PREVENTIVA Flashcards
Modelo unicausal das doenças - Biomédico
1 germe ou falta de 1 elemento ou 1 toxina ou desregulação de 1 hormônio causam uma doença e normalizar isso resolve o problema.
Indivíduo - patógeno - hospital - médico.
(Koch/Pasteur)
Modelo multicausal das doenças - tríade ecológica
Desregulação na interação entre hospedeiro - agente - meio ambiente causa as doenças
Modelo multicausal das doenças - HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS.
Definição HND
HND - Conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
Período pré patogênico
Anterior ao adoecimento (processo fisiopatológico)
Indivíduo saudável, porém as condições para o adoecimento (fatores de risco) estão no ambiente e na genética individual.
Aqui atua a: promoção / prevenção primária
Período patogênico
Interação entre o estímulo patogênico e o indivíduo levando ao agravo.
Dividido em pré clínico e clínico.
HND - O que separa o período pré patogênico do patogênico?
O marco que divide as etapas mencionadas acima é o início da interação entre os agentes etiológicos, o ambiente e o hospedeiro.
• Antes da interação - saúde - pré patogênico
• Depois da interação - doença - patogênico
HND - Horizonte Clínico
Divido o período patogênico pré clínico do clínico determinando o surgimento dos sinais e sintomas da doença
HND - Período pré clínico
Período patogênico precoce, indivíduo doente, porém assintomático.
Rastreio.
HND - período clínico
Sinais e sintomas - doença se torna reconhecível. Fases:
• Doença precoce discenível
• Doença avançada
• Decorrência final (cura, invalidez, sequela, óbito)
V ou F
Toda doença passa por todas as fases da HND?
Falso
O Relatório ou informe Lalonde – Canadá, 1974, trouxe o conceito de…
Promoção de saúde
Ainda, a noção que os determinantes de saúdes tem 4 componentes: biologia humana, estilo de vida, ambiente e assistência à saúde.
O que a I Conferência Internacional sobre a Promoção de Saúde – Carta de
Ottawa, agregou para saúde?
Aumento do conceito de promoção de saúde, trazendo junto a noção de empoderamento da população como promoção.
5 campos de ação para a promoção de saúde:
1. Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
2. Criação de ambientes favoráveis à saúde;
3. Reforço da ação comunitária;
4. Desenvolvimento das habilidades pessoais;
5. Reorientação do sistema de saúde.
Os campos de ação (Carta de Ottawa) são ações elaboradas para atender os componentes dos campos de saúde (Relatório Lalonde).
Determinantes sociais de saúde
Condições sociais nas quais os indivíduos vivem e trabalham, isto é, é o próprio ambiente social.
Diagrama de Dahlgren & Whitehead - Determinantes de saúde
Conceito e determinantes abordados
Estabelece uma hierarquia entre os determinantes, na qual:
• Base:
1. Idade, sexo e fatores hereditários.
• Proximais (micro):
1. Redes sociais e comunitárias;
2. Estilo de vida dos indivíduos.
• Intermediários (meso): refere-se às condições de vida e trabalho (Educação, Ambiente de trabalho, Desemprego, Água e esgoto; Serviços de saúde; Habitação).
• Distais (macro):
1. Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais.
Em relação ao Diagrama de Dahlgren & Whitehead, 199, as intervenções sociais demonstram ser mais efetivas em qual camada?
Nos macrodeterminantes, em face da influência que exercem sobre os determinantes abaixo na cadeia hierárquica
Diagrama de Solar e Irwin, 2010 - Determinantes sociais
É o mais aceito pela OMS atualmente
Traz 2 grupos determinantes
● Estruturais das desigualdades de saúde (Posição socioeconômica; Classe social; Gênero; Etnia (racismo); Educação; Ocupação).
● Intermediários da saúde (Condições de moradia e trabalho, disponibilidade de alimentos; Fatores comportamentais e biológicos, psicossociais; Sistema de saúde).
Lembre que nesse esquema o sistema de saúde é intermediário e não estrutural!
Saúde Única (One Health) - Conceito
Integração da saúde humana, animal e o meio ambiente em direção à predição e o controle das doenças, e suas interfaces humano-animal-ecossistemas.
Multiprofissional (biólogos, médicos, agrônomos, ambientalistas).
Saúde Planetária – Conceito
Busca do mais alto padrão atingível de saúde, bem- estar e equidade em todo o mundo.
É um novo esforço para tratar da questão da sustentabilidade e da vida humana no planeta, sob uma ótica mais integrativa, multidisciplinar e global.
Prevenção primária
O principal objetivo é impedir que os indivíduos sofram a ação dos fatores patogênico.
Inclui promoção da saúde e proteção específica
Promoção de saúde
Tipo de prevenção primária
• Medidas de ordem geral: políticas públicas.
• Sem foco em um risco específico.
Ex:
● Controle de qualidade das fontes de poluição ambiental;
● Segurança, quanto aos acidentes e violências;
● Moradia adequada;
● Trabalho e transporte adequados;
● Educação em todos os níveis;
● Saneamento básico;
● Autocuidado e atividade física regular.
Prevenção específica
As ações são direcionadas para inibir o aparecimento de doenças específicas;
Exemplos:
● Imunização
● Saúde do trabalhador/proteção contra riscos ocupacionais
● Adição de iodo ao sal para controle do bócio endêmico
● Controle dos vetores e reservatório
● Uso de preservativos e seringas descartáveis
● Proteção contra carcinogênicos
● Quimioprofilaxia para contactantes de pacientes com tuberculose pulmonar, doença meningocócica, ou de AZT para recém-nascidos de mães infectadas pelo HIV
● Controle de bancos de sangue
Prevenção primordial
Voltada a evitar o surgimento e a consolidação de padrões de vida sociais, econômicos e culturais que contribuam para elevar o risco de adoecer
Age ao impedir o aparecimento dos fatores de risco ambientais
EX:
○ Medidas contra os efeitos mundiais da poluição atmosférica
○ Estabelecimento de uma dieta nacional com baixos níveis de gordura
animal saturada
Prevenção secundária
Ações realizadas no indivíduo, já sob a influência do agente patogênico, no nível do estado de doença.
Doença já é presente, mesmo que assintomática, podendo ser percebida por meio de exames orientados.
Inclui:
○ Diagnóstico precoce
○ Tratamento precoce
○ Limitação da invalidez.
Prevenção terciária
Redução do progresso e das complicações de uma doença, mediante a aplicação de medidas orientadas à redução das sequelas e deficiências.
Que nível de prevenção entra exércitos físicos e alimentação saudável?
Depende…
Se paciente assintomático: PRIMÁRIA
Se paciente com DM: SECUNDÁRIA
Se paciente com sequela motora ou pós ave: TERCIÁRIA
Protocolo SPIKES
• S: Setting up (preparo - emocional, ambiente, tempo)
• P: Perception (perceber o quanto o paciente já sabe)
• I: Invitation (convidando para o diálogo - saber o quanto o paciente deseja saber sobre sua condição)
• K: Knowledge (transmissão da informação)
• E: Emotions (responder as emoções do paciente)
• S: Strategy and Summary (resumir e organizar as ideias)
Questionário HOPE e FICA nos ajudam a entender o que sobre o paciente?
Acerca da religiosidade e espiritualidade do mesmo
O que é projeto terapêutico singular (PTS)?
Plano de ação para auxiliar indivíduos e famílias com problemas complexos com apoio de equipe multidisciplinar
O índice de vulnerabilidade social analisa 3 aspectos da vida, qual são eles?
1 - Infraestrutura urbana
2 - Capital humano
3 - Renda e trabalho
0 = situação ideal (ausência de vulnerabilidade)
1 = maior vulnerabilidade
Índice de vulnerabilidade de 1 indica o que?
1 = maior vulnerabilidade
0 = ausência de vulnerabilidade (cenário ideal)
V ou F
O MCCP leva as consultas a durarem mais tempo.
Falso!
Teoricamente as consultas centradas na pessoa não exigem mais tempo.
Modelo de abordagem no qual o médico dá poder a pessoa, compartilha poder na relação
Método clínico centrado na pessoa
Quais os 4 componentes do MCCP?
- Explorando a saúde, doença e experiência da doença
- Entendendo a pessoa como um todo
- Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas
- Intensificando a relação entre pessoa e médico
Quais os 2 componentes que foram tirados da nova versão do MCCP?
Ser realista e incorporando prevenção e promoção
De forma geral o que deve ser feito no primeiro componente do MCCP?
- Explorando a saúde, doença e experiência da doença
- história, exame físico, mas exames complementares + sentimentos, ideias, expectativas da pessoa em relação ao agravo e o quanto ele a afeta
Qual o segundo componente do MCCP?
Entendendo a pessoa como um todo
- Integralidade
- Valorizar a pessoa, o contexto (família, trabalho, local)
- Uso de genograma, ecomapa
Qual o terceiro componente do MCCP?
Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas
- estabelecer metas
- definir os papéis de cada um
- compromisso mútuo
Qual o quarto componente do MCCP?
Intensificando relação médico paciente
- Empatia
- Contrarreferência
- Compartilhamento de poder
- Maior envolvimento emocional do médico com o paciente
- Longitudinalidade, vínculo
Escore para classificação de risco e vulnerabilidade para visita domiciliar, determine o risco e periodicidade
• até 5:
• 6 a 10:
• 11 a 15:
• maior ou igual a 16:
• até 5: baixo - 6m a 1 ano.
• 6 a 10: médio - 4 a 6m.
• 11 a 15: alto - 2 a 3m.
• maior ou igual a 16: muito alto - mensal
As equipes da AB assumem a responsabilidade sanitária pelo seu território.
V ou F
Verdadeiro
Dimensões da realidade que devem ser consideradas na análise da situação de saúde de um determinado local.
- Problemas (doenças, acidentes, carência, risco, vulnerabilidade)
- Necessidades (demandas para população ter mais acesso a saúde de qualidade)
- Determinantes de saúde
Perfil epidemiológico atual - tripla carga de doença
- Infecções e doenças carenciais (Desnutrição/subnutrição)
- Doenças crônicas não transmissíveis
- Causas externas
- Infecções e doenças carenciais (Desnutrição/subnutrição)
Redes de atenção a saúde
Conceito
Arranjos organizativos (poliárquicos) de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado
Principal porta de entrada do SUS
APS
Elementos constitutivos das Redes de Atenção à Saúde (3)
- População (adscrita e estratificada)
- Estrutura operacional
- Modelo de atenção à saúde
Componentes da estrutura operacional da RAS (5)
- Centro de comunicação – Atenção Primária à Saúde
- Pontos de atenção secundários e terciários
- Sistemas logísticos (sistemas de transporte, regulação, prontuário, cartão de identificação dos usuários)
- Sistemas de apoio (diagnóstico, terapêutica, farmácia e informação)
- Sistemas de governança da rede de atenção à saúde.
Componentes da estrutura operacional da RAS
Quais os componentes dos sistemas logísticos?
- Sistemas de transporte
- Regulação
- Prontuário
- Cartão de identificação dos usuários.
“Para eu ter ACESSO ao PRONTUÁRIO, venha LOGo de TRANSPORTE e traga o CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO”
Componentes da estrutura operacional da RAS
Quais os componentes dos sistemas de apoio?
● Sistema de apoio diagnóstico e terapêutico
● Sistema de assistência farmacêutica
● Sistemas de informação em saúde.
“Depois eu te APOIO com INFORMAÇÃO sobre o DIAGNÓSTICO, TERAPÊUTICA e ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA”
Modelos de atenção a saúde hegemônicos (2)
Médico assistencial hospitalocêntrico e sanitarista.
Modelo médico assistencial hospitalocêntrico
- O sujeito parte do pressuposto do direcionamento ao médico - especialização, complementaridade (paramédicos)
- O objeto é a doença e os doentes
- Os meios de trabalho são voltados à tecnologia médica
- As formas de organização são reguladas pelas redes de serviços de saúde, centradas no hospital. Mais caro.
Modelo de saúde sanitarista
- O objeto são os modos de transmissão e os fatores de risco de doenças
- Os meios de trabalho são voltados à tecnologia sanitária
- As formas de organização são reguladas por meio de campanhas sanitárias, programas especiais e sistemas de vigilâncias epidemiológica e sanitária.
Modelos de saúde alternativos
○ Baseados na medicina preventiva, familiar e comunitária
○ Promoção de saúde/determinantes sociais de saúde
○ Distritos sanitários
○ Oferta organizada/ações programáticas de saúde
○ Vigilância em saúde
○ Acolhimento/clínica ampliada/humanização
○ Estratégia de Saúde da Família/APS - Modelo principal!!!
Morte materna tardia pode ser defina como aquela que ocorre no período de…
42 dias a 1 ano pós parto.
*Pode ser por causa direta obstétrica ou indireta (doença prévia piorada pela gestação).
Coeficiente de mortalidade materna
Relação entre o número de óbitos maternos (SIM) pela quantidade de nascidos vivos (SINASC) em determinado local e período x 100 mil
Cálculo sensibilidade
Verdadeiros positivos / doentes
Cálculo especificidade
Verdadeiros negativos / não doentes
Testes muito sensíveis = poucos falsos _____ (triagem)
Poucos falsos negativos
Testes muito específicos = poucos falsos ____ (confirmação)
Poucos faltos positivos
Acurácia
Conceito e cálculo
Grau de acerto do teste
A = Verdadeiros positivos + verdadeiros negativos / total
Cálculo valor preditivo positivo
Verdadeiros positivos / verdadeiros positivos + falsos positivos
Cálculo valor preditivo negativo
Verdadeiros negativos / verdadeiros negativos + falsos negativos
Probabilidade pré teste
Prevalência!
Probabilidade pós teste
VPP e VPN
O aumento da prevalência aumenta ___ (VPP/VPN)
VPP
Razão de verossimilhança positiva
Sensibilidade/ 1- Especificidade
Razão de verossimilhança negativa
1 - Sensibilidade/ Especificidade
Coeficiente de saúde mede ______ dentre uma população (expresso em potência de 10)
Risco!
Índice de saúde mede ______, expresso em porcentagem
Proporção!
Prevalência
Conceito e fórmula
- Total de casos (novos + antigos) / população exposta em local e período X
Incidência
Expressa o risco de adoecimento
Número de casos novos / população exposta em local e período X
Letalidade
Conceito e fórmula
Risco do doente morrer pela doença (gravidade da doença)
Número de óbitos pela doença / número de casos da doença
Mortalidade geral
Fórmula
Risco de um indivíduo qualquer da população morrer
Número total de óbitos / população em local e período X
Mortalidade por causa
Fórmula
Risco de um indivíduo qualquer da população morrer pela doença específica
Número de óbitos pela causa / população em local e período X
*expressa a magnitude do problema de saúde, bem como as condições de enfrentamento pelo sistema de saúde
Diferenças entre letalidade e mortalidade por causa
Na letalidade da doença deve-se levar em conta somente os doentes, é o risco do doente morrer pela doença. Já a mortalidade por causa é o risco de qualquer um na população morrer pela doença.
Mortalidade materna
Conceito, o que indica e fórmula
- Risco geral de óbito por causa materna
- Qualidade do PN
- MM = n de óbitos por causa materna / n de nascidos vivos
Mortalidade infantil
Conceito, o que reflete e fórmula
- Risco de um RN morrer antes de 1 ano
- Reflete a qualidade da APS
- MI = n de óbitos < 1 ano / n de nascidos vivos x 1000
Mortalidade neonatal
Conceito e fórmula
- Risco de óbito até 27 dias completos de vida
• Precoce: até os 6 dias
• Tardio: 7 a 27 dias
Número de óbitos <28 dias de vida / número de nascidos vivos x 1000
Mortalidade pós neonatal
Óbitos entre 28 e 1 ano de vida!
Mortalidade perinatal
Conceito e fórmula
Óbito entre 22 semanas de gestação e o 7 dia de vida
- número de óbitos fetais e de bbs com < 7 dias de vida / número de nascidos vivos + n de nascidos mortos x 1000
Natimortalidade
Fórmula
Número de nascidos mortos / número de nascidos vivos + mortos x 1000
Índice de mortalidade por causa
- Índice é proporção (%), diferente do coeficiente que indicava risco
Proporção entre óbitos por causa e total de óbitos em determinado local e período
Ex:
Óbitos por DCV no BR em 2016 /
Total de óbitos no BR em 2016
Índice de mortalidade por idade
M por idade = número de óbitos por faixa etária/ número total de óbitos
Índice de mortalidade infantil
DIFERENTE DO COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL (coeficiente indica risco daquela criança morrer antes de um ano, indice indica a proporção de MI na população geral)
IMI = número de óbitos < 1 ano / todos os óbitos na população (todas as idades)
Índice de Swaroop-Uemura
Razão de mortalidade proporcional que leva em consideração idade > 50 anos para indicar como está a sobrevida da população
RMP = número de óbitos > ou = 50 anos / número total de óbitos x 100
Nível 1: RMP maior ou igual a 75% (ideal)
Nível 2: RMP entre 50 e 75%
Nível 3: RMP entre 25 e 49%
Nível 4: RMP abaixo de 25%
Curva de Nelson Moraes
Curva de mortalidade proporcional nas principais faixas etárias
Curva N (tipo I): pior perfil, alta mortalidade infantil e de adultos jovens.
Curva L (tipo II): alta mortalidade infantil.
Curva U (tipo III): alta mortalidade infantil e em maiores de 50.
Curva J (tipo IV - ideal): mortalidade predomina após os 50 anos.
Taxa de natalidade
Conceito e fórmula
Total de nascidos vivos / população geral x 1000
Taxa de fecundidade
Conceito e fórmula
Número de nascidos vivos de mães residente no lugar X com a idade X / número de mulheres residentes no lugar X e com idade X x 1000
Se > ou = 2 indica crescimento populacional, se < 2 indica que população caminha para encolhimento
Expectativa de vida ao nascer
Número médio de anos que se espera que o RN viva caso mantido o padrão na população - dado dinâmico que muda com mudanças na qualidade de vida
Anos potenciais de vida perdidos
Anos de vida perdido por morte prematura
APVP = expectativa de vida na população - idade no momento da morte
Anos de vida perdidos ajustado por incapacidade- DALY
Soma de anos potenciais de vida perdidos + anos vividos com incapacidade
Um daly = um ano de vida saudável
Utilizado para estimar a carga global de doenças
V ou F
As estratégias de prevenção devem ter ênfase na população de risco e não em indivíduos considerados de alto risco para uma doença.
Verdadeiro!
Princípios fundamentais a serem incorporados à atuação do MFC - 4 (Gusso , TMFC, 2019)
○ O MFC é um clínico qualificado
○ A atuação do MFC é influenciada pela comunidade
○ O MFC é o recurso de uma população definida
○ A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do MFC.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido está relacionado a qual princípio bioético?
Autonomia
Quando é possível a quebra do sigilo médico?
● Situação de dever legal:
- Doenças de notificação compulsória
- Suspeita de maus tratos em crianças, idosos
- Lei Maria da Penha
● Justa causa (ou motivo justo):
- A revelação do segredo é o único e derradeiro meio de afastar perigo atual ou iminente e injusto, para si ou para terceiros
- Ex: evitar o casamento de portador de defeito físico irremediável ou moléstia grave transmissível por contágio, ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do futuro cônjuge ou de sua descendência
● Autorização expressa, prévia e escrita do paciente/responsável legal.
Qual a diferença entre Eutanásia e Suicídio assistido?
- Eutanásia: Médico antecipa a morte para liberar o paciente do sofrimento (médico ativo/paciente passivo)
- Suicídio assistido: Doente provoca sua morte, assistida por um profissional (médico passivo / paciente ativo).
4 princípios da bioética médica
● Autonomia (a pessoa escolhe)
● Não maleficência (evitar danos)
● Beneficência (fazer o bem)
● Justiça (priorizar com equidade).
Quais das situações não justifica a quebra de sigilo?
- Fato ser de conhecimento público
- Paciente já falecido
- Paciente menor de idade com capacidade de avaliar seu problema e de conduzi-lo
- Na investigação de suspeita de crime para não revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal
- Depoimento na qualidade de testemunha: médico deve comparecer perante a órgão requisitante e declarar seu formal impedimento.
Nenhuma das situações justificam a quebra de sigilo.
Conceitue Ortotanásia
● Morte adequada
● Cuidados paliativos
● Sedação paliativa.
Conceitue Distanásia / obstinação terapêutica:
● Prolongamento artificial do processo de morte
● Futilidade terapêutica.
Conceitue Mistanásia
● Morte miserável, fora e antes da hora por motivos sociais, políticos e econômicos
● Pessoas que não conseguem ser atendidas
● Vítimas de má prática profissional.
Cite dois documentos necessários para todas as pesquisas com humanos
- Aprovação por Comitê de Ética e Pesquisa
- Deve ter o TCLE: consentimento informado.
Tipos de erros médicos
Imperícia
Despreparo teórico-prático, relacionando-se com a falta de habilidade, normalmente requerida para o exercício legítimo e legal da atividade profissional.
“Não sei / Não devo / Faço”
Fez errado o que não sabia.
Tipos de erros médicos
Imprudência
Executar atos de forma não justificada, precipitada ou sem cautela. Conhece os riscos e não ignorando os conhecimentos técnicos, perfaz o ato mesmo assim;
“Sei / Devo / Faço errado”
Fez errado o que sabia.
Tipos de erros médicos
Negligência
Inércia, passividade, omissão.
“Sei / Devo / Não faço”
Não fez o que sabia e devia.
Iatrogenia
Estado de doença, efeitos adversos ou alterações patológicas resultantes de um tratamento de saúde correto, que são previsíveis, esperados ou inesperados, controláveis ou não, e algumas vezes inevitáveis. Contudo, tais efeitos não necessariamente são ruins.
Exemplos: interações medicamentosas, efeitos adversos, a utilização indiscriminada de antibióticos, quimioterapias e radioterapias (queda capilar, anemia, náuseas), infecções, dentre outros.
Deve ser informada ao paciente.
Iatrogenia: não punível, incupável, dano previsível, consequência de uma aplicação terapêutica necessária feita pelo médico.
Erro médico
Gerador da responsabilidade civil do profissional pelos danos dele decorrentes.
Advém de conduta ou omissão negligente (descuido, desleixo), imprudente (sem precaução, imponderado) ou imperita (inabilidade ou desconhecimento técnico) do profissional, da qual resultou um dano ao paciente.
É imprescindível, para que se configure o erro médico, que a conduta ou omissão do profissional tenha sido causadora direta do dano ao paciente.
Família nuclear
Familiares consanguíneos da pessoa referência, ou seja, um núcleo. Um exemplo é o casal e seus filhos.
Família extensiva ou estendida
Constituída por mais de uma geração, podendo ter também vínculos colaterais, como tios, primos e padrinhos.
Família monoparental
Constituída por um dos pais biológicos e o filho, ou filhos, independentemente de vínculos externos ao núcleo.
Família reconstituída
É composta por membros de uma família que em um dado momento teve outra configuração, sofreu uma ruptura e passou a ter um novo formato.
Criação de um novo núcleo familiar, com filhos de um ou de ambos os integrantes do casal atual proveniente de um vínculo anterior, implicando a fusão de duas ou mais famílias.
Por exemplo, um casal que é constituído por dois pais separados.
Família unitária
Composta por uma só pessoa, como é o caso de uma viúva sem filhos.
Família homossexual / homoafetiva / LGBTQIA+
É constituída pela união de pessoas do mesmo sexo, que constituem um casal, podendo adotar filhos.
Família funcional
Não há, necessariamente, um laço consanguíneo, é formada por pessoas que moram juntas e desempenham papéis parentais em relação a uma criança ou um adolescente.
Família institucional
Tem a função de criar e desenvolver afetivamente a criança, o adolescente ou grupos afins.
Exemplo: um convento ou um abrigo.
Abordagem familiar é diferente de terapia familiar?
Sim, terapia familiar requer uma formação profissional específica.
Ferramentas para abordagem familiar
Desenvolvimento familiar
Ciclo de vida familiar
Ferramentas para abordagem familiar
Anatomia familiar
Genograma e Ecomapa
Ferramentas para abordagem familiar
Funcionamento familiar
PRACTICE
APGAR
FIRO
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 1
- Saindo de casa: Jovens solteiros / Adulto jovem independente
- Aceitar a responsabilidade emocional e financeira (eu)
Mudanças necessárias:
1. Diferenciar-se da família
2. Desenvolver relacionamentos íntimos com adultos iguais
3. Estabelecer-se financeiramente.
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 2
O novo casal
Comprometer-se com o novo sistema
1. Formar sistema marital
2. Realinhar relacionamentos
3. Incluir cônjuge.
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 3
Família com filhos pequenos
Aceitar novos membros no sistema
1. Ajustar o sistema conjugal para criar espaço para filhos
2. Unir-se nas tarefas de educação financeira e domésticas
3. Incluir papéis de pais e avós.
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 4
Famílias com adolescentes
Aumentar a flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência dos filhos e a fragilidade dos avós.
1. Modificar o relacionamento com os filhos
2. Procurar novo foco nas questões conjugais e profissionais
3. Começar a mudança no sentido de cuidar da geração mais velha.
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 5
Encaminhando os filhos e seguindo em frente (ninho vazio)
- Aceitar várias saídas e entradas no sistema familiar
1. Renegociar o sistema conjugal como díade novamente, desenvolver relacionamento dos adultos e destes com os filhos
2. Realinhar os relacionamentos, para incluir parentes por afinidade e netos
3. Lidar com incapacidade e morte dos pais (avós).
Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 6
Famílias no estágio tardio de vida
- Aceitar a mudança dos papéis em cada geração
1. Manter o funcionamento e interesses próprios e/ou do casal em face do declínio biológico
2. Apoiar um papel mais central da geração do meio
3. Abrir espaço para sabedoria dos idosos, apoiando-a sem superfuncionar por ela
4. Lidar com as perdas.
Estágios de ciclo de vida familiar da classe popular
Há uma aglutinação dos estágios (geralmente não há ninho vazio)
● Estágio 1 – Adolescente/adulto jovem solteiro
● Estágio 2 – A família com filhos: três a quatro gerações convivendo no lar
● Estágio 3 – A família no estágio tardio da vida (quase não há “ninho vazio” /crianças educadas por avós).
Crises familiares
Crise normativa
São aquelas decorrentes de momentos esperados durante o ciclo da vida como o casamento, a gravidez, o nascimento do primeiro filho, o casamento do filho. Readequação usual.
Crises familiares
Crise do ninho vazio
Está dentro das crises normativas e consiste no período de luto normal que ocorre quando os pais se veem livres dessa obrigação de cuidar dos filhos, pois eles já saíram de casa ou são independentes.
Crises familiares
Crise paranormativa
Crises que advêm de experiências adversas ou inesperadas. Caracterizadas por eventos intersistêmicos que, geralmente, são imprevisíveis para a família como a morte do filho antes dos pais.
Ecomapa
Identifica a rede social e de apoio da pessoa e/ou família.
- Relações do indivíduo com o seu meio, com a sua comunidade e com os seus recursos de rede
- Fotografia das relações da família com o ambiente.
Avaliação do funcionamento das famílias
PRACTICE
Deve ser aplicado em reuniões familiares, diante de problemas complexos. Facilita a coleta de informações e entendimento do problema (foco no
problema)
Mnemônico:
P: problema apresentado
R: papéis e estrutura
A: afeto
C: comunicação
T: fase do ciclo familiar
I: doenças na família, ontem e hoje
C: enfrentamento do estresse
E: meio ambiente, rede de apoio
*Não precisa decorar o mnemonico, só saber o que é mesmo.
Avaliação do funcionamento das famílias
APGAR
Reflete a satisfação de cada membro da família. Feito através de um questionário autoadministrado que aborda:
A – Adaptation (Adaptação)
P – Partnership (Participação)
G – Growth (Crescimento)
A – Affection (Afeição)
R – Resolve (Resolução)
Interpretação:
- Altamente funcional (7 - 10);
- Moderadamente funcional (4 - 6);
- Gravemente disfuncional (0 - 3).
Avaliação do funcionamento das famílias
FIRO
FIRO – Fundamental Interpersonal Relations Orientations
- Possibilita avaliar os sentimentos de cada membro da família nas vivências do cotidiano
- Útil quando a família sofre mudanças importantes
- Avalia as possíveis alterações dos papéis decorrentes das crises familiares advindas das diversas situações (doenças agudas, hospitalizações, seguimento das doenças crônicas).
Escala de risco familiar de Coelho-Savassi
É um instrumento de estratificação de risco familiar
- Baseado na ficha A do SIAB pode ser avaliada na primeira visita domiciliar pelo ACS
- Pretende-se determinar o risco social e de saúde das famílias adscritas a uma equipe de saúde.
Estudo individuado experimental longitudinal
Ensaio clínico.
Estudos individuados observacionais longitudinais
Coorte
Caso controle.
Estudo individuado observacional transversal
Inquérito (transversal).
Estudo agregado observacional transversal
Estudo ecológico.
Estudo agregado experimental longitudinal
Ensaio comunitário.
Estudo agregado observacional longitudinal
Série temporal.
Estudo ecológico
- Agregado, observacional, transversal
- Compara grupos de pessoas em lugares distintos
- Coleta informações sobre exposição e efeito - levanta hipótese, mas não prova causalidade
- Variável: prevalência de um agravo por idade, por renda, medidas ambientais, medidas globais, IDH - informações do coletivo - dados!!
- Bom para cálculos de taxas e coeficientes.
Estudo ecológico
Principais características
Levanta hipóteses após analisar aquele grupo naquele momento. Não define causalidade. Pode levar a falácia ecológica.
Falácia ecológica
AKA: Viés ecológico ou viés de agregação
- Fazer inferências sobre o indivíduo a partir de inferências sobre o grupo estudado (agregado).
Série temporal
- Agregado, observacional, longitudinal
- “Estudo ecológico repetidos durante momentos distintos do tempo”
- EX: gráfico evidenciando distribuição dos óbitos durante anos por COVID (observo algo de um grupo em vários momentos)
- Levanta hipóteses, mas não estabelece causalidade assim como o ecológico
- Aqui pode estimar efeito de exposição porém para provas necessita de outros estudos
- Sujeito a viés de confusão e falácia ecológica.
Ensaio comunitário
- Agregado, experimental, longitudinal
- Intervenção em grupos (sujeitos são grupos)
- Pode comparar grupos distintos que sofreram ou não a intervenção
- Pode compara o mesmo grupo antes e depois da intervenção
- EX: ACS treinados para identificarem casos suspeitos de TB em uma área e diagnóstico por clínica em outra. Com a intervenção o grupo dos ACS tiveram mais diagnósticos precoces.
- Bons para comportamento social e fatores ambientais
- Poucos grupos incluídos
- Dificuldade para randomização.
Estudo de Coorte prospectiva e retrospectiva
Prospectiva (concorrente): vai do presente para o futuro (exposição no presente e desfecho no futuro - pesquisa e doença caminhão juntas)
Retrospectiva (não concorrente): olha da exposição passada para o desfecho presente.
Sempre partir da exposição para o desfecho.
Estudo transversal
Conceitos gerais
AKA: inquérito, seccional
- Individuado, observacional e transversal
- Ecológico do indivíduo
- Exposição e desfecho a nível individual em um mesmo momento
- Levanta hipótese de associação, mas não causalidade
- Não diferencia casos novos e antigos (só faz análise de prevalência)
- Ex: vigitel ligando e perguntando coisas sobre a pessoa.
Estudos transversais
Vantagens e desvantagens
Vantagens
○ Barato, rápido, bom para prevalência, bom para descrever uma população, bom para doenças crônicas, levanta hipóteses, estabelece associações.
Desvantagens
○ Não estabelece causalidade, ruim para doenças agudas e de curta duração.
Estudo de Coorte
Individuado, observacional, longitudinal
● Grupo de indivíduos (população sob risco), expostos a fatores de risco e seguidos ao longo do tempo para a aferição de desfechos (agravos em saúde)
● Avalia incidência de agravos, ou seja, vamos observar o desfecho após a exposição.
Coorte
Vantagens
- Estuda fatores de risco
- Mede incidência
- Estuda prognóstico das doenças (história natural)
- Tem o poder de estabelecer associação e causalidade
- Bom para avaliar doenças fatais,
Coorte
Desvantagens
- Alto custo
- Demorado
- Alto enfrentamento de perda de seguimento
- Difícil de ser reproduzido
- Ruim para doenças raras.
Diferença entre caso controle e coorte histórica
- Caso controle: eu sei quem tem o desfecho e quem não tem e parto disso para ver quem no passado foi exposto a algo ou não foi.
- Já na coorte histórica eu vejo nos prontuários quem tinha e quem não tinha a exposição para ver depois o desfecho no futuro (inicialmente na coorte histórica eu não sei quem teve o desfecho e quem não teve).
Estudo caso controle
Características
Individuado + Observacional + Longitudinal + Retrospectivo
○ Indivíduos com o agravo/doença (casos), e compará-los com um grupo de indivíduos sem o agravo (controle)
○ Eu sei quem tem o desfecho e quem não tem e parto disso para ver quem no passado foi exposto a algo ou não foi (retrospectivo)
● Sujeitos à vários tipos de vieses!
● Pesquisador quem delimita número de participantes
○ Não produz medidas de ocorrência de doença
○ Odds Ratio entra nesse momento!
Caso controle
Vantagens desse tipo de estudo
Mais fácil e mais rápido de ser realizados do que as coortes, além de ser mais barato
- Útil para doenças raras.
Caso controle
Desvantagens desse tipo de estudo
Grupos pouco semelhantes, informações do passado (memória, prontuário), sujeito a vieses.
Ensaio clínico
Principais características e acrônimo PICO
Individuado, experimental, longitudinal
- Indivíduos de uma população definida são submetidos a determinada intervenção e avaliada quanto aos desfechos em comparação com um grupo controle
- Padrão-ouro para estudo de intervenções (medicamentos, vacinas, cirurgias)
- RANDOMIZAÇÃO
Acrônimo PICO para montar o desenho do estudo:
○ P – População (critérios de inclusão e exclusão)
○ I - Intervenção que será feita (medicação, vacina, procedimento)
○ C – Controle (grupo controle – placebo, tratamento padrão, fila de espera, nenhum tratamento)
○ O - Outcomes (desfechos primários e secundários).
Randomização é o processo de distribuição aleatória dos participantes de um estudo dentro do grupo.
Como randomizar e quais as divisões?
Para randomizar:
- Deve ser impossível prever a locação do próximo participante
- Todos os participantes tem a mesma probabilidade de serem alocados nos grupos
Podemos dividi-los em:
- Randomizado: obedece às premissas de randomização
- Quase-randomizado: existe alguma regra de alocação (dias da semana, números pares ou ímpares das fichas)
- Não randomizado: não utiliza nenhum método de caracterização.
Mascaramento: método para garantir que os envolvidos no estudo não conheçam a alocação dos participantes nos grupos.
Tipos de mascaramento
- Duplo-cego: pacientes e equipe estão mascarados. Avaliadores também.
- Simples-cego: apenas uma das unidades do estudo está mascarada. Pacientes e equipe OU avaliadores dos desfechos estão mascarados.
- Aberto: nenhuma unidade está mascarada.
Vantagens e Desvantagens Ensaio Clínico
Vantagens
- Padrão-ouro no estudo de intervenções, minimização do risco de viés (erro sistemático), reprodutibilidade.
Desvantagens
- Caro, demorado, desenhos de estudo difíceis/complexos, conflitos éticos.
O que significa o “S” do SOAP?
Subjetivo - coleta de dados trazidos pelo paciente!
○ História relatada ou referida
○ Queixa atual, motivos da consulta
○ Sintoma(s), diagnósticos relatados
○ Registro do ponto de vista da pessoa atendida
○ HPP, HF
○ Experiência com a doença
Pode ser usado diagnóstico interrogado no “A” do SOAP?
Não, só diagnósticos de certeza.
O registro clínico na estrutura do SOAP reflete principalmente qual atributo da APS?
Garante a continuidade do cuidado: Longitudinalidade
ReSOAP
Registro de Saúde Orientado por Problemas – equipes de APS são multiprofissionais
○ Ferramenta de raciocínio clínico ideal para a atuação na APS
O que significa o “O” do SOAP?
Objetivo - coleta de dados observado pelo profissional!
○ Traduz o ponto de vista do médico/profissional
○ Dados de exame clínico dirigido à natureza do problema
○ Exames complementares
○ Resultados de aplicação de escores / escalas / questionários / instrumentos de avaliação familiar
○ Única parte do SOAP que pode deixar de ser preenchida em uma consulta
O que significa o “A” do SOAP?
Avaliação – interpretação do profissional sobre o caso
○ Identifica/formula o problema/condição
○ Onde se coloca a Lista de Problemas do dia
○ A pode ser igual ao sintoma (não pode ser HD interrogada).
O que significa o “P” do SOAP?
Plano! – ação
○ Registro das decisões tomadas
○ Plano diagnóstico: investigação, exames complementares, consultorias, referência hospitalar
○ Plano terapêutico: farmacológico ou não
○ Plano de acompanhamento: agendamento de próximas consultas, monitorizações
○ Plano preventivo
○ Atestados/declarações
○ Notas /reflexões do profissional
SOAP
O que é um problema/condição?
Tudo aquilo que requer ou pode requerer uma ação do médico ou da equipe de saúde e, em consequência, motivará um plano de intervenção
● Não devem ser listados como problema:
○ Diagnósticos interrogados
○ Diagnósticos a descartar
○ Suspeitas ou diagnósticos prováveis
Qual medida de associação dos estudos transversais?
Razão de prevalência = prevalência nos expostos / prevalência nós não expostos
RP < 1 = Associação negativa. Menor probabilidade de desfecho entre os expostos.
RP = 1 = Prevalência igual entre os grupos
RP > 1 = Associação positiva. Maior probabilidade de desfecho entre os expostos.
Quais as medidas de associação dos estudos de Coorte?
- Risco Relativo (RR)
- Risco atribuível ao fator (RAF)
- Risco atribuível populacional (RAP)
Risco relativo
Medida de associação Coorte e Ensaio Clínico
Busca responder a pergunta: Quantas vezes os expostos (fator de risco ou tratamento) adoeceram mais (ou menos) que os não expostos.
RR = incidência expostos / incidência não expostos
RR = A/A+B / C/C+D
Risco atribuível ao fator
Coorte - Dentre os expostos, quantos dos doentes são decorrentes da exposição
RAF = Incidência entre os expostos - incidência aos não expostos
RAF = A/A+B - C/C+D
Risco atribuível população
Coorte - Que fração do risco populacional é atribuível à exposição
RAP = (Incidência expostos - I. Não expostos)* / Incidência populacional
*RAF (risco atribuível ao fator)
RAP = A/A+B - C/C+D / A+C/A+B+C+D
QUASE NÃO CAI EM PROVA
Medida de associação dos estudos de caso controle
Razão de chances ou Odds Ratio (OR)
- Estimativa do risco relativo
Odds Ratio
Quantas vezes os expostos adoeceram mais (ou menos) que os não expostos
OR = A/C / B/D - simplificando :
OR = AxD / BxC (razão dos produtos cruzados)
Medidas de associação de estudos:
- Transversais
- Coorte
- Caso controle
- Transversais: razão de prevalência
- Coorte: risco relativo
- Caso controle: Odds ratio
Medidas de associação dos ensaios clínicos
- Risco relativo (RR)
- Redução do risco relativo (RRR)
- Redução absoluta de risco (RAR)
- Número necessário para tratar
Risco relativo < 1 para desfechos NEGATIVOS em um ensaio clínico significa que…
Favorece a intervenção estudada.
- RR=1: não há diferença entre grupos
RR > 1: desfavorece a intervenção
Ensaio clínico
Redução do risco relativo (eficácia)
RRR = 1 - Risco relativo
Qual a redução do risco de morte que a nova droga proporcionou em relação ao placebo.
Ensaio Clínico
Número necessário para tratar
Quantas pessoas são necessárias tratar para evitar 1 morte
NNT = 1 / RAR*
*Redução absoluta de risco = incidência de não expostos - incidência de expostos
Quanto maior a sensibilidade de um teste maior será seu (VPP, VPN, probabilidade pré teste)
VPN - probabilidade de uma pessoa não ter a doença quando o teste é negativo.
Teste muito sensível geralmente você confia quando é negativo.