Modelos de Intervenção Psicológica Flashcards
História da Gestalt
É uma corrente pertencente à chamada TERCEIRA GRANDE FORÇA EM PSICOLOGIA (humanista-fenomenológico-existencial), como uma reação ao behaviorismo e à psicanálise.
Foi desenvolvida, no pós-guerra, pelo “Grupo dos Sete”, onde se encontrava Friederich Salomon Perls (1893-1970), mais conhecido como Fritz Perls.
Esse grupo foi composto, originalmente, por Fritz Perls, Laura Perls, Isadore From, Paul Goodman, Paul Weisz, Sysvester Eastman e Elliot Shapiro, onde, posteriormente, houve a entrada de Ralph Hefferline .
Em que consiste a Gestalt?
Corrente da psicologia que apresenta um modelo de psicoterapia do contato, da consciência e da relação dialógica, que vê o indivíduo de forma holística (sem separação entre mente e corpo, por exemplo), onde o psicoterapeuta acredita, pelas bases do existencialismo, nos potenciais que o cliente dispõe, para alcançar a experiência significativa positiva, criativa, proveitosa e de responsabilidade para com o seu mundo.
O que significa a palavra Gestalt e quais os seu fundadores?
“Gestalt”: Significa padrão, forma, configuração, no entanto em alemão significa mais do que isso - significa a totalidade da pessoa
Fundadores:
Frederick ‘Fritz’ Perls, Laura Perls and Paul Goodman
Procuraram integrar teorias organísmicas, existenciais e fenomenológicas
O que é a awarenesse e qual a importância para a terapia gestalt?
Conceito fundamental – awareness – inadequadamente traduzido por consciência, na falta de outro termo
“Awareness é uma forma de experienciar. É o processo de estar em vigilante contato com o evento mais importante do campo meio-organismo, com pleno suporte sensório-motor-emocional-cognitivo-energético
Para se estar pleno no mundo, é preciso a cada momento “estar aware”, perceber as próprias necessidades, o contexto, para que se possam fazer as próprias escolhas
O objetivo da Gestalt-terapia é ampliar a awareness
Pela teoria paradoxal da mudança, só se pode mudar, quando se torna aquilo que se é, e não quando se tenta ser algo que não faz parte de si próprio
O Gestalt-terapeuta irá encorajar o seu cliente a mergulhar na sua experiência do momento e a apropriar-se de si mesmo
Na terapia Gestalt os métodos são provocadores, ativos
“Em vez de ficar parado e apenas falar, o cliente é solicitado a participar ativamente de algo, como jogo de papéis, imaginação guiada ou o uso de objetos para auxiliar na comunicação e compreensão.
Participar de exercícios experienciais pode ser uma maneira maravilhosa de se abrir e compartilhar, especialmente quando é difícil encontrar palavras ou quando o cliente tende a processar de maneira mais visual. Os terapeutas da Gestalt compreendem que esses exercícios ajudam a aumentar a consciência.”
Ao cliente é pedido que experiencie as suas emoções e não apenas fale apenas sobre elas
O terapeuta pode colocar questões do tipo:
“O que está a sentir neste momento?” ou
“Como é que isso o faz sentir neste momento?”
“Como é sentir raiva?”
Pilares da Gestalt (Yontef,1999)
Teoria: A experiência da pessoa é explorada no seu contexto.
Fenomenologia: A procura da compreensão pelo que é relatado ou óbvio, e não pelo que é interpretado pelo observador
Diálogo: Uma forma específica de contato (não apenas conversar) que está centrado no que surge na relação e o que emerge desta
O foco na singularidade da experiência
Alguns autores consideram, por isso, a terapia da Gestalt, como um terapia relacional e experiencial
Terapia Gestalt - ideias chave: 1. A experiência influencia a perceção
- A experiência influencia a perceção
Nesta abordagem de terapia centrada no cliente, o terapeuta Gestalt entende que ninguém pode ser totalmente objetivo.
Somos influenciados pelo nosso ambiente e nossas experiências. Não há imposição de julgamento e aceita-se a verdade das experiências de seus clientes.
Terapia Gestalt - ideias chave: 2. Contexto é importante para a Gestalt
- Contexto é importante para a Gestalt
Os psicólogos usam técnicas para ajudar o cliente a tornar-se mais consciente das suas experiências, perceções e respostas aos acontecimentos no aqui e agora.
Em vez de visar especificamente o passado e pedir aos clientes que proponham propositadamente velhas experiências, os terapeutas Gestalt operam a partir de um entendimento que, à medida que os clientes se tornam cada vez mais conscientes, superarão as barreiras existentes. Não há trabalho ou técnica específica, apenas manter espaço para a conscientização do cliente é fundamental nessa abordagem.
Terapia Gestalt - ideias chave: 3. O presente
- O presente
Uma característica principal da Gestalt é o foco no presente.
Na sessão, a relação com o cliente e o terapeuta é fundamental para construir confiança e segurança. À medida que o cliente fala, o psicólogo ajuda o cliente a centrar-se no presente
Um exemplo de técnica para manter um cliente no presente pode incluir algo como perguntar sobre a expressão facial. Ou ainda, solicitar a observação da linguagem corporal enquanto o indivíduo processa um evento ou uma experiência específica.
Parte dessa técnica de sobrevivência é tentar acabar com as emoções negativas ou lembranças dolorosas da situação.
Terapia Gestalt - ideias chave: 4. Autoconhecimento
- Autoconhecimento
Importante ajudar o cliente a aumentar a consciencialização.
O coração da terapia Gestalt é a consciência.
Como diria Frederick Perls, “a consciência em si é a cura”.
Os terapeutas gestaltistas não têm o objetivo de mudar os clientes.
Na verdade, os clientes são incentivados a tornarem-se mais conscientes de si mesmos, permanecendo presentes e processando as coisas no aqui e agora.
A relação de trabalho e colaboração entre terapeuta e cliente é central para o processo de cura na terapia Gestalt.
Exercícios da Terapia Gestalt: 1. Palavras e Linguagem
- Palavras e Linguagem
A atenção à linguagem e tom é importante na terapia Gestalt.
À medida que os clientes aprendem a aceitar a responsabilidade, eles aprendem a usar uma linguagem que reflete um senso de propriedade pessoal em vez de se concentrar nos outros.
Por exemplo, em vez de dizer: “Se ele não fizesse isso, eu não ficaria com tanta raiva!” um cliente pode ser encorajado a dizer: “Eu fico furioso quando ele faz isso porque me faz sentir insignificante e eu não gosto disso”.
O uso de afirmações “eu” é importante na terapia Gestalt
Exercícios da Terapia Gestalt: 2. Cadeira vazia ou duas cadeiras
- Cadeira vazia ou duas cadeiras
Permite ao cliente imaginar e participar de uma conversa com outra pessoa ou outra parte de si. Sentado em frente à cadeira vazia, o indivíduo entra em diálogo como se estivesse a falar com outra pessoa ou com outra parte de si mesmo.
A cadeira vazia pode ser muito útil para extrair perceções importantes, significados e outras informações que podem ajudar os clientes a tornarem-se mais conscientes de sua experiência emocional.
O objetivo do trabalho com as duas cadeiras é trazer o eu experienciador e o crítico interno em contato um com o outro, para que o cliente preste atenção a ambos, para que o “diálogo interno oculto se torne evidente” e para que ocorra uma mudança à medida que o cliente aumenta a autoaceitação e desenvolve novos esquemas cognitivos
Pesquisas empíricas recentes sugerem que a técnica das duas cadeiras é superior a outras intervenções terapêuticas para conflitos internos, conflitos decisórios, conflitos conjugais e questões não resolvidas, e que a técnica das duas cadeiras é tão eficaz quanto as terapias rogerianas e cognitivo-comportamentais
Exercícios da Terapia Gestalt: 3. Linguagem corporal
- Linguagem corporal
Durante uma sessão, o terapeuta da Gestalt pode notar que o cliente está a bater com o pé, a torcer as mãos ou a fazer uma certa expressão facial.
O terapeuta devolve ao cliente o que está a observar e questiona sobre o que está a acontecer naquele momento.
Incorporando a linguagem, o terapeuta pode pedir ao cliente que dê uma voz aos pés, mãos ou expressão facial.
Terapeuta: (percebendo que a cliente está distante e com baixa energia) O que está se destacando para você agora?
Sandra: Minha cabeça parece estar cheia de algodão, eu gostaria de poder simplesmente tirá-la.
Terapeuta: Tenho uma sugestão. Fale como se você fosse o algodão na cabeça de Sandra.
Sandra: Estou enchendo a cabeça de Sandra. Me entulhando em cada canto e não deixando espaço para ela… assim como sua mãe, pai, marido, filhos, trabalho - todas essas malditas responsabilidades que acabam recaindo sobre mim! (A energia aumenta.)
Exercícios da Terapia Gestalt: 4. Exagero
- Exagero
Além de dar voz à linguagem corporal, um terapeuta Gestalt pode indagar sobre a linguagem corporal do cliente.
Se é difícil para a pessoa encontrar palavras para explicar o que está a acontecer, pode ser solicitado que o cliente exagere essa linguagem corporal ou a repita várias vezes seguidas por um período de tempo durante a sessão, para extrair parte de sua experiência no processo.
O cliente e o terapeuta têm oportunidade de processar emoções e mostrar como o cliente pode ter aprendido a dissociar as suas experiências emocionais das suas experiências físicas.
Exercícios da Terapia Gestalt: 5. Localização da Emoção
- Localização da Emoção
Durante a sessão, é comum as pessoas falarem sobre emoções.
Falar de uma emoção é diferente de experimentar uma emoção, que é o que o terapeuta da Gestalt pretendem que o cliente faça durante as sessões.
Quando um cliente fala sobre uma emoção, o psicólogo pode questionar onde sente essa emoção no corpo.
Um exemplo disso pode ser “um buraco no estômago” ou “peito apertado”. Ser capaz de levar a experiência emocional à consciência no corpo
Ajuda o cliente a permanecer no presente e processar as suas emoções de forma mais eficaz.
Emoções - informações
- Emoções são cruciais para a sobrevivência, originando-se na evolução e sendo moldadas por experiências e cultura.
- Biologicamente determinadas, as emoções podem adquirir novos significados pelo contato com o ambiente.
- Automáticas e involuntárias, as emoções, como o medo, desencadeiam reações fisiológicas através de circuitos neurais específicos.
- Além do processamento automático, as emoções humanas são influenciadas pela avaliação cognitiva, reflexão e racionalização.
- Ao longo da evolução, o organismo humano ganhou complexidade, permitindo experiências emocionais ligadas ao passado, futuro e autoavaliação.
- Humanos não são totalmente dominados por emoções; podem experienciar, refletir e agir contrariamente às emoções.
- Como seres sociais, as ideias sobre si mesmos e o mundo geram fortes emoções, influenciando a capacidade de enfrentar situações.
Emoções na terapia focada nas emoções (TFE) - informações
Para a TFE, mais do que algo racional ou irracional, as emoções são o grande sistema de construção de significados das experiências, sendo, portanto, fundamentais para o sentido do self e da auto-organização.
São elas que promovem a sobrevivência e o bem-estar, informando que algo importante está a acontecer.
O medo sinaliza o perigo, a raiva ajuda na proteção, no estabelecimento de fronteiras e na remoção de obstáculos, a tristeza a simbolizar perdas, a comunicar necessidades, e o prazer indica que existe algo que pode oferecer enorme recompensa, levando então à aproximação com o objeto/situação.
Cada emoção define uma forma de relacionamento do organismo com o ambiente, com outro organismo e também com o próprio organismo.
Classificação das emoções segundo a TFE - Primárias adaptativas
São fundamentais para a sobrevivência do organismo, preparando-o para a ação e auxiliando-o a lidar rapidamente com as situações, sendo respostas diretas, úteis e passageiras. Assim que o estímulo ou a situação deixa de ser importante, a emoção também cessa.
Exemplos de emoções primárias são: a raiva numa situação na qual precisamos de nos defender, envolvendo uma disposição para a ação e o medo quando precisamos evitar o perigo e, assim, sair de determinado lugar.
As emoções primárias adaptativas ajudam-nos e devem ser seguidas pela sua capacidade em organizar as nossas ações;
Classificação das emoções segundo a TFE - Primárias desadaptativas
Estão baseadas na história do indivíduo, a partir de vivências traumáticas e aprendizagens passadas. A TFE postula a existência de estruturas de memória que sintetizam elementos afetivos, cognitivos e comportamentais de forma rápida e automática, relacionadas aos mecanismos implícitos, inconscientes e idiossincráticos, formando a base da organização do self.
Estas estruturas de memória, denominadas esquemas emocionais, são o resultado da síntese entre as respostas emocionais inatas e as experiências pessoais, Numa espécie de memória emocional.
Uma vez formadas, elas organizam as experiências e impõem significados às situações
As emoções contidas nos esquemas emocionais são ativadas quando o organismo identifica alguma semelhança entre as situações ou relações atuais a algo que já aconteceu anteriormente.
Passamos a reagir com medo a um animal feroz, mas podemos também temer ser íntimos com alguém, caso os nossos vínculos mais básicos tenham sido recorrentemente inseguros.
Apesar de automáticas, estas não auxiliam na solução de problemas, sendo geralmente acompanhadas de forte ativação emocional e pensamentos catastróficos
Classificação das emoções segundo a TFE - Secundárias
Podem ser consideradas como defesas ou disfarces, derivando da impossibilidade dos indivíduos aceitarem as emoções primárias em função de seu impacto emocional doloroso, reagindo contrariamente e, assim, substituindo-as por outras emoções, transformando a emoção original.
Exemplos de emoções secundárias: raiva erguida como proteção da tristeza e o medo como proteção da raiva. Também podemos ter emoções secundárias por nos sentirmos de determinada forma, como experienciarmos raiva por nos sentirmos fragilizados e vulneráveis.
As emoções secundárias também podem acontecer em resposta às cognições, como a ansiedade decorrente de preocupações excessivas.
Classificação das emoções segundo a TFE - Instrumentais
Instrumentais: São formas que o indivíduo encontra para obter o que deseja, como demonstrar raiva para intimidar os demais ou tristeza para atrair a atenção (Elliot et al., 2004).
TFE: Disfunção Emocional - Fontes
Nem sempre as emoções têm um caráter essencialmente adaptativo. Muitas vezes, a reação emocional pode ser desproporcional às situações, ou aspetos avaliados como simples para a maioria das pessoas terem significados ameaçadores.
A TFE considera que a disfunção emocional é proveniente de quatro fontes principais:
1. a presença de esquemas emocionais
2. a ausência de awareness
3. a incapacidade de regulação emocional
4. problemas na construção da narrativa emocional e do significado
Dificuldades de regulação emocional estão presente não apenas nos indivíduos que sobre-regulam (controlam a emoção excessivamente), perdendo, assim, a capacidade informativa da emoção, mas também naqueles que sub-regulam a emoção (e se sentem invadidos e inundados por ela)
TFE: história e fundadores
A Terapia Focada nas Emoções foi criada no Canadá nos anos 80/90
Fundadores: Leslie S. Greenberg, Laura Rice, Robert Elliott e Jeanne Watson
Apresenta-se como um modelo integrativo de vários princípios de mudança e intervenção decorrentes das terapias humanistas, experienciais e sistémicas, tendo sido aplicada inicialmente a situações de depressão
Ao longo destes ensaios clínicos, a Terapia Focada nas Emoções tem demonstrado a sua eficácia no tratamento da depressão, trauma complexo, conflitualidade conjugal moderada e diferentes perturbações de ansiedade.
Leslie Greenberg, faz clínica privada individual e de casal e orienta encontros de formação na abordagem focada nas emoções.
TFE: o que valoriza?
A TFE valoriza as experiências emocionais, a relação terapêutica e a formação de novos significados dentro do setting terapêutico como os componentes centrais da mudança, retomando, assim, a tradição da terapia humanista de valorização da relação, da validação emocional e da compreensão empática.
TFE: informações de modalidade
- A Terapia Focada nas Emoções é uma modalidade de psicoterapia breve (habitualmente os processos terapêuticos duram 16 a 20 sessões semanais), cujo objetivo é transformar as experiências emocionais centrais que estão implicadas em diversas situações clínicas.
- Desenvolvida nas últimas décadas do século XX, a Terapia Focada nas Emoções integra influências de várias modalidades dentro das terapias humanistas e experienciais (como a Terapia Centrada no Cliente e a Terapia Gestalt)
TFE: evidências
A terapia focada na emoção (TFE) é reconhecida pela Associação Americana de Psicologia (APA) (Society of Clinical Psychology, 2016) como uma terapia baseada em evidências para depressão, revelando também evidências de eficácia no tratamento de traumas complexos, perturbação de ansiedade social, perturbações alimentares, bem como em conflitos familiares e de casais.
TFE: princípio básico (Leslie Greenberg)
A Terapia Focada nas Emoções trabalha sob o princípio básico de que as pessoas devem primeiro chegar a um local antes de o poderem deixár.
Temos que sentir as nossas emoções dolorosas para nos curarmos.
TFE: O que promove?
A Terapia Focada nas Emoções promove a mudança ao nível da experiência emocional, desenvolvendo uma melhor compreensão, aceitação e transformação das emoções mais centrais na nossa vida
Defendem por isso que grande parte das problemáticas clínicas como a depressão, a ansiedade, entre outras, derivam de dificuldades no processamento de emoções específicas que impedem a nossa adaptação aos desafios quotidianos
TFE: Arriving e leaving
A prática clínica da TFE tem foco no processo experiencial dos indivíduos, entendendo que não é possível mudar uma emoção apenas por meio do insight
Considera-se a existência de dois processos básicos: as fases de chegada (arriving) e partida (leaving)
É preciso experienciar as emoções e chegar até elas (arriving) para então podermos entendê-las, transformá-las e nos libertarmos de respostas desadaptativas, automáticas e repetitivas (leaving)
A utilização de processos experienciais, porém, não resulta por si só em bons desfechos no processo de psicoterapia.
Mais do que apenas expressar emoções, a TFE afirma a importância dos aspetos reflexivos: não basta apenas sentir; é preciso também dar sentido à experiência.
Alguns indivíduos podem necessitar de facilitação para a expressão e elaboração das emoções, enquanto outros podem precisar de processos de regulação emocional.
As pessoas têm de compreender o que as suas emoções indicam, para, assim, elaborar as informações em novas narrativas.
TFE: Greenberg
Greenberg (2002) considera as emoções como a chave para a organização dos significados e para a construção do self.
Uma vez acedidas as emoções contidas nos esquemas emocionais, os clientes são auxiliados a tolerá-las, identificar as necessidades emocionais centrais que não foram atendidas e então aceder às suas emoções primárias adaptativas.
Procura-se mudar emoções com outras emoções. A experiência, uma vez sentida e corporificada, é então simbolizada na narrativa, de forma a incluir novos significados.
Os clientes precisam, portanto, construir novas narrativas a partir das suas experiências, da ressonância das emoções em suas vidas, em seus corpos, e não apenas ter insights cognitivos ou alternativas racionais.
TFE: empatia
A empatia tem segundo a perspetiva da TFE, três funções importantes na psicoterapia:
1. Promover a aliança entre cliente e terapeuta, tendo uma função interpessoal;
2. Ajudar a explorar, desconstruir visões e pressupostos do cliente e a construir novos significados;
3. Promover a capacidade dos indivíduos de se autorregularem emocionalmente
TFE e TCC
Terapeuta Cognitivo-Comportamental: “O que é que está a pensar?”
Terapeuta Focado nas Emoções: “O que é que está a sentir?”
A TFE pode complementar o trabalho do clínico cognitivo-comportamental sobretudo com clientes que não beneficiam das intervenções clássicas da TCC
TFE: caráter integrativo
A TFE destaca-se por seu caráter integrativo, sendo um modelo de psicoterapia desenvolvido a partir da aplicação de princípios humanistas, fenomenológicos e construtivistas, com ênfase na relação terapêutica, na empatia e em intervenções experienciais guiadas por marcadores específicos observados durante as sessões.
TFE: objetivo principal
Tem como objetivo principal a reorganização do sistema de significados do paciente a partir de processos experienciais e relacionais desenvolvidos para aceder às emoções