Pressupostos processuais Flashcards

personalidade judiciária, capacidade judiciária, patrocinio judiciário e legitimidade

1
Q

Qual a diferença entre capacidade judiciária ativa e passiva?

A
  • Capacidade judiciária ativa: capacidade para propor por si e livremente as ações
  • Capacidade judiciária passiva: capacidade para estar por si em juízo como parte ré
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2
Q

Quais são as regras da capacidade judiciária ativa?

A
  • Regra da representação: quem não pode celebrar negócios jurídicos sem representante legal, não pode propor ações sem representante
  • Regra da autorização: quem precisa de autorização para certos atos, precisa de autorização para propor ações com efeitos semelhantes
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3
Q

Como funciona a representação das pessoas judiciárias?

A

Segundo o artigo 26.º CPC:

  • Patrimónios autónomos: representados pelos seus administradores
  • Sociedades e associações sem personalidade jurídica: representadas por diretores, gerentes ou administradores
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4
Q

Como funciona a representação especial das pessoas coletivas?

A

Quando a pessoa coletiva não tiver representante ou quando houver litígio com seu representante (artigo 25.º/2 e 3 CPC), é atribuída a um representante especial

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5
Q

Quais são as entidades sem personalidade jurídica que podem ter personalidade judiciária?

A
  • Herança jacente
  • Patrimónios autónomos cujo titular não esteja determinado
  • Sucursais, agências, filiais, delegações ou representações
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6
Q

Como é feita a representação das pessoas coletivas?

A
  • O Estado é representado pelo MP (artigo 24.º/1 CPC)
  • As demais pessoas coletivas são representadas por quem a lei, os estatutos ou o pacto social designarem (artigo 25.º/1 CPC)
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7
Q

Como funciona a capacidade judiciária dos menores?

A
  • Menores carecem de capacidade judiciária (artigo 16.º/2 CPC)
  • A incapacidade é suprida pelo exercício das responsabilidades parentais
  • Subsidiariamente, é suprida pela tutela (artigo 124.º CC)
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8
Q

O que é a herança jacente para efeitos processuais?

A

A herança jacente tem personalidade judiciária, representando os direitos e deveres do réu, enquanto não for aceita ou declarada vaga.

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9
Q

Quando podem patrimônios autónomos ter personalidade judiciária?

A

Quando o seu titular não está determinado, como especificado no artigo 12.º, a) CPC.

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10
Q

Quando uma sucursal pode ter personalidade judiciária?

A

Quando a ação tem como causa um ato praticado por ela, conforme o artigo 13.º CPC.

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11
Q

Como é que as pessoas coletivas são representadas em juízo?

A

O Estado é representado pelo MP, e as demais pessoas coletivas são representadas por quem a lei ou estatutos designarem.

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12
Q

Como é que as sociedades são representadas em juízo?

A

As sociedades em nome coletivo e as sociedades por quotas são representadas pelos seus gerentes, e as sociedades anónimas pelo conselho de administração.

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13
Q

Quando é que é necessário um representante especial para uma pessoa coletiva?

A

Quando a pessoa coletiva não tiver um representante ou o representante for parte no litígio.

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14
Q

O que diz o artigo 16.º/1 CPC sobre a capacidade judiciária de menores?

A

Menores devem ser representados por seus responsáveis legais em juízo.

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15
Q

Como é suprida a incapacidade dos menores para estarem em juízo?

A

A incapacidade dos menores é suprida através da representação legal, geralmente pelos pais ou tutores.

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16
Q

O que é um pressuposto processual subjetivo?

A

São condições necessárias para que uma parte seja considerada válida no processo, como a legitimidade e a capacidade judiciária.

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17
Q

O que ocorre se o réu morrer e não houver herdeiros determinados?

A

O autor pode mover a ação contra a herança jacente, conforme o artigo 12.º, a) CPC, para evitar atrasos no processo.

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18
Q

Qual a implicação da herança jacente para o processo judicial?

A

A herança jacente pode ser considerada parte no processo, representando os direitos e deveres do réu falecido, até que a herança seja aceita ou declarada vaga.

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19
Q

O que acontece se a herança não for aceita?

A

Caso a herança não seja aceita ou declarada vaga, ela pode ser representada por sucessores ou curadores para que o processo continue.

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20
Q

Qual é a diferença entre capacidade judiciária e capacidade de exercício?

A

A capacidade judiciária refere-se à aptidão de estar em juízo, enquanto a capacidade de exercício refere-se à habilidade de agir dentro do processo judicial e tomar decisões.

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21
Q

Quem representa o Estado em juízo, conforme o artigo 24.º CPC?

A

O Ministério Público (MP) representa o Estado em juízo.

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22
Q

Como é feita a representação em juízo das sociedades anónimas?

A

As sociedades anónimas são representadas pelo seu conselho de administração, conforme o artigo 405.º/2 e 408.º/1 do Código das Sociedades Comerciais (CSC).

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23
Q

O que acontece quando uma pessoa coletiva não tem um representante para um litígio?

A

Quando uma pessoa coletiva não tem um representante ou o litígio envolve seu próprio representante, é necessário nomear um representante especial conforme o artigo 25.º/2 CPC.

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24
Q

O que acontece quando um menor é parte em um processo judicial?

A

O menor é sempre representado por um responsável legal, geralmente seus pais ou tutor, conforme o artigo 16.º/2 CPC.

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25
Quais são as circunstâncias em que um tutor pode representar um menor?
O tutor representa o menor quando os progenitores não podem exercer as responsabilidades parentais ou quando não estão presentes, conforme o artigo 1921.º/1 CC.
26
Quando um maior acompanhado está em juízo, ele precisa de representação?
Um maior acompanhado, embora capaz de estar em juízo, pode precisar de representação legal em caso de litígios que envolvam atos sujeitos a autorização, conforme o artigo 145.º/2, d) CC.
27
Quando a herança é tida como sucessora do réu no processo judicial, quais direitos ela assume?
A herança assume tanto os direitos e deveres processuais quanto os direitos e deveres de caráter substantivo do réu, conforme o artigo 12.º, a) CPC.
28
Quais são as exceções ao princípio da coincidência entre a personalidade jurídica e a personalidade judiciária?
Existem entidades sem personalidade jurídica, como a herança jacente e certos patrimônios autónomos, a quem a lei concede personalidade judiciária, conforme os artigos 12.º e 13.º CPC.
29
Qual é a limitação da personalidade judiciária no processo?
A personalidade judiciária tem eficácia limitada ao processo, ou seja, seus efeitos só se produzem dentro do contexto judicial, como em litígios específicos.
30
Como é suprida a incapacidade judiciária de menores?
A incapacidade judiciária dos menores é suprida por meio de representação legal, geralmente exercida pelos pais ou, na falta deles, pelo tutor, conforme os artigos 122.º e 124.º CC.
31
O que acontece com o processo se uma parte falecer?
O processo pode continuar com a herança jacente ou os sucessores, conforme o artigo 355.º/4 CPC, mas a continuidade depende do tipo de ação e das partes envolvidas.
32
O que significa "legitimidade indireta"?
Legitimidade indireta ocorre quando uma pessoa, embora não seja sujeito da relação controvertida, age em nome de alguém, como em uma substituição processual, conforme a lei.
32
O que é a intervenção de terceiro no processo?
A intervenção de terceiro é uma forma de sanar a ilegitimidade processual, seja de forma espontânea (art. 311º) ou provocada (art. 316º/1).
33
Qual a diferença entre interesse processual e legitimidade?
O interesse processual refere-se à utilidade ou necessidade de ajuizar a ação, enquanto a legitimidade trata da relação direta da parte com a matéria do litígio, conforme o art. 30º do CPC.
34
O que acontece em uma ação de divisão de coisa comum quando não todos os interessados estão na ação?
A sentença não terá efeito útil, pois o interessado que ficou de fora poderá propor uma nova ação, e a decisão será contraditória.
35
Existe ilegitimidade no litisconsórcio voluntário?
Não, nunca existe ilegitimidade no caso de litisconsórcio voluntário, pois não há imposição legal de que todas as partes devam estar presentes.
36
Qual é a diferença entre dívidas solidárias e dívidas conjuntas no contexto de litisconsórcio voluntário?
Em dívidas solidárias, o autor pode demandar um réu sem litisconsórcio; em dívidas conjuntas, é conveniente demandar todos para obter o total da dívida.
37
O que é a coligação?
É uma pluralidade de partes e de pedidos, onde diversos autores podem se unir contra um ou mais réus, com base na mesma causa de pedir ou em relações de prejudicialidade. A coligação é permitida quando os pedidos se baseiam na mesma causa de pedir ou em cláusulas de contratos análogas, sem violar os obstáculos previstos no art. 37.
38
O que significa ilegitimidade processual?
Refere-se à situação em que as partes envolvidas na ação não são as corretas para a relação controvertida, o que pode levar à absolvição do réu ou à extinção do processo.
39
Como se pode sanar a ilegitimidade no processo?
A ilegitimidade pode ser sanada com a intervenção da parte cuja falta gerou esse vício, seja de forma espontânea ou provocada.
40
O que é uma intervenção espontânea?
É quando o terceiro decide intervir por sua própria iniciativa na causa pendente, conforme os arts. 311 e ss do CPC.
41
Qual é o prazo para sanar a ilegitimidade após o trânsito em julgado do despacho?
A intervenção pode ser requerida até 30 dias após o trânsito em julgado do despacho que declarou a ilegitimidade.
42
O que é o interesse processual?
O interesse processual é um pressuposto processual que exige que o autor tenha necessidade de instaurar uma ação para a tutela de seu direito, demonstrando que o direito precisa de proteção judicial.
43
O interesse processual é exigido para todas as partes do processo?
Não, embora seja exigido principalmente para o autor, o réu também pode ter interesse processual para que a ação prossiga, como no caso da contestação.
44
Quando pode o réu desistir da instância?
O réu pode desistir livremente da instância até o momento em que apresenta a contestação. Após a contestação, depende da aceitação do autor.
45
O que ocorre se a desistência do pedido for solicitada após a contestação?
A desistência do pedido não prejudica a reconvenção, mas o réu não pode ser prejudicado pela desistência, conforme o art. 286/2.
46
O que ocorre nas ações constitutivas com relação ao interesse processual?
O interesse processual surge quando o direito potestativo do autor não pode ser exercido por simples declaração de vontade, necessitando da ação judicial.
47
Qual é o critério para que o autor tenha interesse processual em uma ação declarativa de simples apreciação?
A dúvida sobre a existência de um direito ou fato precisa ser objetiva e fundamentada em fatos concretos, não podendo ser uma dúvida meramente acadêmica.
48
Quais são as consequências da falta de interesse processual?
A falta de interesse processual é uma exceção dilatória e pode levar ao indeferimento da petição inicial ou à extinção da instância, dependendo do momento do processo.
49
O que ocorre se a ação for proposta sem interesse processual?
O juiz pode indeferir liminarmente a petição inicial, ou no despacho saneador, pode absolver o réu da instância (art. 278).
50
O que é intervenção de terceiros?
A intervenção de terceiros ocorre quando uma pessoa, que não faz parte original do processo, ingressa para defender seus interesses, podendo ser espontânea ou provocada.
51
Quais são as modalidades de intervenção de terceiros?
A intervenção pode ser principal (ajudando uma das partes) ou acessória (opondo-se a uma das partes), podendo ser espontânea ou provocada por uma das partes principais.
52
Qual é o objetivo da intervenção principal no processo?
O objetivo da intervenção principal é levar um terceiro a fazer valer um interesse igual ao do autor ou do réu, como coautor ou corréu, podendo litisconsorciar-se com uma das partes, conforme os artigos 32, 33 e 34 do CPC.
53
O que é a pluralidade subjetiva subsidiária?
A pluralidade subjetiva subsidiária ocorre quando o autor chama um terceiro para intervir como réu, a fim de deduzir um pedido subsidiário, conforme os artigos 39 e 316, nº2 do CPC.
54
Quais são as modalidades de intervenção principal?
As modalidades de intervenção principal são espontânea e provocada. A intervenção espontânea pode ocorrer por constituição de litisconsórcio, enquanto a provocada ocorre quando uma das partes chama o terceiro para intervir, conforme os artigos 313, 314, 315, 316, 317 do CPC.
55
Qual é a diferença entre intervenção principal espontânea e provocada?
A intervenção principal espontânea é quando o terceiro intervém voluntariamente para constituir litisconsórcio, enquanto a intervenção principal provocada ocorre quando uma das partes chama o terceiro a intervir no processo, com base em necessidade legal ou interesse legítimo (art. 316 do CPC).
56
O que é a intervenção acessória provocada?
A intervenção acessória provocada é quando o réu chama um terceiro para intervir no processo, com base em um possível direito de regresso, como forma de garantir que o réu se defenda adequadamente e que o terceiro possa, no futuro, ser chamado a ressarcir o réu (art. 321 do CPC).
57
Qual é a posição do assistente na intervenção acessória espontânea?
O assistente intervém espontaneamente para auxiliar uma das partes e tem a posição de auxiliar da parte principal, estando subordinado a essa parte, mas gozando dos mesmos direitos e deveres, conforme os artigos 328 e 327 do CPC.
58
O que é a oposição no processo?
A oposição tem por finalidade trazer um terceiro para fazer valer um direito próprio, incompatível com a pretensão do autor ou do réu, podendo ser espontânea ou provocada pelo réu, conforme os artigos 333 e 338 do CPC.
59
Como ocorre a modificação subjetiva do processo com a intervenção de terceiros?
A intervenção de terceiros pode modificar subjetivamente o processo, acrescentando partes (coautor ou corréu), além de poder gerar uma modificação no objeto do processo, como sua ampliação. Quando o terceiro aceita intervir, ocorre o caso julgado, mas se recusar, a decisão só será caso julgado contra ele em situações específicas (art. 320, 323, 332 e 334 do CPC).
60
O que ocorre se o terceiro, chamado a intervir no processo, se recusar a participar?
Se o terceiro chamado a intervir se recusar a participar, a decisão proferida no processo só constituirá caso julgado contra ele em situações específicas previstas no CPC, como nos artigos 320, 323, 332 e 334.