Problema 5 Flashcards

1
Q

apendicite - epidemio

A
  • emergência mais comum em cirurgia geral de abdome
  • maior frequência entre 10-19 anos
  • mais prevalente no sexo masculino
  • complicação mais comum é a perfuração
    HARRISON
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2
Q

apendicite - fisiopatologia

A
  • a obstrução do lúmen apendiceal parece ser uma etapa importante da patogênese da apendicite
  • a obstrução provoca proliferação bacteriana e distensão do lúmen intestinal, elevando a sua pressão
  • a distensão luminal provoca a dor visceral, experimentada como dor periumbilical
  • o dano à drenagem venosa e linfática leva à isquemia e necrose da mucosa, podendo evoluir para perfuração e gangrena do apêndice
    HARRISON E SABINSTON
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3
Q

características da perfuração do apêndice

A
  • ocorre após 48 horas do início dos sintomas, acompanhado de abscesso para impedir o processo inflamatório
  • se o abscesso romper, instala-se um quadro de peritonite e choque séptico
    SABINSTON
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4
Q

apendicite - quadro clínico

A
  • A localização anatômica do apêndice influencia diretamente o tipo de apresentação clínica do paciente
  • principais sintomas:
  • dor abdominal
  • anorexia
  • náuseas e vômitos
  • outros sintomas:
  • febre
  • constipação
  • diarreia
  • sinais urológicos (a depender da localização do apêndice)
    HARRISON
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5
Q

apendicite pélvica - QC e exame pélvico

A
  • pacientes com apendicite pélvica têm mais chance de apresentar disúria, frequência urinária, diarreia ou tenesmo
  • Nas mulheres, o exame pélvico é obrigatório para descartar condições que afetam os órgãos uroginecológicos simulando apendicite, como
    DIP, gestação ectópica e torção de ovário.
    HARRISON
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6
Q

posição do paciente com apendicite

A
  • pacientes com apendicite são encontrados deitados e imóveis, a fim de evitar a irritação peritoneal causada pelo movimento
    HARRISON
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7
Q

Sinal de Rovsing

A
  • A palpação do quadrante inferior esquerdo causa dor no quadrante inferior direito
  • apendicite
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8
Q

Sinal de Blumberg

A
  • dor à descompressão brusca da parede abdominal no ponto apendicular, mais conhecido como ponto de McBurney
  • apendicite
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9
Q

Sinal do iliopsoas

A
  • A extensão do quadril direito causa dor ao longo do dorso posterolateral e quadril
  • apendicite retrocecal
    HARRISON
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10
Q

Sinal do obturador

A
  • A rotação interna do quadril causa dor
  • sugere a possibilidade de um apêndice inflamado localizado na pelve
    HARRISON
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11
Q

Sinal de Lapinsky

A
  • dor à palpação profunda no ponto de McBurney com membro inferior direito hiperestendido e elevado.
  • apendicite
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12
Q

Sinal de Lenander

A
  • Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C
  • apendicite
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13
Q

exames laboratoriais na apendicite

A
  • exames laboratoriais não identificam pacientes com apendicite
  • leucócitos moderadamente elevados
  • desvio à esquerda
  • exame de urina para excluir condições urogenitais que simulam apendicite
  • teste de gravidez em mulheres em idade fértil
    HARRISON
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14
Q

Radiografia para apendicite

A
  • raramente é útil
  • não ser solicitado de rotina
  • ser solicitado quando suspeitar de complicações, como obstrução intestinal, perfuração da víscera
    HARRISON
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15
Q

Ultrassonografia para apendicite

A
  • eficácia depende do examinador
  • apêndice pode não ser visualizado
  • mais útil para a identificação de patologia pélvica das mulheres
  • alterações ultrassonográficas que sugerem a presença de apendicite: espessamento de parede, aumento do diâmetro do apêndice e presença de líquido livre
    HARRISON
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16
Q

TC para apendicite

A
  • pode ser útil quando há dúvida quanto ao diagnóstico
  • técnica mais confiável para avaliar a gravidade da apendicite aguda quando não há sinais peritoneais indicativos de perfuração, abscesso ou neoplasia
  • anormalidades sugestivas à TC incluem dilatação > 6 mm com espessamento de parede, um lúmen que não se enche com contraste entérico e espessamento de gordura ou ar ao redor do apêndice, sugerindo inflamação
  • presença de ar ou contraste no lúmen intestinal não é compatível com o diagnóstico de apendicite
  • achados na TC aumentam com a gravidade da doença
  • mais valiosa em idosos, onde o QC é mais confuso e apendicectomia acarreta maior riscos
    HARRISON E SABINSTON
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17
Q

etiologia apendicite

A
  • fecálitos
  • resíduos alimentares parcialmente digeridos
  • hiperplasia linfoide
  • fibrose intraluminal
  • tumores
  • bactérias, vírus
  • doença inflamatória intestinal
    HARRISON
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18
Q

linfadenite mesentérica definição

A
  • condição inflamatória dos gânglios linfáticos mesentéricos que pode apresentar dor abdominal aguda ou crônica
  • é considerada presente se um grupo de três ou mais gânglios linfáticos, cada um medindo 5 mm ou maior, é detectado no mesentério do quadrante inferior direito.
  • Como os linfonodos geralmente estão no quadrante inferior direito, a linfadenite mesentérica às vezes simula apendicite
    UPTODATE E ARTIGO SV
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19
Q

linfadenite mesentérica - etiologia

A
  • gastroenterite viral e bacteriana (por exemplo, Yersinia enterocolitica),
  • doença inflamatória intestinal
  • linfoma
  • infecção viral é mais comum
  • crianças com infecção do trato respiratório superior, popularizou a teoria de que o escarro carregado de patógenos deglutido pode ser a fonte primária de infecção
    UPTODATE E ARTIGO SV
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20
Q

linfadenite mesentérica - QC

A
  • dor abdominal em QID
  • febre (mais alta que na apendicite)
  • diarreia
  • menos achados de apendicite (isto é, vômitos, migração da dor, sensibilidade à percussão, sensibilidade à dor de rebote ou sinal de Rovsing)
    UPTODATE
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21
Q

linfadenite mesentérica - diagnóstico

A
  • diagnosticada por ultrassonografia que mostra linfonodos abdominais (maiores que 8 mm de diâmetro)
  • A presença de linfonodos aumentados no não exclui, por si só, o diagnóstico de apendicite; é necessário demonstrar também um apêndice normal
    UPTODATE
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22
Q

linfadenite mesentérica - tratamento

A
  • cuidados de suporte, incluindo controle da dor e hidratação adequada
  • A dor abdominal que ocorre em crianças com linfadenite mesentérica geralmente desaparece dentro de uma a quatro semanas
    UPTODATE
23
Q

escore de Alvarado (apendicite)

24
Q

Classificação apendicite

25
linfadenite mesentérica fisiopatologia
- os agentes microbianos tem acesso aos gânglios linfáticos por meio dos vasos linfáticos intestinais, e aí eles se proliferam - dependendo da virulência do patógeno invasor, provocam graus variados de inflamação e, ocasionalmente, formam pus ARTIGO SALA VIRTUAL
26
linfadenite mesentérica - microscopicamente
- linfonodos apresentam hiperplasia - na infecção supurativa, necrose com numerosas células pus. ARTIGO SALA VIRTUAL
27
linfadenite mesentérica epidemio
- afeta igualmente homens e mulheres. - mais comum em meninos do que em meninas - mais comum em crianças e adolescentes com menos de 15 anos - esta condição durante a infância ou adolescência está ligada a um risco significativamente reduzido de colite ulcerosa na idade adulta - 20% dos pacientes submetidos à apendicectomia apresentam adenite mesentérica ARTIGO SV
28
linfadenite mesentérica complicações
- desequilíbrio eletrolítico em pacientes com diarreia grave, náuseas e vômitos - Formação de abscesso - Peritonite - Sepse ARTIGO SV
29
orientações ao paciente na linfadenite mesentérica
- explicar a natureza benigna da doença aos pacientes - explique também que eles devem procurar atendimento médico imediato em cada caso para excluir outras etiologias mais emergentes. - Em casos de infecção por Yersinia, instrua os pacientes a evitar leite não pasteurizado, carne de porco crua ARTIGO SV
30
DIP - definição e doenças
causada pela infecção polimicrobiana do trato genital superior, originária de foco uretral, vaginal ou cervical - endometrite, salpingite, pelviperitonite, ooforite, abscesso tubo-ovariano ARTIGO SV
31
DIP - etiologia (microbiologia)
- Neisseria gonorrhoeae - Chlamydia trachomatis - Mycoplasma genitalium
32
DIP - fatores de risco
- Vários parceiros - DST no parceiro - Idade (15-25 anos) - DIP anterior - DIU -> risco de DIP limita-se principalmente às primeiras três semanas após a inserção do DIU e está associado à introdução física do dispositivo UPTODATE
33
DIP - patogênese
- O canal endocervical funciona como uma barreira protegendo o trato genital superior dos organismos do ecossistema vaginal dinâmico. - A infecção endocervical com patógenos sexualmente transmissíveis pode romper essa barreira. - O distúrbio dessa barreira fornece acesso de bactérias vaginais aos órgãos genitais superiores, infectando o endométrio, depois a endossalpinge, os ovários, o peritônio pélvico e seu estroma subjacente UPTODATE
34
DIP - QC
- corrimento vaginal purulento - dor abdominal infraumbilical ou dor pélvica - febre - sangramento uterino anormal - dispareunia - disúria - náuseas ou vômitos MEDCURSO
35
DIP - exame físico
- dor pélvica exacerbada com manobras de palpação do hipogástrio - toque vaginal -> dor à mobilização do colo uterino - pode ser encontrado massa palpável nas fossas ilíacas (abscesso tubo-ovariano) - dor à mobilização do colo uterino MEDCURSO e ARTIGO SV
36
DIP - exames laboratoriais
- teste de gravidez -> descartar gravidez ectópica ou abortamento - hemograma -> leucocitose - VHS e PCR elevados - EAS ou urinocultura -> afastar infecção do trato urinário - cultura da endocérvice para detecção de gonococo ou clamídia MEDCURSO e ARTIGO SV
37
DIP - critérios diagnósticos
- Maiores: dor abdominal infraumbilical ou pélvica, dor à palpação dos anexos e dor à mobilização do colo uterino - Menores: febre, conteúdo vaginal anormal, massa pélvica, leucocitose, PCR ou VHS elevado - Elaborados: evidência histopatológica de endometrite, presença de abscesso tubo-ovariano e laparoscopia com evidência de DIP - o diagnóstico pode ser por 1 critério elaborado OU 3 critérios maiores e 1 menor MEDCURSO
38
DIP - exames de imagem e outros exames
- ultrassonografia abdominal e pélvica - RM - outros exames: laparoscopia, biópsia do endométrio
39
doença diverticular - fisiopatologia
- divertículos ocorrem no ponto em que as artérias nutrientes, ou vasos retos, penetram na muscular própria, resultando em uma falha na integridade da parede do cólon. - Essa falha anatômica pode resultar da zona de pressão relativamente alta dentro da camada muscular do cólon sigmoide - contrações de maior amplitude, combinadas com as fezes endurecidas e ricas em gorduras dentro do lúmen sigmoide resultam na formação desses divertículos HARRISON
40
local que são mais formado divertículos e do pq serem mais formados nesse local
- local: cólon sigmóide - são mais formados nesse local, por conta da lei de Laplace, que fala que quanto mais estreito a luz do cólon, maior é a pressão intraluminal - o cólon sigmóide é o lugar mais estreito, assim tem um maior aumento de sua pressão, ocasionando o aparecimento de divertículos SANAR
41
forma hipertônica da doença diverticular
- pseudodivertículos - forma mais comum - indivíduos jovens - baixa ingesta hídrica e de fibras na dieta - sigmoide é o segmento mais afetado - QC -> cólicas, desconforto abdominal e dificuldade para evacuar - complicação -> infecção, decorrente da perfuração, gerando diverticulite SANAR
42
forma hipotônica da doença diverticular
- divertículos verdadeiros - acomete mais idosos - ocorre por causa de fraquezas na parede intestinal, causadas pela deficiência na produção de colágeno - QC -> hemorragia - 70 a 75% das vezes o sangramento cessa espontaneamente - SANAR
43
definições diverticulose, doença diverticular e diverticulite
- diverticulose -> Quando a ocorrência de divertículos nos cólons não gera sintomas - doença diverticular -> A partir do momento a presença de divertículos gera sintomas, onde, são sintomas inespecíficos - diverticulite -> resultado da perfuração do divertículo colônico
44
QC de diverticulite não complicada
- febre - anorexia - dor no quadrante inferior esquerdo do abdome - constipação - leucocitose - 75% dos casos HARRISON
45
QC da diverticulite complicada
- Abscesso - perfuração - fistula - obstrução - estenose - leucocitose - 25% dos casos HARRISON E ARTIGO SV
46
classificação de Hinchey
47
etiologia diverticulite
- falta de fibras alimentares - dieta rica em carne vermelha e gordura - tabagismo - AINES - obesidade
48
radiografia na diverticulite
- pneumoperitônio pode ser visto em 11% dos pacientes com diverticulite aguda. - Dilatação dos intestinos grosso e delgado ou íleo paralítico - Obstruçãointestinal - Densidades em tecidos moles sugestivas de abscessos ARTIGO SV
49
TC na diverticulite
- Espessamento da parede intestinal - gordura mesentérica raiada - abscesso associado ARTIGO SV
50
complicações apendicite
- perfuração - abscessos - obstrução
51
complicações diverticulite
- obstrução - abscesso - perfuração - fístula
52
tratamento apendicite
- sempre cirúrgico (APENDICECTOMIA) - preparo pré-operatório: hidratação + correção de distúrbios hidroeletrolíticos + antibióticos profiláticos (devem receber antibióticos profiláticos dentro de uma "janela" de 60 minutos antes da incisão inicial) - uma dose única de antibiótico pré-operatório para profilaxia da ferida cirúrgica é adequada - Cefazolina 2g IV + Metronidazol 500mg IV
53
tratamento diverticulite
- depende do estadiamento realizado por TC com contraste (escala de Hinchey) - Hinchey 1 -> antibioticoterapia - Hinchey 2 -> drenagem guiado por punção - Hinchey 3 -> laparotomia ou Hartmann - Hinchey 4 -> cirurgia de Hartmann