Psicopatologia Flashcards
Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Conceitos importantes
Conceitos importantes
* Substância (droga)
* Classe de substâncias
* Intoxicação
* Abstinência
* Perturbação do uso de substâncias
* Perturbação induzida por substâncias
Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Alterações do DSM-IV para o DSM-5
Dependência de substância
Abuso de substância
para
Perturbação do uso de substância
Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas - Classes de substâncias
Depressoras: resultam em sedação e podem induzir relaxamento. Incluem álcool e as drogas sedativas, hipnóticas e ansiolíticas da família dos barbitúricos e benzodiazepinas
Estimulantes: resultam num aumento da atividade e alerta e podem elevar o estado de humor. Estão incluídas as anfetaminas, cocaína, nicotina e cafeína
Opiáceos: O principal efeito é produzir analgesia temporária e euforia. Heroína, ópio, codeína e morfina estão incluídas neste grupo
Alucinogénios: alteram a perceção sensorial e podem produzir delírios, paranoia e alucinações. Marijuana e LSD estão incluídos nesta categoria
Outras
Perturbações relacionadas com substâncias incluem - classes de drogas
Tabela (1)
Perturbações Relacionadas com Substâncias - Tipos
Perturbações de uso de substâncias
Perturbações induzidas por substâncias
* Intoxicação
* Abstinência
* Outra perturbação mental induzida por substâncias/medicamentos (referidas no capítulo correspondente)
Perturbações de uso de substâncias - Principal Característica
Principal característica: conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que indicam que o indivíduo continua a usar a substância apesar da existência de problemas significativos relacionados com a substância
* Todas as classes menos a cafeína
Em geral o diagnóstico de perturbação de uso de substância baseia-se no padrão patológico de comportamentos relacionados com o uso da substância.
Perturbações de uso de substâncias - critérios
Défice de controlo (critérios 1-4): Doses maiores do que o pretendido, desejo de reduzir, tempo gasto, impulso desejo da substância (craving)
Disfunção social (critérios 5-7): Obrigações ocupacionais, problemas sociais e interpessoais, afastamento de atividades
Uso de risco (critérios 8-9): Fisicamente perigosa, manter o consumo apesar de problema causado ou induzido pela substância
Critérios fisiológicos (critérios 10-11):
* Tolerância
* Abstinência
Perturbações de uso de substâncias - Intoxicação (informações)
Intoxicação
Os efeitos agudos do uso de uma substância.
Característica principal é o desenvolvimento de um síndrome reversível específico para a substância devido à ingestão recente da substância (critério A)
Alterações comportamentais ou psicológicas atribuíveis aos efeitos fisiológicos da substância
Não atribuíveis a outra condição
Para a maioria das substâncias que referimos a intoxicação é experienciada como um comprometimento no discernimento, alterações de humor e diminuição da capacidade motora.
Tabaco não provoca intoxicação
Perturbações de uso de substâncias - Abstinência (informações)
Abstinência de substância
Característica essencial é o desenvolvimento de alterações problemáticas do comportamento específicas para cada substância, com alterações fisiológicas concomitantes, dados à cessação ou redução do uso pesado e prolongado de substâncias (critério A)
Alucinogénios e inalantes não provocam abstinência
Perturbação mental induzida por substância/medicamento - Diagnóstico
Perturbação mental induzida por substância/medicamento
A. A perturbação representa uma apresentação sintomática clinicamente significativa de uma perturbação mental relevante.
B. Existe evidência a partir da história, exame físico, ou achados laboratoriais de ambos os seguintes:
1. A perturbação desenvolveu-se durante ou num período de 1 mês a partir da intoxicação ou abstinência de substância ou exposição a medicamento
2. A substância/medicamento envolvido é capaz de produzir a perturbação mental
C. A perturbação não é mais bem explicada por uma perturbação mental independente (isto é, uma que não seja induzida por substância ou medicamento). Esta evidência de perturbação mental independente pode incluir os seguintes:
1. A perturbação precedeu o início da intoxicação grave ou abstinência ou a exposição a medicamentou, ou
2. a perturbação mental completa persistiu durante um período de tempo substancial (por exemplo, pelo menos um mês) após a cessação da abstinência aguda ou intoxicação grave, ou da toma do medicamento
D. A perturbação não decorre exclusivamente no decurso de um delirium
E. A perturbação causa mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
Perturbações relacionadas com o álcool - Perturbações
Tabela (2)
Perturbação do uso do álcool - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de álcool que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. O álcool é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de álcool
3. É gasta uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de álcool, uso de álcool ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar álcool
5. Uso de álcool recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de álcool continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do álcool
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de álcool
8. Uso recorrente de álcool em situações em que é fisicamente perigoso
9. Uso do álcool é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo álcool
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de álcool para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de álcool
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica do álcool. (consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência do álcool)
b. O álcool (ou outra substância intimamente relacionada, tal como uma benzodiazepina) é consumido para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por álcool - Diagnóstico
A. Ingestão recente de álcool.
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (p. ex., comportamento agressivo ou sexual desadequado, labilidade do humor, discernimento comprometido) que se desenvolveram durante ou pouco tempo depois do uso de álcool.
C. Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas que se desenvolveram durante ou ou pouco depois do uso de álcool:
1. discurso empastado;
2. Descoordenação;
3. marcha instável;
4. Nistagmo*,
5. défices na atenção ou memória;
6. estupor ou coma
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Abstinência do álcool - Daignóstico
A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolvem entre várias horas a poucos dias após a cessação ou redução:
1. hiperatividade autonómica (per exemplo, sudorese ou pulsação superior a 100 ppm)
2. Tremor das mãos aumentada
3. Insónia;
4. Náuseas ou vómitos;
5. Alucinações ou ilusões visuais, tácteis ou auditivas, transitórias;
6. Agitação psicomotora;
7. Ansiedade;
8. Convulsões tónico-clónicas generalizadas
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam perturbação clinicamente significativa ou comprometimento no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes de funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são melhor explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificadores: Com perturbação da perceção
Perturbações relacionadas com a cafeína - Perturbações
Tabela (4)
Intoxicação por cafeína - Diagnóstico
A. Consumo recente de cafeína (geralmente uma dose elevada excedendo bastante os 250mg)
B. Cinco ou mais dos seguintes sintomas, que se desenvolvem durante ou logo após a utilização da cafeína:
1. Inquietação;
2. Nervosismo;
3. Excitação;
4. Insónia;
5. Rubor facial;
6. Diurese;
7. Perturbações gastrointestinais;
8. Tremor muscular;
9. Fluxo incoerente do pensamento e do discurso;
10. Taquicardia ou arritmia cardíaca;
11. Períodos de inesgotabilidade;
12. Agitação psicomotora
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Abstinência da cafeína - Diagnóstico
A. Uso diário prolongado de cafeína
B. Cessação abrupta ou redução no uso de cafeína seguida, nas próximas 24 horas seguintes, por 3 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas
1. Cefaleias (dores de cabeça)
2. Cansaço marcado ou sonolência
3. Humor disfórico, deprimido ou irritabilidade
4. Dificuldades de concentração
5. Sintomas semelhantes aos da gripe (náusea, vómitos, ou dor/rigidez muscular)
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou em noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica (p.ex., enxaqueca ou doença viral) e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Perturbações relacionadas com a cannabis - Perturbações
Tabela (4)
Perturbação do uso de cannabis - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de cannabis que conduz a mal- estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. A Cannabis é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de Cannabis
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção e Cannabis, uso de Cannabis ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar Cannabis
5. Uso de Cannabis recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de Cannabis continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do Cannabis
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de Cannabis
8. Uso recorrente de Cannabis em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do Cannabis é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo Cannabis
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de Cannabis para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de Cannabis
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica da Cannabis(consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de Cannabis)
b. A Cannabis(ou outra substância intimamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por cannabis - Diagnóstico
A. Uso recente de cannabis
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas clinicamente significativas (por exemplo, défice da coordenação motora, euforia, ansiedade, sensação de lentificação do tempo, alterações do juízo crítico, isolamento social) que se desenvolvem durante ou pouco depois do uso de cannabis.
C. Dois (ou mais) dos seguinte sinais ou sintomas, que se desenvolvem no prazo de duas horas após o uso de cannabis:
1. Conjuntivite;
2. Aumento do apetite;
3. Boca seca;
4. Taquicardia
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar se: com alterações da perceção
Abstinência de cannabis - Diagnóstico
A. Cessação do uso de cannabis que tem sido pesado e prolongado (i.e., uso diário ou quase diário por um período de pelo menos alguns meses)
B. Três (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas desenvolveram-se aproximadamente após uma semana do critério A
1. Irritabilidade, raiva ou agressão
2. Nervosismo ou ansiedade
3. Dificuldades no sono (p.ex., insónia ou sonhos perturbadores)
4. Diminuição ou perda do apetite ou perda de peso
5. Inquietação
6. Humor deprimido
7. Pelo menos um dos seguintes sintomas físicos causa desconforto significativo: dor abdominal, tremores, sudorese, febre, calafrios, ou cefaleias.
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais e sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por qualquer outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Perturbações relacionadas com alucinogénios - Perturbações
Tabela (6)
Perturbação do uso de Fenciclidina - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de fenciclidina (ou outra substância farmacologicamente semelhante) que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. A fenciclidina é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de fenciclidina
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção e fenciclidina , uso de fenciclidina ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar fenciclidina
5. Uso de fenciclidina recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso de fenciclidina continuado apesar de ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do fenciclidina
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de fenciclidina
8. Uso recorrente de fenciclidina em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do fenciclidina é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelo fenciclidina
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de fenciclidina para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de fenciclidina
Nota: os sintomas e sinais de abstinência de fenciclidina não estão estabelecidos e por isso o critério não se aplica
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida(mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Perturbação do uso de outros alucinogénios - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de alucinogénio (que não fenciclidina) que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. O alucinogénio é com frequência consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de alucinogénios
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de alucinogénios, uso de alucinogénio ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar alucinogénios
5. Uso recorrente de alucinogénios resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso alucinogénios continuado apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou agravados pelo efeito do alucinógeno
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de alucinogénio
8. Uso de alucinogénio recorrente em situações em que é fisicamente perigoso
9. Uso do Alucinogénio é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos alucinogénios
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de alucinogénios para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de alucinogénios
Nota: os sintomas e sinais de abstinência de alucinógenos não estão estabelecidos e por isso o critério não se aplica
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida(mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por fenciclidina - diagnóstico
A. Uso recente de fenciclidina (ou substância relacionada)
B. Alterações comportamentais problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, beligerância, agressividade, impulsividade, imprevisibilidade, agitação psicomotora, compromisso do juízo crítico) que se desenvolveram durante ou logo ou pouco depois do uso da fenciclidina.
C. Em 1 hora 2 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: Nota: Quando a droga é fumada, “snifada” ou usada por via endovenosa, o início pode ser particularmente rápido.
1. nistagmo vertical ou horizontal;
2. hipertensão ou taquicardia;
3. entorpecimento ou diminuição da resposta à dor;
4. ataxia;
5. disartria;
6. rigidez muscular;
7. convulsões ou coma;
8. hipercusia (hipersensibilidade auditiva)
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Intoxicação por outros alucinogénios - Diagnóstico
A. Uso recente de um alucinogénio (que não fenciclidina)
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, ansiedade ou depressão acentuadas, ideias de referência, medo de perder a cabeça, ideação paranoide, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois do uso o de alucinogénios.
C. Alterações da percepção que ocorrem em estados de vigília e alerta (por exemplo, intensificação subjectiva das perceções, despersonalização, desrealização, ilusões, alucinações, sinestesias), que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois do uso de alucinogénios.
D. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvem-se durante ou pouco tempo depois do uso de alucinogénios:
1. dilatação pupilar;
2. Taquicardia;
3. Sudação;
4. Palpitações;
5. Visão turva;
6. Tremores;
7. Descoordenação
E. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Perturbação de perceção persistente por alucinogénios - Diagnóstico
A. Depois da cessação do uso de alucinogénios, a reexperiência de um ou mais dos sintomas percetivos experimentados durante a intoxicação com alucinogénio (por exemplo, alucinações geométricas, falsas perceções de movimento em campos visuais periféricos, flashes de cor, cores intensificadas, trilhos de imagens de objetos em movimento, imagens residuais, halos à volta de objetos, macropsia, micropsia)
B. Os sintomas do critério A causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras área importantes do funcionamento.
C. Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, ou alucinação hipnopômpica
Perturbação relacionada com inalantes - Perturbações
Tabela (8)
Perturbação do uso de inalantes - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de substância inalante à base de hidricarbonetos que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. a substância inalante é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso da substância inalante
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção da substância inalante, uso da substância inalante ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar a substância inalante
5. Uso da substância inalante recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado da substância inalante apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou exacerbados pelos efeitos do seu uso
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao da substância inalante
8. Uso recorrente da substância inalante em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso da substância inalante é continuado apesar de saber ter um problema, persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente foi causado ou exacerbado pela substância
10. Tolerância, definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade marcada de quantidades crescentes substância inalante para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de substância inalante
Especificar o inalante particular quando possível
Especificar se: em remissão precoce (entre 3-12 meses), ou remissão mantida (mais de 12 meses)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por inalantes - Diagnóstico
A. Exposição recente, intencional ou não intencional e de curta duração a doses elevadas de substâncias inalantes, incluindo hidrocarbonetos voláteis como tolueno e gasolina
B. Alterações problemáticas e clinicamente significativas comportamentais ou psicológicas (por exemplo, beligerância, agressividade, apatia, compromisso do juízo crítico), que se desenvolvem durante ou pouco tempo depois da exposição a inalantes
C. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas desenvolvem-se durante ou pouco tempo depois do uso ou exposição a inalante:
1. Tonturas;
2. Nistagmo;
3. Descoordenação;
4. Discurso arrastado;
5. Marcha instável;
6. Letargia;
7. Diminuição dos reflexos;
8. Lentificação psicomotora;
9. Tremor;
10. Fraqueza muscular generalizada;
11. Visão turva ou diplopia;
12. Estupor ou coma;
13. Euforia
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Perturbações relacionadas com opioides - Perturbações
Tabela (9)
Perturbação do uso de opioides - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de opioides que conduz a mal- estar ou défices clinicamente significativos, manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. Os opioides são muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos para diminuir ou controlar o uso de opioides
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de opioides, uso de opioides ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar opioides
5. Uso de opioides recorrente resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de opioides apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos dos opioides
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de opioides
8. Uso recorrente de opioides em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso do opioide é continuado apesar de saber ter um problema, físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos opioides
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de opioides para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de opioide
Nota: este critério não se considera preenchido nos indivíduos que tomam opioides exclusivamente sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica dos opioides. (consulte os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de Opioides)
b. O opioide (ou outra substância intimamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não se considera preenchido nos indivíduos que tomam opioides exclusivamente sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se; Em terapia de manutenção (e.g., metadona)
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por opioides - Diagnóstico
A. Uso recente de opioides
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, euforia inicial seguida de apatia, disforia, agitação ou lentificação psicomotora, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou logo após a utilização da substância.
C. Constrição pupilar (ou dilatação pupilar devido à anóxia de overdose grave) e um (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolveram durante ou pouco depois do uso de opioides: 1. sonolência ou coma; 2. discurso pouco claro; 3. défices de atenção ou memória
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar se: Com alterações de perceção
Abstinência de opioides - Diagnóstico
A. Presença de qualquer um dos seguintes:
1. Cessação (ou redução) do uso de opioides que foi intenso e prolongado de opiáceos (i.e., várias semanas ou mais)
2. Administração de um antagonista opioide depois de um período de uso de opioides
B. Três (ou mais) dos seguintes sintomas que se desenvolvem em minutos a vários dias após a utilização da substância:
1. humor disfórico;
2. náuseas ou vómitos;
3. dores musculares;
4. lacrimejo ou rinorreia;
5. dilatação pupilar, piloerecção ou sudorese;
6. Diarreia;
7. Bocejo;
8. Febre;
9. insónia
C. Os sinais ou sintomas do critério B causam mal-estar ou défices social, profissional ou noutras área importantes.
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Perturbações relacionadas com sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos - Perturbações
Tabela (10)
Perturbação do Uso de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico
A. Padrão problemático de uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos dois dos seguintes, ocorrendo num período de 12 meses:
1. Os sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos são frequentemente consumido em quantidades maiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos de diminuir ou controlar o uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
3. É despendida uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção, uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso para usar sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos.
5. Uso recorrente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou agravados pelo efeito dos sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
8. Uso recorrente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos em situações sem que é fisicamente perigoso
9. O uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos é continuado apesar de saber que se tem um problema físico ou psicológico recorrente que provavelmente foi causado ou exacerbado por sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
10. . Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apenas sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Um síndrome de abstinência característica do sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos)
b. Os sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos (ou uma substância estreitamente relacionada) são consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos apenas sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão sustentada
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico
A. Uso recente de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
B. Alterações comportamentais e psicológicas desadaptativos clinicamente significativas (por exemplo, comportamento sexual ou agressivo inapropriado, labilidade do humor, compromisso do juízo crítico) que se desenvolvem durante ou pouco depois do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos
C. Um (ou mais) dos seguintes sinais desenvolvem-se durante ou depois do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos:
1. discurso arrastado;
2. Descoordenação;
3. marcha instável;
4. Nistagmo;
5. Défice cognitivo (e.g., atenção ou memória);
6. estupor ou coma
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Abstinência de Sedativos, Hipnóticos ou Ansiolíticos - Diagnóstico
A. Cessação (ou redução) do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos que tem sido prolongado.
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que se desenvolvem dentro de várias horas até 5 dias depois da cessação (ou redução) do uso de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos descrita no Critério A:
1. hiperatividade autonómica;
2. tremor das mãos;
3. Insónia;
4. náuseas ou vómitos;
5. alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas, transitórias;
6. agitação psicomotora;
7. Ansiedade;
8. convulsões de grande-mal
C. Os sinais ou sintomas do Critério B podem causar mal-estar clinicamente significativo ou défices social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Especificar se: Com alterações da perceção
Perturbações Relacionadas com Estimulantes - Pertrubações
Tabela (12)
Perturbação do Uso de Estimulantes - Diagnóstico
A. Padrão de uso de substâncias tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulantes que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
1. O estimulante é muitas vezes consumido em quantidades superiores ou por um período de tempo mais longo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos para diminuir ou controlar o uso de estimulantes
3. É gasto uma grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de estimulantes, uso do estimulante ou a recuperar dos seus efeitos
4. Craving ou forte desejo ou impulso pelo uso de estimulantes
5. Uso recorrente de estimulante resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de estimulantes apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos de estimulantes
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de estimulantes
8. Uso recorrente de estimulantes em situações sem que é fisicamente perigoso
9. Uso estimulantes é continuado apesar de saber ter um problema, físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente foi causado ou exacerbado pelos estimulantes
10. Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de estimulantes para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de estimulantes
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam estimulantes apenas sob supervisão médica adequada
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Um síndrome de abstinência característica estimulantes. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de estimulantes)
b. Os estimulantes (ou uma substância estreitamente relacionada) são consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Nota: este critério não é aplicado para aqueles que tomam estimulantes apenas sob supervisão médica adequada
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Intoxicação por Estimulantes - Diagnóstico
A. Uso recente de substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante
B. Alterações comportamentais ou psicológicas problemáticas, clinicamente significativas (por exemplo, euforia ou embotamento afetivo; hipervigilância; sensibilidade interpessoal; ansiedade; tensão ou raiva; comportamentos estereotipados; compromisso do juízo crítico), que se desenvolveram durante ou pouco depois do uso de estimulantes
C. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, que desenvolveram durante ou ou pouco depois do uso de estimulantes:
1. taquicardia ou bradicardia;
2. dilatação pupilar
3. tensão arterial aumentada ou diminuída
4. sudação ou calafrios
5. náuseas ou vómitos
6. evidência de perda de peso
7. agitação ou lentificação psicomotora
8. fraqueza muscular, depressão respiratória, dor torácica ou arritmias cardíacas
9. confusão, convulsões, discinesias, distonias ou coma
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação por outra substância
Especificar o intoxicante: anfetamina, cocaína ou outro estimulantes
Especificar se: com alterações da perceção
Abstinência de Estimulantes - Diagnóstico
A. Cessação (ou redução) do uso prolongado de substâncias tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante
B. Humor disfórico e 2 (ou mais) das alterações fisiológicas seguintes que se desenvolvem algumas horas a vários dias depois do Critério A:
1. Fadiga
2. Pesadelos vívidos e desagradáveis
3. Insónia ou hipersónia
4. Aumento do apetite
5. Lentificação ou agitação psicomotora
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são mais bem explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Especificar a substância específica que causa o síndrome de abstinência
Perturbações Relacionadas com o Tabaco - Perturbações
Tabela (13)
Perturbação do Uso do Tabaco - Diagnóstico
A. Um padrão problemático de uso de tabaco que conduz a mal-estar ou défices clinicamente significativos manifestado por pelo menos 2 dos seguintes, ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
1. O tabaco é muitas vezes consumido em quantidades maiores ou durante mais tempo do que pretendia
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos de diminuir ou controlar o uso de tabaco
3. É despendida grande quantidade de tempo em atividades necessárias à obtenção de tabaco ou uso de tabaco
4. Craving, ou um forte desejo ou impulso pelo uso de tabaco
5. Uso recorrente de tabaco resultando na incapacidade de cumprir obrigações importantes no trabalho, escola ou em casa
6. Uso continuado de tabaco apesar de saber ter problemas sociais ou interpessoais, persistente ou recorrentes, causados ou exacerbados pelo efeitos do tabaco
7. Desistência ou diminuição da participação em importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso de tabaco
8. Uso recorrente de tabaco em situações sem que é fisicamente perigoso (e.g., fumar na cama)
9. Uso do tabaco é continuado apesar de saber ter um problema físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que provavelmente é causado ou exacerbado pelo tabaco
10. Tolerância, como definida por qualquer dos seguintes:
a. Uma necessidade de quantidades acentuadamente crescentes de tabaco para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. Diminuição acentuada do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de tabaco
11. Abstinência, como manifestada por qualquer dos seguintes:
a. Uma síndrome de abstinência característica do tabaco. (consultar os Critérios A e B dos conjuntos de critérios para Abstinência de tabaco)
b. O tabaco (ou uma substância estreitamente relacionada, tal como nicotina) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Especificar se: em remissão precoce, ou remissão mantida
Especificar se: sob terapia de manutenção
Especificar se: em ambiente controlado
Especificar gravidade atual: Leve: 2-3 sintomas; Moderada: 4-5 sintomas; Grave: 6 ou mais sintomas
Abstinência de Tabaco - Diagnóstico
A. Uso diário de tabaco por pelo menos várias semanas
B. Cessação abrupta do uso, ou redução da quantidade de tabaco usada, seguida nas 24 horas subsequentes por 4 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:
1. Irritabilidade, frustração ou raiva
2. Ansiedade
3. Dificuldade de concentração
4. Aumento de apetite
5. Inquietação
6. Humor deprimido
7. Insónia
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional ou noutras áreas importantes do funcionamento
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica e não são melhor explicados por outra perturbação mental, incluindo intoxicação ou abstinência de outra substância
Perturbações Não Relacionadas com Substâncias: Jogo Patológico - Diagnóstico
A. Comportamento problemático persistente e recorrente, em relação ao jogo que conduz a mal-estar e défices clinicamente significativos, tal como indicado pela exibição pelo de 4 (ou mais) dos seguintes critérios durante um período de 12 meses:
1. Necessidade de jogar com quantias de dinheiro crescentes de modo a atingir a excitação desejada
2. Inquietação ou irritabilidade quando tenta reduzir ou parar de jogar
3. Esforços mal sucedidos de controlar, reduzir ou parar de jogar
4. Preocupação frequente com o jogo (p. Ex., pensamentos persistentes de reviver experiências prévias com o jogo, desvantagens ou planeamento dos próximos jogos, pensar em formas de obter dinheiro para jogar)
5. Jogo frequente quando se sente angustiado (sentimento de desespero, culpabilidade, ansiedade, depressão)
6. Após perdas de dinheiro no jogo, regressa muitas vezes noutro dia para as recuperar (resgate das próprias perdas)
7. Mentir para dissimular a extensão de envolvimento com o jogo
8. Prejudicou ou perdeu ma relações significativas, emprego, ou oportunidades de carreira ou académicas devido ao jogo
9. Depende de terceiros para obter dinheiro para aliviar situações financeiras desesperadas causadas pelo jogo
B. O jogo não é mais bem explicado por um episódio maníaco
Especificar se: episódico ou persistente
Especificar se: em remissão precoce, remissão mantida
Especificar gravidade atual: ligeira 4-5 critérios; moderada, 6-7, grave 8-9
Perturbações alimentares - DSM-IV
DSM-IV – Perturbações do comportamento alimentar
* Anorexia nervosa: Recusa em manter um peso corporal mínimo
* Bulimia nervosa:
o Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva (voracidade)
o Comportamentos compensatórios inapropriados (o vómito, uso de laxantes e diuréticos, exercício físico excessivo ou jejum)
* Autoavaliação associada ao peso e forma corporal / Distorção da imagem corporal e peso comum a ambas
* PCA-SOE
* (Perturbações da Alimentação da primeira infância)
Perturbações alimentares - DSM-5
DSM-5 - Perturbações alimentares e da alimentação
Tabela (15)
Anorexia (AN) e Bulimia (BN) - Informações
Anorexia (AN) e Bulimia (BN)
AN e BN são duas perturbações unidas pela mesma psicopatologia central
Pacientes sobrevalorizam o seu peso e forma corporal
A maioria de nós avalia-se com base em vários domínios – e.g.. Relações, trabalho, família, desporto, etc.
Pacientes com AN e BN julgam-se maioritariamente ou exclusivamente com base no peso, forma corporal e seu controlo
As outras características parecem ser secundárias a esta psicopatologia e suas consequências
AN busca determinada de perda de peso, que sendo bem sucedido, ao ponto de este comportamento não é considerado problemático. Pacientes tendem a ver o peso baixo como uma vitória e não uma doença
BN tentativas semelhantes de perda de peso são boicotadas por frequentes episódios de ingestão incontrolada. Pacientes por vezes descrevem-se como anoréticos falhados
BED E OSFED (Binge Eating Disorder e Other Specific Eating Disorders) - Informações
BED E OSFED (Binge Eating Disorder e Other Specific Eating Disorders)
BED partilha com a BN os episódios de ingestão não controlada, mas as outras características não parecem estar presentes
EDNOS (Eating Disorder Not Otherwise Specified): categoria residual do DSM-IV que representa cerca de 50% dos casos em contextos clínicos
EDNOS –> OSFED no DSM-5
Anorexia Nervosa - Diagnóstico
A. Restrição do consumo energético relativamente às necessidades, conduzindo a um peso significativamente baixo para a idade, sexo, trajetória de desenvolvimento e saúde física. O peso significativamente baixo é definido como um peso corporal abaixo do nível mínimo normal, ou para crianças e adolescentes abaixo do peso mínimo esperado.
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamentos persistentes que interfere com o ganho de peso, mesmo quando tem um peso significativamente baixo
C. Perturbação na própria apreciação do peso ou forma corporal, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação, ou ausência de reconhecimento persistente da gravidade do peso baixo atual.
Especificar:
* Tipo restritivo: Nos últimos 3 meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de ingestão compulsiva ou comportamentos purgativos (i.e., vómito autoinduzido ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Este subtipo descreve apresentações em que a perda de peso é conseguida através de jejum, dieta e/ou exercício excessivo
* Tipo ingestão compulsiva/purga: Durante os últimos 3 meses o indivíduo envolveu-se em episódios recorrentes de ingestão compulsiva ou comportamentos purgativos (i.e., vómito autoinduzido ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas).
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual (em crianças deve usar-se percentis de BMI):
* Ligeira: IMC ≥17 kg/m2
* Moderada: IMC 16-16.99 kg/m2
* Grave: IMC 15-15.99 kg/m2
* Extrema: IMC ≤ 15 kg/m2
Bulimia nervosa - Diagnóstico
A. Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva. Um episódio é caracterizado pelos dois seguintes critérios:
1. Comer, num período curto de tempo (por exemplo, num período até 2 horas), uma quantidade de alimentos que é sem dúvida superior à que a maioria dos indivíduos comeria num período de tempo semelhante e nas mesmas circunstâncias
2. Sensação de perda de controlo sobre o ato de comer durante o episódio (por exemplo, sentimento de incapacidade para parar de comer ou controlar a quantidade e qualidade dos alimentos).
B. Comportamento compensatório inapropriado recorrentes para prevenir o ganho ponderal, tal como indução de vómito; mau uso de laxantes, diuréticos, enemas ou outros medicamentos; jejum; ou exercício físico excessivo.
C. A ingestão compulsiva de alimentos e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem ambos, em média, pelo menos 1 vez por semana durante um período de 3 meses.
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pelo peso e forma corporais.
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante os episódios de Anorexia Nervosa
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual: Ligeira: em média 1-3 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Moderada: em média 4-7 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Grave: em média 8-13 episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana; Extrema: em média 14 ou mais episódios de comportamento compensatório inapropriado por semana
Perturbações Alimentares - Especificadores de tipo do DSM-IV desapareceram no DSM5
Especificadores de tipo do DSM-IV desapareceram no DSM5:
* Tipo Purgativo: durante o episódio atual de Bulimia Nervosa a pessoa induz regularmente o vómito ou abusa de laxantes, diuréticos ou enemas.
* Tipo Não Purgativo: durante o episódio atual de Bulimia Nervosa a pessoa usa outros comportamentos compensatórios inapropriados, tais como jejum ou exercício físico excessivo, mas não induz o vómito nem abusa de laxantes, diuréticos e enemas.
Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva - Diagnóstico
A. Episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva. Um episódio é caracterizado pelos 2 critérios seguintes : – 1. Comer, num período curto de tempo (por exemplo, num período até 2 horas), uma quantidade de alimentos que é sem dúvida superior à que a maioria dos indivíduos comeria num período de tempo semelhante e nas mesmas circunstâncias – 2. Sensação de perda de controlo sobre o ato de comer durante o episódio (por exemplo, sentimento de incapacidade para parar de comer ou controlar a quantidade e qualidade dos alimentos).
B. Os episódios de ingestão compulsiva associam-se a 3 (ou mais) dos seguintes sintomas: – 1. Ingestão muito mais rápida que o habitual – 2. Comer até se sentir desagradavelmente cheio; – 3. Ingestão de grandes quantidades de comida apesar de não sentir fome; – 4. Comer sozinho por se sentir envergonhado pela sua voracidade; – 5. Sentir-se desgostoso consigo próprio, deprimido ou com grande culpabilidade depois da ingestão compulsiva.
C. Mal estar marcado ao recordar as ingestões alimentares compulsivas
D. As ingestões alimentares compulsivas têm lugar, em média, pelo menos 1 vez por semana durantes 3 meses.
E. A ingestão alimentar compulsiva não se associa ao uso regular de comportamentos compensatórios inapropriados como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante a evolução de bulimia nervosa ou anorexia nervosa.
Especificar se: Em remissão parcial; Em remissão completa
Especificar gravidade atual: Ligeira: em média 1-3 episódios de ingestão compulsiva por semana; Moderada: em média 4-7 episódios de ingestão compulsiva por semana; Grave: em média 8-13 episódios de ingestão compulsiva por semana; Extrema: em média 14 ou mais episódios de ingestão compulsiva por semana
Outras perturbações alimentares e da alimentação específicas
Anorexia atípica: Todos os critérios de anorexia exceto o peso que se encontra nos valores normais
Bulimia Nervosa (de baixa frequência e/ou duração limitada): Todos os critérios de bulimia nervosa exceto que os episódios de ingestão alimentar compulsiva e comportamentos compensatórios ocorrem, em média, menos de 1 vez por semana e/ou há menos de 3 meses
Perturbação de ingestão compulsiva (de baixa frequência e/ou duração limitada): Todos os critérios de Perturbação de ingestão compulsiva exceto que os episódios de ingestão alimentar compulsiva ocorrem, em média, menos de 1 vez por semana e/ou há menos de 3 meses
Perturbação purgativa: Uso recorrente de comportamentos purgativos para influenciar o peso ou forma corporal, na ausência de ingestão compulsiva.
Síndrome de ingestão noturna: Episódios recorrentes de alimentação noturna, tal como manifestado por comer depois de despertar de um sono, ou por ingestão excessiva depois da refeição noturna. Existe consciência e memória de ter comido. O síndrome de ingestão noturna não é melhor explicado por influências externas como alteração no ciclo de sono vigília individual ou por normas sociais locais. A ingestão noturna causa perturbação significativa ou comprometimento no funcionamento. A perturbação não é melhor explicada por perturbação de ingestão compulsiva, ou outra perturbação mental ou ao efeito de uma medicação
Perturbações alimentares - Aspetos Importantes
- Definir ingestão excessiva e episódios bulímicos
- Preocupação com o peso
- Preocupação com a forma
- Peso baixo e IMC
Tabela (17)
Ver preocupação com o peso (17)
Ver preocupação com a forma (17/18)
Ver escala de cotação (18)
Ver IMC (18)
Sinais de Anorexia Nervosa
Ver tabela (18)
Problemas médicos e físicos associados com AN
Ver tabela (18)
Sinais de Bulimia Nervosa
Ver Tabela (18)
AN e BN - Formulação de CC
Em ambas as PA , os clientes procuram a magreza e a perda de peso. O ganho de peso e a gordura percebida são ativamente evitadas
No centro destas perturbações existe uma tendência para julgar o valor próprio quase, ou mesmo, exclusivamente em termos do que se come, forma, peso corporal e o controlo destas dimensões
Em vez, de o fazer a partir de outras fontes: e.g. relações interpessoais, trabalho, família, desporto, capacidades artísticas, etc.
Uma das distorções cognitivas mais frequentes é a baixa autoestima e o perfeccionismo
Ver imagens (19)
Pica - Diagnóstico
A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, por um período de pelo menos 1 mês
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao nível de desenvolvimento
C. O comportamento alimentar não faz parte de práticas sancionadas culturalmente
D. Se o comportamento alimentar ocorrer exclusivamente durante a evolução de outra perturbação mental (e.g., perturbação intelectual, perturbação do espectro autista, esquizofrenia), ou estado físico geral, incluindo gravidez, é suficientemente grave para requerer atenção clínica adicional.
Mericismo (Perturbação de ruminação) - Diagnóstico
A. Regurgitação repetida de alimentos durante um período de pelo menos 1 mês. Os alimentos regurgitados pode ser novamente mastigados, engolidos ou cuspidos.
B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma doença gastrointestinal associada ou outra condição médica (e.g., refluxo esofágico)
C. O A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de AN, BN, BED, ou perturbação de ingestão alimentar evitante/restritiva.
D. Se os sintomas acontecem no contexto de outra perturbação mental (e.g., perturbação intelectual, ou outra perturbação do neurodesenvolvimento), é suficientemente grave para requerer atenção clínica adicional.
Perturbação de ingestão alimentar evitante/restritiva - Diagnóstico
A. Alteração da ingestão ou alimentação (e.g., aparente falta de interesse em se alimentar ou na comida; evitamento baseado nas características sensoriais dos alimentos, preocupação sobre as consequências aversivas da alimentação) manifestada por incapacidade persistente de atingir as necessidades nutricionais e/ou energéticas associadas a 1 (ou mais) dos seguintes:
1. Perda de peso significativa
2. Deficiência nutricional significativa
3. dependência de alimentação entérica ou suplementos nutricionais orais
4. interferência marcada no funcionamento psicossocial
B. A perturbação não é mais bem explicada por falta de alimentos ou por prática culturalmente aceite
C. O A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de AN ou BN e não há evidência de uma perturbação no modo como o peso e a forma corporal do indivíduo são experienciados
D. A perturbação não é atribuível a um condição médica nem é mais bem explicada por outra perturbação mental. Quando a perturbação alimentar ocorre durante a evolução de outra condição ou perturbação, a gravidade da perturbação alimentar excede aquela habitualmente associada à condição ou perturbação e é suficiente para merecer uma atenção clínica adicional.
Perturbações do Sono-Vigília - Informação clínica relevante
Tabela (20)
Perturbações do Sono-Vigília - Perturbações DSM-IV
Dissónias (anomalias na quantidade, qualidade ou horário do sono) - Ver Tabela (20)
Parassónias (Eventos comportamentais ou fisiológicos anormais ocorrendo em associação com o sono) - Ver Tabela (20)
Perturbações do Sono-Vigília - Perturbações DSM5
Ver Tabela (20)
Perturbação de insónia - Diagnóstico
A. Uma queixa predominante de insatisfação com a qualidade ou quantidade do sono associada a 1 (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Dificuldade em iniciar o sono (em crianças, pode manifestar-se como dificuldade em iniciar o sono sem a intervenção do cuidador).
2. Dificuldade em manter o sono, caracterizada por despertares frequentes ou problemas em voltar a adormecer depois de despertar
3. Despertar precoce com incapacidade de voltar a adormecer
B. A perturbação de sono provoca mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional, educacional, académico, comportamental ou noutras áreas importantes do funcionamento.
C. A dificuldade de sono ocorre pelo menos em 3 noites por semana
D. A dificuldade de sono está presente há pelo menos 3 meses
E. A dificuldade de sono ocorre apesar de oportunidade adequada para dormir
F. A insónia não é mais bem explicada e não ocorre exclusivamente durante o curso de outras perturbações do sono-vigília (e.g., narcolepsia, perturbação do sono relacionada com a respiração, perturbação do ritmo circadiano do sono- vigília ou de uma parassónias)
G. A insónia não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (e.g., droga de abuso ou medicamento)
H. Perturbações mentais e condições médicas coexistentes não explicam adequadamente a queixa predominante de insónia
Perturbação de hipersonolência - Diagnóstico
A. O doente refere sonolência excessiva (hipersonolência) apesar de um período de sono principal de pelo menos 7 horas, com pelo menos 1 dos seguintes sintomas:
1. Períodos de sono recorrentes ou episódios de sono ao longo do mesmo dia;
2. Um episódio principal de sono prolongado superior a 9 horas por dia que não é reparador (i.e., o indivíduo não se sente refrescado)
3. Dificuldade em manter-se completamente acordado após um despertar abrupto
B. A hipersonolência ocorre pelo menos 3 vezes por semana, por pelo menos 3 meses
C. A hipersonolência é acompanhada por mal-estar clinicamente significativo ou défice social, ocupacional, educacional, académico, comportamental ou noutras áreas importantes do funcionamento.
D. A hipersonolência não é mais bem explicada pelo, e não ocorre exclusivamente durante, o curso de outra perturbação do sono (e.g., narcolepsia, perturbação do sono relacionada com a respiração, perturbação do ritmo circadiano do sono-vigília ou de uma parassónia)
E. A hipersonolência não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (e.g., droga de abuso ou medicamento)
F. Perturbações mentais e condições médicas coexistentes não explicam adequadamente a queixa predominante de hipersonolência
Narcolepsia - Diagnóstico
A. Períodos recorrentes de necessidade irreprimível de dormir, de cair no sono, ou fazer sestas que ocorrem ao longo do mesmo dia. Estes devem ter ocorrido pelo menos 3 vezes por semana durantes os últimos 3 meses.
B. Presença de pelo menos 1 dos seguintes:
1. Episódios de cataplexia, definida como (a) ou (b), que ocorrem pelo menos algumas vezes por mês:
a) Nos indivíduos com doença de longa duração, breves (segundos a minutos) episódios de perda súbita bilateral do tónus muscular, com manutenção da consciência, que são precipitados pelo riso ou divertimento
b) Em crianças ou em indivíduos no espaço de 6 meses após a apresentação episódios de caretas espontâneas ou abrir a boca com deglutição atípica, ou uma hipotonia global, sem quaisquer desencadeadores emocionais óbvios
2. Deficiência de hipocreatina (orexina)
3. Polissonografia do sono noturno mostrando latência do sono REM menor ou igual a 15 minutos …
Perturbações do Sono relacionadas com a respiração
Apneia-hipopneia obstrutiva do sono: Caracterizada por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores (faringe)- apneias e hipopneias – durante o sono
Apneia do sono central: Caracterizada por episódios repetidos de apneias e hipopneias durante o sono resultantes de variabilidade do esforço respiratório
Hipoventilação relacionada com o sono: Episódios de respiração decrescida com elevação de CO2
Perturbações do ritmo circadiano de sono-vigília
Alteração do sistema circadiano ou desajuste entre o horário de sono-vigília exigido pelo ambiente e o padrão circadiano de sono vigília do indivíduo
Tipo de atraso de fase do sono: Atraso de mais de duas horas em relação à hora desejada de sono e acordar
Tipo avanço da fase do sono: Padrão adiantado várias horas do desejado ou convencional
Tipo sono-vigília irregular
Tipo sono vigília não de 24-horas: Sincronização anormal entre ritmo circadiano interno e o ciclo de 24 horas de luz-escuridão
Tipo trabalho por turnos
Perturbação de ativação não- REM: Sonambolismo ou terrores noturnos
Perturbação de pesadelo
Perturbação do comportamento no sono REM: Vocalizações ou comportamentos motores complexos durante o sono REM
Perturbação de pernas irrequietas: Necessidade de mexer as pernas acompanhada de desconforto.
Perturbações de sintomas somáticos e perturbações relacionadas - Informações
As perturbações deste grupo partilham a proeminência dos sintomas somáticos associados a mal-estar e comprometimento significativos
Corresponde à reorganização das Perturbações Somatoformes do DSM-IV
O diagnóstico é feito com base na presença de sintomas e sinais (sintomas físicos mais pensamentos, sentimentos ou comportamentos anormais em resposta a esses sintomas) e não com base na ausência de explicação médica para os sintomas (como no DSM-IV)
A característica distintiva não são os sintomas somático por si, mas o modo como o indivíduo os apresenta e reage a estes
Perturbações de sintomas somáticos e perturbações relacionadas - Perturbações
Tabela (22)