Provas em Espécie Flashcards

1
Q

O que é o corpo de delito?

A

É o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis deixados pela infração penal.

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2
Q

Qual a natureza jurídica do exame de corpo de delito?

A

Tanto o exame de corpo de delito quanto os demais exames periciais têm natureza jurídica de meios de prova, pois funcionam como instrumentos através dos quais as fontes de prova são introduzidas no processo.

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3
Q

O exame de corpo de delito apenas pode ser determinado pela autoridade judicial? Explique.

A

Não. Em regra, o exame pericial pode ser determinado tanto pela autoridade policial quanto pelas autoridades judiciária e ministerial.

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4
Q

O exame de sanidade mental apenas pode ser determinado pela autoridade judicial? Explique.

A

O exame de sanidade mental só pode ser determinado pela autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento.

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5
Q

A perícia requerida pelas partes pode ser negada? Explique.

A

Salvo o exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

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6
Q

O laudo pericial é peça indispensável para o início do processo? Quais as exceções?

A

Em regra, o laudo pericial não é peça indispensável para o início do processo, podendo ser juntado a qualquer momento.
Contudo, existem duas exceções: para os processos penais relativos a drogas é necessário, ao menos, um laudo preliminar de constatação da natureza e quantidade da droga; também, nos crimes contra a propriedade imaterial a queixa ou denúncia deve ser instruída com o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de delito.

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7
Q

Diferencie o exame de corpo de delito direto e o indireto.

A

O exame de corpo de delito direto é o exame pericial propriamente dito, feito por perito oficial (ou dois peritos não oficiais) sobre o próprio corpo de delito.
O exame de corpo de delito indireto, por sua vez, a depender da corrente adotada, pode ser considerado um exame pericial ou um exame judicial (prova testemunhal, documental).

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8
Q

O que acontece caso não tenha sido feito o exame de corpo de delito (direto ou indireto) em um crime não transeunte?

A

Nos crimes que deixam vestígios, se era possível a realização do exame deverá o processo ser anulado (nulidade absoluta), a partir do momento em que o laudo deveria ter sido juntado ao processo.

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9
Q

Os peritos se submetem as regras de impedimento e suspeição? As partes podem intervir na escolha?

A

Aos peritos se aplicam as regras de impedimento e suspeição e as partes não podem intervir na escolha do perito.

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10
Q

A perícia deve ser feita por um perito oficial ou por dois não oficiais. Qual a consequência caso isso não seja feito?

A

Se isso não for feito, haverá nulidade relativa, sendo imprescindível a comprovação do prejuízo e a arguição em momento oportuno.

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11
Q

Em relação as perícias, explique o que é a figura do assistente técnico.
Eles se submetem as regras de impedimento e suspeição?

A

É um auxiliar das partes, com conhecimento técnico, que traz ao processo informações especializadas pertinentes ao objeto da perícia. Por ser um auxiliar das partes, não se pode esperar imparcialidade dele e não se sujeitam às causas de impedimento e suspeição.

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12
Q

Eventual falsidade cometida pelo assistente técnico configura crime de falsa perícia? Explique.

A

Por ser um crime de mão própria que apenas pode ser cometido pelo perito, eventual falsidade do assistente não configuram o crime de falsa perícia, mas pode caracterizar o crime de falsidade ideológica.

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13
Q

De acordo com o CPP, em que momento deve ser feita a autópsia?

A

A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

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14
Q

Como funciona o exame de corpo de delito por precatória?

A

No exame por precatória, a nomeação dos peritos será feita pelo juízo deprecado. Se for uma ação privada com acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juízo deprecante. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.

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15
Q

O que é o interrogatório judicial?

A

É o ato processual por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa e sobre a imputação que lhe é feita. Neste, o acusado exerce seu direito de autodefesa.

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16
Q

Qual a natureza jurídica do interrogatório judicial?

A

Existem diferentes correntes a respeito da natureza jurídica do interrogatório. Atualmente, ganhou reforço a ideia de que se trata de meio de defesa, tendo em vista que o acusado não é obrigado a responder qualquer indagação, por força do direito ao silêncio. Quando o acusado opta por responder as perguntas, há quem entenda que tenha natureza jurídica de fonte de prova, cabendo ao juiz diligenciar a respeito delas.

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17
Q

Em qual momento processual se realiza o interrogatório judicial?

A

Com as modificações trazidas pela reforma processual penal de 2008 e observando o que já era feito no JECrim, o interrogatório passou a ser realizado ao final da instrução processual.

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18
Q

Cite as características do interrogatório judicial.

A

Ato personalíssimo, contraditório, assistido tecnicamente, oral, público, individual, bifásico, protegido pelo direito ao silêncio, com liberdade de autodeterminação e realizável a qualquer momento antes do trânsito em julgado.

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19
Q

O que significa dizer que o interrogatório judicial é um ato bifásico?

A

O interrogatório é um ato bifásico, pois se subdivide em duas partes, a saber: uma parte relativa a pessoa do acusado (também chamado de pregressamento) e outra relativa aos fatos.

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20
Q

O que é o pregressamento? Qual a sua importância?

A

É o interrogatório judicial relativo a pessoa do acusado. Este é importante pois, a partir dele, o magistrado poderá analisar com maior propriedade as circunstâncias judiciais.

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21
Q

O que significa dizer que uma das características do interrogatório judicial é a liberdade de autodeterminação?

A

A liberdade de autodeterminação está relacionada com o respeito à dignidade do acusado, não se admitindo o emprego de nenhum método tendente a extrair uma confissão ou capaz de exercer uma influência indevida sobre a sua liberdade.

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22
Q

O que significa dizer que o interrogatório judicial funciona sob o sistema presidencialista?

A

Quer dizer que o juiz formula as perguntas antes das reperguntas das partes.

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23
Q

Em qual local se realiza o interrogatório judicial?

A

Em regra, se o acusado estiver solto, deve ser realizado na sala de audiências do Fórum. No caso do acusado preso pode ser feito dentro do presídio (desde que garantida a segurança de todos os envolvidos), por videoconferência ou no fórum.

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24
Q

Quais são os requisitos de validade da confissão como meio de prova?

A

Ser feita perante a autoridade competente; ser livre, espontânea e expressa; versar sobre o fato principal; ser verossímil; ter compatibilidade com as demais provas do processo.

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25
Q

Diferencie a confissão extrajudicial da confissão judicial.

A

A confissão extrajudicial é aquela feita fora do processo penal, geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla defesa. Não pode ser a única prova a fundamentar um decreto condenatório porque foi produzida sem a presença dialética das partes.
A confissão judicial, por sua vez, é feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do acusado.

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26
Q

Quais são as características da confissão?

A

Ato personalíssimo, livre, espontâneo, retratável e divisível.

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27
Q

O que significa dizer que a confissão é um ato divisível?

A

É um ato divisível, pois o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e negar o cometimento de outro.

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28
Q

Como o magistrado deve apreciar a confissão, enquanto meio de prova?

A

Ao apreciar a confissão o juiz deve confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade e concordância.

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29
Q

É possível incidir a atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes quando o acusado admite a posse ou a propriedade para uso próprio? Justifique.

A

Não, pois segundo a súmula nº 630, do STJ, a incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes EXIGE O RECONHECIMENTO DA TRAFICÂNCIA PELO ACUSADO, não bastando a mera admissão da posse ou a propriedade para uso próprio.

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30
Q

O ofendido presta compromisso de dizer a verdade? Ele é computado no número máximo de testemunhas?

A

O ofendido não presta compromisso legal de dizer a verdade e não é computado no número máximo de testemunhas.

31
Q

O ofendido pode responder pelo crime de falso testemunho? Explique.

A

O ofendido não responde pelo crime de falso testemunho. Contudo, pode responder pelo delito de denunciação caluniosa.

32
Q

Em quais hipóteses pode ser determinada a condução coercitiva do ofendido?

A

Caso o ofendido tenha sido intimado para prestar suas declarações e não compareça e, também, pode ser determinada para fins de realização de exame pericial, salvo se o exame for invasivo.

33
Q

O que é feito caso a presença do acusado causar algum tipo de constrangimento à vítima podendo prejudicar seu depoimento?

A

Neste caso, é possível que a inquirição da vítima seja feita por meio de videoconferência e, somente na impossibilidade desta forma, será determinada a retirada do acusado, prosseguindo com a presença do seu defensor.

34
Q

O que é a testemunha?

A

É a pessoa desinteressada e capaz de depor que, perante a autoridade judiciária, declara o que sabe acerca dos fatos percebidos por seus sentidos que interessam à decisão da causa.

35
Q

Quem pode depor como testemunha?

A

Qualquer pessoa física pode ser testemunha, desde que seja dotada de capacidade física para depor.

36
Q

Os incapazes podem depor como testemunhas? Explique.

A

A incapacidade jurídica é irrelevante, então, menores de 18 anos, doentes e deficientes mentais podem depor.

37
Q

Quais testemunhas não prestam o compromisso legal de dizer a verdade?

A

Ascendente, descendente, afim em linha reta, cônjuge (ainda que separado), irmão, pais ou filhos adotivos, companheiro, menores de 14 anos, doentes e deficientes mentais não são compromissados.

38
Q

Quais são as características da prova testemunhal?

A

Judicialidade, oralidade, objetividade, retrospectividade e individualidade.

39
Q

O que significa a característica da judicialidade da prova testemunhal?

A

A judicialidade está relacionada ao fato da prova ser produzida em juízo, observando o contraditório e a ampla defesa.

40
Q

O que significa a característica da objetividade da prova testemunhal?

A

A objetividade determina que a testemunha se abstenha de emitir qualquer juízo de valor, salvo quando sua opinião for inerente a própria narrativa do fato delituoso.

41
Q

O que significa a característica da individualidade da prova testemunhal?

A

A individualidade estabelece que as testemunhas sejam inquiridas separadamente, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras. Além disso, serão reservados espaços separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas.

42
Q

A testemunha pode se limitar a ratificar as declarações prestadas na fase policial?

A

O STJ manifestou-se no sentido de que não é possível.

43
Q

Quais são os deveres das testemunhas?

A

Depor, comparecer, prestar o compromisso de dizer a verdade e de comunicar mudança de residência.

44
Q

Qual as punições atribuídas a testemunha que, devidamente intimada, precisa ser conduzida coercitivamente?

A

É possível a imposição de multa, processo criminal pelo delito de desobediência e o pagamento das custas da diligência relacionada à sua condução coercitiva.

45
Q

Quem são os que podem se recusar a depor como testemunhas?

A

Ascendente, descendente, afim em linha reta, cônjuge (ainda que separado), irmão, pais ou filhos adotivos, companheiro.

46
Q

Em quais hipóteses aqueles que podem se recusar a depor como testemunhas acabam depondo?
Eles prestam compromisso?

A

O depoimento ainda assim pode ser prestado em duas hipóteses: quando assim o desejarem e quando não for possível, por outro modo, obterse a prova do fato e de suas circunstâncias. Nesses dois casos, a testemunha não prestará o compromisso.

47
Q

Quem é proibido de depor como testemunha?
Deve prestar compromisso?

A

Pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Caso deponham, precisa prestar compromisso.

48
Q

Diferencie as testemunhas numerárias das extranumerárias.

A

As testemunhas numerárias são aquelas que são computadas para efeito de aferição do número máximo de testemunhas. São arroladas e prestam compromisso. As testemunhas extranumerárias, por sua vez, são as que não são computadas. São elas: as ouvidas por iniciativa do juiz, as que não prestam compromisso legal e as que nada sabem que interesse a decisão da causa.

49
Q

O que é a testemunha ausente?

A

A testemunha ausente é aquela que, por motivo qualquer, não comparece pessoalmente para prestar seu depoimento durante o julgamento do acusado.

50
Q

As declarações prestadas anteriormente pela testemunha ausente são admissíveis em juízo? Explique.

A

O entendimento dominante é que as declarações anteriores da testemunha ausente, em regra, são inadmissíveis em juízo. Contudo, existem exceções: quando houve um ato ilícito praticado pelo acusado ou com o consentimento dele que tenha acarretado a ausência da testemunha e, também, quando esse depoimento anterior foi feito em incidente jurisdicional de produção antecipada de prova

51
Q

O que é a testemunha referida?

A

É aquela que foi mencionada por outra pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado.

52
Q

O que é a testemunha vulnerável?

A

É aquela pessoa que, em virtude das próprias condições pessoas, ou em face da natureza da infração penal praticada contra ela, pode ser intimidada com facilidade, tornando-se incapaz de prestar declarações com liberdade, caso venha a prestar depoimento na presença física do acusado.

53
Q

Em relação a prova testemunhal, o que é o direito ao confronto?

A

É o direito fundamental do acusado de presenciar e participar da colheita da prova oral contra ele produzida em audiência pública.

54
Q

Qual o objetivo do depoimento sem dano?

A

O instituto do depoimento sem dano tem o objetivo de proteger psicologicamente as vítimas infantis, evitando-se que elas sejam revitimizadas por sucessivas inquirições, nos âmbitos administrativo, policial e judicial.

55
Q

O que é a escuta especializada?

A

É o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança ou adolescente perante órgão de rede de proteção, limitado o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de sua finalidade.

56
Q

O que é o depoimento especial?

A

É o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência perante a autoridade policial ou judiciária. Esse depoimento será feito uma única vez seguindo o rito cautelar de antecipação de prova.

57
Q

Em qual momento acusação e defesa apresentam o seu rol de testemunhas?

A

A acusação deve apresentar no momento do oferecimento da peça acusatória. A defesa, por sua vez, deve apresentar quando do oferecimento da resposta à acusação.

58
Q

A parte pode desistir de depoimento de testemunha por ela anteriormente arrolada? E no Tribunal do Júri? Precisa de anuência da parte contrária?

A

Sim, sem necessidade de anuência da parte contrária. No caso do Tribunal do Júri, entretanto, é possível que a parte desista do depoimento antes do início da sessão de julgamento em plenário. Iniciada a sessão, estará condicionada à aquiescência do juiz, dos jurados e da parte adversa.

59
Q

Segundo a redação do art. 212, §único, do CPP, qual a ordem que as testemunhas são inquiridas?

A

A testemunha será colocada, inicialmente, em contato direto com as partes, sendo inquirida, primeiramente, por quem a arrolou (exame direto) e, em seguida, submetida ao exame cruzado pela parte contrária. Posteriormente, o juiz tem a possibilidade de complementar a inquirição quanto aos pontos não esclarecidos.

60
Q

Segundo o entendimento do STJ e do STF, o que acontece caso não seja seguida a ordem de inquirição das testemunhas prevista no CPP?

A

Conforme o entendimento do STJ e do STF, não seguir essa ordem constitui mera nulidade relativa.

61
Q

No caso das testemunhas do juízo, qual a ordem que elas devem ser inquiridas?

A

No caso das testemunhas do juízo, as perguntas devem ser formuladas, inicialmente, pelo juiz que, na sequência, deve franquear as partes (acusação e defesa, nesta ordem) o direito de fazer reperguntas.

62
Q

Na produção da prova testemunhal, quais perguntas o magistrado pode indeferir?

A

O magistrado pode indeferir perguntas que possam induzir a resposta, não tenham relação com a causa ou importem na repetição de outra já respondida.

63
Q

O que é o reconhecimento de pessoas ou coisas?

A

É o meio de prova por meio do qual alguém identifica uma pessoa ou coisa que lhe é mostrada com pessoa ou coisa que já havia visto, ou que já conhecia, em ato processual praticado perante a autoridade policial ou judiciária, segundo o procedimento previsto em lei.

64
Q

Colocar o acusado para participar do reconhecimento de pessoas considera que ele pode estar se autoincriminando? Explique.

A

Como o reconhecimento não demanda qualquer comportamento ativo por parte do investigado ou acusado, este não é considerado autoincriminação.

65
Q

É possível determinar a condução coercitiva do acusado para ele participar do reconhecimento de pessoas?

A

Se o acusado não comparecer é possível que a autoridade policial ou judiciária determine a sua condução coercitiva.

66
Q

Qual a consequência da inobservância do procedimento do reconhecimento de pessoas e coisas?

A

A inobservância do procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado o reconhecimento em juízo.

67
Q

Qual o posicionamento doutrinário e jurisprudencial a respeito do reconhecimento do acusado através de fotografias?

A

O reconhecimento do acusado através de fotografias não encontra previsão legal, porém tem sido admitido pela doutrina e pela jurisprudência, sendo considerado espécie de prova inominada. De acordo com o STF, é possível sua utilização, desde que corroborado por outros elementos de prova, sendo que o procedimento a ser observado é o mesmo do reconhecimento de pessoas.

68
Q

O que é a acareação?

A

É o ato processual consistente na confrontação das declarações de duas ou mais pessoas, já ouvidas, e destinado a obter o convencimento do juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas foram divergentes.

69
Q

Quais são os requisitos para que possa ser feita a acareação?

A

As pessoas acareadas devem ter prestado suas declarações perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias e, também, deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas.

70
Q

Em que momento pode ser realizada a acareação?

A

Pode ser realizada tanto na fase investigatória quando no curso da instrução criminal.

71
Q

O juiz indeferir a realização de acareações é considerado cerceamento de defesa? Explique.

A

Como raramente a acareação leva à solução das divergências, o juiz pode indeferir sua realização, caso entenda que se trata de diligência protelatória ou desnecessária, o que não caracteriza cerceamento de defesa.

72
Q

O que é a busca? O que é a apreensão?

A

A busca tem o objetivo de encontrar objetos ou pessoas. A apreensão é uma medida de constrição, colocando sob custódia determinado objeto ou pessoa.

73
Q

Quem pode determinar a busca de natureza pessoal? E a busca domiciliar?

A

A busca de natureza pessoal pode ser determinada pela autoridade policial ou pela autoridade judiciária. A busca domiciliar, por sua vez, somente a autoridade judiciária competente poderá expedir o respectivo mandado.