Primavera dos Povos Flashcards
Monarquia francesa após a Convenção de Viena.
De acordo com o princípio da legitimidade, o trono francês voltoi a ser ocupado pela família Bourbon. Assim, em 1815, Luís XVIII assumiu o poder.
Luís XVIII procurou governar de forma moderada, fazendo concessões a grupos liberais. Ex: Constituição de 1814.
Após sua morte, Carlos X assume o trono.
Constituição francesa de 1814.
Apesar de aparentemente liberal, apresentava algumas limitações.
- Igualdade perante a lei
- Liberdade de imprensa
- Liberdade religiosa
- Eleições para o legislativo
- Restrito critério censitário para exercício do voto
- Concentração de poder nas mãos do rei
Carlos X.
Tinha fortes vículos com o clero e a aristocracia retrógrada.
Tentou fazer mudanças nas leis em 1830, visando o fim da liberdade de imprensa, o fechamento da Assembleia Legislativa, maiores restrições ao direito a voto.
Tal fato precipitou a Revolução de 1830.
Revolução de 1830.
Pode ser considerado um movimento de inspiração burguesa, pois, apesar da participação das camadas populares, resultou no estabelecimento de um regime monárquico liberal encabeçado por Luís Felipe.
Serviu de motivação para movimentos revolucionários de caráter liberal e nacionalista em outros países europeus naquele mesmo ano,
Luís Felipe.
Governou entre 1830 e 1848. Ficou conhecido como “o rei burguês”.
Buscou consolidar um regime constitucional francamente liberal (ainda que fundado na manutenção do voto censitário) e garantir as liberdades individuais.
Efrentou crescente oposição de grupos conservadores, articulados no bloco bonapartista, e populares, tanto republicanos quando socialistas.
As péssimas colheitas desde 1846 e, pricipalmente, a praga que afetou as plantações de batata resultaram em fome generalizada. Foi o estopim da Revolução de 1848.
Política dos banquetes.
A continuidade da expansão econômica e do processo de industrialização na França levou à progressiva formação de uma massa operária cada vez mais articulados em torno de propostas populares radicais.
Durente o governo de Luís Felipe, esses grupops realizavam reuniões de oposição ao rei disfarçadas de refeições coletivas. Essa tática ficou conhecida como “política dos banquetes”
A Primavera dos Povos.
Nesse movimento encontram-se pela primeira vez as três grandes ideologias que mobilizaram a vida social e intelectual européia no século XIX: socialismo, liberalismo e nacionalismo.
Revolução de 1848 (França).
Em fevereiro de 1848, o povo saiu às ruas e ergueu barricadas, sob a liderança do socialista utópico Louis Blanc.
Defendendo um regime republicano e contando com o apoio das tropas enviadas para reprimir o movimento, os revolucionários conseguiram forçar a abdicação de Luís Felipe e a proclamação da República.
Segunda República (França). Governo provisório.
Foi estabelecido um governo provisório, em que se destacavam o poeta Lamartine, o jornalista e historiador Auguste Blaquini e o operário Albert.
O novo regime implementou medidas populares, como a redução da jorada de trabalho, o sufrágio universal masculino e a inauguração das Oficinas Nacionais (fábricas estatais administradas por operários, criadas para absorver a mão-de-obra desempregada).
Segunda República (França). Eleições de abril.
O prosseguimento da crise econômica, as divisões no interior do governo provisório e a articulação das oposições em um “Partido da Ordem”, acabaram resultando em expressiva vitória da burguesia nas eleições e, em seguida, na violente repressão e grupos socialistas radicais.
Em julho de 1848, o general Cavaignac liderou tropas que invadiram Paris e massacraram milhares de trabalhadores.
Segunda República (França). Luís Bonaparte.
Em dezembro de 1848, Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão, foi eleito presidente.
Tinha um compromisso com setores conservadores (burgueses) e um forte carisma e apelo popular.
Em 1852, antes do final de seu mandato de 4 anos, Luís Bonaparte deu um golpe: articulando a burguesia com setores do exército, aboliu a República e abriu caminho para a implantação de um novo regime imperial.
Ps: Karl Marx chamou o golpe de O 18 de Brumário de Luís Bonaparte.
Segundo Império (França).
Em 1852, Luís Bonaparte proclamou o Segundo Império Francês e passou a governar com o título de Napoleão III.
Fez um governo voltado para a burguesia, mantendo as políticas que favorecam a expansão econômica e o prosseguimento do processo de industrialização.
Uma das principais iniciativas foi a urbanização de Paris (projeto dirigido pelo prefeito, o barão Haussmann).
Política externa agressiva. Napoleão III tentava ampliar a influência francesa e seu prestígio pessoal, eventualmente comandando tropas nos conflitos em que envolveu seu país.
Conflitos em que Napoleão III envolveu a França.
- Guerra da Criméia (1854-1856), em que aliou-se à Inglaterra contra a Rússia.
- Intervenção no sudeste Asiático seguida do estabelecimento de uma colônia francesa na região (Vietnã, 1858)
- Envio de tropas para a Itália a fim de combater a presença austríaca na região (1859) - essa iniciativa fazia parte da política das nacionalidades, visando o apoio a movimentos de emancipação nacional.
- Intervenção na China (1860)
- Intervenções no México (1862-1867) - apoiou o estabelecimento de um regime imperial encabeçado pelo príncipe austríaco Maximiliano. (Essa intervenção contrariou frontalmente os interesses norte-americanos, expressos na Doutrina Monroe de 1823)
Independência da Belgica.
Pelo Acordo de Viena de 1815, a Bélgica foi submetida ao governo da Holanda. As diferenças de língua, nacionalidade, religião e interesses econômicos, combinadas com a tirania do rei holandês, incitaram os belgas a proclamarem sua independência em 1830.
A revolta foi vista com simpatia pelo novo governo da França e também pelos ingleses, que esperavam beneficios para seu comércio.
Em 1831, foi firmado em Londres um acordo internacional que reconhecia a independência da Bélgica como monarquia constitucional.
Em 1839, a independência e a neutralidade da Bélgica foram garantids por todas as grandes potências.
Movimento revolucionário de 1830 na Itália.
Instalaram-se revoltas nos Estados Pontifícios contra Gregório XVI, um reacionário amigo dos Habsburgos.
Em Parma e Módena, estouraram revoltas contra os títeres austríacos que ali governavam.
Em todos os casos, tropas austríacas foram chamadas à cena e restauraram sem demora os governos depostos.
O único resultado duradouro foi estimular o nacionalismo italiano e despertar o ódio aos austríacos.