturbação de ativação não- REM: Sonambolismo ou terrores noturnos
Perturbação de pesadelo
Perturbação do comportamento no sono REM: Vocalizações ou comportamentos motores complexos durante o sono REM
Perturbação de pernas irrequietas: Necessidade de mexer as pernas acompanhada de desconforto.

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72
Q

Perturbações de sintomas somáticos e perturbações relacionadas - Informações

A

As perturbações deste grupo partilham a proeminência dos sintomas somáticos associados a mal-estar e comprometimento significativos
Corresponde à reorganização das Perturbações Somatoformes do DSM-IV
O diagnóstico é feito com base na presença de sintomas e sinais (sintomas físicos mais pensamentos, sentimentos ou comportamentos anormais em resposta a esses sintomas) e não com base na ausência de explicação médica para os sintomas (como no DSM-IV)
A característica distintiva não são os sintomas somático por si, mas o modo como o indivíduo os apresenta e reage a estes

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73
Q

Perturbações de sintomas somáticos e perturbações relacionadas - Perturbações

A

Tabela (22)

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74
Q

Perturbações de sintomas somáticos e perturbações relacionadas - Perturbações somatoformes (DSM-IV)

A

Perturbações em que os sintomas físicos ou preocupações acerca de uma doença não podem ser melhor explicados por uma condição médica ou perturbação psicológica
Definidas por sintomas físicos que se crê estarem relacionados com causa psicológicas
Seis perturbações distintas:
Ver Tabela (22)

75
Q

Perturbação de sintomas somáticos - Diagnóstico

A

A. Um ou mais sintomas somáticos geradores de mal-estar ou que resultam em disrupção significativa da vida diária
B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados com os sintomas somáticos ou associados a preocupações de saúde manifestados por pelo menos 1 dos seguintes:
1. Pensamentos desproporcionados e persistentes acerca da gravidade dos próprios sintomas
2. Níveis elevados de ansiedade persistente elevados relacionados com a própria saúde ou com os sintomas
3. Consumo de tempo ou energia excessivos dedicados a estes sintomas ou preocupações de saúde
C. Apesar de qualquer um dos sintomas somáticos poder não estar continuamente presente, o estado de estar sintomático é persistente (tipicamente mais de 6 meses)
Especificar se: Com dor predominante; Persistente
Especificar gravidade atual: Ligeira: Um dos sintomas de B está presente; Moderado: Dois ou mais dos sintomas de B estão presentes; Grave: Dois ou mais dos sintomas de B estão presentes, e existem várias queixas somáticas (ou um sintoma somático muito grave)

76
Q

Perturbação de ansiedade de doença - Diagnóstico

A

A. Preocupação de ter ou vir a ter uma doença grave.
B. Ausência de sintomas somáticos, ou se presentes apenas com intensidade ligeira. Se outra condição médica está presente ou existe um risco elevado de desenvolver uma condição médica (e.g., presença de antecedentes familiares relevantes) a preocupação é claramente excessiva ou desproporcional
C. Nível elevado de ansiedade relacionado com a saúde, ficando o indivíduo facilmente alarmado pela sua condição de saúde
D. O individuo apresenta comportamentos excessivos relacionados com a saúde (e.g., verificação repetida do próprio corpo à procura de sinais de doença) ou evitamento desadaptativos (e.g., evita consultas médicas ou hospitais)
E. A preocupação com a doença está presente há pelo menos 6 meses, podendo a doença específica temida mudar ao longo desse período de tempo
F. A preocupação relacionada com a doença não é mais bem explicada por outra perturbação mental, tal como perturbação de sintomas somáticos, perturbação de pânico, perturbação da ansiedade generalizada, perturbação dismórfica corporal, perturbação obsessivo-compulsiva, perturbação delirante de tipo somático
Especificar se: De tipo procura de cuidado; De tipo evitamento de cuidados

77
Q

Perturbação de Conversão (Perturbação de sintomas neurológicos funcionais) - Diagnóstico

A

A. Um ou mais sintomas um ou mais sintomas de função motora ou sensorial voluntária alterada
B. Os achados clínicos proporcionam evidência de incompatibilidade entre os sintomas e as condições médicas ou neurológicas reconhecidas
C. O sintoma ou défice não é mais bem explicado por outra perturbação médica ou mental.
D. O sintoma ou défice causa mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento ou requer avaliação médica
Especificar tipo de sintoma: ver tabela (23)
Especificar se:
Com fator de stress psicológico
Sem fator de stress psicológico

78
Q

Fatores Psicológicos que Afetam Outras Condições Médicas - Diagnóstico

A

A. Presença de um sintoma ou condição médica (que não uma perturbação mental) está presente
B. Fatores psicológicos ou comportamentais que afetam de forma adversa a condição médica numa das seguintes maneira:
1. os fatores influenciaram o curso da condição médica tal como mostrado pela associação temporal entre os fatores psicológicos e o desenvolvimento ou exacerbação, ou atraso na recuperação, da condição médica
2. Os fatores interferem com o tratamento da condição médica (e.g., adesão terapêutica pobre)
3. Os fatores constituem riscos de saúde adicionais bem estabelecidos para o indivíduo
4. os fatores influenciam a fisiopatologia subjacente, precipitando ou exacerbando sintomas ou requerendo atenção médica
C. Os fatores psicológicos e comportamentais no critério B não são mais bem explicados por outra perturbação mental (e.g., perturbação de pânico, perturbação depressiva major, perturbação de stress pós-traumático)
Especificar gravidade atual: Leve; Moderada; Grave; Extrema

79
Q

Perturbação Factícia - Perturbações

A
  • Perturbação factícia imposta no próprio
  • Perturbação factícia imposta a outro (anteriormente Perturbação factícia por procuração)
80
Q

Perturbação Factícia Imposta no Próprio - Diagnóstico

A

A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução de lesão ou doença, associada a engano identificado
B. O sujeito apresenta-se perante os outros como doente, incapacitado ou lesionado.
C. O comportamento de engano é evidente mesmo na ausência de ganhos externos óbvios.
D. O comportamento não é mais bem explicado por outra perturbação mental, tal como perturbação delirante ou outra perturbação psicótica
Especificar: Episódio único; Episódios recorrentes

81
Q

Perturbação Factícia Imposta no Outro - Diagnóstico

A

A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução de lesão ou doença noutro, associado a engano identificado
B. O indivíduo apresenta outro (vítima) perante os outros como doente, incapacitado ou lesionado.
C. O comportamento de engano é evidente mesmo na ausência de ganhos externos óbvias.
D. O comportamento não é mais bem explicado por outra perturbação mental, tal como perturbação delirante ou outra perturbação psicótica
NOTA: o perpetrador, não a vítima, recebe o diagnóstico
Especificar: Episódio único; Episódios recorrentes

82
Q

Estratégias de avaliação psicológica

A

Tabela (24)

83
Q

Entrevista clínica aspetos a considerar

A
  • Variáveis sociodemográficas
  • Alimentação: variação de peso, peso atual, IMC, atitudes face ao peso e à forma corporal
  • Dietas passadas e atuais, ingestão compulsiva, métodos compensatórios,
  • Atitudes face à comida
  • Exercício físico: tipo, frequência
  • Sintomatologia associada
84
Q

Sintomas de PCA a avaliar durante a entrevista

A

Tabela (24)

85
Q

Avaliação de PCA: Ingestão Alimentar Compulsiva (Binge) - o que ter em conta

A

Tabela (24)

86
Q

Avaliação de PCA: Métodos Purgativos

A

Tabela (24)

87
Q

Avaliação de PCA: Outros Métodos Compensatórios e Sintomas Associados

A

Tabela (24)

88
Q

Avaliação de PCA: Padrões Alimentares, Restrições e Dieta

A

Tabela (24)

89
Q

Avaliação de PCA: História de Peso

A

Tabela (24)

90
Q

Avaliação de PCA: Imagem Corporal

A

Tabela (24)

91
Q

Avaliação de PCA: Outros aspetos a incluir

A

Tabela (24)

92
Q

Avaliação de PCA: Tratamentos Anteriores

A

Tabela (25)

93
Q

Avaliação de PCA: História Médica

A

Tabela (25)

94
Q

Avaliação de PCA: História Familiar

A

Tabela (25)

95
Q

Avaliação de PCA: História Social e Desenvolvimental

A
  • Funcionamento social, académico e familiar durante a infância e a adolescência
  • Funcionamento social, académico e familiar durante idade adulta
  • História de abuso
96
Q

Avaliação de PCA: Funcionamento e Comprometimento Presente

A

Tabela (25)

97
Q

Eating Disorder Examination

A

Itens de Diagnóstico: Tabela (25)
Restrição: Tabela (25)
Preocupação Alimentar: Tabela (25)
Preocupação com o peso: Tabela (25)
Preocupação com a forma corporal: Tabela (25)

98
Q

Episódios Bulímicos EDE

A

São distinguidas quatro formas de “alimentação exagerada”. A distinção é baseada na presença ou ausência de duas características:
* perda de controlo (requisito para ambos os tipos de “episódio bulímico”)
* consumo daquilo que geralmente seria considerado uma “grande” quantidade de comida (requerida para “episódio bulímico objetivo” e “ingestão exagerada objetiva”).
Perda de Controlo
O entrevistador deve perguntar ao sujeito se experimentou um sentimento de perda de controlo sobre a alimentação em algum momento durante o episódio. Se isto é claramente descrito, “Perda de controlo” deve ser cotado como presente. De um modo semelhante, se o sujeito descreve ter-se sentido “levado” ou “compelido” a comer, “Perda de controlo” deve ser cotada como presente.
Se o sujeito relata não ter tido sentimento de perda de controlo, e ainda assim descreve não ter sido capaz de parar de comer depois de ter começado ou não ter sido capaz de evitar a ocorrência do episódio, “Perda de controlo” deve ser cotada como presente. Se os sujeitos relatam que já não tentam controlar a sua alimentação porque a ingestão exagerada é inevitável, “Perda de controlo” deve, mais uma vez, ser cotada como presente. Portanto “Perda de controlo” pode ser cotado positivamente mesmo se um episódio foi planeado (i.e., o sujeito sabia que ia comer demasiado e fez planos para isso).
Grande Quantidade de Comida
A decisão de se uma quantidade de comida foi “grande” ou não, deve também ser feita pelo entrevistador, não exige o acordo do sujeito. A noção de “grande” pode referir-se à quantidade de qualquer tipo específico de comida ingerida ou à quantidade geral de comida ingerida. A quantidade deve ser inequivocamente grande, mas não precisa de ser enorme. (Diretrizes para aquilo que é considerado “grande quantidade” são incluídas no final do guião). Ao decidir se uma quantidade é “grande”, o entrevistador deve ter em consideração o que seria habitual comer nessas circunstâncias. Isto requer algum conhecimento acerca dos hábitos alimentares do grupo social geral do sujeito, mas não necessariamente do seu grupo imediato (e.g., estudantes, mulheres de 50 anos), e de circunstâncias que tendem a influenciar a alimentação (e.g., festas como o Natal). Tudo o que foi comido no resto do dia não é tido em consideração ao fazer esta cotação, nem é considerada a velocidade com que se come, ou se o sujeito a seguir vomita a comida.
Dois Princípios
* O consumo de duas refeições completas (dada uma com dois ou mais pratos) é grande quantidade
* O consumo de três pratos principais (e.g., três BigMac) é grande quantidade.

99
Q

Episódios Bulímicos EDE: Questionários e Inventários

A
  • EDE-Q
    o Versão questionário do Eating Disorders
  • Examination
  • EDI – Eating Disorder Inventory
  • IWQOL – Impact of weight on Quality of Life
  • WCS – Weight concern scale
  • EAT / ChEAT – Eating Atitude Test (child EAT)
    Auto-registos
    Úteis para o planeamento do tratamento e para avaliação do processo terapêutico
    Exemplo: Registos alimentares; Descrição do contexto das ingestões compulsivas (locais, pensamentos, emoções, etc.)
    Diretrizes Especificas para a Monitorização
  • A primeira coluna regista a hora em que a pessoa comeu. Tente ser o mais exata possível, pois como verá isto é importante
  • A segunda coluna é para registar todas os alimentos (e líquidos) consumidos durante o dia. É importante registar logo após comer. Quando escrever os alimentos deve ser razoavelmente precisa acerca daquilo que comeu. Portanto, se comeu duas barras de chocolate em vez de escrever “chocolate”, deve escrever por exemplo “duas barras de Mars”.
  • No entanto, não deve ser tão precisa ao ponto de pesar os alimentos para os registar (como “100 g. de All Bran, quando uma pequena tigela de All Bran chega); e não deve registar o conteúdo calórico. Uma simples descrição daquilo que comeu é adequado. Uma vez que o objetivo de seguir este programa é restaurar hábitos alimentares saudáveis, é importante que indique nas suas folhas de registo quando fez uma refeição normal. Pode ser difícil determinar o que foi ou não uma refeição normal. Queremos dizer com isto uma altura em que a comida é ingerida de um modo organizado e controlado. A quantidade comida não deve influenciar a sua decisão aqui. Uma vez que tenha decidido comer alguma coisa, e o fez sem se sentir fora de controlo e de um modo normal isto pode ser considerado uma refeição. Estas alturas devem ser distinguidas de todas as outras marcando-as com parênteses ( })
  • A terceira coluna é para registar onde comeu. Mais uma vez deve ser relativamente exacta em relação a isto: é melhor dizer “na cozinha” do que “em casa”.
  • A quarta coluna, chamada E, é para registar se sentiu que comeu demasiado ou não. Isto deve ser feito colocando um asterisco (*) nesta coluna junto de qualquer alimento que na altura tenha considerado excessivo e que desejaria não ter comido. Pode ver a comida como excessiva por duas razões: primeiro, pela quantidade que comeu (e.g. três batatas quando achava que só devia comer uma); segundo, pelo tipo de alimento ingerido (e.g. uma barra de chocolate, quando acha que nunca deve comer chocolate). É importante que todos os alimentos ingeridos num episódio compulsivos sejam registados, e nesse caso, todos os alimentos têm um asterisco.
  • A quinta coluna, (chamada C para Compensação) é para registar episódios de vómito, ou tomar laxantes ou diuréticos. Se se exercita como método de compensar o facto de ter comido demais então deve registar aqui.
  • A última e sexta coluna, é para registar como se sentiu na altura em que comeu, principalmente após os episódios de ingestão exagerada, mas também a seguir às refeições e merendas planeadas. Isto pode incluir acontecimentos diários, como ter tido uma pequena discussão com um amigo ou parente. Pode ser um acontecimento relacionado especificamente com a alimentação, tal como ter sido obrigado por pressão social a comer qualquer coisa que não queria. As circunstâncias podem estar relacionadas com sentimentos de tristeza, raiva, ansiedade, aborrecimento ou frustração.
  • Estes podem estar relacionados com o seu problema alimentar, com a sua preocupação com peso ou forma corporal, ou podem estar relacionados com outros aspetos da sua vida. Se comeu demasiado, é importante que tente especificar para si própria quais foram as circunstâncias em que esse episódio ocorreu e o que estava a sentir e a pensar nessa altura. Este processo é crucial para que comece a perceber que tipo de coisas a levam a comer em excesso. Um conhecimento detalhado destes fatores é um passo importante na intervenção e resolução do seu problema alimentar. Esta coluna deve também ser usada para registar ocasiões em que se pesou (e quanto pesava). Se verificou a sua forma corporal deve registar também, para ter uma ideia da frequência com que o faz e que efeito tem.
100
Q

Disfunções Sexuais; Disfunções do Género; Perturbações Parafílicas - Alfred Kinsey

A
  • Professor de Biologia na Universidade de Indiana (dedicou-se à taxonomia mas a dada altura decidiu estudar o comportamento sexual humano)
  • Entrevistou 18.000 sujeitos
  • Sexual Behavior in the Human Male (1948)
  • Sexual Behavior in the Human Female (1953)
  • Com as suas obras/investigações impactou a sociedade americana da altura
  • Kinsey Institute
101
Q

Disfunções Sexuais; Disfunções do Género; Perturbações Parafílicas - Masters e Johnson

A
  • Masters (ginecologista) e a mulher Johnson (psicóloga)
  • Entrevistaram e registaram a atividade sexual de 700 participantes
  • Human sexual response (1966)
  • Human sexual inadequacy (1970)
102
Q

Ciclo de Resposta Sexual

A

William Masters e Virginia Johnson, em 1966, foram os primeiros investigadores a descrever o Ciclo de Resposta Sexual Humana, constituído por três fases: Excitação, Orgasmo e Resolução
Em 1979, Helen Kaplan, após criticar este Ciclo pela sua abordagem mecanicista, propõe um novo Ciclo, em que acrescenta a fase inicial, de Desejo
1. Desejo: esta fase consiste em fantasias acerca da atividade sexual e no desejo de atividade sexual
2. Excitação: consiste numa sensação subjetiva de prazer sexual, acompanhada por modificações fisiológicas correspondentes
Homens: (intumescência do pénis e ereção)
Mulher: (congestão da região pélvica, lubrificação e expansão vaginal e intumescência dos órgãos genitais externos)
3. Orgasmo: consiste num pico de prazer sexual, acompanhado da libertação de tensão sexual e da contração rítmica dos músculos do períneo e dos órgãos reprodutores
Homem: existe a sensação de que a ejaculação é inevitável, seguida pela emissão de esperma
Mulher: ocorrem contrações da parede do terço externo da vagina
Em ambos os sexos o esfíncter anal contrai-se ritmicamente
4. Resolução: consiste numa sensação generalizada de relaxamento muscular e bem-estar. Durante esta fase
Homens: encontram-se fisiologicamente refratários a nova ereção e orgasmo durante um tempo variável.
Mulheres: podem responder a estimulação adicional quase imediata
Ver imagens (28)
No ano de 2000, Rosemary Basson, propõe um novo ciclo de resposta sexual feminina, um Modelo Circular
Ver imagem (28)
Desejo sexual espontâneo vs. Desejo sexual responsivo
As diferentes fases do ciclo de resposta sexual podem sobrepor-se, e o desejo e a excitação podem coexistir e até reforçar-se mutuamente.
DSM-IV: Um capítulo que se chamava Perturbações sexuais e da identidade de género
DSM-5: Três capítulos: Disfunções sexuais, Disforia de género, Perturbações Parafílicas
Ver tabela (28)

103
Q

Disfunções Sexuais DSM-5 - Informações

A
  • As disfunções sexuais são um grupo de perturbações heterogéneo que é caracterizado por perturbação clinicamente significativa na capacidade do indivíduo responder sexualmente ou ter prazer sexual.
  • Julgamento clínico tem de ser utilizado para determinar se as dificuldades são resultado de estimulação sexual inadequada. Neste caso embora possa ser necessário intervenção não deve ser atribuído diagnóstico
  • Quando melhor explicado por outra perturbação não deve ser feito diagnóstico de disfunção sexual. Ex: Depressão
  • Os subtipos são utilizados para referir o início da dificuldade
    o Ao longo da vida: desde o início da atividade sexual
    o Adquirido: depois de um período de atividade normal ou adquirida
    o Generalizada: não se limita a determinados tipos de estimulação, situações ou companheiro sexual ou situacional
104
Q

Disfunções Sexuais DSM-5 - Aspetos a considerar no diagnóstico de disfunções sexuais

A

Fatores do parceiro (ex; problemas sexuais e/ou estado de saúde do parceiro)
Fatores da relação (ex: comunicação pobre, discrepâncias, quanto ao desejo de atividade sexual)
Fatores de vulnerabilidade individual (ex: imagem corporal fraca, história de abuso sexual ou emocional); comorbilidade (ex:depressão) ou fatores de stress (ex: desemprego, luto)
Fatores culturais ou religiosos (ex: inibições relacionadas com proibições contra a atividade sexual ou prazer; atitudes relativas à sexualidade)
Fatores médicos: relevantes para o prognóstico, curso ou tratamento

105
Q

Disfunções Sexuais - Disfunções do DSM5

A

Tabela (29)

106
Q

Ejaculação Retardada - Diagnóstico

A

A. Qualquer um dos seguintes sintomas deve ser experienciado em quase todas ou todas as ocasiões (aproximadamente 75%-100%) de atividade sexual com parceiro (em contextos situacionais identificados ou, se generalizada, em todos os contextos), e sem que o atraso seja desejado pelo indivíduo
1. Atraso marcado na ejaculação
2. Ejaculação marcadamente infrequente ou ausência de ejaculação
B. Os sintomas do critério A persistiram por uma duração mínima de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves ou de outros fatores de stress significativos e não atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual: ligeira, moderada ou grave

107
Q

Disfunção Erétil - Diagnóstico

A

A. Pelo menos 1 dos seguintes 3 sintomas deve ser experienciado em quase todas ou todas (aproximadamente 75% - 100%) as ocasiões da atividade sexual (em contextos situacionais identificadas ou, se generalizada, em todos os contextos)
1. Dificuldade marcada em atingir uma ereção durante a atividade sexual
2. Dificuldade marcada em manter uma ereção até completar a atividade sexual
3. Diminuição marcada da rigidez da ereção
B. Os sintomas do critério A persistiram por um período mínimo de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual ligeira, moderada ou grave

108
Q

Perturbação do Orgasmo Feminino - Diagnóstico

A

A. Presença de 1 dos seguintes sintomas experienciado em quase todas ou todas (aproximadamente 75%-100%) as ocasiões de atividade sexual (em contextos situacionais identificados ou se generalizada em todos os contextos)
1. Atraso marcado, marcada infrequência ou ausência de orgasmo
2. Redução marcada da intensidade das sensações orgásmicas
B. Os sintomas do critério A persistiram por um período mínimo de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves (por exemplo, violência do parceiro) ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido, generalizado ou situacional, gravidade atual ligeira, moderada ou grave

109
Q

Perturbação do interesse / excitação sexual feminino - Diagnóstico

A

A. Ausência ou redução significativa, do interesse/excitação sexual, manifestadas por pelo menos 3
1. Ausência / redução do interesse na atividade sexual
2. Ausência / redução de pensamentos sexuais / eróticos ou de fantasias
3. Ausência / redução da iniciativa para a atividade sexual e tipicamente não recetiva às tentativas do parceiro para iniciar atividade sexual
4. Ausência / redução da excitação / prazer sexual durante a atividade sexual em quase todas ou todos (aproximadamente 75%-100%) os encontros sexuais ( em contextos situacionais identificadas ou se generalizada em todos os contextos)
5. Ausência / redução do interesse / excitação sexual em resposta a quaisquer estímulos sexuais / eróticos internos ou externos (ex: escritos, verbais, visuais)
6. Ausência / redução das sensações genitais ou não - genitais durante a atividade sexual em quase todos ou todos (aproximadamente 75%-100%) os encontros sexuais (em contextos situacionais identificadas ou se generalizada em todos os contextos)
B. Os sintomas do critério A persistiram por um período mínimo de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves (por exemplo, violência do parceiro) ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual ligeira, moderada ou grave

110
Q

Perturbação de dor Genito-Pélvica/ Penetração - Diagnóstico

A

A. Dificuldades persistentes ou recorrentes com 1 (ou mais) das seguintes situações:
1. Penetração vaginal durante a relação sexual
2. Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual ou tentativas de penetração vaginal
3. Medo ou ansiedade marcados acerca de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação, durante, ou como resultado da penetração vaginal
4. Tensão e compressão marcadas dos músculos do pavimento pélvico durante a tentativa de penetração vaginal
B. Os sintomas do critério A persistiram por um período mínimo de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves (por exemplo, violência do parceiro) ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual ligeira, moderada ou grave

111
Q

Perturbação do desejo sexual hipoativo masculino - Diagnóstico

A

A. Pensamentos ou fantasias sexuais/eróticos e desejo de atividade sexual persistentemente ou recorrentemente diminuídos (ou ausentes). A avaliação da diminuição é feita pelo clínico, tendo em consideração fatores que afetam o funcionamento sexual, como a idade e o contexto de vida geral e sociocultural do indivíduo
B. Os sintomas do critério A persistem por um período mínimo de aproximadamente 6 meses
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves (por exemplo, violência do parceiro) ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual ligeira, moderada ou grave

112
Q

Ejaculação Prematura (precoce) - Diagnóstico

A

A. Um padrão persistente ou recorrente de ejaculação que ocorre durante a atividade sexual com parceiro até aproximadamente 1 minutos após a penetração vaginal e antes que o indivíduo a deseje
Nota: Embora o diagnóstico de ejaculação prematura (precoce) possa ser aplicado a indivíduos envolvidos em atividades sexuais não vaginais, o critério de duração específico não foi estabelecido para essas atividades
B. Os sintomas do critério A devem persistir durante pelo menos 6 meses e ser experienciados em quase todas ou todas (cerca de 75% - 100%) as ocasiões de atividade sexual (em contextos situacionais identificados ou, se generalizada, em todos os contextos)
C. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ao indivíduo
D. A disfunção sexual não é mais bem explicada por outra perturbação mental não sexual ou como uma consequência de dificuldades relacionais graves (por exemplo, violência do parceiro) ou de outros fatores de stress significativos e não é atribuível aos efeitos de uma substância / medicamento ou outra condição médica.
Especificar se: ao longo da vida ou adquirido; generalizado ou situacional; gravidade atual ligeira (30seg-1min), moderada (15-30 seg) ou grave (antes, no início ou nos primeiro 15 seg)

113
Q

Disfunção sexual induzida por substância / medicação - Diagnóstico

A

A. No quadro clínico predomina uma disfunção sexual clinicamente significativa
B. Há evidência a partir da história, exame físico ou dos achados laboratoriais de ambos os (1) e (2)
1. Os sintomas do critério A desenvolveram-se durante ou pouco tempo depois da intoxicação ou abstinência de uma substância ou após exposição a um medicamento
2. A substância / medicamento do critério A desenvolveram-se durante ou pouco tempo depois da intoxicação ou abstinência de uma substância ou após exposição a um medicamento

114
Q

Disforia de Género: género e identidade de género - informações

A
  • O género é uma construção social e cultural que define a masculinidade e a feminilidade, através de comportamentos, vestuário, aparência física, entre outros. Assenta em estereótipos sobre a masculinidade e a feminilidade de acordo com a sociedade em que se insere (ex: sociedade patriarcal ou sociedade matriarcal)
  • A identidade de género é a perceção individual e subjetiva do sentido de self, como pertencente ao sexo masculino ou ao sexo feminino. Neste sentido, falamos de binarismo de gênero: masculino vs. feminino. No entanto há autores que defendem o não binarismo de género, A identidade de género pode ou não ser consistente com o sexo biológico da pessoa.
  • Disforia de género, refere-se ao descontentamento afetivo/cognitivo com o género atribuído
115
Q

Disforia de género em crianças - Diagnóstico

A

A. Uma marcada incongruência entre o género experienciado/expresso e o género atribuído, durante pelo menos 6 meses, e manifestada por pelo menos 6 dos seguintes (um dos quais tem de ser o Critério A1)
1. Um forte desejo de ser do outro género ou uma insistência de que se é do outro género ( ou de algum género alternativo diferente do género atribuído)
2. Nos rapazes (género atribuído), uma forte preferência por travestir-se ou por simular o vestuário femininos; nas raparigas (género atribuído) uma forte preferência por vestir apenas roupa tipicamente masculina e uma forte resistência em vestir roupa tipicamente feminina.
3. Uma forte preferência por papéis do género cruzado em jogos de faz-de-conta, ou de fantasia
4. Uma forte preferência pelos brinquedos, jogos e atividades com que estereotipicamente se ocupa o outro género
5. Uma forte preferência por companheiros do outro género
6. Nos rapazes (género atribuído), uma forte rejeição dos brinquedos, jogos e atividades tipicamente masculinos e um forte evitamento de brincadeiras turbulentas (rough-and-tumble); ou nas raparigas (género atribuído) uma forte rejeição de brinquedos, jogos e atividades tipicamente femininos
7. Uma forte aversão à sua anatomia sexual
8. Um forte desejo de que as características sexuais primárias e/ou secundárias correspondem aos do género experienciado
B. A condição associa-se mal-estar clinicamente significativo ou défice social, escolar ou noutras áreas importantes do funcionamento
Especificar se: com uma perturbação do desenvolvimento sexual

116
Q

Disforia de género em adolescentes e adultos - Diagnóstico

A

A. Uma marcada incongruência entre o género experienciado/expresso e o género atribuído, com uma duração de pelo menos 6 meses, manifestada por pelo menos 2 dos seguintes:
1. Uma marcada incongruência entre o género experienciado/expresso e as características sexuais primárias e/ou secundárias (ou em jovens adolescentes, as características secundárias esperadas)
2. Um forte desejo de se livrar das características sexuais primárias e/ou secundárias (ou em jovens adolescentes, as características secundárias esperadas)
3. Um forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou secundárias do outro género
4. Um forte desejo de ser do outro género (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
5. Um forte desejo de ser tratado como se fosse do outro gênero (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
6. Uma forte convicção de que se tem os sentimentos e reações típicas do outro género (ou algum género alternativo diferente do atribuído)
B. A condição está associada com perturbação clinicamente significativa ou comprometimento do funcionamento social, escolar ou outras áreas importantes do funcionamento.
Especificar se: com uma perturbação do desenvolvimento sexual; pós-transição

117
Q

Perturbações Parafílicas - Informações

A

Parafilia: O termo parafilia denota qualquer interesse sexual intenso e persistente que não seja o interesse sexual na simulação genital ou no envolvimento preparatório com parceiros humanos adultos fenotipicamente normais e consentidos
Parafilia e Perturbação Parafílica
* De acordo com o DSM-5, a Parafilia per se deixa de ser considerada uma perturbação mental
* O comportamento parafílico é condição necessária para a existência de uma Perturbação Parafílica, mas não é condição exclusiva (critério A)
* Assim sendo, é necessário que ocorra o comportamento parafílico e que sejam identificadas as consequências negativas desse mesmo comportamento parafílico para existir o diagnóstico de Perturbação Parafílica (critério B)
* Por consequências negativas entende-se mal-estar ou défices no indivíduo; ou cuja satisfação ocasionou dano pessoal ou risco de dano nos outros.
* Estas perturbações foram tradicionalmente selecionadas para o DSM por serem relativamente comuns em relação a outras perturbações parafílicas e algumas delas envolverem ações que por serem perturbadoras ou causadoras de dano a outros são classificadas como ofensas criminais
* Neste capítulo a ordem de apresentação é a comum aos esquemas de classificação destas perturbações:
o Preferência por atividade anômala (grupo 1)
 Perturbações do comportamento de corte/namoro; Envolvem componentes distorcidas do comportamento humano, nomeadamente perturbações de cortejar: Perturbação de Voyeurismo, de Exibicionismo, e de Frotteurismo
 Perturbações de algolagnia → do grego dor (algos) + luxúria (lagnia); Envolvem dor e sofrimento: Perturbação de Masoquismo Sexual e de Sadismo Sexual
o Preferências por objetos anómalos (grupo 2)
 Dirigida a outros humanos: Perturbação de Pedofilia
 Dirigida a objetos: Perturbação de Fetichismo e de Travestismo
* O termo parafilia denota um interesse sexual persistente e intenso distinto da estimulação genital ou preliminares com um adulto, fisicamente maduro, fenotipicamente normal e com consentimento

118
Q

Perturbações parafílicas no DSM5

A

Tabela (33)

119
Q

Perturbações parafílicas - Diagnóstico geral

A

Diagnóstico
* Nos critérios diagnósticos para cada perturbação parafílica, o Critério A especifica a natureza qualitativa da parafilia (por exemplo: foco erótico em crianças ou na exposição da genitália a estranhos), e o Critério B especifica as suas consequências negativas (ex: mal-estar, défices ou dano a outros)
* Na distinção entre parafilias e perturbações parafílicas, o termo diagnóstico deve ser reservado a indivíduos que preencham os Critérios A e B (ex: indivíduos que têm perturbação parafílica).
* Se um indivíduo preenche o Critério A mas não ao Critério B para determinada parafilia - circunstância esta que pode surgir quando uma parafilia benigna é descoberta durante a investigação clínica de alguma outra condição -, pode-se dizer, então, que ele tem aquela parafilia, mas não um transtorno parafílico.

120
Q

Perturbação de Voyeurismo - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa pela observação, insuspeitadamente, de uma pessoa nua, que se está a despir ou envolvida em atividade sexual, e manifestada por fantasias, impulsos ou comportamentos, por um período de pelo menos 6 meses.
B. O indivíduo atuou de acordo com estes impulsos com uma pessoas que não o permite, ou os impulsos sexuais ou as fantasias provocam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
C. O indivíduo que experiencia a excitação e/ou atuou sobre os impulsos tem pelo menos 18 anos de idade
Especificar se: em ambiente controlado; em remissão completa (pelo menos 5 anos em ambiente não controlado)

121
Q

Perturbação de Exibicionismo - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa pela exposição dos próprios genitais a uma pessoa insuspeita, manifestada por fantasias, impulsos ou comportamentos, por um período de pelo menos 6 meses
B. O indivíduo atuou de acordo com estes impulsos sexuais com uma pessoa que não o permite, ou as fantasias e impulsos sexuais provocam mal-estar clinicamente significativo, ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Especificar se: excitado sexualmente por expor genitais a crianças pré-púberes, excitado sexualmente por expor genitais a pessoas fisicamente maduros; se excitado sexualmente por expor genitais a crianças pré-pubres e a pessoas fisicamente maduros; em ambiente controlado; em remissão completa (pelo menos 5 anos em ambiente não controlado)

122
Q

Perturbação de Frotteurismo - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa por tocar ou roçar uma pessoa que não o permite, manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos, por um período de pelo menos 6 meses
B. O indivíduo atuou de acordo com estes impulsos sexuais com uma pessoa que não o permite, ou as fantasias e impulsos sexuais provocam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Especificar se: em ambiente controlado; em remissão completa

123
Q

Perturbação do Masoquismo sexual - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa pelo ato de ser humilhado, agredido, amarrado ou submetido a qualquer outro sofrimento, manifestada por fantasias, impulsos ou comportamentos por um período de pelo menos 6 meses
B. As fantasias, impulsos sexuais, ou comportamentos provocam mal-estar clinicamente significativo ou défice no funcionamento social, ocupacional ou noutras áreas importantes
Especificar se: com asfixiofilia; em ambiente controlado; em remissão completa

124
Q

Perturbação de Sadismo Sexual - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa a partir do sofrimento físico ou psicológico de outra pessoa, manifestada por fantasias, impulsos ou comportamentos por um período de pelo menos 6 meses.
B. O indivíduo atuou de acordo com estes impulsos com uma pessoa que não o permite, ou impulsos sexuais ou as fantasias causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Especificar se: em ambiente controlado; em remissão total

125
Q

Perturbação de pedofilia - Diagnóstico

A

A. Fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos recorrentes e internos envolvendo atividade sexual com uma criança ou crianças pré-púberes (geralmente com 13 anos ou menos) por um período de pelo menos 6 meses.
B. O indivíduo atuou de acordo com estes impulsos sexuais ou os impulsos sexuais ou as fantasias provocam intenso mal-estar ou dificuldades interpessoais
C. O indivíduo tem pelo menos 16 anos e é pelo menos 5 anos mais velho do que a criança ou crianças do critério A
Nota: não incluir um indivíduo no final da adolescência envolvido numa relação sexual continuada com alguém de 12-13 anos
Especificar se: tipo exclusivo (atraído apenas por crianças), tipo não exclusivo; sexualmente atraído pelo sexo masculino, feminino, ou ambos os sexos; limitada a incesto

126
Q

Perturbação de Fetichismo - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa, quer pelo uso de objetos inanimados, quer pelo foco altamente específico em parte(s) do corpo que não os genitais, manifestado por fantasias, impulsos e comportamentos, durante um período de pelo menos 6 meses
B. As fantasias, impulsos sexuais, ou comportamentos provocam mal-estar clinicamente significativo ou défice social ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
C. Os objetos fetiches não se limitam a peças de vestuário usadas no travestismo (como na perturbação de travestismo) ou de objetos concebidos especificamente para estimulação tátil dos genitais (por exemplo, vibradot)
Especificar se: parte(s) do corpo, objeto(s) inanimados(s), outro; em ambiente controlado; em remissão total

127
Q

Perturbação do travestismo - Diagnóstico

A

A. Excitação sexual recorrente e intensa resultante de travestir-se, manifestada por fantasias, impulsos ou comportamentos, durante um período de pelo menos 6 meses
B. As fantasias, impulsos sexuais, ou comportamentos provocam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Especificar se: com fetichismo (sexualmente excitado com tecidos, materiais e peças de vestuário); com autoginefilia (se sexualmente excitado por pensamentos ou imagens do próprio como mulher); em ambiente controlado; em remissão total

128
Q

Perturbação parafílica com outra especificação

A

Categoria para apresentações nas quais predominam os sintomas de perturbação parafílica que causam mal-estar clinicamente significativo ou défice-social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Exemplos: Perturbação parafílica com outra especificação
* Zoofilia: atração ou envolvimento sexual de humanos com animais de outras espécies
* Escatologia telefônica: obtenção de excitação e prazer sexual através de telefonemas anónimos com conteúdos obscenos ou de índole sexual
* Necrofilia: atração sexual por cadáveres ou à prática de atividades sexuais com os mesmos
* Urofilia: interesse sexual em urina ou atividades relacionadas a urinar
* Coprofilia: interesse sexual em fezes ou atividades relacionadas a excrementos

129
Q

Definição de Perturbação da personalidade DSM

A

Padrão estável de experiência interna e comportamento que se afasta marcadamente do esperado para um indivíduo numa dada cultura, é global e inflexível, tem início na adolescência ou no início da idade adulta, é estável ao longo do tempo e origina sofrimento ou incapacidade.

130
Q

PPs: informações

A
  • As perturbações da Personalidade são um grupo de perturbações heterogéneo, definido como problemas em formar um sentimento positivo do eu e em manter relações próximas e construtivas.
  • Estes indivíduos experienciam dificuldade com a sua identidade e relações em vários domínios das suas vidas.
  • Os sintomas das PP são generalizados e persistentes.
131
Q

Perturbações de Personalidade – critérios gerais

A

A. Um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Este padrão manifesta-se em duas ou mais das seguintes áreas:
1. Cognição (formas de interpretação de si próprio, dos outros e dos acontecimentos)
2. Afetividade (variedade, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional)
3. Funcionamento interpessoal
4. Controlo de impulsos
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma ampla faixa de situações pessoais ou sociais;
C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo;
D. O padrão é estável e de longa duração, podendo o seu início remontar à adolescência ou começo da idade adulta;
E. O padrão persistente não é melhor explicado como uma manifestação ou consequência de outra perturbação mental;
F. O padrão persistente não é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.
Outros aspetos
* É necessário preencher os critérios gerais antes de ser diagnosticada uma perturbação da Personalidade
* Frequentemente egossintónicas (não são considerados problemáticos pela pessoa)
* Pode ser difícil de diagnosticar na sessão inicial

132
Q

Organização das PP por grupos DSM-IV

A

As PP são classificadas em agrupamentos (clusters) definidos pelas suas características comuns
Agrupamento A: comportamento bizarro ou excêntrico, isolamento
* PP Paranoide* –> desconfiança e suspeição
* PP Esquizoide* –> distanciamento das relações sociais
* PP Esquizotípica: deficits sociais, distorções cognitivas e comportamento excêntrico
Agrupamento B : comportamento dramático, emocional; Impulsivo, diminuição da capacidade de empatia
* PP Anti-social –> menosprezo e violação dos direitos dos outros
* PP Borderline (estado limite) – instabilidade nas relações, autoimagem, afetos e impulsividade
* PP histriónica* –> emocionalidade excessiva e comportamento de chamada de atenção
* PP Narcisista –> grandiosidade e necessidade de admiração, autocentrado
Agrupamento C: comportamento ansioso, medroso, ou perfecionista
* PP Evitante –> inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa
* PP dependente* –> submisso, necessidade de ser cuidado
* PP obsessivo-compulsiva –> ordem, perfeccionismo, necessidade de controlo

133
Q

Perturbação da Personalidade Paranoide

A

A. Um padrão de desconfiança e suspeitas invasivas em relação aos outros, de modo que os seus motivos são interpretados como malévolos, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 4 dos seguintes critérios:
1. suspeita, sem fundamento suficiente, de estar a ser explorado, mal tratado ou enganado pelos outros;
2. preocupação com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos e colegas
3. relutância em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si
4. interpreta significados ocultos, de carácter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos
5. guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes
6. percebe ataques ao seu carácter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva e contra-ataque
7. tem suspeitas recorrentes, sem justificação, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual;
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, perturbação de humor com aspetos psicóticos ou outra perturbação psicótica, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral.

134
Q

Perturbação de Personalidade Esquizoide

A

A. Um padrão invasivo de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 4 dos seguintes critérios:
1. não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família
2. quase sempre opta por atividades solitárias
3. manifesta pouco, se algum, interesse em experiências sexuais com outra pessoa
4. tem prazer em poucas atividades, se alguma
5. não tem, amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau
6. mostra-se indiferente a elogios ou críticas dos outros
7. demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada;
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, perturbação de humor com aspetos psicóticos ou outra perturbação psicótica, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral.

135
Q

Perturbação da Personalidade Esquizotípica

A

A. Um padrão invasivo de deficits sociais e interpessoais, marcado por desconforto agudo e reduzida capacidade de relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou preceptivas e comportamento excêntrico, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 5 dos seguintes critérios:
1. ideias de referência (excluindo delírios)
2. crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas da subcultura do indivíduo
3. experiências percetivas incomuns, incluindo ilusões somáticas
4. pensamento e discurso bizarro
5. desconfiança ou ideação paranoide
6. afeto inadequado ou constrito
7. aparência ou comportamento esquisito, peculiar ou excêntrico
8. não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau
9. ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada com temores paranoides, ao invés de julgamentos negativos acerca de si próprio
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, perturbação de humor com aspetos psicóticos ou outra perturbação psicótica, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral.

136
Q

Perturbação da Personalidade Antissocial

A

A. Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos três dos seguintes critérios:
1. fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção
2. propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer
3. impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro
4. irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas
5. desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia
6. irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras
7. ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa
B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos
C. Existem evidências de Perturbação da Conduta com início antes do 15 anos
D. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, ou episódio maníaco.

137
Q

Perturbação da personalidade borderline (estado limite)

A

A. Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto- imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 5 dos seguintes critérios:
1. esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginado (não incluir comportamento suicida ou automutilante, incluindo em 5)
2. um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização
3. perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento do self
4. impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (ex: gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, condução imprudente, comer compulsivamente (excluir comportamento suicida ou auto-mutilante)
5. recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento auto- mutilante
6. instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor (por ex.: episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durante algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias)
7. sentimentos crónicos de vazio
8. raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva
9. ideação paranóide transitória e relacionada com o stress ou graves sintomas dissociativos

138
Q

Perturbação da Personalidade Histriónica

A

A. Um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 5 dos seguintes critérios
1. sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções
2. a interação com os outros caracteriza-se frequentemente por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor
3. exibe mudança rápida e superficialidade na expressão das emoções
4. usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si
5. tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes
6. exibe autodramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada
7. é sugestionável, ou seja, facilmente influenciada pelos outros ou pelas circunstâncias
8. considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.

139
Q

Perturbação da Personalidade Narcisista

A

A. Um padrão invasivo de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 5 dos seguintes critérios
1. sentimento grandioso da própria importância
2. preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência ou amor ideal
3. crença de ser “especial” e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a outras pessoas especiais ou de condição elevada
4. exigência de admiração excessiva
5. sentimento de ser reverenciado, por exemplo, possui expectativas irracionais de receber um tratamento especialmente favorável ou adesão automática às suas expectativas
6. é explorador nos relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagens de outros para atingir os seus próprios objetivos
7. ausência de empatia: relutância em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos dos outros
8. frequentemente sente inveja dos outros ou acredita ser alvo da inveja alheia
9. comportamento e atitudes arrogantes ou insolentes.

140
Q

Perturbação da Personalidade Evitante

A

A. Um padrão invasivo de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 4 dos seguintes critérios
1. evita atividades profissionais que envolvam contacto interpessoal significativo por medo de críticas, desaprovação ou rejeição
2. relutante a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza da sua estima
3. mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em virtude do medo de ser envergonhado ou ridicularizado
4. preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais
5. inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação
6. vê-se a si mesmo como socialmente inapto, sem atrativos pessoais ou inferior
7. extraordinariamente reticente em envolver-se em quaisquer novas atividades, porque estas poderiam ser embaraçosas.

141
Q

Perturbação da Personalidade Dependente

A

A. Uma necessidade invasiva e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento submisso e aderente e a temores de separação que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 5 dos seguintes critérios
1. dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e tranquilização da parte de outras pessoas
2. necessidade de que os outros assumam responsabilidade pelas principais áreas da sua vida
3. dificuldade em expressar discordância dos outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação (não incluir temores realistas de retaliação)
4. dificuldade em iniciar projetos ou fazer as coisas por conta própria;
5. vai a extremos de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis para obter carinho e apoio dos outros
6. sente desconforto e desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio
7. busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido
8. preocupação irrealista com temores de ser abandonado à sua sorte.

142
Q

Perturbação da Personalidade Obsessivo-Compulsivo

A

A. Um padrão invasivo de preocupação com organização, perfeccionismo e controlo mental e interpessoal, às custas da flexibilidade, abertura e eficiência, que começa no início da idade adulta e se apresenta numa variedade de contextos, como indicado em pelo menos 4 dos seguintes critérios
1. preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido
2. perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas
3. devoção excessiva ao trabalho e à produtividade, em detrimento de atividades de lazer e amizades
4. excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em assuntos de moralidade, ética ou valores
5. incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor sentimental
6. relutância em delegar tarefas ou ao trabalho conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam ao seu modo exato de fazer as coisas
7. adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras
8. rigidez e teimosia.

143
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: DSM-IV/DSM-5 vs. Proposta DSM-5

A

DSM-5 (DSM-IV)
A. Um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Este padrão manifesta-se em duas ou mais das seguintes áreas:
1. cognição (formas de interpretação de si próprio dos outros e dos acontecimentos)
2. afectividade (variedade, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional)
3. funcionamento interpessoal;
4. controlo dos impulsos;
Proposta DSM-5
A. Comprometimento no funcionamento da personalidade (próprio/interpessoal) moderado ou mais grave
B. Um ou mais traços patológicos de personalidade
Perturbações:
* Antissocial
* Evitante
* Borderline
* Narcisista
* Obsessivo-compulsiva
* Esquizotípica

144
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Critérios gerais para Perturbação da Personalidade

A

As características essenciais de uma perturbação da personalidade são
A. Défice moderado ou superior no funcionamento da personalidade (próprio/interpessoal)
B. Um ou mais traços de personalidade patológicos
C. Os défices no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de personalidade do indivíduo são relativamente inflexíveis e invasivos de uma ampla variedade de situações pessoais e sociais
D. Os défices no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de personalidade do indivíduo são relativamente estáveis ao longo do tempo e com início que remonta pelo menos à adolescência ou ao início da idade adulta
E. Os défices no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de personalidade do indivíduo não são mais bem explicados por outra perturbação mental
F. Os défices no funcionamento da personalidade e a expressão individual dos traços de personalidade não são apenas atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica (e.g., traumatismo craniano grave)
G. Os défices no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de personalidade do indivíduo não são mais bem compreendidos como normais para o estado de desenvolvimento do indivíduo ou ambiente sociocultural
Nota: Os critérios A e B são definidos para cada PP mas todas têm de cumprir igualmente os critérios gerais C–>G
Nota: ver ppt aula 11 diapositivos 17-24

145
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbações de Personalidade Especificas

A

Cada perturbação é definida por um comprometimento típico do funcionamento da personalidade (critério A) e traços de personalidade patológicos característicos (critério B)
Tabela (40)

146
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Antissocial

A

Características típicas da perturbação de personalidade antissocial são um fracasso em ajustar-se ao comportamento legal, ético e uma ausência de preocupação egocêntrica e insensível em relação aos outros, acompanhados de falsidade, irresponsabilidade, manipulação e/ou envolvimento em comportamentos de risco.
A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: Egocentrismo, autoestima derivada do ganho pessoal, poder ou prazer.
Auto-orientação: objetivos baseados na gratificação pessoal, standards internos pro-sociais, associado com falha em conformar com normas legais, ou culturais de comportamento ético
Empatia: falta de preocupação com os sentimento, necessidades, ou sofrimento de outros; ausência de remorso após magoar ou maltratar outros
Intimidade: incapacidade para relações mutuamente íntimas, uma vez que a exploração é o modo principal de se relacionar com os outros, através de engano ou coerção, uso da dominância ou intimidação para controlar os outros.
B. Seis ou mais dos sete traços patológicos de personalidade
Manipulação (um aspeto de Antagonismo)
Insensibilidade (Callousness) (um aspeto de Antagonismo)
Falsidade (um aspeto de Antagonismo)
Hostilidade (um aspeto de Antagonismo)
Risco (um aspeto de Desinibição)
Impulsividade (um aspeto de Desinibição)
Irresponsabilidade (um aspeto de Desinibição)
Nota: O indivíduo tem pelo menos 18 anos de idade

147
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Evitante

A

Características típicas são o evitamento de situações sociais e a inibição nas relações interpessoais relacionadas com sentimento de inépcia e inadequação, preocupação ansiosa com a avaliação negativa e rejeição e medo do ridículo ou da vergonha.
A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: baixa autoestima associada a uma autoavaliação de ser socialmente inapto, pessoalmente desinteressante, ou inferior: excessivos sentimentos de vergonha.
Auto-orientação: standards irrealistas para o comportamento associado a uma relutância em seguir objetivos, correr riscos pessoais, ou envolver-se em novas atividades que envolvam contacto interpessoal
Empatia: preocupação com, e sensibilidade ao criticismo ou rejeição, associados a uma inferência distorcida (negativa) das perspetivas dos outros
Intimidade: relutância em se envolver com pessoas a não ser que tenha a certeza de que vão gostar dele; mutualidade diminuída nas relações íntimas por causa do medo de ser envergonhado ou ridicularizado
B. Três ou mais dos seguintes quatro traços patológicos de personalidade
Ansiedade (um aspeto de Afetividade Negativa)
Afastamento (um aspeto de Desprendimento)
Anedonia (um aspeto de Desprendimento)
Evitamento de intimidade (um aspeto de Desprendimento)

148
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Borderline

A

A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: autoimagem empobrecida, pobremente desenvolvida, ou instável; frequentemente associada a excessivo auto-criticismo; sentimentos crónicos de vazio; estados dissociativos sob stress
Auto-orientação: instabilidade nos objetivos, aspirações, valores ou planos de carreira
Empatia: capacidade comprometida de reconhecer sentimentos e necessidades dos outros associada a hipersensibilidade interpessoal (i.e., propenso a sentir-se desprezado ou insultado); perceções dos outros seletivamente enviesadas em direção a atributos negativos ou vulnerabilidades
Intimidade: relações interpessoais próximas intensas, instáveis e conflituosas, marcadas por desconfiança, carência, e preocupação ansiosa com abandono real ou imaginado; relações próximas frequentemente vistas em extremos de idealização e desvalorização e alternando entre sobre-envolvimento e distanciamento
Características típicas são a instabilidade na autoimagem, nos objetivos pessoais, nas relações interpessoais e nos afetos, acompanhada de impulsividade, envolvimento em comportamentos de risco e/ou hostilidade
B. Quatro ou mais dos seguintes sete traços patológicos de personalidade, um dos quais pelo menos tem de ser Impulsividade, Risco, ou hostilidade.
Labilidade emocional (um aspeto de Afetividade negativa)
Ansiedade (um aspeto de Afetividade negativa)
Insegurança de separação (um aspeto de Afetividade negativa)
Depressão (um aspeto de Afetividade negativa)
Impulsividade (um aspeto de Desinibição)
Tomada de Risco (um aspeto de Desinibição)
Hostilidade (um aspeto de Antagonismo)

149
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Narcisista

A

Características típicas são autoestima variável e vulnerável, com tentativas de regulação através da procura de atenção e aprovação, e grandiosidade ostensiva ou dissimulada.
A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: excessiva referência aos outros para regulação da autodefinição e autoestima; autoavaliação exageradamente inflacionada ou deflacionada, ou vacilando entre extremos; regulação emocional espelha flutuações na autoestima
Auto-orientação: estabelecimento de objetivos baseados na obtenção de reconhecimento dos outros; standards pessoais irrazoavelmente altos de modo a ver-se como excepcional, ou demasiados baixos baseados num sentimento de prerrogativa, frequentemente não consciente das suas motivações
Empatia: capacidade reduzida de reconhecer ou de se identificar com os sentimentos e necessidades dos outros; excessivamente atenta às reações dos outros, mas apenas se percebidos como relevantes para o próprio; sobre ou subestima o seu efeito nos outro
Intimidade: relações largamente superficiais e existindo para servir a regulação da autoestima; mutualidade constrangida por pouco interesse genuíno nas experiências dos outros e predominância da necessidade de ganho pessoal
B. Ambos os seguintes traços patológicos de personalidade:
Grandiosidade (um aspeto de Antagonismo)
Procura de atenção (um aspeto de Antagonismo)

150
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Obsessivo-Compulsivo

A

Características típicas são dificuldades no estabelecimento e manutenção de relações próximas, associadas a perfecionismo rígido, inflexibilidade e expressão emocional restrita.
A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: sentido do self derivado principalmente do trabalho ou produtividade; experiência e expressão restrita de emoções fortes
Auto-orientação: dificuldade em completar tarefas e organizar objetivos, associada a standards de comportamento internos irrazoavelmente elevados e inflexíveis, atitudes excessivamente consciencioso e moralistas
Empatia: dificuldade em compreender e apreciar as ideias, sentimentos e comportamentos dos outros
Intimidade: relações vistas como secundárias ao trabalho e produtividade; rigidez e teimosia afetam as relações com os outros.
B. Três ou mais dos seguintes quatros traços patológicos de personalidade; um dos quais tem de ser Perfecionismo rígido
Perfecionismo rígido (um aspeto de conscienciosidade extrema [o polo oposto de Desprendimento] )
Perseverança (um aspeto de Afetividade Negativa)
Evitamento de intimidade (um aspeto de Desprendimento)
Afetividade restrita (um aspeto de Desprendimento)

151
Q

Modelo Alternativo do DSM-5: Perturbação da Personalidade Esquizotípica

A

Características típicas são défices na capacidade para relações sociais e próximas, excentricidade na cognição, perceção e comportamento, que são associados a autoimagem distorcida e a objetivos pessoais incoerentes e acompanhados de suspeição e expressão emocional restrita.
A. Comprometimento moderado ou superior no funcionamento da personalidade manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:
Identidade: limites confusos entre o self e outros; autoconceito distorcido, expressão emocional frequentemente não congruente com o contexto ou experiência interna
Auto-orientação: Objetivos irrealistas ou incongruentes; ausência de standards internos claros
Empatia: dificuldade pronunciada em perceber o impacto do seu comportamento nos outros; frequentemente interpreta mal as motivações e comportamentos dos outros
Intimidade: dificuldade marcada em estabelecer relações próximas, associado a desconfiança e ansiedade
B. Quatro ou mais dos seguintes seis traços patológicos de personalidade:
Desregulação cognitiva e percetual (um aspeto de Psicoticismo)
Crenças e experiências incomuns (um aspeto de Psicoticismo)
Excentricidade (um aspeto de Psicoticismo)
Afetividade restrita (um aspeto de Desprendimento)
Isolamento (um aspeto de Desprendimento)

152
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento - Informações e tipos de perturbações

A

As perturbações do neurodesenvolvimento são um grupo de perturbações com início no período do desenvolvimento.
Manifestam-se habitualmente cedo no desenvolvimento, sendo caracterizadas por défices do desenvolvimento que condicionam dificuldades no funcionamento a nível pessoal, social, académico e profissional.
Tabela (43)

153
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Incapacidade Intelectual (Perturbação do desenvolvimento intelectual)

A

A incapacidade intelectual (perturbação do desenvolvimento intelectual) é uma perturbação com início durante o período de desenvolvimento que incluiu défices de funcionamento intelectual e adaptativo nos domínios conceptual, social e prá7co. Os seguintes três critérios têm de ser cumpridos:
A. Défices em funções intelectuais como: raciocínio, resolução de problemas, planeamento, pensamento abstrato, discernimento, aprendizagem académica e aprendizagem pela experiência, confirmados tanto por avaliação clínica como por testes de inteligência individualizados e estandardizados.
B. Défices no funcionamento adaptativo que resultam na falha em atingir os padrões de desenvolvimento e socioculturais de independência pessoal e responsabilidade social. Sem suporte contínuo, os défices adaptativos limitam o funcionamento numa ou mais atividades da vida diária, como comunicação, participação social e subsistência independente, em múltiplos ambientes como cas, escola, trabalho e comunidade.
C. Início dos défices intelectuais e adaptativos durante o período de desenvolvimento
Nota: O termo diagnós8co incapacidade intelectual é o termo equivalente do diagnós8co de perturbações do desenvolvimento intelectual da ICD-11. Embora o termo incapacidade intelectual seja usado neste Manual, ambos os termos são usados no título para clarificar as relações com outros sistemas de classificação. disso, um estatuto federal dos EUA (Lei Pública 111-256, Lei de Rosa) substitui o termo atraso mental por incapacidade intelectual, e pu publicações de investigação usam o termo incapacidade intelectual. Assim, incapacidade intelectual é o termo comum por profissionais médicos, de educação e outros, bem como pelo público leigo e grupos de apoio.
Especificar a gravidade atual: 317 (F70) Leve; 318.0 (F71) Moderada; 318.1 (F72) Grave; 318.2 (F73) Profunda.
Tabelas (43/44)

154
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Atraso Global do Desenvolvimento

A

Este diagnóstico é reservado para indivíduos com idade inferior a 5 anos, quando o nível de gravidade clínica não pode ser avaliado com segurança durante a primeira infância. Esta categoria é diagnosticada quando um indivíduo falha o cumprimento dos marcos do desenvolvimento esperados em várias áreas do funcionamento intelectual e aplica-se a indivíduos que são incapazes de submeter-se avaliações sistemáticas do funcionamento intelectual, incluindo crianças demasiado novas para cooperar em testes padronizados. Esta categoria requer reavaliação após um certo período de tempo.

155
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações da Comunicação - Perturbação da linguagem

A

A. Dificuldades persistentes na aquisição e uso da linguagem transversal às modalidades (i.e., falada, escrita, linguagem gestual ou outra) devido a défices na compreensão ou produção, que incluem os seguintes:
1. Vocabulário reduzido (conhecimento e uso de palavras).
2. Estruturação frásica limitada (capacidade de juntar palavras e finais de palavras para a formar frases, com base em regras de gramática e morfologia).
3. Deficiências no discurso (capacidade de usar vocabulário e ligar frases para explicar ou descrever um tópico ou série de eventos ou ter uma conversa).
B. As capacidades linguísticas estão substancial e quantitativamente abaixo das esperadas para a idade, resultando em limitações funcionais na comunicação efetiva, na participação social, rendimento escolar ou desempenho ocupacional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas ocorre no início do período de desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuíveis a deficiência auditiva ou outra deficiência sensorial, a disfunção motora ou a outra condição médica ou neurológica e não são mais bem explicadas por incapacidade intelectual (perturbação do desenvolvimento intelectual) ou atraso global do desenvolvimento

156
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações da Comunicação - Perturbação Som da Fala

A

A. Dificuldade persistente na produção do som da fala que interfere na inteligibilidade da fala ou impede a comunicação verbal de mensagens.
B. A perturbação causa limitações na comunicação efetiva interferindo na participação social, realização académica ou desempenho ocupacional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas acontece no início período do desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuíveis a condições congénitas ou adquiridas, como paralisia cerebral, fenda palatina, surdez ou perda auditiva, lesão cerebral traumática ou outras condições médicas ou neurológicas

157
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações da Comunicação - Perturbação da fluência de início na infância (gaguez)

A

A. Distúrbios na normal fluência e padronização temporal da fala que são inapropriadas para a idade e habilidades linguísticas do individuo, persistindo ao longo do tempo, e que são caracterizados pela ocorrência frequente de um ou mais dos seguintes:
1. Repetições de som e silabas.
2. Prolongamento do som de consoantes, bem como de vogais.
3. Palavras fragmentadas (p. ex., pausas dentro de uma palavra).
4. Bloqueios audíveis ou silenciosos (pausas preenchidas ou vazias no discurso).
5. Circunlóquios (substituições de palavras para evitar palavras problemáticas).
6. Palavras produzidas com excesso de tensão física.
7. Repetições de palavras inteiras monossilábicas (p. ex., “Eu-eu-eu-eu vejo”).
B. A perturbação causa ansiedade em falar ou limitações na comunicação efetiva, participação social ou desempenho académico ou ocupacional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas acontece no início período do desenvolvimento. (Nota: Casos de início mais tardio devem ser diagnosticados como 307.0 [F98.5] perturbação da fluência de início na idade adulta.)
D. A perturbação não é atribuível a um défice motor ou sensorial da fala, alteração da fluência associada a uma lesão neurológica (p. ex., acidente vascular cerebral, tumor, trauma) ou a outra condição médica, e não é mais bem explicada por outra perturbação mental.

158
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações da Comunicação - Perturbação da comunicação social (Pragmática)

A

A. Dificuldades persistentes no uso social de comunicação verbal e não verbal manifestadas por todos os seguintes:
1. Défices no uso de comunicação com propósitos sociais, tais como cumprimentar e partilhar de informação, de uma forma apropriada ao contexto social.
2. Comprometimento da capacidade de mudar a comunicação de forma a corresponder ao contexto e necessidades do ouvinte, tais como falar de forma diferente na sala de aula e no recreio, falar de forma diferente com uma criança e com um adulto e evitar o uso de linguagem excessivamente formal
3. Dificuldades em seguir regras para a conversação e contar histórias, tais como revezar-se na conversação, reformular quando mal interpretado e saber usar sinais verbais e não verbais para regular a interação
Dificuldades em compreender o que não é explicitamente dito (por exemplo, fazer inferências) e significados da linguagem não literal ou ambíguos (por exemplo, expressões idiomáticas, humor, metáforas, múltiplos significados que dependem do contexto para interpretação)
B. Os défices resultam em limitações funcionais na comunicação efetiva, participação social, relacionamentos sociais, realização académica ou no desempenho ocupacional, individualmente ou em combinação.
C. O início dos sintomas acontece no início período do desenvolvimento (mas os défices podem não se manifestar completamente até a comunicação social exceder as capacidades limitadas)
D. Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica ou neurológica ou a baixas capacidades no domínio da estrutura de palavras e gramática, e não são mais bem explicadas por perturbação do espectro do autismo, incapacidade intelectual (perturbação do desenvolvimento intelectual), atraso global do desenvolvimento ou outra perturbação mental

159
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação do Espetro do Autismo

A

A. Défices persistentes na comunicação social e interação social transversais a múltiplos contextos, manifestados pelos seguintes, atualmente ou ou no passado (os exemplos são ilustrativos, não exaustivos; ver texto):
1. Défices na reciprocidade socio-emocional, variando, por exemplo, de uma aproximação social anormal e fracasso na conversação normal; a uma partilha reduzida de interesses, emoções ou afeto; a fracasso em iniciar ou responder a interações sociais.
2. Défices nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de uma comunicação verbal e não verbal pobremente integrada a anomalias no contato visual e linguagem corporal ou défices na compreensão e uso de gestos, a uma total falta de expressões faciais e comunicação não verbal.
3. Défices em desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento de forma adequar-se aos vários contextos sociais; a dificuldade em partilhar jogos imaginativas ou em fazer amigos; a ausência de interesse nos pares.
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices da comunicação social e nos padrões de comportamento restritos e repetitivos (ver Tabela 2).
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, manifestados por pelo menos 2 dos seguintes, atualmente ou no passado (os exemplos são ilustrativos, não exaustivos; ver texto):
1. Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos (p. ex., estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou sacudir objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
2. Insistência na monotonia, aderência inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., angústia extrema com pequenas mudanças, dificuldades com transições, padrões de pensamento rígidos, rituais de cumprimento, necessidade de fazer o mesmo percurso ou comer a mesma comida todos os dias).
3. Interesses altamente restritos e fixos, que são anormais na intensidade ou foco (p. ex., ligação forte ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou perseverantes)
4. Hiper ou hiporreatividade a estimulos sensoriais ou interesse incomum por aspetos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente à dor/temperatura, respostas adversas a sons ou texturas especificas, tocar ou cheirar objetos excessivamente, fascinação visual com luzes ou movimento).
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices da comunicação social e nos padrões de comportamento restritos e repetitivos (ver Tabela 2).
C. os sintomas têm de estar presentes início do período de desenvolvimento (mas podem não se tornar totalmente manifestas até as exigências sociais excederem as capacidades limitadas ou podem ser mascarados mais tarde na vida por estratégias aprendidas).
D. Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
E. Estas perturbações não são mais bem explicadas por incapacidade intelectual (perturbação do desenvolvimento intelectual) ou atraso global do desenvolvimento. A incapacidade intelectual e a perturbação do espectro do autismo coocorrem muitas vezes; para efetuar o diagnóstico comórbidos de perturbação do espectro do autismo e incapacidade intelectual a comunicação social tem de estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento
Níveis de gravidade para a perturbação do espectro do autismo
Tabela (46)

160
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação de hiperatividade/défice de atenção

A

A. Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere com o funcionamento ou desenvolvimento, caracterizado por (1) e/ou (2):
1. Desatenção: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que é inconsistente com o nível de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e académicas/ocupacionais:
Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de comportamento de oposição, desafio, hostilidade ou falhas na compreensão de tarefas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), são necessários pelo menos 5 sintomas.
* Frequentemente, falha em prestar atenção aos pormenores ou comete erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras atividades (p. ex., negligencia ou perde pormenores, o trabalho é impreciso).
* Frequentemente, tem dificuldade de manter a atenção no desempenho tarefas ou atividades (p. ex., tem dificuldades em manter- se concentrado durante aulas, conversas ou leituras prolongadas).
* Frequentemente, parece não ouvir quando se lhe fala diretamente (p. ex., parece estar com o pensamento noutro assunto, mesmo na ausência de uma distração óbvia).
* Frequentemente, não segue as instruções e não termina os trabalhos escolares, encargos ou deveres no local de trabalho (p. ex., inicia as tarefas, mas depressa perde a concentração e é facilmente desviado).
* Frequentemente, tem dificuldade em organizar tarefas e atividades (p. ex., dificuldade em gerir tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e pertences em ordem; trabalho confuso e desorganizado; m uma pobre gestão do tempo; falha em cumprir prazos).
* Frequentemente, evita, não gosta ou está relutante em envolver-se em tarefas que requeiram esforço mental mantido (p. ex., trabalhos escolares ou de casa; para adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, completar de formulários, rever textos longos).
* Frequentemente, perde objetos necessários para tarefas ou atividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, documentos, óculos, telemóveis).
* Frequentemente, é facilmente distraído por estimulos alheios (para adolescentes mais velhos e adultos, podem incluir-se pensamentos não relacionados).
* Esquece-se com frequência das atividades quotidianas (p. ex. efetuar tarefas, fazer recados; para adolescentes mais velhos e adultos, devolver chamadas, pagar contas, manter compromissos)
2. Hiperatividade e impulsividade: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos 6 meses a um nível que é inconsistente com o nível de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e académicas/ocupacionais:
Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tarefas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos 5 sintomas são necessários.
* Frequentemente, agita ou bate com as mãos ou os pés ou remexe-se quando está sentado.
* Frequentemente, levanta-se em situações em que se espera que esteja sentado (p. ex., levanta-se do seu lugar na sala de aula, escritório ou em outro local de trabalho ou noutras situações que requerem permanecer sentado).
* Frequentemente, corre ou salta em situações em que é inadequado fazê-lo. (Nota: Em adolescentes ou adultos, pode limitar-se a sentir-se inquieto.)
* Frequentemente, é incapaz de jogar ou envolver-se com tranquilidade em atividades de lazer.
* Está frequentemente em ”movimento”, agindo como se estivesse “ligado a um motor “ (p. ex., sente-se desconfortável ou é incapaz de estar quieto por períodos extensos, como em restaurantes, encontros; pode ser experienciado por outros como estando impaciente ou com dificuldade em acompanhar).
* Frequentemente, fala em excesso
* Frequentemente, precipita as respostas antes que as perguntas tenham acabado (p.ex., completa as frases das pessoa; não consegue esperar pela sua vez de entrar na conversa
* Frequentemente, tem dificuldade em esperar pela sua vez (p. ex., enquanto espera numa fila)
* Frequentemente, interrompe ou interfere nas atividades dos outros (p. ex., intromete-se nas conversas, jogos ou atividade; pode começar a usar coisas das outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se ou assumir o controlo do que os outros estão a fazer)
B. Vários dos sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade surgiram antes dos 12 anos de idade
C. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em 2 ou mais contextos (p. ex., em casa, escola ou trabalho; com amigos ou familiares; noutras atividades).
D. Existem provas evidentes de que os sintomas interferem com, ou reduzem, a qualidade do funcionamento social, académico ou ocupacional.
E. os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outra perturbação psicótica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental (p.ex., perturbação do humor, perturbação de ansiedade, perturbação dissociativa,, perturbação da personalidade, intoxicação ou abstinência de substâncias)
Especificar se:
* 314.1 (F90.2) Apresentação combinada: Se estão preenchidos o Critério A1 (desatenção) e o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) durante os últimos 6 meses.
* 314.0 (F90.0) Apresentação predominantemente desatenta: Se está preenchido o Critério A1 (desatenção) mas não o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) durante os últimos 6 meses.
* 314.1 (F90.1) Apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva: Se está preenchido o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) mas não o Critério A1 (desatenção) durante os últimos 6 meses.

161
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação da Aprendizagem específica

A

A. Dificuldades em aprender e usar as capacidades académicas, como indicado pela presença de ao menos 1 dos sintomas seguintes, que persis7ram pelo menos 6 meses, apesar do fornecimento de intervenções direcionadas para essas dificuldades:
1. Leitura de palavras imprecisa ou lenta e esforçada (p. ex., lê alto palavras únicas incorretamente ou lenta e hesitantemente, muitas vezes supõe palavras, tem dificuldade pronunciar palavras).
2. Dificuldade para compreender o significado do que lê (p. ex., pode ler o texto com precisão, mas não compreender a sequência, relações, inferências ou significados mais profundos do que é lido).
3. Dificuldades em soletrar (p. ex., pode adicionar, omitir ou substituir vogais e consoantes).
4. Dificuldades com a expressão escrita (p. ex., comete múltiplos erros grama=cais ou pontuação dentro das frases; emprega organização de parágrafos pobre; expressão escrita de ideias com pouca clareza).
5. Dificuldades para dominar o sen=do dos números, fatos numéricos ou cálculo (p. ex., tem um pobre entendimento dos números, sua magnitude e relações; conta com os dedos para adicionar números de dígito único em vez de recordar o fato matemático como fazem os pares; perde-se no meio do cálculo aritmético e pode trocar procedimentos)
6. Dificuldades com o raciocínio (p. ex., tem graves dificuldades em aplicar conceitos, fatos ou procedimentos matemáticos para resolver problemas quantitativos).
B. As capacidades académicas afetadas são substancial e quantitativamente abaixo do esperado para a idade cronológica do indivíduo e causam interferência significa9va no desempenho académico ou ocupacional ou com a9vidades da vida diária, como confirmado pela aplicação individual de escalas estandardizadas de realizações e avaliação clínica complete. Para indivíduos com 17 anos ou mais velhos, uma história documentada de dificuldades de aprendizagem incapacitantes pode ser subs9tuída pela avaliação estandardizada.
C. As dificuldades de aprendizagem começam durante os anos escolares, mas podem não se manifestar completamente até que as exigências para essas capacidades académicas excedam as capacidades limitadas do indivíduo (p. ex., como nos testes cronometrados, ler ou escrever relatórios longos e complexos com prazos apertados, cargas académicas excessivamente pesadas).
D. As dificuldades de aprendizagem não são mais bem explicadas por incapacidade intelectual, acuidade visual ou auditiva não corrigida, outras perturbações mentais ou neurológicas, adversidade psicossocial, falta de proficiência na língua da instrução acadêmica ou instrução educacional inadequada.
Nota: Os 4 critérios de diagnóstico são preenchidos com base numa síntese clínica da história (do desenvolvimento, médica, familiar, educacional), em relatórios escolares e em avaliação psicoeducacional do indivíduo.
Especificar se:
315.0 (F81.0) Com défice na leitura:
* Precisão da leitura de palavras
* Ritmo ou fluência da leitura
* Compreensão da leitura
Nota: Dislexia é um termo alterna2vo usado em referência a um padrão de dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldades de ortografia. Se o termo dislexia for usado para especificar esse padrão par2cular de dificuldades, é importante também especificar quaisquer dificuldades adicionais que estejam presentes, tais como dificuldades na compreensão da leitura ou no raciocínio matemá2co.
315.2 (F81.81) Com défice na expressão escrita:
* Precisão ortográfica
* Precisão gramatical e da pontuação
* Clareza ou organização da expressão escrita
315.1 (F81.2) Com défice na matemática:
* Sentido numérico
* Memorização de fatos aritméticos
* Cálculo preciso ou fluente
* Raciocínio matemático preciso
Nota: Discalculia é um termo alternativo usado em referência a um padrão de dificuldades caracterizado por problemas no processamento de informações numéricas, aprendizagem de fatos aritméticos e realização de cálculos precisos ou fluentes. Se o termo discalculia for usado para especificar esse padrão particular de dificuldades matemáticas, é importante também especificar quaisquer dificuldades adicionais que estejam presentes, tais como dificuldades no raciocínio matemático ou na precisão na leitura de palavras

162
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações motoras - Perturbação do Desenvolvimento da Coordenação

A

A. A aquisição e a execução de capacidades motoras coordenadas estão substancialmente abaixo do esperado, dado a idade cronológica e oportunidades para aprendizagem e uso de capacidades do indivíduo. As dificuldades são manifestadas por inépcia (p. ex., deixar cair ou colidir com objetos), bem como lentidão e inexatidão no desempenho de capacidades motoras (p. ex., apanhar um objeto, usar tesouras ou talheres, escrita manual, andar de bicicleta ou participar em desportos).
B. O défice nas capacidades motoras do Critério A interfere, significativa e persistentemente com atividades da vida diária apropriadas à idade cronológica (p. ex., autocuidado e automanutenção), e tem impacto na produtividade académica/escolar, em atividades pré-vocacionais e vocacionais, no lazer e na brincadeira.
C. O início dos sintomas acontece no período inicial do desenvolvimento
D. Os défices de capacidades motoras não são mais bem explicados por incapacidade intelectual (perturbação do desenvolvimento intelectual) ou défices visuais e não são atribuíveis a condições neurológicas que afetam o movimento (p.ex., paralisia cerebral, distrofia muscular, perturbação degenerativa)

163
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações motoras - Perturbação de Movimentos Estereotipados

A

A. Comportamentos motores repetitivos, aparentemente dirigidos e sem propósito (p. ex., sacudir e agitar as mãos, balançar o corpo, bater com a cabeça, morder em si próprio, bater no próprio corpo).
B. O comportamento motor repetitivo interfere com as atividades sociais, académicas ou outras atividades e pode resultar em lesões ao próprio.
C. O início ocorre no princípio do período de desenvolvimento.
D. O comportamento motor repetitivo não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a condição neurológica, e não é mais bem explicado por outra perturbação do neurodesenvolvimento ou mental (p. ex., tricotilomania [transtorno de arrancar o cabelo], transtorno obsessivo- compulsivo).
Especificar se:
* Com comportamento autolesivo
* Sem comportamento autolesivo

164
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação de Tiques - o que são tiques

A

Um tique é um movimento motor ou vocalização súbitos, rápidos, recorrentes não rítmicos

165
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação de Tiques - Perturbação de Tourette

A

A. Estão presentes em algum momento durante a doença múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais, ainda que não necessariamente de forma simultânea
B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de 1 ano desde o aparecimento do primeiro tique.
C. O início acontece antes dos 18 anos.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., doença de Huntington, encefalite pós-viral).

166
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação de Tiques - Perturbação de Tiques motores ou vocais persistente (Crónica)

A

A. Estão presentes durante a doença tiques motores ou vocais, únicos ou múltiplos, mas não motores ou vocais em simultâneo.
B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de 1 ano desde o aparecimento do primeiro tique.
C. O início acontece antes dos 18 anos.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., doença de Huntington, encefalite pós-viral).
E. os critérios para perturbação de Tourette nunca estiveram preenchidos.
Especificar se:
* Apenas com tiques motores
* Apenas com tiques vocais

167
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbação de Tiques - Perturbação de Tiques Transitória

A

A. Tiques motores e/ou vocais, únicos ou múltiplos.
B. Os tiques estão presentes há menos de 1 ano desde o aparecimento do primeiro tique.
C. O início acontece antes dos 18 anos.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., doença de Huntington, encefalite pós-viral).
E. os critérios para perturbação de Tourette ou perturbação de tiques motores ou vocais persistente (crónica) nunca estiveram preenchidos.

168
Q

Perturbações de Eliminação: Enurese

A

A. emissão repetida de urina na cama ou na roupa, involuntária ou intencional.
B. O comportamento é clinicamente significativo, manifestando-se com uma frequência de 2 episódios semanais durante pelo menos 3 meses consecutivos ou pela presença de um mal estar clinicamente significativo ou de um défice social, académico (ocupacional) ou noutras importantes áreas de funcionamento.
C. Idade cronológica de pelo menos 5 anos (ou um nível de funcionamento equivalente)
D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por exemplo, um diurético, um medicamento antipsicótico) ou de uma condição médica (ex. diabetes, espinha bífida ou epilepsia)
Especificadores: só noturna, só diurna, noturna e diurna.

169
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações de Eliminação - Encoprese

A

A. Emissão fecal repetida em locais inadequados (p.ex., na roupa ou no chão), involuntária ou intencional.
B. Pelo menos um episódio em cada mês durante pelo menos 3 meses
C. A idade cronológica é de pelo menos 4 anos (ou nível de desenvolvimento equivalente).
D. O comportamento não é atribuível aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por exemplo, laxantes) nem outra condição médica, exceto se envolver um mecanismo que implique obstipação
Especificadores:
* com obstipação e incontinência
* sem obstipação nem incontinência.

170
Q

Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Perturbação desafiante de oposição

A

A. Um padrão de humor zangado/irritável, comportamento conflituoso/desafiante ou comportamento vingativo, que dura pelo menos 6 meses, caracterizado pela presença de pelo menos 4 sintomas de qualquer uma das categorias que ocorrem durante a interação com pelo menos um indivíduo que não seja um irmão ou irmã.
* Humor zangado/irritável
1. Com frequência perde o controlo.
2. Com frequência é suscetivel ou facilmente incomodado pelos outros.
3. Sente com frequência raiva e ressentimento.
* Comportamento conflituoso/desafiante
4. Discute frequentemente com figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes, com adultos.
5. Com frequência desafia ou recusa cumprir pedidos de figuras de autoridade ou regras
6. Com frequência, aborrece deliberadamente as outras pessoas.
7. Com frequência, culpa outros por seus erros ou mau comportamento.
* Comportamento vingativo
8. Foi rancoroso ou vingativo pelo menos 2 vezes nos últimos 6 meses
Nota: A frequência e a persistência destes comportamentos devem ser usadas para distinguir um comportamento que se encontra dentro dos limites da normalidade de um comportamento que é sintomático. Para crianças com menos de 5 anos, o comportamento deve estar presente durante a maioria dos dias por um período de pelo menos 6 meses, exceto indicação contrária (Critério A8). Para indivíduos com 5 anos ou mais, o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana durante pelo menos 6 meses, exceto indicação contrária (Critério A8). Enquanto estes critérios são orientadores de um nível de de frequência mínimo para definir os sintomas, outros fatores devem também ser considerados, tais como a frequência e a intensidade do comportamento estarem para além dos limites normativos para um indivíduo de nível de desenvolvimento, género e cultura comparáveis.
B. A perturbação do comportamento está associada a mal-estar do indivíduo ou de outras pessoas do seu contexto social próximo (p. ex., família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou tem impacto negativo nas áreas social, educacional, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento do indivíduo.
C. O comportamento não ocorre exclusivamente no contexto de uma perturbação psicótica, de uso de substância, depressiva ou bipolar, também não são preenchidos os critérios para perturbação de desregulação do humor disruptivo.

171
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Perturbação Explosiva Intermitente

A

A. Explosões comportamentais recorrentes representando um fracasso em controlar os impulsos de agressividade, como manifestado por dos seguintes:
1. Agressão verbal (p. ex., birras, diatribes, discussões verbais ou lutas) ou agressão física dirigida contra a propriedade, animais ou outros indivíduos, que ocorrem em uma média de duas vezes por semana, por um período de três meses. A agressão física não resulta em dano ou destruição de propriedade e não resulta em dano físico dos animais ou em outros indivíduos.
2. Três explosões comportamentais envolvendo danos ou destruição de propriedade e/ou agressão física envolvendo dano físico contra animais ou outros indivíduos que ocorrem no período de 12 meses.
B. A magnitude da agressividade expressa durante as explosões recorrentes é muito desproporcional em relação à provocação ou a qualquer fator de stress psicossocial precipitante.
C. As explosões de agressividade recorrentes não são premeditadas (i.e., são impulsivas e/ou baseadas em raiva) e não são cometidas de modo a atingir algum objetivos tangíveis (p. ex., dinheiro, poder, intimidação).
D. As explosões de agressividade recorrentes causam mal-estar marcado ao indivíduo ou défice no funcionamento ocupacional ou interpessoal ou estão associadas a consequências legais ou financeiras.
E. A idade cronológica é de pelo menos 6 anos (ou nível de desenvolvimento equivalente).

172
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Perturbação do Comportamento

A

A. Padrão de comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos dos outros ou as principais normas sociais correspondentes à idade, que se manifesta pela presença, nos últimos 12 meses, de pelo menos 3 dos 15 critérios em qualquer das categorias apresentadas em baixo, com pelo menos 1 dos critérios presente nos últimos 6 meses:
* Agressão a Pessoas e Animais
1. Frequentemente insulta, ameaça ou intimida outras pessoas.
2. Frequentemente inicia lutas físicas.
3. Usou uma arma que pode causar dano físico grave aos outros (p. ex., bastão, tijolo, garrafa quebrada, faca, arma de fogo).
4. Foi fisicamente cruel para pessoas.
5. Foi fisicamente cruel para animais.
6. Roubou o confrontou uma vítima (p. ex., agressão, assalto por esticão, extorsão, assalto à mão armada).
7. Forçou alguém a ter atividade sexual.
* Destruição de Propriedade:
8. Iniciou deliberadamente um incêndios com a intenção de causar dano grave.
9. Destruiu deliberadamente a propriedade de outrem (outras ações que não iniciar um incêndio).
* Falsificação ou roubo:
10. Arrombou a casa, propriedade ou o carro de outra pessoa.
11. Mente frequentemente para obter ganhos ou favores ou para evitar obrigações (p.ex., “vigariza” os outros).
12. Furtou objetos de certo valor sem confrontar a vítima (p. ex., furto em lojas, mas sem arrombamento ou invasão; falsificação).
* Violações Grave de Normas:
13. Frequentemente permanece fora de casa à noite, apesar da proibição dos pais, iniciando este comportamento antes dos 13 anos de idade.
14. Fugiu de casa durante a noite, enquanto vivia com os pais ou em lugar análogo, pelo menos 2 vezes, ou só 1 vez mas por um longo período de tempo.
15. Falta frequentemente à escola, com início antes dos 13 anos.
B. A perturbação do comportamento causa um défice clinicamente significativos no funcionamento social, académico ou ocupacional.
C. Se o indivíduo tem 18 anos ou mais, os critérios para transtorno da personalidade antissocial não são preenchidos.
Especificar:
* Tipo com início na infância (pelo menos 1 sintoma antes dos 10 anos)
* Tipo com início na adolescência (não apresentam sintomas antes dos 10 anos
* Tipo com início não especificado

173
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Perturbação antissocial da personalidade

A

–> Ver perturbações da personalidade

174
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Piromania

A

A. comportamento incendiário deliberado e propositado em mais de uma ocasião;
B. Aumento da tensão ou ativação afetiva antes do ato;
C. Fascinação, interesse, curiosidade ou atracão pelo fogo e e pelo seu contexto situacional (p.ex., parafernália, utilizações e consequências relacionadas com o fogo);
D. Prazer, gratificação ou alívio quando se desencadeiam incêndios ou quando se testemunha ou participa no seu rescaldo;
E. O incêndio não é atado para obter ganho pecuniário, para expressar uma ideologia sociopolítica, para esconder atividade criminal, para expressar cólera ou vingança, para melhorar as circunstâncias de vida, para responder a ideias delirantes ou alucinações ou como comportamento decorrente da incapacidade o indivíduo para avaliar as consequências dos seus atos (p.ex., perturbação neurocognitiva major, incapacidade intelectual, intoxicação por substância.
F. O comportamento incendiário não é mais bem explicado por uma perturbação do comportamento, um episódio maníaco, ou um perturbação antissocial da personalidade

175
Q

Perturbações do Neurodesenvolvimento: Perturbações Disruptivas, do Controlo dos Impulsos e do Comportamento - Cleptomania

A

A. Incapacidade recorrente em resistir a impulsos para furtar objetos que não são necessários para o uso pessoal ou pelo seu valor material;
B. Sensação crescente de tensão imediatamente antes de cometer o furto;
C. prazer, gratificação ou alívio no momento em que é cometido o furto;
D. O furto não é cometido como expressão de cólera ou vingança e não é consequência de ideias delirantes ou alucinações;
E. O furto não é mais bem explicado por uma perturbação do comportamento, episódio maníaco ou perturbação antissocial da personalidade.

176
Q

Perturbações Neurocognitivas - Informações e perturbações

A

As perturbações neurocognitivas eram referidas no DSM IV como “Demência, Delirium, Amnésia e outras perturbações cognitivas”
Incluem:
* Delirium
* PNC major
* PNC moderada
As PNC são um grupo de perturbações caracterizado primariamente por deficits clínicos no funcionamento cognitivo, adquiridos e não desenvolvimentais.
Embora outras perturbações causem declínio cognitivo só aquelas cuja característica central é cognitiva são incluídas neste grupo
O critério para as várias PNC baseiam-se em domínios cognitivos definidos na tabela

177
Q

Perturbações Neurocognitivas - critérios gerais

A

Tabela (53 e 54)

178
Q

Perturbações Neurocognitivas - Delirium

A

A. Perturbação na atenção (i.e., diminuição na capacidade de dirigir, focar, manter ou desviar o foco da atenção) e na consciência (diminuição da clareza na perceção do ambiente)
B. A perturbação desenvolve-se num curto período de tempo (em geral horas a dias) representa uma alteração em relação a um nível anterior de atenção e consciência, e a sua gravidade tende a flutuar durante o dia
C. Existe uma alteração na cognição (e.g., défice de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuospacial ou perceção)
D. As perturbações descritas nos critérios A, B e C não são mais bem explicadas por outra perturbação neurocognitiva preexistente, estabelecida ou em evolução e não ocorre no contexto de um de redução grave do nível de vigília como o coma
E. Existe evidência pela história clínica, exame físico, ou exames laboratoriais que a perturbação é consequência do efeito fisiológico direto de outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (e.g., droga de abuso ou medicação) ou exposição a toxina, ou é devida a múltiplas etiologias
Especificar se:
* Delirium por intoxicação com substância
* Delirium por abstinência de substância
* Delirium induzido por medicamento
* Delirium devido a outra condição médica
* Delirium devido a múltiplas etiologias
Especificar se:
* Agudo: dura algumas horas ou dias
* Persistente: dura semanas ou meses
Especificar se:
* Hiperativo
* Hipoativo
* Nível de atividade misto

179
Q

Perturbações Neurocognitivas - Perturbação Neurocognitiva Major

A

A. Evidência de declínio cognitivo significativo em relação a um nível prévio de desempenho num ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, capacidade percetivomotora, ou cognição social) baseada em:
1. preocupação do indivíduo, um informador conhecedor, ou o clínico de que terá havido um declínio significativo da função cognitiva; e
2. um défice substancial no desempenho cognitivo, preferencialmente documentada através de testes neuropsicológicos estandardizados ou, na sua ausência, por outra avaliação clínica quantitativa
B. Os défices cognitivos interferem na realização independente das atividades da vida diária (i.e., no mínimo requer assistência com atividades instrumentais complexas da vida diária como pagar contas ou gerir a medicação)
C. Os défices cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de um delirium
D. Os défices cognitivos não são mais bem explicados por outra perturbação mental (e.g., perturbação depressiva major, esquizofrenia)
Especificar se: Tabela (55)

180
Q

Perturbações Neurocognitivas - Perturbação Neurocognitiva Ligeira

A

A. Evidência de declínio cognitivo modesto em relação a um nível prévio de desempenho num ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, capacidade percetivomotora, ou cognição social) baseada em:
1. preocupação do indivíduo, um informador conhecedor, ou o clínico de que terá havido um declínio significativo da função cognitiva; e
2. um défice substancial no desempenho cognitivo, preferencialmente documentada através de testes neuropsicológicos estandardizados ou, na sua ausência, por outra avaliação clínica quantitativa
B. Os défices cognitivos não interferem na realização independente das atividades da vida diária (i.e., as atividades instrumentais complexas da vida diária como pagar contas ou gerir a medicação estão preservadas, mas poderão exigir um maior esforço, utilização de estratégias de compensação ou de ajustamento)
C. Os défices cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de um delirium
D. Os défices cognitivos não são mais bem explicados por outra perturbação mental (e.g., perturbação depressiva major, esquizofrenia)
Especificar se : Tabela (55)

181
Q

Perturbações dissociativas - informações e perturbações

A

Definidas por disrupção e/ou descontinuidade na normal integração da consciência, memória, identidade, emoção, perceção, representação corporal, controlo motor e comportamento

Incluem:
* Perturbação Dissociativa de identidade
* Amnésia dissociativa
* Perturbação de Despersonalização/desrealização
* Perturbação dissociativa não especificada

182
Q

Perturbações dissociativas - Perturbação Dissociativa da Identidade

A

A. Disrupção da identidade caracterizada pela presença de dois ou mais estados de personalidade distintos, os quais podem ser descritos em algumas culturas como experiências de possessão. A disrupção na identidade envolve uma marcada descontinuidade no sentido do Eu e de agência, acompanhada por alterações relacionadas no afeto, comportamento, consciência, memória, perceção, cognição e/ou funcionamento sensoriomotor. Estes sinais e sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo próprio
B. Lacunas recorrentes na recordação de eventos do dia-a-dia, informação pessoal importante e/ou eventos traumáticos que são inconsistentes com o vulgar esquecimento.
C. Os sintomas causam mal-estar ou incapacidade clinicamente significativos a nível social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento.
D. A perturbação não é uma parte normal de uma prática cultural ou religiosa largamente aceite.
NOTA: nas crianças os sintomas não são mais bem explicados por amigos imaginários ou outros jogos de faz-de-conta
E. Os sintomas não são atribuíveis ao efeito fisiológico de uma substância (por ex., blackouts ou comportamento caótico durante uma intoxicação alcoólica) ou de uma condição médica geral (por ex., crises convulsivas parciais complexas).

183
Q

Perturbações dissociativas - Amnésia dissociativa

A

A. Uma incapacidade para relembrar informação autobiográfica importante, em regra de natureza traumática ou stressante, que é inconsistente com o vulgar esquecimento.
NOTA: A amnésia dissociativa mais frequentemente consiste em amnésia localizada ou seletiva para um evento ou eventos específicos; ou amnésia generalizada para a identidade e história de vida
B. Os sintomas causam mal-estar ou incapacidade clinicamente significativos a nível social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
C. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (por ex., álcool ou outra droga de abuso ou medicamento) ou uma condição médica neurológica ou outra condição médica (por ex., crises convulsivas parciais complexas, amnésia global transitória, sequelas de um traumatismo/lesão traumática cerebral, outras doenças neurológicas).
D. A perturbação não é mais bem explicada por perturbação dissociativa da identidade, perturbação de stress pós-traumático, perturbação aguda de stress, perturbação de sintomas somáticos ou perturbação neurocognitiva major ou ligeira
Especificar se: Com fuga dissociativa - Viagem aparentemente intencional ou deambulação confusa que está associada a amnésia para a identidade ou outra informação autobiográfica importante

184
Q

Perturbações dissociativas - Perturbação de despersonalização/desrealização

A

A. Presença de experiências persistentes ou recorrentes de despersonalização desrealização ou ambas:
1. Despersonalização: Experiências de irrealidade, distanciamento ou sentir-se um observador externo dos próprios pensamentos sentimentos, sensações, corpo ou ações (p.ex., alterações da perceção, sensação de tempo distorcido, sentido do Eu ausente ou irreal, embotamento emocional ou físico).
2. Desrealização: Experiências de irrealidade ou distanciamento em relação ao ambiente envolvente (p.ex., os indivíduos ou objetos são experienciados como irreais, como num sonho, nebulosos, sem vida ou visualmente distorcidos)
B. Durante as experiência de despersonalização, o teste de realidade permanece intacto
C. Os sintomas causam mal-estar ou incapacidade clinicamente significativos a nível social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica (por ex., convulsões).
E. A perturbação não é mais bem explicada por outra perturbação mental, como esquizofrenia, perturbação de pânico, perturbação depressiva major, perturbação aguda de Stress, perturbação de stress pós-traumático, ou outra perturbação dissociativa