PREVENTIVA Flashcards

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1
Q

Modelo unicausal das doenças - Biomédico

A

1 germe ou falta de 1 elemento ou 1 toxina ou desregulação de 1 hormônio causam uma doença e normalizar isso resolve o problema.
Indivíduo - patógeno - hospital - médico.

(Koch/Pasteur)

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2
Q

Modelo multicausal das doenças - tríade ecológica

A

Desregulação na interação entre hospedeiro - agente - meio ambiente causa as doenças

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3
Q

Modelo multicausal das doenças - HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS.
Definição HND

A

HND - Conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.

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4
Q

Período pré patogênico

A

Anterior ao adoecimento (processo fisiopatológico)
Indivíduo saudável, porém as condições para o adoecimento (fatores de risco) estão no ambiente e na genética individual.

Aqui atua a: promoção / prevenção primária

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5
Q

Período patogênico

A

Interação entre o estímulo patogênico e o indivíduo levando ao agravo.
Dividido em pré clínico e clínico.

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6
Q

HND - O que separa o período pré patogênico do patogênico?

A

O marco que divide as etapas mencionadas acima é o início da interação entre os agentes etiológicos, o ambiente e o hospedeiro.
• Antes da interação - saúde - pré patogênico
• Depois da interação - doença - patogênico

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7
Q

HND - Horizonte Clínico

A

Divido o período patogênico pré clínico do clínico determinando o surgimento dos sinais e sintomas da doença

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8
Q

HND - Período pré clínico

A

Período patogênico precoce, indivíduo doente, porém assintomático.

Rastreio.

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9
Q

HND - período clínico

A

Sinais e sintomas - doença se torna reconhecível. Fases:
• Doença precoce discenível
• Doença avançada
• Decorrência final (cura, invalidez, sequela, óbito)

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10
Q

V ou F

Toda doença passa por todas as fases da HND?

A

Falso

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11
Q

O Relatório ou informe Lalonde – Canadá, 1974, trouxe o conceito de…

A

Promoção de saúde
Ainda, a noção que os determinantes de saúdes tem 4 componentes: biologia humana, estilo de vida, ambiente e assistência à saúde.

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12
Q

O que a I Conferência Internacional sobre a Promoção de Saúde – Carta de
Ottawa, agregou para saúde?

A

Aumento do conceito de promoção de saúde, trazendo junto a noção de empoderamento da população como promoção.

5 campos de ação para a promoção de saúde:
1. Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
2. Criação de ambientes favoráveis à saúde;
3. Reforço da ação comunitária;
4. Desenvolvimento das habilidades pessoais;
5. Reorientação do sistema de saúde.

Os campos de ação (Carta de Ottawa) são ações elaboradas para atender os componentes dos campos de saúde (Relatório Lalonde).

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13
Q

Determinantes sociais de saúde

A

Condições sociais nas quais os indivíduos vivem e trabalham, isto é, é o próprio ambiente social.

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14
Q

Diagrama de Dahlgren & Whitehead - Determinantes de saúde

Conceito e determinantes abordados

A

Estabelece uma hierarquia entre os determinantes, na qual:

• Base:
1. Idade, sexo e fatores hereditários.

• Proximais (micro):
1. Redes sociais e comunitárias;
2. Estilo de vida dos indivíduos.

• Intermediários (meso): refere-se às condições de vida e trabalho (Educação, Ambiente de trabalho, Desemprego, Água e esgoto; Serviços de saúde; Habitação).

• Distais (macro):
1. Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais.

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15
Q

Em relação ao Diagrama de Dahlgren & Whitehead, 199, as intervenções sociais demonstram ser mais efetivas em qual camada?

A

Nos macrodeterminantes, em face da influência que exercem sobre os determinantes abaixo na cadeia hierárquica

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16
Q

Diagrama de Solar e Irwin, 2010 - Determinantes sociais

A

É o mais aceito pela OMS atualmente

Traz 2 grupos determinantes
● Estruturais das desigualdades de saúde (Posição socioeconômica; Classe social; Gênero; Etnia (racismo); Educação; Ocupação).

● Intermediários da saúde (Condições de moradia e trabalho, disponibilidade de alimentos; Fatores comportamentais e biológicos, psicossociais; Sistema de saúde).

Lembre que nesse esquema o sistema de saúde é intermediário e não estrutural!

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17
Q

Saúde Única (One Health) - Conceito

A

Integração da saúde humana, animal e o meio ambiente em direção à predição e o controle das doenças, e suas interfaces humano-animal-ecossistemas.
Multiprofissional (biólogos, médicos, agrônomos, ambientalistas).

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18
Q

Saúde Planetária – Conceito

A

Busca do mais alto padrão atingível de saúde, bem- estar e equidade em todo o mundo.

É um novo esforço para tratar da questão da sustentabilidade e da vida humana no planeta, sob uma ótica mais integrativa, multidisciplinar e global.

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19
Q

Prevenção primária

A

O principal objetivo é impedir que os indivíduos sofram a ação dos fatores patogênico.

Inclui promoção da saúde e proteção específica

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20
Q

Promoção de saúde

A

Tipo de prevenção primária

• Medidas de ordem geral: políticas públicas.

• Sem foco em um risco específico.

Ex:
● Controle de qualidade das fontes de poluição ambiental;
● Segurança, quanto aos acidentes e violências;
● Moradia adequada;
● Trabalho e transporte adequados;
● Educação em todos os níveis;
● Saneamento básico;
● Autocuidado e atividade física regular.

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21
Q

Prevenção específica

A

As ações são direcionadas para inibir o aparecimento de doenças específicas;
Exemplos:
● Imunização
● Saúde do trabalhador/proteção contra riscos ocupacionais
● Adição de iodo ao sal para controle do bócio endêmico
● Controle dos vetores e reservatório
● Uso de preservativos e seringas descartáveis
● Proteção contra carcinogênicos
● Quimioprofilaxia para contactantes de pacientes com tuberculose pulmonar, doença meningocócica, ou de AZT para recém-nascidos de mães infectadas pelo HIV
● Controle de bancos de sangue

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22
Q

Prevenção primordial

A

Voltada a evitar o surgimento e a consolidação de padrões de vida sociais, econômicos e culturais que contribuam para elevar o risco de adoecer

Age ao impedir o aparecimento dos fatores de risco ambientais

EX:
○ Medidas contra os efeitos mundiais da poluição atmosférica
○ Estabelecimento de uma dieta nacional com baixos níveis de gordura
animal saturada

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23
Q

Prevenção secundária

A

Ações realizadas no indivíduo, já sob a influência do agente patogênico, no nível do estado de doença.
Doença já é presente, mesmo que assintomática, podendo ser percebida por meio de exames orientados.
Inclui:
○ Diagnóstico precoce
○ Tratamento precoce
○ Limitação da invalidez.

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24
Q

Prevenção terciária

A

Redução do progresso e das complicações de uma doença, mediante a aplicação de medidas orientadas à redução das sequelas e deficiências.

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25
Q

Que nível de prevenção entra exércitos físicos e alimentação saudável?

A

Depende…
Se paciente assintomático: PRIMÁRIA
Se paciente com DM: SECUNDÁRIA
Se paciente com sequela motora ou pós ave: TERCIÁRIA

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26
Q

Protocolo SPIKES

A

• S: Setting up (preparo - emocional, ambiente, tempo)
• P: Perception (perceber o quanto o paciente já sabe)
• I: Invitation (convidando para o diálogo - saber o quanto o paciente deseja saber sobre sua condição)
• K: Knowledge (transmissão da informação)
• E: Emotions (responder as emoções do paciente)
• S: Strategy and Summary (resumir e organizar as ideias)

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27
Q

Questionário HOPE e FICA nos ajudam a entender o que sobre o paciente?

A

Acerca da religiosidade e espiritualidade do mesmo

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28
Q

O que é projeto terapêutico singular (PTS)?

A

Plano de ação para auxiliar indivíduos e famílias com problemas complexos com apoio de equipe multidisciplinar

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29
Q

O índice de vulnerabilidade social analisa 3 aspectos da vida, qual são eles?

A

1 - Infraestrutura urbana
2 - Capital humano
3 - Renda e trabalho

0 = situação ideal (ausência de vulnerabilidade)
1 = maior vulnerabilidade

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30
Q

Índice de vulnerabilidade de 1 indica o que?

A

1 = maior vulnerabilidade
0 = ausência de vulnerabilidade (cenário ideal)

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31
Q

V ou F
O MCCP leva as consultas a durarem mais tempo.

A

Falso!
Teoricamente as consultas centradas na pessoa não exigem mais tempo.

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32
Q

Modelo de abordagem no qual o médico dá poder a pessoa, compartilha poder na relação

A

Método clínico centrado na pessoa

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33
Q

Quais os 4 componentes do MCCP?

A
  1. Explorando a saúde, doença e experiência da doença
  2. Entendendo a pessoa como um todo
  3. Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas
  4. Intensificando a relação entre pessoa e médico
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34
Q

Quais os 2 componentes que foram tirados da nova versão do MCCP?

A

Ser realista e incorporando prevenção e promoção

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35
Q

De forma geral o que deve ser feito no primeiro componente do MCCP?

A
  1. Explorando a saúde, doença e experiência da doença
    - história, exame físico, mas exames complementares + sentimentos, ideias, expectativas da pessoa em relação ao agravo e o quanto ele a afeta
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36
Q

Qual o segundo componente do MCCP?

A

Entendendo a pessoa como um todo
- Integralidade
- Valorizar a pessoa, o contexto (família, trabalho, local)
- Uso de genograma, ecomapa

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37
Q

Qual o terceiro componente do MCCP?

A

Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas
- estabelecer metas
- definir os papéis de cada um
- compromisso mútuo

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38
Q

Qual o quarto componente do MCCP?

A

Intensificando relação médico paciente
- Empatia
- Contrarreferência
- Compartilhamento de poder
- Maior envolvimento emocional do médico com o paciente
- Longitudinalidade, vínculo

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39
Q

Escore para classificação de risco e vulnerabilidade para visita domiciliar, determine o risco e periodicidade
• até 5:
• 6 a 10:
• 11 a 15:
• maior ou igual a 16:

A

• até 5: baixo - 6m a 1 ano.
• 6 a 10: médio - 4 a 6m.
• 11 a 15: alto - 2 a 3m.
• maior ou igual a 16: muito alto - mensal

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40
Q

As equipes da AB assumem a responsabilidade sanitária pelo seu território.

V ou F

A

Verdadeiro

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41
Q

Dimensões da realidade que devem ser consideradas na análise da situação de saúde de um determinado local.

A
  • Problemas (doenças, acidentes, carência, risco, vulnerabilidade)
  • Necessidades (demandas para população ter mais acesso a saúde de qualidade)
  • Determinantes de saúde
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42
Q

Perfil epidemiológico atual - tripla carga de doença

A
    1. Infecções e doenças carenciais (Desnutrição/subnutrição)
      1. Doenças crônicas não transmissíveis
      2. Causas externas
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43
Q

Redes de atenção a saúde

Conceito

A

Arranjos organizativos (poliárquicos) de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado

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44
Q

Principal porta de entrada do SUS

A

APS

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45
Q

Elementos constitutivos das Redes de Atenção à Saúde (3)

A
  • População (adscrita e estratificada)
  • Estrutura operacional
  • Modelo de atenção à saúde
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46
Q

Componentes da estrutura operacional da RAS (5)

A
  • Centro de comunicação – Atenção Primária à Saúde
  • Pontos de atenção secundários e terciários
  • Sistemas logísticos (sistemas de transporte, regulação, prontuário, cartão de identificação dos usuários)
  • Sistemas de apoio (diagnóstico, terapêutica, farmácia e informação)
  • Sistemas de governança da rede de atenção à saúde.
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47
Q

Componentes da estrutura operacional da RAS

Quais os componentes dos sistemas logísticos?

A
  • Sistemas de transporte
  • Regulação
  • Prontuário
  • Cartão de identificação dos usuários.

“Para eu ter ACESSO ao PRONTUÁRIO, venha LOGo de TRANSPORTE e traga o CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO”

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48
Q

Componentes da estrutura operacional da RAS

Quais os componentes dos sistemas de apoio?

A

● Sistema de apoio diagnóstico e terapêutico
● Sistema de assistência farmacêutica
● Sistemas de informação em saúde.

“Depois eu te APOIO com INFORMAÇÃO sobre o DIAGNÓSTICO, TERAPÊUTICA e ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA”

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49
Q

Modelos de atenção a saúde hegemônicos (2)

A

Médico assistencial hospitalocêntrico e sanitarista.

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50
Q

Modelo médico assistencial hospitalocêntrico

A
  • O sujeito parte do pressuposto do direcionamento ao médico - especialização, complementaridade (paramédicos)
  • O objeto é a doença e os doentes
  • Os meios de trabalho são voltados à tecnologia médica
  • As formas de organização são reguladas pelas redes de serviços de saúde, centradas no hospital. Mais caro.
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51
Q

Modelo de saúde sanitarista

A
  • O objeto são os modos de transmissão e os fatores de risco de doenças
  • Os meios de trabalho são voltados à tecnologia sanitária
  • As formas de organização são reguladas por meio de campanhas sanitárias, programas especiais e sistemas de vigilâncias epidemiológica e sanitária.
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52
Q

Modelos de saúde alternativos

A

○ Baseados na medicina preventiva, familiar e comunitária
○ Promoção de saúde/determinantes sociais de saúde
○ Distritos sanitários
○ Oferta organizada/ações programáticas de saúde
○ Vigilância em saúde
○ Acolhimento/clínica ampliada/humanização
○ Estratégia de Saúde da Família/APS - Modelo principal!!!

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53
Q

Morte materna tardia pode ser defina como aquela que ocorre no período de…

A

42 dias a 1 ano pós parto.
*Pode ser por causa direta obstétrica ou indireta (doença prévia piorada pela gestação).

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54
Q

Coeficiente de mortalidade materna

A

Relação entre o número de óbitos maternos (SIM) pela quantidade de nascidos vivos (SINASC) em determinado local e período x 100 mil

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55
Q

Cálculo sensibilidade

A

Verdadeiros positivos / doentes

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56
Q

Cálculo especificidade

A

Verdadeiros negativos / não doentes

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57
Q

Testes muito sensíveis = poucos falsos _____ (triagem)

A

Poucos falsos negativos

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58
Q

Testes muito específicos = poucos falsos ____ (confirmação)

A

Poucos faltos positivos

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59
Q

Acurácia

Conceito e cálculo

A

Grau de acerto do teste
A = Verdadeiros positivos + verdadeiros negativos / total

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60
Q

Cálculo valor preditivo positivo

A

Verdadeiros positivos / verdadeiros positivos + falsos positivos

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61
Q

Cálculo valor preditivo negativo

A

Verdadeiros negativos / verdadeiros negativos + falsos negativos

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62
Q

Probabilidade pré teste

A

Prevalência!

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63
Q

Probabilidade pós teste

A

VPP e VPN

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64
Q

O aumento da prevalência aumenta ___ (VPP/VPN)

A

VPP

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65
Q

Razão de verossimilhança positiva

A

Sensibilidade/ 1- Especificidade

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66
Q

Razão de verossimilhança negativa

A

1 - Sensibilidade/ Especificidade

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67
Q

Coeficiente de saúde mede ______ dentre uma população (expresso em potência de 10)

A

Risco!

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68
Q

Índice de saúde mede ______, expresso em porcentagem

A

Proporção!

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69
Q

Prevalência
Conceito e fórmula

A
  • Total de casos (novos + antigos) / população exposta em local e período X
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70
Q

Incidência

A

Expressa o risco de adoecimento

Número de casos novos / população exposta em local e período X

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71
Q

Letalidade
Conceito e fórmula

A

Risco do doente morrer pela doença (gravidade da doença)

Número de óbitos pela doença / número de casos da doença

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72
Q

Mortalidade geral
Fórmula

A

Risco de um indivíduo qualquer da população morrer

Número total de óbitos / população em local e período X

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73
Q

Mortalidade por causa
Fórmula

A

Risco de um indivíduo qualquer da população morrer pela doença específica

Número de óbitos pela causa / população em local e período X

*expressa a magnitude do problema de saúde, bem como as condições de enfrentamento pelo sistema de saúde

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74
Q

Diferenças entre letalidade e mortalidade por causa

A

Na letalidade da doença deve-se levar em conta somente os doentes, é o risco do doente morrer pela doença. Já a mortalidade por causa é o risco de qualquer um na população morrer pela doença.

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75
Q

Mortalidade materna
Conceito, o que indica e fórmula

A
  • Risco geral de óbito por causa materna
  • Qualidade do PN
  • MM = n de óbitos por causa materna / n de nascidos vivos
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76
Q

Mortalidade infantil
Conceito, o que reflete e fórmula

A
  • Risco de um RN morrer antes de 1 ano
  • Reflete a qualidade da APS
  • MI = n de óbitos < 1 ano / n de nascidos vivos x 1000
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77
Q

Mortalidade neonatal
Conceito e fórmula

A
  • Risco de óbito até 27 dias completos de vida
    • Precoce: até os 6 dias
    • Tardio: 7 a 27 dias

Número de óbitos <28 dias de vida / número de nascidos vivos x 1000

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78
Q

Mortalidade pós neonatal

A

Óbitos entre 28 e 1 ano de vida!

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79
Q

Mortalidade perinatal
Conceito e fórmula

A

Óbito entre 22 semanas de gestação e o 7 dia de vida

  • número de óbitos fetais e de bbs com < 7 dias de vida / número de nascidos vivos + n de nascidos mortos x 1000
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80
Q

Natimortalidade
Fórmula

A

Número de nascidos mortos / número de nascidos vivos + mortos x 1000

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81
Q

Índice de mortalidade por causa

A
  • Índice é proporção (%), diferente do coeficiente que indicava risco

Proporção entre óbitos por causa e total de óbitos em determinado local e período

Ex:
Óbitos por DCV no BR em 2016 /
Total de óbitos no BR em 2016

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82
Q

Índice de mortalidade por idade

A

M por idade = número de óbitos por faixa etária/ número total de óbitos

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83
Q

Índice de mortalidade infantil

A

DIFERENTE DO COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL (coeficiente indica risco daquela criança morrer antes de um ano, indice indica a proporção de MI na população geral)

IMI = número de óbitos < 1 ano / todos os óbitos na população (todas as idades)

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84
Q

Índice de Swaroop-Uemura

A

Razão de mortalidade proporcional que leva em consideração idade > 50 anos para indicar como está a sobrevida da população

RMP = número de óbitos > ou = 50 anos / número total de óbitos x 100

Nível 1: RMP maior ou igual a 75% (ideal)
Nível 2: RMP entre 50 e 75%
Nível 3: RMP entre 25 e 49%
Nível 4: RMP abaixo de 25%

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85
Q

Curva de Nelson Moraes

A

Curva de mortalidade proporcional nas principais faixas etárias

Curva N (tipo I): pior perfil, alta mortalidade infantil e de adultos jovens.
Curva L (tipo II): alta mortalidade infantil.
Curva U (tipo III): alta mortalidade infantil e em maiores de 50.
Curva J (tipo IV - ideal): mortalidade predomina após os 50 anos.

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86
Q

Taxa de natalidade
Conceito e fórmula

A

Total de nascidos vivos / população geral x 1000

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87
Q

Taxa de fecundidade
Conceito e fórmula

A

Número de nascidos vivos de mães residente no lugar X com a idade X / número de mulheres residentes no lugar X e com idade X x 1000

Se > ou = 2 indica crescimento populacional, se < 2 indica que população caminha para encolhimento

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88
Q

Expectativa de vida ao nascer

A

Número médio de anos que se espera que o RN viva caso mantido o padrão na população - dado dinâmico que muda com mudanças na qualidade de vida

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89
Q

Anos potenciais de vida perdidos

A

Anos de vida perdido por morte prematura

APVP = expectativa de vida na população - idade no momento da morte

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90
Q

Anos de vida perdidos ajustado por incapacidade- DALY

A

Soma de anos potenciais de vida perdidos + anos vividos com incapacidade

Um daly = um ano de vida saudável
Utilizado para estimar a carga global de doenças

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91
Q

V ou F
As estratégias de prevenção devem ter ênfase na população de risco e não em indivíduos considerados de alto risco para uma doença.

A

Verdadeiro!

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92
Q

Princípios fundamentais a serem incorporados à atuação do MFC - 4 (Gusso , TMFC, 2019)

A

○ O MFC é um clínico qualificado
○ A atuação do MFC é influenciada pela comunidade
○ O MFC é o recurso de uma população definida
○ A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do MFC.

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93
Q

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido está relacionado a qual princípio bioético?

A

Autonomia

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94
Q

Quando é possível a quebra do sigilo médico?

A

● Situação de dever legal:
- Doenças de notificação compulsória
- Suspeita de maus tratos em crianças, idosos
- Lei Maria da Penha
● Justa causa (ou motivo justo):
- A revelação do segredo é o único e derradeiro meio de afastar perigo atual ou iminente e injusto, para si ou para terceiros
- Ex: evitar o casamento de portador de defeito físico irremediável ou moléstia grave transmissível por contágio, ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do futuro cônjuge ou de sua descendência
● Autorização expressa, prévia e escrita do paciente/responsável legal.

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95
Q

Qual a diferença entre Eutanásia e Suicídio assistido?

A
  • Eutanásia: Médico antecipa a morte para liberar o paciente do sofrimento (médico ativo/paciente passivo)
  • Suicídio assistido: Doente provoca sua morte, assistida por um profissional (médico passivo / paciente ativo).
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96
Q

4 princípios da bioética médica

A

● Autonomia (a pessoa escolhe)
● Não maleficência (evitar danos)
● Beneficência (fazer o bem)
● Justiça (priorizar com equidade).

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97
Q

Quais das situações não justifica a quebra de sigilo?

  • Fato ser de conhecimento público
  • Paciente já falecido
  • Paciente menor de idade com capacidade de avaliar seu problema e de conduzi-lo
  • Na investigação de suspeita de crime para não revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal
  • Depoimento na qualidade de testemunha: médico deve comparecer perante a órgão requisitante e declarar seu formal impedimento.
A

Nenhuma das situações justificam a quebra de sigilo.

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98
Q

Conceitue Ortotanásia

A

● Morte adequada
● Cuidados paliativos
● Sedação paliativa.

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99
Q

Conceitue Distanásia / obstinação terapêutica:

A

● Prolongamento artificial do processo de morte
● Futilidade terapêutica.

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100
Q

Conceitue Mistanásia

A

● Morte miserável, fora e antes da hora por motivos sociais, políticos e econômicos
● Pessoas que não conseguem ser atendidas
● Vítimas de má prática profissional.

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101
Q

Cite dois documentos necessários para todas as pesquisas com humanos

A
  • Aprovação por Comitê de Ética e Pesquisa
  • Deve ter o TCLE: consentimento informado.
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102
Q

Tipos de erros médicos
Imperícia

A

Despreparo teórico-prático, relacionando-se com a falta de habilidade, normalmente requerida para o exercício legítimo e legal da atividade profissional.

“Não sei / Não devo / Faço”
Fez errado o que não sabia.

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103
Q

Tipos de erros médicos
Imprudência

A

Executar atos de forma não justificada, precipitada ou sem cautela. Conhece os riscos e não ignorando os conhecimentos técnicos, perfaz o ato mesmo assim;
“Sei / Devo / Faço errado”
Fez errado o que sabia.

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104
Q

Tipos de erros médicos
Negligência

A

Inércia, passividade, omissão.
“Sei / Devo / Não faço”
Não fez o que sabia e devia.

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105
Q

Iatrogenia

A

Estado de doença, efeitos adversos ou alterações patológicas resultantes de um tratamento de saúde correto, que são previsíveis, esperados ou inesperados, controláveis ou não, e algumas vezes inevitáveis. Contudo, tais efeitos não necessariamente são ruins.

Exemplos: interações medicamentosas, efeitos adversos, a utilização indiscriminada de antibióticos, quimioterapias e radioterapias (queda capilar, anemia, náuseas), infecções, dentre outros.
Deve ser informada ao paciente.

Iatrogenia: não punível, incupável, dano previsível, consequência de uma aplicação terapêutica necessária feita pelo médico.

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106
Q

Erro médico

A

Gerador da responsabilidade civil do profissional pelos danos dele decorrentes.

Advém de conduta ou omissão negligente (descuido, desleixo), imprudente (sem precaução, imponderado) ou imperita (inabilidade ou desconhecimento técnico) do profissional, da qual resultou um dano ao paciente.

É imprescindível, para que se configure o erro médico, que a conduta ou omissão do profissional tenha sido causadora direta do dano ao paciente.

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107
Q

Família nuclear

A

Familiares consanguíneos da pessoa referência, ou seja, um núcleo. Um exemplo é o casal e seus filhos.

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108
Q

Família extensiva ou estendida

A

Constituída por mais de uma geração, podendo ter também vínculos colaterais, como tios, primos e padrinhos.

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109
Q

Família monoparental

A

Constituída por um dos pais biológicos e o filho, ou filhos, independentemente de vínculos externos ao núcleo.

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110
Q

Família reconstituída

A

É composta por membros de uma família que em um dado momento teve outra configuração, sofreu uma ruptura e passou a ter um novo formato.

Criação de um novo núcleo familiar, com filhos de um ou de ambos os integrantes do casal atual proveniente de um vínculo anterior, implicando a fusão de duas ou mais famílias.

Por exemplo, um casal que é constituído por dois pais separados.

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111
Q

Família unitária

A

Composta por uma só pessoa, como é o caso de uma viúva sem filhos.

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112
Q

Família homossexual / homoafetiva / LGBTQIA+

A

É constituída pela união de pessoas do mesmo sexo, que constituem um casal, podendo adotar filhos.

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113
Q

Família funcional

A

Não há, necessariamente, um laço consanguíneo, é formada por pessoas que moram juntas e desempenham papéis parentais em relação a uma criança ou um adolescente.

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114
Q

Família institucional

A

Tem a função de criar e desenvolver afetivamente a criança, o adolescente ou grupos afins.
Exemplo: um convento ou um abrigo.

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115
Q

Abordagem familiar é diferente de terapia familiar?

A

Sim, terapia familiar requer uma formação profissional específica.

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116
Q

Ferramentas para abordagem familiar
Desenvolvimento familiar

A

Ciclo de vida familiar

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117
Q

Ferramentas para abordagem familiar
Anatomia familiar

A

Genograma e Ecomapa

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118
Q

Ferramentas para abordagem familiar
Funcionamento familiar

A

PRACTICE
APGAR
FIRO

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119
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 1

A
  • Saindo de casa: Jovens solteiros / Adulto jovem independente
  • Aceitar a responsabilidade emocional e financeira (eu)

Mudanças necessárias:
1. Diferenciar-se da família
2. Desenvolver relacionamentos íntimos com adultos iguais
3. Estabelecer-se financeiramente.

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120
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 2

A

O novo casal
Comprometer-se com o novo sistema
1. Formar sistema marital
2. Realinhar relacionamentos
3. Incluir cônjuge.

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121
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 3

A

Família com filhos pequenos
Aceitar novos membros no sistema
1. Ajustar o sistema conjugal para criar espaço para filhos
2. Unir-se nas tarefas de educação financeira e domésticas
3. Incluir papéis de pais e avós.

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122
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 4

A

Famílias com adolescentes
Aumentar a flexibilidade das fronteiras familiares para incluir a independência dos filhos e a fragilidade dos avós.
1. Modificar o relacionamento com os filhos
2. Procurar novo foco nas questões conjugais e profissionais
3. Começar a mudança no sentido de cuidar da geração mais velha.

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123
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 5

A

Encaminhando os filhos e seguindo em frente (ninho vazio)
- Aceitar várias saídas e entradas no sistema familiar
1. Renegociar o sistema conjugal como díade novamente, desenvolver relacionamento dos adultos e destes com os filhos
2. Realinhar os relacionamentos, para incluir parentes por afinidade e netos
3. Lidar com incapacidade e morte dos pais (avós).

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124
Q

Etapas do ciclo de vida familiar
Nível 6

A

Famílias no estágio tardio de vida
- Aceitar a mudança dos papéis em cada geração
1. Manter o funcionamento e interesses próprios e/ou do casal em face do declínio biológico
2. Apoiar um papel mais central da geração do meio
3. Abrir espaço para sabedoria dos idosos, apoiando-a sem superfuncionar por ela
4. Lidar com as perdas.

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125
Q

Estágios de ciclo de vida familiar da classe popular

A

Há uma aglutinação dos estágios (geralmente não há ninho vazio)
● Estágio 1 – Adolescente/adulto jovem solteiro
● Estágio 2 – A família com filhos: três a quatro gerações convivendo no lar
● Estágio 3 – A família no estágio tardio da vida (quase não há “ninho vazio” /crianças educadas por avós).

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126
Q

Crises familiares
Crise normativa

A

São aquelas decorrentes de momentos esperados durante o ciclo da vida como o casamento, a gravidez, o nascimento do primeiro filho, o casamento do filho. Readequação usual.

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127
Q

Crises familiares
Crise do ninho vazio

A

Está dentro das crises normativas e consiste no período de luto normal que ocorre quando os pais se veem livres dessa obrigação de cuidar dos filhos, pois eles já saíram de casa ou são independentes.

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128
Q

Crises familiares
Crise paranormativa

A

Crises que advêm de experiências adversas ou inesperadas. Caracterizadas por eventos intersistêmicos que, geralmente, são imprevisíveis para a família como a morte do filho antes dos pais.

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129
Q

Ecomapa

A

Identifica a rede social e de apoio da pessoa e/ou família.

  • Relações do indivíduo com o seu meio, com a sua comunidade e com os seus recursos de rede
  • Fotografia das relações da família com o ambiente.
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130
Q

Avaliação do funcionamento das famílias
PRACTICE

A

Deve ser aplicado em reuniões familiares, diante de problemas complexos. Facilita a coleta de informações e entendimento do problema (foco no
problema)
Mnemônico:
P: problema apresentado
R: papéis e estrutura
A: afeto
C: comunicação
T: fase do ciclo familiar
I: doenças na família, ontem e hoje
C: enfrentamento do estresse
E: meio ambiente, rede de apoio

*Não precisa decorar o mnemonico, só saber o que é mesmo.

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131
Q

Avaliação do funcionamento das famílias
APGAR

A

Reflete a satisfação de cada membro da família. Feito através de um questionário autoadministrado que aborda:
A – Adaptation (Adaptação)
P – Partnership (Participação)
G – Growth (Crescimento)
A – Affection (Afeição)
R – Resolve (Resolução)

Interpretação:
- Altamente funcional (7 - 10);
- Moderadamente funcional (4 - 6);
- Gravemente disfuncional (0 - 3).

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132
Q

Avaliação do funcionamento das famílias
FIRO

A

FIRO – Fundamental Interpersonal Relations Orientations
- Possibilita avaliar os sentimentos de cada membro da família nas vivências do cotidiano
- Útil quando a família sofre mudanças importantes
- Avalia as possíveis alterações dos papéis decorrentes das crises familiares advindas das diversas situações (doenças agudas, hospitalizações, seguimento das doenças crônicas).

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133
Q

Escala de risco familiar de Coelho-Savassi

A

É um instrumento de estratificação de risco familiar
- Baseado na ficha A do SIAB pode ser avaliada na primeira visita domiciliar pelo ACS
- Pretende-se determinar o risco social e de saúde das famílias adscritas a uma equipe de saúde.

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134
Q

Estudo individuado experimental longitudinal

A

Ensaio clínico.

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135
Q

Estudos individuados observacionais longitudinais

A

Coorte
Caso controle.

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136
Q

Estudo individuado observacional transversal

A

Inquérito (transversal).

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137
Q

Estudo agregado observacional transversal

A

Estudo ecológico.

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138
Q

Estudo agregado experimental longitudinal

A

Ensaio comunitário.

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139
Q

Estudo agregado observacional longitudinal

A

Série temporal.

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140
Q

Estudo ecológico

A
  • Agregado, observacional, transversal
  • Compara grupos de pessoas em lugares distintos
  • Coleta informações sobre exposição e efeito - levanta hipótese, mas não prova causalidade
  • Variável: prevalência de um agravo por idade, por renda, medidas ambientais, medidas globais, IDH - informações do coletivo - dados!!
  • Bom para cálculos de taxas e coeficientes.
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141
Q

Estudo ecológico
Principais características

A

Levanta hipóteses após analisar aquele grupo naquele momento. Não define causalidade. Pode levar a falácia ecológica.

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142
Q

Falácia ecológica

A

AKA: Viés ecológico ou viés de agregação
- Fazer inferências sobre o indivíduo a partir de inferências sobre o grupo estudado (agregado).

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143
Q

Série temporal

A
  • Agregado, observacional, longitudinal
  • “Estudo ecológico repetidos durante momentos distintos do tempo”
  • EX: gráfico evidenciando distribuição dos óbitos durante anos por COVID (observo algo de um grupo em vários momentos)
  • Levanta hipóteses, mas não estabelece causalidade assim como o ecológico
  • Aqui pode estimar efeito de exposição porém para provas necessita de outros estudos
  • Sujeito a viés de confusão e falácia ecológica.
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144
Q

Ensaio comunitário

A
  • Agregado, experimental, longitudinal
  • Intervenção em grupos (sujeitos são grupos)
  • Pode comparar grupos distintos que sofreram ou não a intervenção
  • Pode compara o mesmo grupo antes e depois da intervenção
  • EX: ACS treinados para identificarem casos suspeitos de TB em uma área e diagnóstico por clínica em outra. Com a intervenção o grupo dos ACS tiveram mais diagnósticos precoces.
  • Bons para comportamento social e fatores ambientais
  • Poucos grupos incluídos
  • Dificuldade para randomização.
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145
Q

Estudo de Coorte prospectiva e retrospectiva

A

Prospectiva (concorrente): vai do presente para o futuro (exposição no presente e desfecho no futuro - pesquisa e doença caminhão juntas)

Retrospectiva (não concorrente): olha da exposição passada para o desfecho presente.

Sempre partir da exposição para o desfecho.

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146
Q

Estudo transversal
Conceitos gerais

A

AKA: inquérito, seccional
- Individuado, observacional e transversal
- Ecológico do indivíduo
- Exposição e desfecho a nível individual em um mesmo momento
- Levanta hipótese de associação, mas não causalidade
- Não diferencia casos novos e antigos (só faz análise de prevalência)
- Ex: vigitel ligando e perguntando coisas sobre a pessoa.

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147
Q

Estudos transversais
Vantagens e desvantagens

A

Vantagens
○ Barato, rápido, bom para prevalência, bom para descrever uma população, bom para doenças crônicas, levanta hipóteses, estabelece associações.

Desvantagens
○ Não estabelece causalidade, ruim para doenças agudas e de curta duração.

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148
Q

Estudo de Coorte

A

Individuado, observacional, longitudinal
● Grupo de indivíduos (população sob risco), expostos a fatores de risco e seguidos ao longo do tempo para a aferição de desfechos (agravos em saúde)
● Avalia incidência de agravos, ou seja, vamos observar o desfecho após a exposição.

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149
Q

Coorte
Vantagens

A
  • Estuda fatores de risco
  • Mede incidência
  • Estuda prognóstico das doenças (história natural)
  • Tem o poder de estabelecer associação e causalidade
  • Bom para avaliar doenças fatais,
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150
Q

Coorte
Desvantagens

A
  • Alto custo
  • Demorado
  • Alto enfrentamento de perda de seguimento
  • Difícil de ser reproduzido
  • Ruim para doenças raras.
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151
Q

Diferença entre caso controle e coorte histórica

A
  • Caso controle: eu sei quem tem o desfecho e quem não tem e parto disso para ver quem no passado foi exposto a algo ou não foi.
  • Já na coorte histórica eu vejo nos prontuários quem tinha e quem não tinha a exposição para ver depois o desfecho no futuro (inicialmente na coorte histórica eu não sei quem teve o desfecho e quem não teve).
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152
Q

Estudo caso controle
Características

A

Individuado + Observacional + Longitudinal + Retrospectivo
○ Indivíduos com o agravo/doença (casos), e compará-los com um grupo de indivíduos sem o agravo (controle)
○ Eu sei quem tem o desfecho e quem não tem e parto disso para ver quem no passado foi exposto a algo ou não foi (retrospectivo)
● Sujeitos à vários tipos de vieses!
● Pesquisador quem delimita número de participantes
○ Não produz medidas de ocorrência de doença
○ Odds Ratio entra nesse momento!

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153
Q

Caso controle
Vantagens desse tipo de estudo

A

Mais fácil e mais rápido de ser realizados do que as coortes, além de ser mais barato
- Útil para doenças raras.

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154
Q

Caso controle
Desvantagens desse tipo de estudo

A

Grupos pouco semelhantes, informações do passado (memória, prontuário), sujeito a vieses.

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155
Q

Ensaio clínico
Principais características e acrônimo PICO

A

Individuado, experimental, longitudinal
- Indivíduos de uma população definida são submetidos a determinada intervenção e avaliada quanto aos desfechos em comparação com um grupo controle
- Padrão-ouro para estudo de intervenções (medicamentos, vacinas, cirurgias)
- RANDOMIZAÇÃO
Acrônimo PICO para montar o desenho do estudo:
○ P – População (critérios de inclusão e exclusão)
○ I - Intervenção que será feita (medicação, vacina, procedimento)
○ C – Controle (grupo controle – placebo, tratamento padrão, fila de espera, nenhum tratamento)
○ O - Outcomes (desfechos primários e secundários).

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156
Q

Randomização é o processo de distribuição aleatória dos participantes de um estudo dentro do grupo.
Como randomizar e quais as divisões?

A

Para randomizar:
- Deve ser impossível prever a locação do próximo participante
- Todos os participantes tem a mesma probabilidade de serem alocados nos grupos

Podemos dividi-los em:
- Randomizado: obedece às premissas de randomização
- Quase-randomizado: existe alguma regra de alocação (dias da semana, números pares ou ímpares das fichas)
- Não randomizado: não utiliza nenhum método de caracterização.

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157
Q

Mascaramento: método para garantir que os envolvidos no estudo não conheçam a alocação dos participantes nos grupos.

Tipos de mascaramento

A
  • Duplo-cego: pacientes e equipe estão mascarados. Avaliadores também.
  • Simples-cego: apenas uma das unidades do estudo está mascarada. Pacientes e equipe OU avaliadores dos desfechos estão mascarados.
  • Aberto: nenhuma unidade está mascarada.
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158
Q

Vantagens e Desvantagens Ensaio Clínico

A

Vantagens
- Padrão-ouro no estudo de intervenções, minimização do risco de viés (erro sistemático), reprodutibilidade.

Desvantagens
- Caro, demorado, desenhos de estudo difíceis/complexos, conflitos éticos.

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159
Q

O que significa o “S” do SOAP?

A

Subjetivo - coleta de dados trazidos pelo paciente!
○ História relatada ou referida
○ Queixa atual, motivos da consulta
○ Sintoma(s), diagnósticos relatados
○ Registro do ponto de vista da pessoa atendida
○ HPP, HF
○ Experiência com a doença

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160
Q

Pode ser usado diagnóstico interrogado no “A” do SOAP?

A

Não, só diagnósticos de certeza.

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161
Q

O registro clínico na estrutura do SOAP reflete principalmente qual atributo da APS?

A

Garante a continuidade do cuidado: Longitudinalidade

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162
Q

ReSOAP

A

Registro de Saúde Orientado por Problemas – equipes de APS são multiprofissionais
○ Ferramenta de raciocínio clínico ideal para a atuação na APS

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163
Q

O que significa o “O” do SOAP?

A

Objetivo - coleta de dados observado pelo profissional!
○ Traduz o ponto de vista do médico/profissional
○ Dados de exame clínico dirigido à natureza do problema
○ Exames complementares
○ Resultados de aplicação de escores / escalas / questionários / instrumentos de avaliação familiar
○ Única parte do SOAP que pode deixar de ser preenchida em uma consulta

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164
Q

O que significa o “A” do SOAP?

A

Avaliação – interpretação do profissional sobre o caso
○ Identifica/formula o problema/condição
○ Onde se coloca a Lista de Problemas do dia
○ A pode ser igual ao sintoma (não pode ser HD interrogada).

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165
Q

O que significa o “P” do SOAP?

A

Plano! – ação
○ Registro das decisões tomadas
○ Plano diagnóstico: investigação, exames complementares, consultorias, referência hospitalar
○ Plano terapêutico: farmacológico ou não
○ Plano de acompanhamento: agendamento de próximas consultas, monitorizações
○ Plano preventivo
○ Atestados/declarações
○ Notas /reflexões do profissional

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166
Q

SOAP
O que é um problema/condição?

A

Tudo aquilo que requer ou pode requerer uma ação do médico ou da equipe de saúde e, em consequência, motivará um plano de intervenção
● Não devem ser listados como problema:
○ Diagnósticos interrogados
○ Diagnósticos a descartar
○ Suspeitas ou diagnósticos prováveis

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167
Q

Qual medida de associação dos estudos transversais?

A

Razão de prevalência = prevalência nos expostos / prevalência nós não expostos

RP < 1 = Associação negativa. Menor probabilidade de desfecho entre os expostos.

RP = 1 = Prevalência igual entre os grupos

RP > 1 = Associação positiva. Maior probabilidade de desfecho entre os expostos.

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168
Q

Quais as medidas de associação dos estudos de Coorte?

A
  • Risco Relativo (RR)
  • Risco atribuível ao fator (RAF)
  • Risco atribuível populacional (RAP)
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169
Q

Risco relativo

A

Medida de associação Coorte e Ensaio Clínico
Busca responder a pergunta: Quantas vezes os expostos (fator de risco ou tratamento) adoeceram mais (ou menos) que os não expostos.

RR = incidência expostos / incidência não expostos

RR = A/A+B / C/C+D

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170
Q

Risco atribuível ao fator

A

Coorte - Dentre os expostos, quantos dos doentes são decorrentes da exposição

RAF = Incidência entre os expostos - incidência aos não expostos

RAF = A/A+B - C/C+D

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171
Q

Risco atribuível população

A

Coorte - Que fração do risco populacional é atribuível à exposição

RAP = (Incidência expostos - I. Não expostos)* / Incidência populacional
*RAF (risco atribuível ao fator)

RAP = A/A+B - C/C+D / A+C/A+B+C+D

QUASE NÃO CAI EM PROVA

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172
Q

Medida de associação dos estudos de caso controle

A

Razão de chances ou Odds Ratio (OR)
- Estimativa do risco relativo

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173
Q

Odds Ratio

A

Quantas vezes os expostos adoeceram mais (ou menos) que os não expostos

OR = A/C / B/D - simplificando :
OR = AxD / BxC (razão dos produtos cruzados)

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174
Q

Medidas de associação de estudos:
- Transversais
- Coorte
- Caso controle

A
  • Transversais: razão de prevalência
  • Coorte: risco relativo
  • Caso controle: Odds ratio
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175
Q

Medidas de associação dos ensaios clínicos

A
  • Risco relativo (RR)
  • Redução do risco relativo (RRR)
  • Redução absoluta de risco (RAR)
  • Número necessário para tratar
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176
Q

Risco relativo < 1 para desfechos NEGATIVOS em um ensaio clínico significa que…

A

Favorece a intervenção estudada.

  • RR=1: não há diferença entre grupos
    RR > 1: desfavorece a intervenção
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177
Q

Ensaio clínico
Redução do risco relativo (eficácia)

A

RRR = 1 - Risco relativo

Qual a redução do risco de morte que a nova droga proporcionou em relação ao placebo.

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178
Q

Ensaio Clínico
Número necessário para tratar

A

Quantas pessoas são necessárias tratar para evitar 1 morte

NNT = 1 / RAR*

*Redução absoluta de risco = incidência de não expostos - incidência de expostos

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179
Q

Quanto maior a sensibilidade de um teste maior será seu (VPP, VPN, probabilidade pré teste)

A

VPN - probabilidade de uma pessoa não ter a doença quando o teste é negativo.

Teste muito sensível geralmente você confia quando é negativo.

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180
Q

Sistema de saúde

A

É um conjunto de elementos inter-relacionados que operacionalizam a política de saúde, buscando solucionar os problemas de saúde (doenças, agravos, carências, acidentes, riscos e vulnerabilidades).

181
Q

Modelos de proteção social (três)

A
  1. Assistência/seguro privado (não está relacionado a sistema universal de saúde)
  2. Seguro social
  3. Seguridade social
182
Q

Modelos de proteção social

Assistência/seguro privado

A
  • Quem tem dinheiro paga e quem não tem fica com filantropia.
    O modelo de seguro privado é residual (se baseia na caridade), não há necessidade de pagar quando há a comprovação de que não há condição de pagar pelo serviço.
    EX: EUA!
183
Q

Modelos de proteção social
Sistema de Seguro Social em Saúde

A
  • Modelo bismarckiano de financiamento (alemão)
  • Existia no Brasil antes do SUS (CAPs, IAPs, INPS, INAMPS)
  • Meritocrático e relacionado com a medicina previdenciária (os cobertos = trabalhadores)
  • Depende de contribuições de empregados e empregadores através de descontos nos salários e pagamentos feitos pelas empresas
    ○ Cobertura ocupacional
184
Q

Modelos de proteção social
Sistema de Seguridade Social

A
  • Modelo beveridgiano (inglês)
  • Saúde como direito humano
  • Baseia-se na justiça social: cobertura e acesso universal
  • Sistemas Universais e Nacionais de Saúde: NHS britânico, SUS!
  • Financiamento público a partir de impostos gerais, não sendo usado
    apenas para quem é trabalhador e contribui
  • Implantado no Brasil com a CF de 1988.

*Dica: universaIDADE = segurIDADE.
*Dica: Bem x Mal = BEveridgiano x bisMArckiano.

185
Q

Sistema de saúde no período colonial

A
  • Sem modelo de atenção à saúde
  • Organização sanitária incipiente
  • Papel do curandeirismo, medicina popular e na Santa Casa de Misericórdia (filantropia)
  • Raros médicos atendiam as pessoas das classes dominantes
  • Saúde Pública: controle da comercialização de alimentos e saneamento dos portos (Governo com ação mais higienista).
186
Q

Sistema de saúde no período imperial

A
  • Relacionado ao sanitarismo
  • Polícia sanitária: controle sanitário de portos e das epidemias
  • Final do Império: organização sanitária brasileira rudimentar e centralizada
  • Pessoas com recursos atendidas por médicos particulares
  • Indigentes: atendimento pelas Santa Casa de misericórdia, caridade e filantropia.
187
Q

Sistema de saúde no século XX (República)

A
  • Importante papel das campanhas sanitárias que se concentravam nas cidades, centros urbanos e portos
  • Propagação de epidemias e doenças pestilenciais
  • Polícia sanitária: combate a vetores e vacinação obrigatória
  • Ações principalmente para populações que vivam em cidades portuárias: influência da economia agrário-exportadora
  • Acesso a médicos e hospitais dependia do poder de compra
  • Pobres: recorriam à caridade e filantropia.
  • Indigentes: atendimento nas Santas Casas.
188
Q

SUS
Ao longo desse século (XX) teve uma medicina previdenciária, quais suas características?

A
  • Seguro social
  • Caráter excludente
  • Devido a lutas populares e de trabalhadores
  • Atendimentos curativos médico hospitalares, limitada apenas aos contribuintes e seus dependentes /dicotomia entre saúde pública e previdência social
  • 1923: Lei Elói Chaves: criação das CAPs (Caixas de Aposentadoria e Pensão): Organizadas e mantidas por empresas e empregados. Modelo Bismarckiano. Marco inicial da Previdência Social no Brasil.
189
Q

Lei Elói Chaves

A

Criação das CAPs (Caixas de Aposentadoria e Pensão): Organizadas e mantidas por empresas e empregados. Modelo Bismarckiano.
Marco inicial da Previdência Social no Brasil.

190
Q

História do sus
Era Vargas - IAPES

A
  • 1933: criação dos IAPs (Institutos de Aposentadoria e Pensões) –
    participação do Estado.
  • Uma diferenciação das IAPs é que é organizado por categorias profissionais, enquanto as CAPs eram por empresas.
  • Assistência médica para trabalhadores urbanos com carteira de trabalho assinada.
191
Q

História do SUS
Década de 40 - Criação do SESP (Serviço Especial de Saúde Pública)

A

Objetivando integração entre ações curativas e preventivas com ênfase em áreas com saúde materno-infantil, imunizações e controle de tuberculose e hanseníase.

192
Q

História do SUS
Década de 50-60 - Medicina empresarial

A
  • Diferenças na qualidade da assistência entre os diferentes IAPs > insatisfação > surgimento dos serviços médicos particulares (medicina empresarial) > fortalecimento do modelo assistencial médico-assistencial hospitalocêntrico.
193
Q

Após o golpe militar houve a unificação dos IAPs e o surgimentos do ….

A

INPS (Instituto Nacional de Previdência Social)
- Privatização da assistência médica/capitalização do setor saúde

194
Q

Década de 70: crise do INPS, em 1977 é criado o INAMPS que era …

A

INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social: Responsável pela assistência à saúde – ações curativas de caráter excludente
- INAMPS no governo Collor foi incorporado ao Ministério da Saúde (MS).
Final da década de 1970: previdência Social entrou em crise

195
Q

Movimento da Reforma Sanitária Brasileira

A
  • Surge da sociedade civil na década de 1970
  • Reorganização da assistência à saúde
  • Concepção ampliada de Saúde (modelo multicausal)
  • Determinação social da doença e da saúde
  • Saúde direito de todo cidadão e dever do estado
  • Universalização do direito à saúde
  • Acesso universal e equitativo a todas as ações e serviços
196
Q

VIII Conferência Nacional de Saúde (1986)
- Marcos

A
  • Marco da Reforma Sanitária Brasileira: discute e aprova concepções e princípios da RSB
  • Primeira com a participação popular
  • Consagrou uma concepção ampliada de saúde e o princípio da saúde como direito universal e como dever do Estado
  • Cria o documento para a Reforma Sanitária brasileira
  • Seu texto foi aprovado na CF e influenciou para a seção “Da Saúde” da CF de 1988
197
Q

Entre a VIII Conferência de Saúde e a criação do SUS na CF de 1988, houve a criação do ____.

A

SUDS!!
Modelo de transição – 1987 (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde)
- Tentativa de iniciar a descentralização ou municipalização da gestão dos serviços de saúde
- Modelo de ponte ou transição para o SUS

198
Q

V ou F
Ordem dos sistemas de saúde até a criação do SUS:
CAPs > IAPs > INPS > INAMPS > AIS
> SUDS > SUS.

A

Verdade!

199
Q

Fases de uma epidemia

A
  1. Egressão (casos ultrapassam limiar endêmico)
  2. Progressão
  3. Incidência Máxima
  4. Regressão
200
Q

Qual o principal objetivo do acolhimento em saúde mental na Atenção Primária da Saúde?

A

Promover um lugar de escuta para o usuário, para o usuário e a família, para que eles se sintam seguros de expressar suas dúvidas, medos e preocupações.

201
Q

Inércia clínica/médica

A
  • Falha do médico em iniciar ou aumentar a dose de um tratamento medicamentoso
202
Q

Teleconsultoria

A

Solicitar auxílio via telemedicina a outro profissional de saúde

203
Q

V ou F
Pesquisa com dados públicos dispensa comitê de ética em pesquisa (CEP)

A

Verdadeiro

204
Q

Tripé da seguridade social

A

Saúde + Previdência social + Assistência social

205
Q

Artigo 196 da constituição de 1988, traz o conceito …

A

Conceito ampliado de saúde
Traz universilidade + igualdade + integralidade
Direito de todos e dever do estado

206
Q

Diretrizes organizativas do SUS (3) de acordo com a constituição (art 198)

A
  • Descentralização
  • Atendimento integral (prioridade pra prevenção sem prejuízo da assistência)
  • Participação da comunidade
207
Q

Artigo 199 da CF 1988
A assistência à saúde é ______ à iniciativa privada.
Participa de forma _____ (complementar/suplementar) mediante a contrato de direito público ou convênio.
Preferência à…

A

É livre.
COMPLEMENTAR.
Preferência por entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

208
Q

V ou F

É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

A

De acordo com a constituição de 88 é verdadeiro, porém a Lei 8080/90 permite.

209
Q

V ou F

É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios às instituições privadas com fins lucrativos.

A

Verdadeiro (Artigo 199 da CF 1988)

210
Q

SUS
Criado juridicamente pela _____
Regulamentado pelas _____
Orientado por princípios, diretrizes, leis e normas.

A

CF 1988
Leis Orgânicas de Saúde (LOS) 8.080/90 e 8.142/90

211
Q

SUS
Qual a diferença entre princípios e diretrizes?

A
  • Princípios: estruturantes, base moral, valores para orientar as ações e políticas de saúde em nosso país. Base filosófica, cognitiva e ideológica do SUS.
  • Diretrizes (para a prova – as diretrizes são chamadas de princípios organizacionais ou organizativo-operativos): meios, normas políticas e
    organizativas para se atingir os objetivos.
212
Q

SUS
Princípios éticos-doutrinários ou finalísticos:

A

VOCAIS - UAI ou UEI
- Universalidade
- A Equidade
- Integralidade

213
Q

SUS
Princípios estratégicos ou diretrizes políticas organizativas e operacionais:

A

Apontam como deve vir a ser construído o SUS (consoantes):
- DR Red Hot Chilli Peppers
- Descentralização
- Regionalização
- Resolutibilidade
- Hierarquização
- Complementaridade do setor privado
-Participação popular

214
Q

Principal tema das NOBs 93 e 96

A

Descentralização

215
Q

Comissões intergestores tripartite

A

MS, SES - representantes dos secretários estaduais de saúde, SMS - representantes dos secretários municipais.

  • Atua no plano federal
216
Q

Comissões intergestores bipartite

A

SES - secretários estadual de saúde, SMS - representantes dos secretários municipais.

  • Atua no âmbito estadual
217
Q

CONASS

A

Comissão Nacional de Secretários Estaduais de Saúde

218
Q

CONASEMMS

A

Comissão Nacional de Secretários Municipais de Saúde (participa do tripartite junto com MS e CONASS)

219
Q

COSEMS

A

Conselho de Secretários Municipais de Saúde (participa da comisão bipartite)

220
Q

Hierarquização

A

Hierarquização: organização das unidades e ações de acordo com a densidade tecnológica dos serviços
● Serviços organizados em níveis crescentes de densidade tecnológica.

221
Q

SUS
Participação popular

A

Controle social: comunidade participa identificando problemas, encaminhando soluções, fiscalizando e avaliando as ações e serviços públicos de saúde
- Forma de universalidade (todos participam)
- Forma de equidade
○ Participação da comunidade por meio das Conferências e Conselhos de Saúde.

222
Q

SUS
Participação popular - divisão

A

Representação dos usuários é paritária
- 50% dos componentes são de usuários!
- 25% dos trabalhadores em saúde!
- 25% de representação governamental e representantes de prestadores de serviços!

223
Q

Conferências de saúde
Características

A
  • Fóruns de debate, reunião a cada 4 anos (não são permanentes)
  • Avalia a situação de saúde e propõe as diretrizes para a formulação da política de saúde
  • Representação dos vários segmentos sociais
  • Não tem caráter deliberativo
  • Convocada pelo Poder Executivo ou pelo Conselho de Saúde (extraordinariamente).
  • Possuem caráter ascendente (as conferências municipais precedem as estaduais e, essa, a nacional).
224
Q

Conselhos de saúde
Características

A
  • Órgãos colegiados. Reuniões mensais.
  • Caráter permanente e deliberativo
  • Composto por representantes do governo (25%), prestadores de serviço, profissionais de saúde (25%) e usuários (50%)
  • Formula estratégias e controla a execução da política de saúde, incluindo as questões relativas aos aspectos econômicos e financeiros
  • É critério para recebimento de recurso
  • Decisões são homologadas pelo chefe do poder.
225
Q

Principal tema das NOBs 93 e 96

A

Descentralização

226
Q

A autonomia do paciente em participar ou não de uma pesquisa é comprovado por que documento?

A

TCLE

227
Q

Toda pesquisa envolvendo seres humanos deve passar por aprovação do sistema CEP/CONEP, o que são esses colegiados?

A

● CEP:
○ Colegiados interdisciplinares e independentes, de relevância pública, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro dos padrões éticos.

● CONEP:
○ Instância colegiada, de natureza consultiva, deliberativa, normativa, educacional e independente;
○ Vinculada ao Conselho Nacional de Saúde / MS

*Os membros do sistema CEP/CONEP devem ter total independência, confidencialidade e não podem ser remunerados no desempenho de sua tarefa.

228
Q

Sistema oficial de lançamento de pesquisas para análise e manutenção do sistema CEP/CONEP

A

Plataforma Brasil

229
Q

Protocolo de pesquisa
○ Documentos obrigatórios

A
  • Folha de rosto
  • Termo de compromisso do pesquisador
  • Consentimento da Instituição
  • Projeto de pesquisa
  • Orçamento financeiro
  • Cronograma
  • TCLE / TALE
230
Q

Documento obrigatório para uma pesquisa que contém:
● Dados essenciais para identificação do trabalho
● Identifica pesquisador, instituição e CEP (com assinaturas)

A

Folha de rosto

231
Q

Qual a diferença entre TCLE e TALE

A

● Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE):
1. Documento no qual é explicitado o consentimento livre e esclarecido do participante e/ou de seu responsável legal (de forma escrita, linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento).
● Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE):
1. Documento elaborado em linguagem acessível para os menores ou para os legalmente incapazes, por meio do qual, após os participantes da pesquisa serem devidamente esclarecidos, explicitarão sua anuência.

232
Q

Fases do ensaio clínico

A

○Fase 1: fase de segurança
○Fase 2: fase de determinação de dose, e avaliação de eficácia e segurança em curto prazo
○Fase 3: fase de eficácia e segurança de curto/longo prazo
○Fase 4: fase de farmacovigilância, e avaliação de efeitos adversos raros.

233
Q

Fases do ensaio clínico
Fase pré clínica e primeira fase

A

Pré-clínico = laboratório
Fase 1: fase de segurança
- Interação do fármaco no organismo
- Análise de segurança e ajuste da dosagem
- Determinar se a intervenção é segura para seguir para análise de eficácia
- 20 a 80 voluntários
- Duração: vários meses
- Cerca de 70% dos estudos passam para fase 2

234
Q

Fases do ensaio clínico
Fase 2

A

○Fase 2: fase de determinação de dose, e avaliação de eficácia e segurança em curto prazo

  • Dados adicionais de segurança
  • Avaliação de diferentes dosagens e indicações
  • Análise inicial de eficácia
  • Centenas de pessoas
  • Duração: até 2 anos
  • Cerca de 33% dos estudos passam para fase 3
235
Q

Fases do ensaio clínico
Fase 3

A

○Fase 3: fase de eficácia e segurança de curto/longo prazo.
Análise de eficácia

  • Detecção de efeitos adversos menos comuns e de longo prazo
  • Comparação com outras intervenções existentes
  • 300 a 3.000 voluntários
  • 1 a 4 anos
  • Cerca de 25% dos estudos passam para fase 3
236
Q

Fases do ensaio clínico
Fase 4

A

○Fase 4: fase de farmacovigilância, e avaliação de efeitos adversos raros.

  • Estudo realizado após registro e aprovação da intervenção pela agência regulatória
    Monitora a segurança no longo prazo (farmacovigilância)
    Tratamento Já comercializado.
237
Q

Registro de Protocolo de ensaios clínicos randomizado

A

○ Além do CEP/CONEP os ensaios clínicos devem ser registrados e documentados em bases públicas e acessíveis previamente ao início do estudo.
Desde 2005:
● ICMJE (International Committee of Medical Journal Editors) tornou obrigatório Nº de registro para apreciação e possível publicação em periódico científico.

238
Q

Medicina baseada em evidência
Características

A

○ Melhores evidências disponíveis
○ Experiência do profissional
○ Valores e preferências do paciente
○ Disponibilidade de recursos.

239
Q

Pirâmide de evidência
Caracterizada pelos seguintes níveis (5)

A
  1. Revisão sistemática; metanálise > apresenta maior validade clínica
  2. Ensaio clínico randomizado;
  3. Estudo de coorte;
  4. Estudo de caso-controle;
  5. Séries de casos, relatos.
240
Q

Conseiderando a nova pirâmide de evidências qual estudo apresenta maior qualidade?

A

Depende da pergunta (variável), é possível selecionar o melhor tipo de estudo que se adeque para responder ao questionamento.

241
Q

Revisão sistemática

A

Desenho de estudo secundário que tem como objetivo mapear, avaliar criticamente e sintetizar os resultados de estudos primários sobre questões em saúde.

242
Q

Metanálise

A

Síntese quantitativa que combina estatisticamente os resultados de estudos homogêneos que foram identificados pela revisão sistemática, fornecendo uma única estimativa, reduzindo o erro aleatório e
aumentando a precisão.

○ Requer, pelo menos, 2 estudos comparáveis
○ A metanálise combina tais estudos
○ É expressa através de um gráfico (Gráfico Floresta).

243
Q

Intervalo de Confiança (IC) e p-valor

A

IC é o intervalo de valores onde esperamos encontrar o resultado do estudo em mais de 95% das vezes, caso ele fosse repetido inúmeras vezes.

P expressa a probabilidade da diferença encontrada entre os grupos estudados ter sido produto do acaso p < 0,05.

Se o IC não “toca” a linha de nulidade e/ou p é menor que 0,05 = resultado possui significância estatística.

244
Q

Vigilância epidemiológica

A

“Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos” Lei 8.080/1990.

245
Q

Definição de Vigilância Sanitária (Lei 8.080/1990)

A

Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo.

246
Q

Qual o órgão brasileira de vigilância sanitária?

A

ANVISA.

247
Q

SIM

A

Sistema de Informação sobre mortalidade

248
Q

SINASC

A

Sistema de Informação de Nascidos Vivos.

249
Q

SINAN

A

Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
● Abastecido com base na lista de agravos de notificação compulsória.

250
Q

VigiMed

A

Sistema da ANVISA (Atenção! Pertence a vigilância sanitária) para registro de suspeitas de efeitos adversos de medicamentos e vacinas.

251
Q

SIS-ÁGUA

A

Sistema de Informação de Água para o consumo
humano.

252
Q

SISVAN

A

Sistema de Informação sobre Vigilância Alimentar e
Nutricional.

253
Q

SISAB

A

SISAB - Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (vem aos poucos substituindo o SIAB)
● O e-SUS é uma das suas principais ferramentas.

254
Q

SI-PNI

A

Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunização

255
Q

SIH

A

Sistema de Informação Hospitalar
Ex. preenchimento da AIH (autorização de internação hospitalar).

256
Q

SIA

A

Sistema de Informação Ambulatorial.

257
Q

SIAB

A

Sistema de Informação da Atenção Básica.

258
Q

Notificação imediata

A

Em até 24 horas.

259
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

Magnitude

A

Agravos com elevada frequência, o que se traduz em altas incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.

260
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

Potencial de disseminação

A

Expresso pela transmissibilidade da doença, possibilidade de transmissão por vetores e demais fontes de infecção, colocando indivíduos ou coletividades sob risco.

261
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

Transcendência

A

Expressa por severidade (letalidade, hospitalizações, sequelas), relevância social (estigma, medo, indignação, impacto em determinada classe social) e relevância econômica (custos, absenteísmos, perdas de vida).

262
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

Vulnerabilidade

A

Disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e controle do agravo/doença.

263
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

Compromissos internacionais

A

Acordos firmados pelo governo brasileiro e organismos internacionais como OPAS/OMS.

264
Q

Critérios de inclusão de agravos na lista de notificação

A
  • Epidemias, surtos e emergências públicas
  • Compromissos internacionais
  • Vulnerabilidade
  • Potencial de disseminação
  • Magnitude
  • Transcendência
265
Q

Agravos de Notificação compulsória semanais

A
  1. Acidente de trabalho com exposição a material biológico
  2. Dengue - casos
  3. Doença de chagas crônica
  4. Doença de Creutzfeldt- Jakob (SCJ)
  5. Doença aguda pelo vírus Zika
  6. Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika
  7. Esquistossomose
  8. Febre de Chikungunya
  9. Hanseníase
  10. Hepatites virais
  11. HIV/AIDS - infecção pelo HIV ou DX de AIDS
  12. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
  13. Intoxicação exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
  14. Leishmaniose Tegumentar Americana
  15. Leishmaniose visceral
  16. Malária na região amazônica
  17. Óbito: infantil e materno
  18. Sífilis: adquirida, congênita, em gestante
  19. Toxoplasmose gestacional e congênita
  20. Tuberculose
  21. Violência doméstica e/ou outras violências
266
Q

Agravos de Notificação compulsória imediatos

A
  1. Acidente de trabalho (qualquer acidente, independente de gravidade)
  2. Acidente por animal peçonhento
  3. Acidente por animal potencialmente transmissor de raiva
  4. Botulismo
  5. Cólera
  6. Coqueluche
  7. Covid-19
  8. Dengue - óbitos
  9. Difteria
  10. Doença de chagas aguda
  11. Doença invasiva por “Haemophilus Influenza”
  12. Doença Meningocócica e outras meningites
  13. Doença com suspeita de disseminação intencional (terrorismo): antraz pneumônico, tularemia, varíola
  14. Doença febris hemorrágias emergentes/ reemergentes: arenavírus, ebola, marburg, lassa, febre purpúrica brasileira
  15. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante
  16. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika
  17. Evento de Saúde Pública(ESP) que se constitua ameaça à saúde pública
  18. Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação
  19. Febre amarela
  20. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão
  21. Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya
  22. Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública
  23. Febre maculosa e outras Riquetisioses
  24. Febre Tifoide
  25. Hantavirose
  26. Influenza humana produzida por novo subtipo viral
  27. Leptospirose
  28. Malária na região extra- amazônica
  29. Monkeypox (varíola dos macacos)
  30. Poliomielite por poliovírus selvagem
  31. Peste
  32. Raiva humana
  33. Síndrome da rubéola congênita
  34. Doenças exantemáticas: sarampo, rubéola
  35. Síndrome da Paralisia Flácida Aguda
  36. Síndrome inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A) associada à covid-19
  37. Síndrome inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19
  38. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada a Coronavírus
  39. Síndrome gripal suspeita de covid-19
  40. Tétano: acidental, neonatal
  41. Varicela - caso grave internado ou óbito
  42. Violência sexual e tentativa de suicídio
267
Q

Agravo

A

Qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas.

268
Q

Caso

A

Pessoa ou animal infectado ou doente apresentando características clínicas, laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas.

269
Q

Caso autóctone

A

Caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.

270
Q

Caso alóctone

A

Aquisição da doença em zona que não a da sua residência.

271
Q

Caso índice

A

Primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados. O caso-índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou infecção.

272
Q

Caso importado

A

Caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico.

273
Q

Caso secundário

A

Caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um caso-índice.

274
Q

Evento em Saúde Pública

A

Situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.

275
Q

Surto

A

Aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou doença em uma área limitada ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período. Ressalta-se que, para doenças raras, um único caso pode representar um surto.

276
Q

Epidemia

A

Doença envolve grande número de pessoas e atinge uma larga área geográfica.

277
Q

Pandemia

A

Disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

278
Q

Endemia

A

É a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada.

279
Q

Os diagramas de controle são gráficos baseados na teoria de probabilidades que permitem comparar a _______ (incidência/prevalência) observada de um determinado evento com os limites máximo e mínimo da ______ (incidência/prevalência) esperada.

A

Incidência.

  • Desenvolvido a partir da incidência média dos últimos anos.
  • Auxilia para determinar se o agravo deixou de ser endêmico.
280
Q

Número de Reprodução Efetivo (Re ou Rt)

A

Número de pessoas em uma população que pode ser infectado por um indivíduo em qualquer momento específico.
- Re = 1: cada infectado transmite para mais 1 pessoa
- Re > 1: cada infectado transmite para mais de 1 pessoa
- Re < 1: cada infectado transmite para menos de uma pessoa.

281
Q

Número Básico de Reprodução (R0)

A

R0 = número de casos que se espera que ocorra em média em uma população homogênea como resultado da infecção por um único indivíduo, quando a população é suscetível no início de uma epidemia, antes que a imunidade generalizada comece a se desenvolver e antes que qualquer tentativa de imunização tenha sido feita.

282
Q

Lei Orgânica da Saúde (LOS) 8080/90

O que aborda a lei 8080?

A

“…regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.”

Não é somente sobre o SUS, mas sobre tudo que engloba saúde, seus determinantes e condicionantes.

283
Q

SUS

Definição

A

“O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”

284
Q

SUS

Objetivos

A
  • Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes de Saúde
  • Formular a política de saúde que vise, dentro dos campos econômico e social, a redução dos riscos de doenças e agravos
  • Assistência integral às pessoas:
    ● Ações de promoção da Saúde
    ● Ações de proteção contra agravos
    ● Ações de diagnóstico, recuperação e reabilitação.
285
Q

SUS

Campo de atuação

A

Vigilância em saúde:
● Vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental, saúde do trabalhador
Assistência terapêutica integral
Infraestrutura:
● Trabalhadores de saúde
● Estabelecimentos
● Medicamentos
● Equipamentos e outros insumos
● Conhecimento para fornecer e fortalecer a base científica e tecnológica do SUS.

286
Q

Atribuições de cada esfera do governo no SUS

A
  • Direção Nacional (União):
    ● Cabe à União definir, coordenar, formular políticas e normatizar
  • Estados:
    ● Cabe aos Estados coordenar (em associação com a União), executar, formular, normatizar (em caráter complementar/ suplementar) e participar
  • Municípios:
    ● Fica à cargo dos municípios a execução, colaboração, normatizar (em caráter complementar).
287
Q

A Lei n° 8.142/90 regula

A

○ A participação da comunidade, na gestão do SUS
○ A transferência intergovernamental de recursos financeiros na área da saúde, entre a União, Estados e Municípios.

288
Q

Normas Operacionais: NOBs
Qual o objetivo e quantas existiram?

A

Regramentos provisórios infralegais, que podem ser reeditados ou substituídos - Portarias do Ministério da Saúde que definem os objetivos e as diretrizes estratégicas para o processo de descentralização da política de saúde (foram uma ponte para adequação dos estados e municípios até conseguirem colocar em prática o previsto pela lei 8080 e 8142)

NOB 91, NOB 92, NOB 93, NOB 96.

289
Q

NOB 01/91 e 01/92

A

○ Tem padrão centralizador
- Centraliza a gestão do SUS ao nível federal, orientada pelos princípios do ainda existente INAMPS
● Valoriza as atividades ambulatoriais e hospitalares do modelo médico assistencial curativo
● O enfoque tende a ser dirigido para o financiamento
● Por financiamento nessa época, entende-se o pagamento por produção de serviços – ou seja, o repasse direto ao prestador.

290
Q

NOB 01/93

A

○ Objetivo: regulamentar o financiamento, mas também o processo de descentralização da gestão dos serviços e as ações no âmbito do SUS
○ Fomenta o processo de municipalização
- Foi a primeira NOB a definir a gestão da descentralização nos três níveis de governo
○ Construiu o papel das Comissões Intergestores (CIT, CIB)
○ Define 3 modalidades de gestão, para os estados e para os municípios:
- Incipiente
- Parcial
- Semiplena: contempla toda a rede de saúde municipal.

291
Q

NOAS – “Normas Operacionais de Assistência à Saúde” (2001 - 2002)

O que estabelece?

A

○ Estabeleceram o processo de regionalização como estratégia:
- De reorganização assistencial
- De hierarquização dos serviços de saúde, com níveis de atenção organizados em uma região de saúde (trouxe o conceito de região de saúde).

O PDR (Plano Diretor de Regionalização) - NOAS 2001 - deve conter o PDI (Plano Diretor de Investimentos) e serve de subsídio para a elaboração da PPI (Programação Pactuada e Integrada).

292
Q

NOAS – “Normas Operacionais de Assistência à Saúde” (2001 - 2002)

O que estabelece?

A

○ Estabeleceram o processo de regionalização como estratégia:
- De reorganização assistencial
- De hierarquização dos serviços de saúde, com níveis de atenção organizados em uma região de saúde (trouxe o conceito de região de saúde).

O PDR (Plano Diretor de Regionalização) - NOAS 2001 - deve conter o PDI (Plano Diretor de Investimentos) e serve de subsídio para a elaboração da PPI (Programação Pactuada e Integrada).

293
Q

Pacto pela saúde - 2006

A

○ Pacto/acordos entre gestores das três esferas para viabilizar a regionalização na forma de redes integradas
- Resulta de reflexões e críticas às NOBs e NOAS

  • Pacto pela saúde: pacto pela vida, pacto em defesa do SUS, pacto de gestão do SUS.
294
Q

Pacto pela Vida

A

Pacto em favor de compromissos sanitários com as prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira.

295
Q

Pacto pela vida

Prioridades

A

○ Prioridades – 2006 (6)
1.Saúde do idoso
2. Câncer de colo de útero e de mama
3. Mortalidade infantil e materna
4. Doença emergentes e endemias (ênfase em: dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza).
5. Promoção de saúde
6. Atenção básica à saúde

○ Outras prioridades – acrescentadas em 2008:
VII – Saúde do trabalhador
VIII – Saúde mental
IX – Fortalecimento da capacidade de resposta do SUS às pessoas com deficiência
X – Atenção integral às pessoas em situação de risco de violência
XI – Saúde do homem.

296
Q

Pacto em defesa do SUS

A

○ Construído para reforçar o SUS como política de estado! E não de governo!
○ A ideia era de resgatar os ideais da Reforma Sanitária Brasileira (repolitização da saúde)
- Defesa dos princípios do SUS inscritos na Constituição Brasileira, de 1988
- Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS.

297
Q

Cerca de quantos % do PIB brasileiro são usados para saúde?

A

9,5%.

298
Q

Hoje quem gasta mais com saúde no Brasil? O setor público ou privado? E o que isso significa?

A

O SETOR PRIVADO.
42% setor público
58% setor privado
O Brasil tem baixo gasto público para um sistema universal e integral, o que coloca as pessoas em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso e tratamento de quem tem acesso ao serviço privado.

299
Q

Etapas/histórico do financiamento do SUS

A
  1. Antes do SUS = INAMPS
  2. SUS com NOB 93 e Decreto 1232/94 = repasse fundo a fundo
  3. NOB 96: determinou o PAB fixo, aplicando a ideia de repasse regular e automático fundo a fundo
  4. 1998: determinado o PAB fixo e PAB variável.
  5. EC no 29/2000 = Municípios 15%, estados 12%, união = valor empenhado no ano anterior + variação do PIB (2012, o que está na Emenda foi transformado em Lei Complementar LC 141/2012)
  6. EC 86/2015 - Dilma = Nova regra sobre o valor mínimo a ser aplicado pela União nas ASPS (Aumento gradativo da proporção da receita corrente líquida até chegar a um valor mínimo de 15%)
  7. EC 95/2016 = PEC do teto dos gastos - União: o cálculo atualiza o gasto do ano anterior pela taxa de inflação calculada pelo IPCA
  8. Portaria No 2.979/2019 - Previne Brasil: mudanças no financiamento da AB.
300
Q

Atualmente quando municípios, estados e a união destinam para o financiamento do SUS?

A

Municípios = 15%
Estados = 12%
União = gasto do ano anterior + taxa de inflação calculada pelo IPCA.

301
Q

Previne Brasil - Portaria No 2.979/2019 (governo Bolsonaro)

O que estabelece e quais os 3 pilares?

A

○ Estabelece um novo modelo de financiamento da Atenção Básica no SUS.
○ Substitui o PAB e estabelece 3 pilares:

1- Capitação ponderada: população cadastrada/ vulnerabilidades -
Substitui o PAB fixo
2. Pagamento por desempenho: indicadores
3. Incentivo para ações estratégicas: ACS, UBSF, Saúde na Hora - substitui o PAB variável.

302
Q

O subsistema privado inclui a saúde suplementar e a Medicina Liberal. Qual a diferença entre as duas?

A

Saúde suplementar = cooperativas médicas, planos de saúde.
Medicina liberal = pagamento direto - clínica particular.

Nem todo subsistema privado é suplementar.

303
Q

Sistema suplementar de saúde

A

○ Sistema de Assistência Médica Supletiva (SAMS)
○ Serviços financiados pelos planos e seguros de saúde
○ 25% da população brasileira é coberta por planos de saúde

304
Q

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Competências

A

○ Responsável pela regulação das empresas de planos e seguros de saúde
○ Esta é uma autarquia vinculada ao MS
○ Algumas competências da ANS são:
- Elaborar o Rol de procedimentos e
eventos em saúde
- Normatizar os conceitos de doença e lesão preexistentes
- Estabelecer normas para ressarcimento ao SUS.

305
Q

Modalidades de operadoras de Planos de Saúde
- Com fins lucrativos

A
  • Medicina/Odontologia de grupo:
    ● Empresa privada que administra distintos planos de saúde para empresas, indivíduos ou famílias. Normalmente há uma lista de profissionais vinculados, e, caso queira determinado profissional não vinculado, terá que desembolsar o pagamento sem reembolso.
  • Seguro de saúde:
    ● Não presta serviços, mas garante atendimento nas unidades de saúde privada contratadas. O segurado pode escolher serviços de sua preferência (diferente de plano de saúde). Possibilidade de reembolso das despesas.
306
Q

Modalidades de operadoras de Planos de Saúde
- Sem fins lucrativos

A
  • Cooperativas médicas/odontológicas:
    ● Médicos são sócios e prestadores de serviços simultaneamente – exemplo: UNIMED.
  • Autogestão (planos de saúde de empresa):
    ● São organizados pela própria empresa para prestar assistência aos seus funcionários. Não comercializam
    planos de saúde.
  • Filantropia:
    ● Entidade sem fins lucrativos que opera planos de saúde e presta serviços de interesse público. Goza de vantagens fiscais. É preferida para atuar de forma complementar na assistência à saúde.
307
Q

RENAME

A

Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

308
Q

Qual o instrumento de abordagem familiar que permite conhecer as crises familiares previsíveis e avaliar sua adaptabilidade, resiliência, fatores de risco e proteção?

A

Ciclo vital - ciclo de vida familiar.

309
Q

Instrumento de abordagem familiar que abrange toda a rede do indivíduo por meio de 3 círculos e dividido em 4 quadrantes.

A

Mapa de rede social.

310
Q

Atributos da APS

Essenciais (primários)

A
  1. Acesso de primeiro contato
  2. Coordenação do cuidado
  3. Longitudinalidade
  4. Integralidade
311
Q

Atributos da APS

Derivados (secundários)

A
  • Orientação familiar
  • Orientação cultural
  • Competência cultural
312
Q

Schilling I

A

Doenças em que o trabalho é causa necessária, tipificadas pelas doenças profissionais stricto sensu e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional.

EX: Intoxicação por chumbo, pneumoconioses específicas, doenças legalmente reconhecidas.

313
Q

Schilling II

A

Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário!

Exemplificadas pelas doenças comuns, mais frequentes ou mais precoces em determinados grupos ocupacionais.

EX: doenças coronariana, câncer, doenças osteomusculares (LER, DORT).

314
Q

Schilling III

A

Doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente.

EX: bronquite crônica, asma, dermatite de contato alérgica, doenças mentais.

315
Q

Saúde do trabalhador
Exame admissional

A

○ Realizado antes que o empregado assuma suas atividades.
○ Limitação para desempenho da função? Risco de exposição?
○ Anamnese, exame físico, histórico detalhado.

316
Q

Saúde do trabalhador
Exame Periódico - Intervalo para realização

A
  • Para empregados expostos a riscos ocupacionais identificados:
    ● 1. A cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico responsável
    ● 2. Para os demais empregados, o exame clínico deve ser realizado a cada
    dois anos.
317
Q

Saúde do trabalhador
Exame de mudança de risco ocupacional

A

○ Realizado antes que o colaborador mude sua função/o risco ao qual estará exposto.

318
Q

Saúde do trabalhador
Exame de retorno ao trabalho

A

○ O exame clínico deve ser realizado antes que o empregado reassuma suas funções, quando ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não.

319
Q

Saúde do trabalhador
Exame demissional

A

○ Deve ser realizado em até 10 dias contados do término do contrato, podendo ser dispensado caso o exame periódico mais recente tenha sido realizado há menos de 135 dias, para as organizações graus de risco 1 e 2, e há menos de 90 (noventa) dias, para as organizações graus de risco 3 e 4.

320
Q

Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
O que deve conter?

A
  • Razão social e CNPJ da organização
  • Nome completo do empregado, CPF e função
  • A descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e classificados
    no PGR que necessitem de controle médico previsto no PCMSO, ou a
    sua inexistência
  • Indicação e data de realização dos exames ocupacionais clínicos e
    complementares a que foi submetido o empregado
  • Definição de apto ou inapto para a função do empregado
  • Data, número de registro profissional e assinatura do médico que
    realizou o exame clínico.
321
Q

Saúde do trabalhador
Diretrizes gerais do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)

A
  • Rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados
    ao trabalho
  • Detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais
  • Definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas determinadas
  • Subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção adotadas na organização
  • Subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho
  • Subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social
  • Controlar a imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos
    ocupacionais, sempre que houver recomendação do Ministério da Saúde.
322
Q

V ou F
Quanto ao nexo causal, a síndrome de burnout pode ser considerada como grupo II de Schilling.

A

Verdadeiro!
Não é só uma doença de saúde mental (grupo III), é multifatorial.

323
Q

Definição acidente de trabalho (INSS)

A

Evento súbito ocorrido no exercício da atividade laboral, independentemente da situação empregatícia e previdenciária do trabalhador acidentado, e que acarreta dano à saúde, potencial ou imediato, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que causa, direta ou indiretamente (concausa) a morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

324
Q

Quais acidentes de trabalho devem ser notificados?

A

TODOS - ATUALIZAÇÃO.

325
Q

Acidente de trabalho típico

A

○ Evento ocorrido durante o desempenho da atividade profissional ou por
circunstâncias a ela ligadas.

326
Q

Acidente de trajeto

A

○ Ocorrido no percurso da residência para o trabalho ou vice-versa
○ De um local de trabalho para outro da mesma empresa
○ No deslocamento do local de refeição para o trabalho e vice- versa
○ Independente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção do percurso por motivo pessoal
○ Sem limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho (desde que o tempo seja compatível).

327
Q

Acidente de trabalho grave

A

Aqueles que resultam em:
- Morte
- Mutilações
Aqueles que acontecem com menores de dezoito anos.

328
Q

Acidente de trabalho fatal

A

○ Quando o acidente resulta em óbito imediatamente ou até 12 horas após sua ocorrência.

329
Q

Acidente de trabalho com mutilações

A

○ Quando o acidente ocasiona lesão que resulte em internação hospitalar, a qual poderá levar à redução temporária ou permanente da capacidade para o trabalho.

(politraumatismos, amputações, esmagamentos, TCE, fratura de coluna, lesão de medula, trauma com lesões viscerais, eletrocussão, asfixia, queimaduras, perda de consciência e aborto).

330
Q

Acidente de trabalho com crianças e adolescentes

A

○ Quando acontece com pessoas menores de dezoito anos.

331
Q

Doença profissional X doença do trabalho

A
  • Doença Profissional: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade (Schilling I)
  • Doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente
    ○ Tem ligação com o meio em que o profissional executa suas ações (Schilling II e III)
332
Q

Se eu trabalho em Manaus e pego febre amarela, pode ser considerada doença do trabalho?

A

Não, é uma doença endêmica na área, trabalhando ou não posso pegar.

*doença degenerativa, inerente ao grupo etário (idosos), também não é.

333
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT)
Quando fazer?

A

Todos acidentes de trabalho.

334
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT)

Quem pode fazer?

A
  • Empresa / o próprio trabalhador/ o dependente/ a entidade sindical/ o
    médico que o assistiu/ qualquer autoridade pública.
335
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT)
Qual o prazo?

A
  • Primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência (se for grave, notificação imediata).
336
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT)

Quantas vias?

A

4 vias, sendo:
1) via INSS
2) via segurado ou dependente
3) via sindicato da classe do trabalhador
4) via empresa.

337
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT) inicial

A

Primeira CAT - Acidente de trabalho (típico ou trajeto), doença profissional ou do trabalho.

338
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT) de reabertura

A

○ Afastamento por agravamento de lesão de acidente de trabalho, doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.

339
Q

Comunicação de acidente de trabalho (CAT) de comunicação de óbito:

A

○ Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.

340
Q

Acidentes com materiais biológicos
- Quais os materiais não infectantes

A
  • Escarro, suor, lágrima, urina, vômitos (exceto se tiver sangue)
341
Q

Acidentes com materiais biológicos
- Materiais infectantes

A

Sangue e outros fluidos orgânicos (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido peritoneal, líquido pleural, líquido sinovial, líquido pericárdico, líquido amniótico).

342
Q

Quem arca com afastamento do empregador?

A

○ < 15 dias: a empresa é responsável pelo custeio do afastamento
○ > ou = 15 dias: o INSS é responsável.

343
Q

Benefícios e prejuízos que o trabalhador tem durante afastamento justificado por motivo de saúde?

A

● Benefícios: abono de faltas, recolhimento de FGTS.
● Prejuízos: não recebe vales, bônus, férias (se afastado por > 6 meses).

344
Q

Trabalhar com fabricarão de telhas e caixas d’agua = exposição a _____.

A

Asbesto!

345
Q

Mesotelioma pleural

A

Neoplasia maligna altamente agressiva que se origina das células mesoteliais da pleura.

Altamente relacionada a exposição ao asbestos

  • Derrame pleural, perda ponderal, dor torácica e febre
  • Dx: toracocentese com biópsia da pleura
  • TTO: QT/RT neo e adjuvantes + cirurgia (pneumectomia extrapleural ou pleurectomia estendida + decorticação).
346
Q

Homem com adenocarcinoma pulmonar de 2cm em seu maior eixo, sem adenomegalias mediastinais e com derrame pleural de médio volume. Qual a melhor conduta cirúrgica?

A

Nenhuma, não é candidato a cirurgia, metástase a distância, acometimento pleural ou linfonodal mediastinal extenso indicaram irresecabilidade.
CD : QR/RT

347
Q

Sistema de saúde do Brasil

A

SUS

348
Q

Principal modelo assistencial do sus

A

Estratégia saúde da família

349
Q

Política nacional de Humanização – PNH

A

HumanizaSUS

350
Q

Política nacional de Humanização – PNH (HumanizaSUS)
Quais os princípios?

A
  • Transversalidade
  • Indissociabilidade entre atenção e gestão
  • Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos.
351
Q

Política nacional de Humanização – PNH (HumanizaSUS)
Quais as diretrizes?

A
  • Clínica ampliada e compartilhada
  • Acolhimento
  • Gestão participativa e cogestão
  • Ambiência
  • Valorização do trabalhador
  • Defesa dos direitos dos usuários.
352
Q

HumanizaSUS
Clínica ampliada

A

● É uma das diretrizes da PNH
● É um modelo de atenção à saúde alternativo que busca superar o modelo biomédico centrado na doença
● Valoriza a singularidade do sujeito “clínica do sujeito”
● Estimula os usuários a buscarem sua participação e autonomia no
projeto terapêutico.

353
Q

HumanizaSUS
Clínica ampliada - 5 eixos fundamentais

A

○ Compreensão ampliada do processo saúde-doença
○ Construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas
○ Ampliação do “objeto de trabalho”
○ A transformação dos “meios” ou instrumentos de trabalho
○ O suporte para os profissionais de saúde.

354
Q

HumanizaSUS
Clínica ampliada - pilares (3)

A

○ Constituir “equipes de referência”
○ Apoio matricial
○ Elaboração do PTS.

355
Q

Apoio matricial

A

● Um dos dispositivos da PNH
● Objetivo: complementar as equipes de referência (eSF e eAP)
● Forma de cuidado colaborativo: amplia o campo de atuação em uma equipe multiprofissional.
● Troca de saberes entre equipes e “profissional apoiador”
○ Atendimento em conjunto, discussão de casos, interconsultas, educação permanente, atendimento domiciliar, rodas de conversa e formulação de PTS.

356
Q

NASF-AB

A

● Arranjo ou dispositivo composto por equipes multiprofissionais para ampliar as ofertas de saúde na rede, a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações
● Estratégia desenvolvida para o apoio matricial
○ 2020: Ministério da Saúde não credencia mais equipes NASF-AB (fica a critério municipal)!

357
Q

PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR - PTS

A

● Conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo
● Produto da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar
● Costuma ser utilizado em situações mais complexas
● Não é obrigatório a participação do NASF, como também não é exclusivo
da APS.

358
Q

Projeto terapêutico singular (PTS)
Etapas (4)

A

3D e 1 R: “Di, De, Di, Re”
- Diagnóstico
- Definição de metas
- Divisão de responsabilidades
- Reavaliação.

359
Q

APS
Acolhimento

A

● É uma das diretrizes do PNH, diz respeito a reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde
● O acolhimento com classificação de risco é um dispositivo da PNH
● Mudanças na “porta de entrada”: mudanças na recepção ao usuário, escuta qualificada, no agendamento das consultas e na programação da prestação de serviços: demanda espontânea e demandas programadas.*amplia o acesso.

360
Q

APS
Acesso avançado

A

● Tem como princípio disponibilizar consultas para o mesmo dia,
ou em até 72h, a todos que desejarem
○ Demanda do dia é resolvida no dia, ou em até 02-03 dias – dar mais espaço para a demanda espontânea.
○ Melhora o acesso e a longitudinalidade.

361
Q

APS
Educação Popular em Saúde

A

● Prática voltada para a promoção, proteção e recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes (troca coletiva)
Princípios:
○ I – Diálogo
○ II – Amorosidade
○ III – Problematização
○ IV – Construção compartilhada do conhecimento
○ V – Emancipação
○ VI - Compromisso com a construção do projeto democrático e popular.

362
Q

APS
Educação Popular em Saúde - ferramentas/estratégias

A

Grupo de encontro, oficinas educativas, psicodrama, círculo de cultura, comunidades de práticas.

363
Q

APS
Territorialização

A

Processo de reconhecimento do território, sendo atributo de todos os componentes da ESF. Tem relação com os seguintes princípios/atributos:
○ Regionalização: princípio organizativo do SUS
○ Orientação Comunitária: atributo derivado da APS.

364
Q

Tipos de território por nível de atuação

A

○ Território-distrito
○ Território – área
○ Território-microárea
○ Território-moradia.

365
Q

Quantidade máxima de pessoas por território-microárea (1ACS)

A

750 pessoas por ACS.

366
Q

Quantidade máxima de ACS por ESF

A

12.

367
Q

Território - distrito

A

○ Delimitação político-administrativa usada para organização do sistema de atenção.

368
Q

Território – área

A

○ Delimitação da área de abrangência de uma unidade de saúde, a área de atuação de equipes de saúde.

369
Q

Território - microárea

A

○ Área de atuação do agente comunitário de saúde (ACS), delimitada com a lógica da homogeneidade socioeconômica-sanitária.

370
Q

Território - moradia

A

○ Lugar de residência da família.

371
Q

Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)

A

Equipes multiprofissionais (EMADs), integradas com a atenção primária à saúde e outros pontos da RAS (inclusive à internação hospitalar)
○ Gerencia e operacionaliza as EMAD (Equipes Multiprofissionais de Assistência Domiciliar) e EMAP (Equipes Multiprofissionais de Apoio)

372
Q

Modalidades de Atenção Domiciliar
AD1

A
  • Quem realiza é a Atenção Primária à Saúde, através da Equipe de Referência e de Apoio Matricial (NASF)
  • Para usuários do SUS que possuam problemas de saúde compensados e com impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; necessitam de cuidados de menor complexidade.
373
Q

Modalidades de Atenção Domiciliar
AD2

A
  • Quem: Serviço de Atenção Domiciliar
  • usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção.
374
Q

Modalidades de Atenção Domiciliar
AD3

A
  • Quem faz é o Serviço de Atenção Domiciliar
  • Necessidade de uso de equipamentos ou agregação de procedimentos de maior complexidade: VNI, ventilação mecânica, paracentese de repetição,
    nutrição parenteral, transfusão sanguínea.
375
Q

Telessaúde / Telemedicina

A
  • Conjunto de interações via tecnologia da informação e comunicação (TIC) com foco na saúde
    ○ Não se limita apenas à interação entre pacientes e médicos, abarca qualquer área da medicina e qualquer suporte assistencial
    ○ Os eventos/interações podem ser síncronos (em tempo real) ou assíncronos, bem como possuírem finalidade assistencial ou educacional.
376
Q

Teleconsultoria

A

Interação entre pares, ou seja, entre profissionais para discutir um caso.

377
Q

Teleconsulta

A

Entre um profissional da área de saúde (médico, px.) e um paciente / amplia o acesso
- Preferir de forma síncrona por videochamada ou videoconferência e
registro em prontuário eletrônico
- A longitudinalidade e fácil acesso presencial são atributos da APS que
facilitam a teleconsulta pelo MFC.

378
Q

Telemonitoramento

A

Ferramenta para coordenação do cuidado.

379
Q

Condições na atenção primária à saúde em que NÃO se deve realizar
teleconsultas como primeira avaliação ou em que estas devem ser realizadas com extrema cautela

A

○ Condições clínicas agudas do tipo emergência
○ Crianças < 05 anos
○ Adultos com deficiências auditivas, de fala ou de visão
○ Inabilidade do paciente de usar a tecnologia de forma adequada
○ Instabilidade de conexão que possa prejudicar o andamento da teleconsulta
○ Insegurança por parte do paciente ou do profissional em fazer uso da
tecnologia de forma adequada.

380
Q

Conceito de Prevenção Quaternária ou P4

A

Ação feita para identificar um paciente ou população em risco de
supermedicalização, protegê-los de uma intervenção médica invasiva e
sugerir procedimentos científica e eticamente aceitáveis.

381
Q

PREVENÇÃO QUINQUENÁRIA (P5)

A

● “Prevenindo o dano no paciente, atuando no médico”
● Visa a melhoria da qualidade dos cuidados e da saúde nos pacientes, porém com FOCO NO CUIDADOR, de onde, efetivamente emergem todos os cuidados.

382
Q

Estratégias no âmbito da prevenção quinquenária (quatro níveis
principais)

A

○ Ao nível do médico profissional de saúde
○ Ao nível do paciente
○ Ao nível do local de trabalho
○ Ao nível da administração, tutela ou governo.

383
Q

Vieses em rastreamento
● Viés de tempo ganho de doença ou viés de tempo de antecipação

A

○ Rastreamento produz uma antecipação diagnóstica, com isso, ocorre uma interpretação errônea de que o rastreamento traz mais anos de vida, quando, na verdade, traz apenas maior tempo de diagnóstico de doença.

384
Q

Vieses em rastreamento
Viés de duração variável de doença

A

O rastreamento pode identificar pessoas com doença de
evolução lenta e não as de evolução rápida, dando a falsa impressão de
que o rastreamento levou ao ganho de anos de vida.

385
Q

Vieses em rastreamento
Viés de adesão

A

As pessoas com hábitos de vida mais saudáveis tendem a aderir melhor às recomendações médicas e a realizar mais regularmente os testes de rastreamento.

386
Q

Vieses em rastreamento
Sobrediagnóstico

A

○ Ocorre quando alguém é diagnosticado com uma doença que não causaria nenhum dano, muitas vezes como resultado da realização
de programas de rastreamento, o que pode levar a tratamentos
desnecessários e desperdício de recursos de saúde
- Exemplo clássico: CA de próstata.

387
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- Tabagismo, atividade física e hábitos alimentares

A
  • População: geral
  • Como: anamnese
  • Periodicidade: não estabelecida
388
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- Alcoolismo

A
  • População: geral
  • Como: AUDIT ou CAGE
  • Periodicidade: não estabelecida
389
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- Controle de peso

A
  • População: geral
  • Como: IMC, peso
  • Periodicidade: na maioria das consultas
390
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- DM

A
  • População: > 45 anos ou, na presença de sobrepeso / obesidade e outro fator de risco para diabetes, em qualquer idade
  • Como: glicemia de jejum, TTG ou HbA1c
  • Periodicidade: 3/3 anos.
391
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- HAS

A
  • População: geral
  • Como: aferição da PA
  • Periodicidade: 5/5 anos para
    aqueles com níveis pressóricos normais, 3/3 anos para aqueles com pressão arterial elevada (120 - 129/ < 80 mmHg).
392
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- RCV

A
  • População: > 40 anos ou antes na presença de fatores de risco
  • Como: Tabelas da OMS
    para América Latina Tropical
  • Periodicidade: 3 - 5 anos
393
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- CA de mama

A
  • População: mulheres 50 a 69 anos
  • Como: mamografia
  • Periodicidade: 2/2 anos
394
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- CA de colo uterino

A
  • População: mulheres sexualmente ativas, de 25-64 anos, sem histerectomia; Inclusive homens trans
  • Como: preventivo
  • Periodicidade: 3/3 anos (após 2 resultados normais)
395
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- CA de cólon

A
  • População: 50-74 anos
  • Como: sangue oculto nas fezes
  • Periodicidade: Anual ou bianual
396
Q

Rastreamento segundo Duncan 2022 - população, como e periodicidade
- Osteoporose

A
  • População: geral
  • Como: anamnese
  • Periodicidade: não estabelecida
397
Q

V ou F
UBS não possui equipe saúde da família

A

Verdadeiro.

398
Q

ESF: Composição mínima

A
  • 1 médico, 1 enfermeiro,1 auxiliar e/ou técnico de enfermagem + Agente comunitário de saúde.
399
Q

eAP: Composição mínima

A
  • 1 médico e 1 profissional da enfermagem (cadastrados em uma mesma Unidade de Saúde).
400
Q

Previne Brasil
Pilares (3)

A

○ Captação ponderada
○ Pagamento por desempenho, pagamento por metas de indicadores
○ Incentivo para ações estratégicas.

401
Q

Com que intuito foi criado o programa Cuida Mais Brasil?

A

Trazer pediatras e ginecologistas obstetras para a APS
*Fortalecer atendimento materno-infantil no SUS.

402
Q

Nome da Sd se compressão do nervo mediano no pulso e compressão do nervo mediano no cotovelo

A
  • Pulso: Sd. do túneo do carpo
  • Cotovelo: Sd. do pronador redondo.
403
Q

Trabalhador que tem como rotina exercer trabalho
com os braços erguidos acima dos ombros corre o risco de desenvolver que tipo de DORT?

A

Tendinite do supraespinhoso.

404
Q

São grupos de fatores de risco da
LER/DORT

A

○ Frio, vibrações e pressões
○ Posturas inadequadas
○ Carga musculoesquelética;
○ Carga estática
○ Invariabilidade da tarefa
○ Exigências cognitivas
○ Fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho
○ Repetitividade.

405
Q

Distúrbio do grupo LER/DORT que tem quadro clínico com queixa de hipoestesia na polpa medial dos dedos anular e mínimo e, nos casos mais avançados, atrofia na musculatura intrínseca inervada pela nervo ulnar do punho.

A

Síndrome do Canal de Guyon.

*Parecido com Sd do túneo do carpo, mas ao invés do nervo mediano é pelo nervo ulnar.

406
Q

Medicina do trabalho

Perfuração de septo nasal está relacionada a que exposição?

A

Exposição ao cromo contido nas névoas ácidas (forma hexavalente) produzidas no processo de cromação, em galvanoplastias
- Poeiras de sais de cromo VI
- Arsênio/cádmio/ácido cianídrico.

407
Q

Medicina do trabalho

Perfuração de septo nasal - quadro clínico

A

○ Assintomático
○ Sintomático:
- Ardência
- Dor nas fossas nasais
- Presença de secreção nasal sanguinolenta.

408
Q

Medicina do trabalho
Asma ocupacional

A

○ Limitação variável ao fluxo de ar e/ou hiperresponsividade brônquica desencadeados por agentes inalados no ambiente de trabalho.

409
Q

Medicina do trabalho
Asma ocupacional - como diferenciar da asma não ocupacional

A

A partir da curva de pico de fluxo expiratório (peak flow).
○ Realizar no ambiente de trabalho e fora do ambiente de trabalho.

410
Q

Medicina do trabalho
Asma ocupacional - quais as substâncias de maior risco e os trabalhadores mais expostos?

A

● Agentes de risco:
○ Algodão, linho
○ Cânhamo
○ Sisal
○ Cromo
○ Farinha
● Profissionais mais expostos:
○ Trabalhadores de fábricas de roupas, produtos químicos, de padarias.

411
Q

Medicina do trabalho
Asma ocupacional - tratamento

A

○ Afastamento da exposição
○ Cessação do tabagismo
○ Tratamento medicamentoso.

412
Q

Pneumoconiose dos mineiros de carvão
Conceito, agente de risco e clínica

A
  • Pneumoconiose (pneumopatia relacionadas à inalação de poeiras em ambientes de trabalho) causada por inalação de poeiras de carvão
    ● Quadro clínico:
    ○ Forma simples: pouco sintomática
    ○ Forma complicada: dispneia, alterações funcionais respiratórias
    ● Agente de risco relacionados: carvão mineral.
    ● Profissionais mais expostos: trabalhadores de minas de carvão mineral.
413
Q

Pneumoconiose dos mineiros de carvão
Diagnóstico

A

○ História clínica
○ Estudo radiológico - radiografia de tórax em padrão OIT.

414
Q

Pneumoconiose dos mineiros de carvão
Tratamento

A
  • Não há específico
    ○ Afastamento da exposição
    ○ Cessação do tabagismo.
415
Q

Asbestose

A

Exposição ocupacional ao asbesto = amianto.

416
Q

Asbestose
Profissionais de risco para exposição

A

○ Fábricas de artigos que utilizam o asbesto como matéria-prima para construção de tecidos à prova de fogo, fibrocimento
○ Empresas de demolição (edificações antigas contém amianto em sua estrutura).

417
Q

Asbestose
Diagnóstico e tratamento

A

● Diagnóstico:
○ História ocupacional + Radiografia de tórax (OIT)
- Opacidades irregulares lineares ou reticulonodulares, predominando nas regiões posteriores das bases pulmonares
● Tratamento: não há específico, afastamento da exposição, cessação do tabagismo, pode cursar com neoplasia.

418
Q

Pneumoconiose de maior prevalência no país

A

Silicose.

419
Q

Silicose
Causa

A

Causada pela inalação ocupacional da poeira de sílica livre.

420
Q

Silicose
Quadro clínico

A

○ Fibrose de caráter irreversível
● Doença pulmonar difusa, de rápida instalação, com sintomas respiratórios e constitucionais presentes
- anatomopatológico: deposição de material proteináceo intra-alveolar, sem fibrose intersticial
- Caracteriza-se por nódulos silicóticos e áreas com lesões focais de silicose aguda
○ Sintomas respiratórios presentes, particularmente a dispnéia aos esforços e tosse, astenia, insuficiência respiratória.
○ As alterações radiológicas são de progressão rápida e associam - se a um risco aumentado de comorbidades como tuberculose e doenças auto-imunes.

421
Q

Silicose
Trabalhadores mais expostos

A

○ Mineiros (mineração de qualquer natureza)
○ Trabalhadores de vidraçarias
○ Instaladores de bancadas feitas de silicatos.

422
Q

Silicose
Diagnóstico e tratamento

A

○ História clínica + história ocupacional
○ Exame complementar: radiografia de tórax (OIT)
- Pequenos nódulos pulmonares circunscritos menores que 0,5 cm, acometendo regiões posteriores dos campos superiores (poupa seios costofrênicos)

● Tratamento: não há específico, afastamento da exposição, cessação do tabagismo, transplante de pulmão.

423
Q

RX para todas pneumoconioses

A

Padrão OIT.

424
Q

Beriliose
Causa

A

● Exposição ao berílio
○ Metal utilizado na fabricação de ligas especiais, cerâmicas e aparelhos de radiografia

425
Q

Beriliose
Quadro clínico e diagnóstico

A

● Quadro clínico:
○ Irritação da nasofaringe, traqueia, brônquios, pulmões e parênquima pulmonar
● Diagnóstico:
○ Presença de pelo menos 4 dos 6 critérios do Beryllium Case Registry
● Exame complementar:
○ Tomografia computadorizada – demonstra sinais de fibrose nos lobos superiores, com bronquiectasias de tração e consolidações.

426
Q

Berilose
Tratamento

A

○ Não há conduta específica, afastar da exposição (berílio)
○ Pode ser empregada corticoterapia.

427
Q

Siderose
Causa e quadro clínico

A

● Exposição ocupacional a poeiras de ferro
● Profissionais mais expostos: trabalhadores de minas de extração de ferro
Quadro clínico:
○ Forma pura: assintomática
○ Forma mista (com silicose): alteração de função pulmonar.

428
Q

Siderose
Diagnóstico e tratamento

A

● Diagnóstico:
○ História clínica + ocupacional + radiografia de tórax (OIT)
- No RX: opacidades regulares, árvore bronquial inferior esquerda escurecida por depósitos de
poeira metálica

● Tratamento:
○ Não há específico
○ Afastamento da exposição.

429
Q

Bissinose

A

● Exposição a poeiras orgânicas de algodão, linho, cânhamo ou sisal, comuns na indústria têxtil
● Quadro clínico: dispneia, tosse, opressão torácica
● Profissionais mais expostos:
○ Trabalhadores da indústria têxtil e de fabricação de roupas
● Diagnóstico:
○ História clínica + ocupacional.
● Tratamento:
○ Não há específico
○ Afastamento da exposição
○ Cessação do tabagismo.

430
Q

Bagaçose

A

● Trabalhadores expostos à cana de açúcar podem desenvolver uma
pneumonite de hipersensibilidade, devido à exposição à bactéria
Thermoactinomyces vulgaris
● Quadro clínico: sibilo, dispneia, febre, tosse seca, mal estar, fadiga
● Diagnóstico: História clínica + Ocupacional + estudo radiológico
- Em fase aguda, são observados infiltrados transitórios. Em forma crônica: fibrose irregular
● Tratamento: afastamento da exposição + corticoterapia.

431
Q

Medicina do trabalho
Síndrome de Caplan

A

● Também denominada de pneumoconiose reumatoide
● População de risco: trabalhadores expostos a poeira de carvão mineral e sílica
○ Acometimento pulmonar em portadores de artrite reumatóide
● Quadro clínico: artralgia com sinais flogísticos nas pequenas articulações proximais
● Diagnóstico: métodos de detecção de atividade reumática, RX de tórax com múltiplos nódulos grandes - até 5 cm de diâmetro, de desenvolvimento rápido, pouca ou nenhuma presença de micronódulos.

432
Q

Medicina do trabalho
SÍNDROME DE DISFUNÇÃO REATIVA DAS VIAS AÉREAS

A

● Asma induzida por irritantes
○ Agentes de risco relacionados: monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio/ácido sulfúrico, iodo, hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, cloro, cádmio, bromo
● Profissionais mais expostos: trabalhadores da indústria química
● Quadro clínico:
○ Tosse
○ Sibilância
○ Dispneia
- Ocorre em minutos a horas após exposição única, aguda e em altas
concentrações
● Diagnóstico: história clínica + ocupacional
● Tratamento: corticoterapia, broncodilatadores.

433
Q

M.F.J., 45 anos, procura atendimento por queixa de dispneia progressiva e nega tabagismo. Trabalha em vidraçaria desde os 30 anos de idade. O exame de imagem do tórax apresenta infiltrado micronodular bilateral com predomínio nas zonas pulmonares superiores, poupando os seios costofrênicos. Qual é o diagnóstico mais provável para esse caso?

A

Silicose.

434
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por mercúrio - onde achar, via de absorção e características gerais

A

○ Obtido a partir da refinação do minério cinábrio (sulfeto de mercúrio)
○ Usos: fabricação de instrumentos de precisão (termômetros, barômetros e esfigmomanômetros), lâmpadas fluorescentes, matéria prima na indústria química, fabricação de soda cáustica e extração de ouro
● Líquido extremamente volátil, absorvido por via respiratória e pele íntegra
● Indicador de exposição excessiva: Mercúrio metálico na urina.

435
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por chumbo - onde achar, características

A

○ Fonte principal: Sulfeto de chumbo (galena)
○ Usos: baterias, pigmentos usados em tintas e plásticos, revestimentos de pisos, azulejos e cerâmicas, fabricação de vidros e cristais, funilaria de automóveis e na indústria gráfica e de solda de circuitos eletrônicos
● Exposição: em forma de fumos metálicos ou poeiras de sais e óxidos
○ Dosagem da plumbemia (chumbo no sangue) e ALA-U urinário (ácido aminolevulínico)
○ Absorção: via respiratória ou digestiva.

436
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por chumbo - clínica e tratamento.

A

Saturnismo: intoxicação por chumbo inorgânico
- Intoxicação Subaguda: cólica intestinal intensa, palidez, oligúria, vômitos e desidratação
- Intoxicação Crônica: fraqueza, cansaço, sonolência, irritabilidade, nervosismo, epigastralgia, empachamento pós prandial, dores abdominais em cólica, palidez cutânea, orla azul/gengival de Burton (linha azul quase negra, que pode aparecer na borda entre a gengiva e dentes - sulfeto de chumbo), punho caído (paralisia motora) e insuficiência renal
● A orla gengival de Burton não é patognomônica
● Tratamento: afastar o trabalhador da exposição ao metal e terapia quelante com EDTA.

437
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por mercúrio - clínica e tratamento.

A

○ Hidrarginismo: alterações do SNC - perda de memória recente, perda da capacidade de concentração, da atenção, da habilidade mecânica, da coordenação motora, mudanças de comportamento, tremores tipo parkinsoniano e micrografia
○ Exposições elevadas: queixas digestivas, periodontites e estomatite com perda de dentes
● Principal ação: afastamento do posto de trabalho para eliminar o risco de exposição.

438
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicações por agrotóxicos - Organofosforados e carbamatos - características, absorção e danos

A

○ Ambos são inibidores da colinesterase, impedindo a ativação da acetilcolina
○ Eliminação carbamatos: espontaneamente após 48h da exposição, organofosforados ligam-se à colinesterase de forma irreversível
○ Absorção: via respiratória ou digestiva.
○ Danos:
- Síndrome colinérgica (manifestações muscarínicas): sudorese, sialorréia, miose, hipersecreção brônquica, colapso respiratório, tosse, vômitos, cólicas e diarréia;
- Síndrome nicotínica (manifestações nicotínicas): fasciculações musculares e hipertensão arterial transitória
- Síndrome neurológica (manifestações centrais): confusão mental, ataxia, convulsões, depressão dos centros cardiorrespiratórios, coma e morte
- Intoxicação crônica: irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e atenção, cefaléia, fadiga e parestesia.

439
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicações por agrotóxicos - Herbicidas

A

Glifosfato (o que mais cai):
- Amplamente utilizado na agricultura brasileira
- Absorção por pele irritada ou lesionada ou íntegra
- Aguda: Náuseas, vômitos, dor de cabeça, falta de ar e taquicardia
- Crônico: lesões renais, lesões hepáticas, alterações genéticas, tumores, e distúrbios do SNC relacionados principalmente aqueles ligados à neurotoxicidade, como as doenças neurodegenerativas (parkinsonismo secundário)

○ Paraquat (Gramoxone):
- Principal via de absorção é digestiva
● Pode ser absorvido por pele irritada ou lesionada (menor absorção)
- Causa náuseas, vômitos e dor de cabeça; e pode provocar lesões hepáticas, lesões renais e fibrose pulmonar
- Amplamente utilizado na agricultura brasileira

○ Dinitrofenóis (Dinoseb, DNOC):
- Pode provocar coloração amarelada na pele de pessoas expostas

○ Pentaclorofenol (Clorofen, Dowcide-G):
- Não tem sido utilizado atualmente
- Pode provocar hipertermia grave.

440
Q

Intoxicações ocupacionais que cursam com parkinsonismo secundário

A
  • Mercúrio
  • Glifosfato (herbicida).
441
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicações por agrotóxicos - Organofosforados e carbamatos - descontaminação e tratamento

A
  • Em pacientes que apresentem exposição cutânea, as medidas de descontaminação externa da pele, cabelos, olhos, e a retirada de vestimentas e calçados contaminados devem ser realizadas concomitantemente com as medidas de reanimação
  • Lavar a pele com quantidades abundantes de água e utilizar sabão neutro
  • Os atendentes devem utilizar luvas e proteção para evitar contato com secreções e roupas contaminadas
  • Realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% até
    1 hora após ingestão
  • Administrar carvão ativado por SNG após realizar a lavagem gástrica
  • Se o paciente apresentou episódios de vômitos espontaneamente a lavagem gástrica não é indicada, devendo-se realizar o tratamento sintomático (antieméticos) e administrar apenas o carvão ativado
  • A atropina e as oximas são recomendadas para o tratamento das intoxicações causadas por inibidores de colinesterases.
442
Q

Intoxicações ocupacionais

Intoxicação por benzeno - onde achare características gerais

A

○ Possui odor adocicado
○ Matéria-prima dentro da indústria petroquímica, química, siderúrgica e postos de combustíveis
○ Vias de absorção: respiratória-cutânea
○ Efeito: mielotóxico, imunotóxico e neurotóxico
○ É transformado em ácido transransmucônico no organismo e identificado na urina
○ Diagnóstico clínico e epidemiológico
○ Notificação compulsória (SINAN).

443
Q

Intoxicações ocupacionais

Intoxicação por benzeno - clínica e tratamento.

A

○ Efeitos gerais (inespecífico): dores de cabeça, mialgia, taquicardia, náuseas, vômitos, astenia e sonolência
○ Olhos: danos ao córtex visual: alteração na discriminação de cores
○ Ouvidos: alteração na percepção de altas frequências
○ Pele e mucosas: efeitos irritativos e porta de entrada
○ Medula: Diminuição de leucócitos e relação com neoplasias hematológicas (Grupo 1 IARC - carcinogênico)
● Não existe tratamento medicamentoso.
○ Principal ação: afastamento do posto de trabalho para eliminar o risco de exposição.

444
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por tolueno e xileno - onde achar, e características gerais

A

○ Tolueno ou etilbenzeno: um dos solventes mais usados tanto puro quanto em misturas (tintas, vernizes, gráficas, colas)
- Produção do metabólito do tolueno: ácido hipúruco (de excreção urinária)
- Absorvido através dos pulmões

○ Xileno: usado na produção de roupas de poliéster, garrafas de plástico, solvente nas indústrias de tintas e borracha
- Biotransformado em diversos metabólitos: principal é o ácido metilhipúrico (de excreção urinária)

445
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por tolueno e xileno - clínica

A

○ Não tem efeitos mielotóxicos e cancerígenos
○ Tolueno: hepatotóxico e nefrotóxico discreto + neurotóxico (tropismo pelo VIII par: alteração otovestibular)
○ Xileno ou dimetilbenzeno: menos volátil e não tem ototoxicidade.

446
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por cromo - onde achar e características gerais

A

○ Usado em tratamento de superfícies (cromagem), ligas metálicas (aço inoxidável) e na composição de pigmentos
○ Seus cromatos e seus óxidos são empregados vastamente em corantes e tinturas
○ O dicromato de potássio é usado para a limpeza de materiais da vidraria laboratorial, assim como em análises volumétricas
○ Absorvido pela via respiratória, pele e digestiva.

447
Q

Intoxicações ocupacionais
Intoxicação por cromo - clínica e tratamento

A

○ Lesões de mucosas (principalmente): rinorreia, epistaxe, obstrução nasal, dor local, ressecamento de mucosas, formação de crostas, perfuração de septo nasal (em exposição crônica) e crise asmática
○ Câncer de pulmão (Cromo hexavalente: Grupo 1 IARC)
● Indicador biológico: cromo hexavalente urinário
● Não existe tratamento medicamentoso
● Principal ação: afastamento do posto de trabalho para eliminar o risco de exposição.

448
Q

Trabalhador que tem como rotina exercer trabalho
com os braços erguidos acima dos ombros corre o risco de desenvolver que tipo de DORT?

A

Tendinite do supraespinhoso.

449
Q
A