Prevenção da doença estreptocócica neonatal- visão obstétrica Flashcards
RESUMO
A infecção pelo estreptococo β-hemolítico do
grupo B (EGB) ou Streptococcus agalactiae
persiste como uma causa líder de
morbimortalidade perinatal.
A antibioticoprofilaxia da infecção pelo EGB,
baseada no rastreio universal em gestações de
35 a 37 semanas, é mais efetiva do que a
estratégia baseada em fatores de risco.
A seleção do antibiótico deve se basear na
suscetibilidade da cepa do EGB e na história
materna de alergia ao medicamento. A
penicilina G, administrada por via endovenosa
(≥4 horas), continua sendo a droga de escolha
para a profilaxia intraparto, enquanto a
ampicilina é uma alternativa aceitável. A
cefazolina é recomendada para gestantes
alérgicas à penicilina, as quais apresentam baixo
risco de anafilaxia, enquanto a clindamicina e a
eritromicina são indicadas para os casos com
alto risco de anafilaxia.
A vancomicina deve ser utilizada nas gestantes
alérgicas à penicilina, quando houver resistência
à clindamicina e à eritromicina ou quando a
sensibilidade a essas drogas for desconhecida.
No entanto, devido à persistência da
morbimortalidade perinatal e ao surgimento de
novos dados relevantes nas áreas de
epidemiologia, obstetrícia, neonatologia,
microbiologia, biologia molecular e
farmacologia, em 2010, o Centers of Disease
Control and Prevention (CDC) publicou uma
terceira revisão das suas diretrizes sobre a
doença causada pelo EGB.
INTRODUÇÃO − A febre puerperal foi descoberta, em uma enfermaria em que os alunos faziam dissecação antes de atender as grávidas -> quando eles começaram a higienizar as mãos as grávidas deixaram de morrer − Bilroth descobriu os Streptococus − Streptococus do grupo B é comensal do canal anal e genital -> em adulto jovem saudável é normal -> é patológica em idosos, diabéticos e RN − O sorotipo III é o mais importante -> responsável por casos graves -> tropismo pelo SNC − O mais importante é o S. agalactiae -> coloniza o trato genital da gestante DIAGNÓSTICO − É presuntivo -> swab canal vaginal e anal, coloca em um meio de cultura com atbc -> depois coloca em placas de agar para crescer EPIDEMIOLOGIA − Comensal e coloniza de 10-40% das gestantes de forma transitória, crônica ou intermitente − 10 sorotipos − Infecção mais frequente nos RN -> 1-2% dos RN vão desenvolver sepse, pneumonia ou meningite -> mortalidade de 10% − 30-50% vão desenvolver lesões neurológicas, convulsões, hidrocefalia, deficiência auditiva e visual
FATORES DE RISCO PARA SEPSE NEONATAL PRECOCE − Trabalho de parto prematuro 3x 66 @ludmillacostaoficial − Febre durante TP 3x − Bolsa rota (Amniorrexe) >18h 3x − Strepto grupo B presente na urina − SNP em gestação anterior 65% dos casos de EONS ocorre me mulheres sem fatores de risco
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO − Rastreamento em mulheres gravidas de 36-38 semanas − Administrar atb caso seja diagnosticado − Tratamento conforme fatores de risco − No Brasil a febrasgo sugere o rastreamento − Está desenvolvendo uma vacina
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA INTRAPARTO PARA: − Teste de triagem GBS positivo − Status de colonização GBS desconhecido − Entrega <37 semanas − Temperatura durante o parto> 100,4 100 F (> 38,0˚ C) − Ruptura de membranas> 18 horas − Bebê anterior com doença de GBS − GBS na urina da mãe durante a gravidez atual • Penicilina droga preferida para IAP: Administrar Penicilina G 5 milhões UI dose incial, seguida de 2,5 milhões de UI de 4/4h até hora do parto - Alternativa aceitável de ampicilina - Cefazolina preferida para alérgico à penicilina com baixo risco de anafilaxia
- Mãe colonizada com strepto
-> 50% não colonizam o bebê
-> 50 % colonizam bebê -> são colonizados na
pele e nas superfícies mucosas como resultado
da passagem pelo canal do
parto ou como resultado da
ascensão do GBS para o
líquido amniótico.
-> desses 50% -> 2%
desenvolverão doença de
início precoce, com sepse,
pneumonia ou meningite
nos primeiros dias de vida ->
98% assintomáticos