PRÉ-NATAL Flashcards

1
Q

QUANDO INICIAR?

A

Até a 12º semana de gestação.

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2
Q

DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ

A

SINAIS DE PRESUNÇÃO: levantam suspeita pela gestante.
1. Atraso menstrual
2. Manifestações clínicas: náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência.
3. Modificações anatômicas: aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal.

SINAIS DE PROBABILIDADE: levantam suspeita pelo médico.
1. Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume;
2. Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais), colo e vagina arroxeados.
3. Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização.
4. Sinal de Hegar: amolecimento uterino.

SINAIS DE CERTEZA
1. Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 10-12 semanas.
2. Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas);
3. Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas
gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais.
4. Sinal de Puzzos: ao toque vaginal ocorre rechaço fetal (apresentação bate e volta).

TESTES DE GRAVIDEZ:

1.TIG (Teste imunológico de gravidez) - Teste rápido
- Anticorpo que reage com a subunidade beta do HCG, gerando aglutinação.
- Indicado aos atrasos menstruais de mais de 10-14 dias.
- Mais sensível e confiável. Caro.
- Se tiver nas primeiras semanas, ainda com BHCG baixo, pode dar falso-negativo.

  1. B-HCG:
    - Detectado no sangue de 8-11 dias após concepção. Esperar atraso mentrual.
    - Pico com 60-90 dias de gravidez, coincidindo com piora dos sintomas da gestante.
    - Pode ser qualitativo: positivo >25 e negativo <5. Falso positivos entre 2-25mUI/ml, então consideramos positivos acima de 25mUI/mL.
    - Pode ser quantitativo: dobra a cada 2-3dias. Bom para acompanhar evolução da gestação.

FLUXOGRAMA: SE ATRASO MENSTRUAL MAIOR QUE 15 DIAS
1. BHCG urinário e teste rápido
- Negativo: repetir BHCG em 15 dias. Se negativo novamente investigar outras causas de irregularidades menstruais.
- Positivo: gravidez confirmada. SE DUM MAIOR QUE 12 SEMANAS: Auscultar BCF: Presente: gravidez confirmada. Ausente: BHCG e teste rápido. Seguir o de cima.

  1. USG transvaginal
    - Deve ser realizado com no mínimo 5 semanas para visualização do saco gestacional.
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3
Q

IDADE GESTACIONAL

A

1) DUM: Data da última menstruação é o 1° dia da gestação. Menos fidedigno.

2) USG: CCN (comprimento cabeça-nádega) entre 6-12sem é o melhor. Possui uma margem de erro, se a data estiver próxima de 7 dias da DUM, posso seguir pela DUM. Se tiver muito diferente, usar a do USG.
- Batimento cardíaco no USG é com 4-5sem.

3) Data provável do parto: regra de Naegele.
- Jan/ Fev / Mar = DUM + 7 dias + 9 meses
- Abril até Dez = DUM + 7 dias – 3 meses
- Se o ano é bissexto, faço a conta normal e subtraio apenas um dia.

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4
Q

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A
  • É algo dinâmico, precisa ser reclassificada.
  • Alto risco: doenças maternas (HAS, asma, hipotireoidismo), intercorrências atuais, antecedentes obstétricos (óbito fetal intrauterino de causa inexplicada, doença hipertensiva grave e abortamento habitual).
  • Precisa manter alto risco e atenção primária ao mesmo tempo.
  • Pegadinhas: não precisa encaminhar extremo de idade (15 e 35 anos), iteratividade (várias cesáreas), ITU (só se for de repetição ou complicada -pielonefrite-), anemia e intervalo interpartal pequeno (menor que 2 anos).

FATORES DE RISCO QUE DEVEM SER ENCAMINHADOS AO ALTO RISCO

o Cardiopatias;
o Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);
o Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);
o Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo);
o Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);
o Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo
(PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG);
o Doenças neurológicas (como epilepsia);
o Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.);
o Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses);
o Alterações genéticas maternas;
o Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
o Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras);
o Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis
terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);
o Hanseníase;
o Tuberculose;
o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
o Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado.
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior:
o Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa
desconhecida;
o História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou
perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp,
eclâmpsia, internação da mãe em UTI);
o Abortamento habitual;
o Esterilidade/infertilidade.
Fatores relacionados à gravidez atual:
o Restrição do crescimento intrauterino;
o Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;
o Gemelaridade;
o Malformações fetais ou arritmia fetal;
o Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão
gestacional ou transitória);
Obs.: É necessário que haja evidência de medidas consecutivas que sugiram hipertensão.
Nestas situações, não se deve encaminhar o caso com medida isolada. Em caso de suspeita de
pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar a paciente à emergência obstétrica.
o Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com
pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação);
o Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;
o Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis
terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma);
o Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual;
o Evidência laboratorial de proteinúria;
o Diabetes mellitus gestacional;
o Desnutrição materna severa;
o Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional);
o NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
o Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes
casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
o Adolescentes com fatores de risco psicossocial.

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5
Q

FATORES QUE DEVEM SER ENCAMINHADOS A URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA

A

o Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de placenta, placenta prévia), independentemente da dilatação cervical e da idade gestacional;
o Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90, medida após um mínimo de 5 minutos de repouso, na posição sentada. Quando estiver associada à proteinúria, pode-se usar o teste rápido de proteinúria;
Obs.: Edema não é mais considerado critério diagnóstico (grau de recomendação C).
o Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas: escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito;
o Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia); Crise hipertensiva (PA > 160/110);
o Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal (consistência líquida, em pequena ou grande quantidade, mas de forma persistente), podendo ser observada mediante exame especular com manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal;
o Isoimunização Rh;
o Anemia grave (hemoglobina < 8);
o Trabalho de parto prematuro (contrações e modificação de colo uterino em gestantes com menos de 36 semanas);
o IG a partir de 41 semanas confirmadas;
o Hipertermia (Tax > = 37,8C), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de Ivas;
o Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes;
o Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que necessite de internação hospitalar;
o Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro inferior, edema localizado e/ou varicosidade aparente);
o Investigação de prurido gestacional/icterícia;
o Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometimento sistêmico com menos de 20 semanas;
o Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre;
o Restrição de crescimento intrauterino;
o Oligoidrâmnio;
o Casos clínicos que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma etc. Nos casos com menos de 20 semanas, as gestantes podem ser encaminhadas à emergência clínica.

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6
Q

CONSULTAS

A
  • Mínimo 6 consultas: 1 no primeiro, 2 no segundo e 3 no terceiro.

Até 28ª semana – mensalmente;
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.

NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ-NATAL.

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7
Q

CONSULTA

A

PARIDADE
- G0P0A0

IDADE GESTACIONAL
TIPO SANGUÍNEO
COMORBIDADES PRÉVIAS
ALERGIAS

ANAMNESE
- Movimentação fetal: inicia entre 18-20sem.
- Investigar ITU: disúria, hematúria.
- Perdas vaginais: líquidos, sangue, muco, corrimento.
- Está suplementando certinho? Ácido fólico? Ferro?

EXAME FÍSICO
- Crânio-caudal na primeira consulta.
- PA: toda consulta.
- Peso: cada IMC pré-gravídico ganha um tanto de peso após a gestação.
(1) <19,8 baixo: 12,5 a 18kg
(2) 19,8-26 normal: 11,5 a 16kg
(3) 26-29 sobrepeso: 7 a 11,5kg
(4) acima de 29 obesidade: 5-9kg
Precisa ter dieta hiperproteica, hipolipídica e hipoglicídica.

  • ALTURA UTERINA: fundo do útero até sínfise púbica.
    12 sem: sínfise púbica
    16 sem: entre sínfise púbica e cicatriz umbilical
    20 sem: cicatriz umbilical
    20-32 sem: crescimento de 1cm/sem
    >32sem: crescimento de 0,5cm/sem
    Rastreia se 3cm para mais ou menos do esperado: ganho de peso excessivo (macrossomia) ou insuficiente (restrição de crescimento fetal), alteração do líquido amniótico (polidrâmnio ou oligodrâmnio). ENCAMINHA PARA SERVIÇO DE REFERÊNCIA PARA INVESTIGAÇÃO DE BEM-ESTAR FETAL.
  • BCF: região dorsal interescapular com sonar. A partir de 12 semanas. Varia de 110-160bmp.
  • Manobras de Leopold: realizadas principalmente no 3° trimestre
    (1) Palpa fundo uterino: situação fetal (longitudinal ou transversa)
    (2) Palpa lateral: posição fetal (esquerda ou direita da mãe)
    (3) Palpa em baixo: apresentação fetal (cefálica, pélvica ou córmica)
    (4) Palpa insinuação fetal
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8
Q

EXAMES COMPLEMENTARES

A

Exames obrigatórios:
- Tipagem sanguínea, fator RH, coombs indireto (se vier RH-), hemograma completo, glicemia de jejum, TOTG 75g entre 24-28sem (se glicemia <92), urina 1 e urocultura.
- 5 sorologias: HIV, sífilis, hepatite B, hepatite C e toxoplasmose (igM e igG).

1° TRI: 1-13 semanas (1-3° mês)
- Tipagem sanguínea
- Fator RH
- Coombs indireto: se RH -, fazer mensalmente.
- Hemograma
- Glicemia de jejum
- Urina 1 e urocultura

2° TRI: 14-26 semanas (4-5° mês)
- TOTG 75g entre 24-28sem (se glicemia <92).
- Urina 1 e urocultura: obrigatório apenas 1 e 3° tri.
- Repetir toxoplasmose igM e igG se não reagentes em ultimo exame.

3° TRI: 27-40 semanas (6-9° mês)
- Hemograma
- Urina 1 e urocultura
- Repetir toxoplasmose igM e igG se não reagentes em último exame.
- Repetir HIV e sífilis.
- Repetir hepatite B e C se paciente tiver exposição de risco

PARTO
- HIV e sífilis

OUTROS
- Citopatológico de colo uterino: pode ser coletado em qualquer momento da gestação.
- Swab vaginal e anal para cultura para Streptococcus agalactiae B: 35-37 sem. Risco de sepse neonatal precoce, mas deve ser erradicado perto do tempo do parto, máximo 5 semanas antes do parto. Não vai precisar coletar apenas se tiver alguma urocultura positiva (pode ser até bacteriúria assintomática, mais de 100.000UFC) para esse germe em qualquer momento do pré-natal ou RN com infecção prévia de SGB, ai faz a profilaxia na hora do parto.
- Eletroforese de hemoglobina: diagnostica anemia falciforme da mãe durante a gravidez.

NÃO SÃO OBRIGATÓRIOS
- USG
- TSH e T4L
- Rubéola
- Citomegalovírus

ULTRASSONOGRAFIAS
- Não são exames obrigatórios.

1° TRI:
I. USG obstétrico transvaginal
- Indicado até 10 sem+6 dias.
- Avalia se a gestação está implantada no local correto, analisa se é única ou múltipla, se é evolutiva e o CCN (comprimento cabeça-nádega, que é o melhor, entre 6-12 semanas para DATAR GESTAÇÃO).
- CCN é o melhor parâmetro para datação da idade gestacional!
- Para ver saco gestacional preciso de um beta de 1500. Se tenho beta, mas não vejo na imagem de saco gestacional, pode ser ectópica. Acima de 7200 vê vesícula vitelínica e acima de 10.800 vê embrião com batimento.
- Marcos: a partir de 4 semanas tem saco gestacional e 5 semanas a vesícula vitelínica e 6 semanas tem batimento cardíaco (se embrião acima de 5mm), 8 semanas já tem movimento fetal, 10 semanas cabeça fetal e 12 semanas a placenta.

II. USG obstétrico translucência nucal (morfológico de 1° tri):
- 11-13 sem +6 dias.
- Semanas específicas, pois o CCN está adequado (entre 45-84mm) para rastrearmos aneuploidias (Patal T13, Edward T18 e Down T21) através dos marcadores biofísicos:
1) Translucência nucal (TN): RASTREIA, NÃO DÁ DIAGNÓSTICO! Alterada não confirma e normal não afasta.
- Líquido na nuca do bebê.
- Quanto maior (>2,5mm, mas depende do percentil) maior o risco de alteração genética = AUMENTADA É ALTERADA.
- Aumenta devido disfunção cardíaca (edema, congestão venosa), alteração drenagem linfática, infecção congênita, anemia.
- Se aumentada = INVESTIGAR CARIÓTIPO FETAL.
2) Osso nasal: presente é normal, alterado se ausente ou hipoplásico.
3) Regurgitação da valva tricúspede e ducto venoso.
- É feito Doppler de artérias uterinas: analisa risco materno para pré-eclâmpsia.

2° TRI:
I. USG obstétrico morfológico de 2°tri:
- Entre 20-24 semanas.
- SE SÓ PUDER 1 EXAME ESCOLHER ESSE.
- Analisa:
1) Morfologia fetal: órgãos, coração.
2) Peso fetal
3) Placenta
4) Medida do colo uterino via transvaginal: identifico colo curto <25mm, tendo a paciente então maior risco de prematuridade, indicando uso de progesterona.
5) Líquido amniótico.

OBS: no 2° e 3° trimestre a USG é abdominal.

3° TRI:
I. USG obstétrico
- Analisa:
1) Peso fetal: avalia diâmetro biparietal (circunferência cefálica), circunferência abdominal e comprimento do fêmur. Jogo na fórmula o coloco em tabela.
2) Crescimento fetal
3) Líquido amniótico: ILA (índice do líquido amniótico, divido abdome em 4 quadrantes e meço bolsões de líquidos), sendo normal de 5-24, ou MBV (maior bolsão vertical), sendo normal de 2-8. Categorizo em oligodramnio ou polidrâmnio.
4) Posição da placenta: avalia placenta prévia.
5) Doppler: faz parte da avaliação da vitalidade fetal, tem doppler da umbilical, da cerebral média.

II. ECOCARDIOGRAMA fetal
- > 28 semanas
- Avalia coração dentro do útero.
- Indicações: suspeitas de cardiopatia no morfológico, TN aumentada, história familiar de cardiopatia congênita e DM pré-gestacional (tipo 1 e 2, não a gestacional!).

OUTROS EXAMES:
1) Perfil biofísico fetal: cardiotoco + 4 dados USG, avalia sofrimento fetal.
2) Dopplerfluxometria: pré-eclâmpsia tem doppler com dificuldade de passar sangue, é de rotina para essa comorbidade.

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9
Q

SUPLEMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO

A

1) Ácido fólico:
- Profilaxia de persistência de abertura de tubo neural.
- 1-3 meses antes da concepção até 2 meses de gestação (ou final do 1° tri: 12 sem).
- 400mcg/dia (0,4mg) até 4mg/dia (no SUS é 5mg, pode dar), quem tem FR ganha a maior dose.
- FR: uso de anticonvulsivante, história pessoal ou familiar de defeito no tubo neural, em uso de DM ou insulina (dar dose máxima), obesidade, gestação múltipla e síndromes desabsortivas.
- Se defeito no tubo neural posso geral: anencefalia, encefaloceles e espinha bífida.
OBS: Tem gente que usa durante a gestação toda para prevenir anemia megaloblástica e defeitos na organogênese.

2) Ferro elementar:
- Das 20 semanas até 2 meses pós-parto ou até final da amamentação.
- 40-60mg/dia

3) Cálcio
- 600mg/dia
- Prevenção de distúrbios hipertensivos em pacientes susceptíveis, ou com curto intervalo entre partos ou doenças intestinais disabsortivas.

OBS: Vita D e C não possuem evidência. Vit A é teratogênica.

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10
Q

VACINAS NA GESTAÇÃO

A

Recomendadas: aplicar apenas se a gestante não tiver na carteirinha. 5 vacinas.
1 - Influenza: sazonal, campanha, dose única. Qualquer idade gestacional.
2 - Hepatite B: não toma se tiver já 3 doses. Se perdeu carteira de vacinação, dosa anti-Hbs (anticorpo contra hepatite b), se vier reagente não precisa vacinar, mas se vier não reagente vacina: toma no dia 0, 30 e 180. Sempre que aparecer dosado o anti-Hbs não reagente o certo é tomar a vacina. Se for HIV +, precisa ter dose dobrada com 4 doses (0, 1, 2 e 6 ou 12 meses).
3 - Dt (difteria e tétano): esquema 3 doses + reforço a cada 10 anos. Normalmente toma 2 dessas e uma dtPa (que já tem uma dt). Intervalo de 1-2 meses entre as doses. Normal fazer 2 doses com intervalo de 30 dias e depois a dtpa será a terceira dose.
4 - dTPa (difteria, tétano e coqueluche ACELULAR): aqui dentro já tem 1 dt. Previne surtos de coqueluche no pré-natal, é pra criança. Por isso faço em TODAS AS GESTAÇÕES, é para o bebê. A partir de 20 semanas 1º dose até as 36sem.
5 - COVID: sazonal, campanha. Coronavac e Pfizer. Trombose com Astrazeneca. Qualquer idade gestacional.

Contraindicadas: tudo que for vivo atenuado, gestante tem sistema imune atenuado. Não por tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), poliomielite, dengue, HPV, varicela, BCG, f

Situações especiais:
- Se surtos, febre amarela (exceto morar em área endêmica ou viagem inadiável), hepatite A e meningocócica pode ser vacinada.
- Pneumocócica: indicada se cardiopatia, asplenia, pneumopatia e imunodepressão.
- Raiva: se exposição.

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11
Q

INFECÇÕES DURANTE A GESTAÇÃO

A

1) HEPATITE B
Caso de infecção por hepatite B (relação sexual desprotegida):
I. Se exposição:
- Toma vacina + imunoglobulina.

II. Se infecção aguda:
- HBsAg reagente/ HBeAg reagente/ CV >200.000/ ALT >2x normal/ coinfecção por HIV
- Toma Tenofovir (28sem até parto) para profilaxia de transmissão vertical.

  • Via de parto pode ser sim via vaginal e não contraindica a amamentação.
  • RN precisará receber vacina + imunoglobulina se mãe com hepatite B.

1) CERVICITE E URETRITE:
- Gonococo e clamídia.
- QC: disúria + urocultura negativa
- Riscos: prematuridade, rotura prematura de membranas ovulares, restrição de crescimento fetal e infecção puerperal.
- T: TRATAR O PARCEIRO

2) TRICOMONÍASE E VAGINOSE BACTERIANA
- T: Metronidazol 500mg 12/12h 7 dias VO

3) CANDIDÍASE
- T: Fungicida apenas tópico: Miconazol creme 2% via vaginal por 7 dias

4) HERPES GENITAL NA GRAVIDEZ
- QC: pródromo com dor e prurido local, vesículas, múltiplas ulceras dolorosas, linfadenopatia inguinal.
- T: Se primoinfecção: aciclovir via oral 400mg de 8/8h por 5-7 dias. Se for um episódio recorrente não precisa tratar, só se tiver risco de prematuridade associado ou for muito recorrente.
- Se a infecção for a partir de 36sem, mantenho aciclovir 400mg de 8/8h até o parto (previno lesão ativa na hora do parto).

5) ZIKA VÍRUS
- QC: Gestante com exantema + febre + ausência de plaquetopenia + conjuntivite não purulenta + artralgia.
- D: RT-PCR-Zika: até o 5° dia pode ser feito no sangue e depois até o 11° dia feito na urina.
- Pré-natal de alto risco e USG mensal para vigiar o desenvolvimento de microcefalia.

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12
Q

REPELENTE NA GESTAÇÃO

A
  • Os principais indicados a base de icardina, DEET e IR3535.
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13
Q

ANEMIA DURANTE A GESTAÇÃO

A

1 CP DE SULFATO FERROSO TEM 5X A DOSE DO FERRO ELEMENTAR

  • Hb normal é acima de 11 = suplemento normal após 20 semanas.
  • Hb 8-11: anemia moderada = trato com Ferro elementar 120-240mg/dia VO + repetir hemograma em 30-60 dias -> Se aumentar para 11, seguir suplementação normal. Se ficar igual ou baixar, referenciar para alto risco.
  • Hb <8: grave. Considerar ferro EV. Encaminhar para alto risco.
  • Investigar com: hemograma, ferritina, ferro sérico, eletroforese de hemoglobina e exame parasitológico de fezes.

SULFATO FERROSO 1 CP DE 150MG = 30MG DE FERRO ELEMENTAR
=
SULFATO FERROSO 200MG = 40MG DE FERRO ELEMENTAR
=
SULFATO FERROSO 300MG = 60MG DE FERRO ELEMENTAR

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14
Q

MEDICAÇÕES PRÉVIAS NA GESTAÇÃO

A
  • HAS: se previamente hipertensa, trocar o anti-hipertensivo por METILDOPA durante a gestação.
  • Antidepressivos: maioria categoria C, evitar bupropiona e paroxetina que são D.
  • Anticonvulsivantes: não pode tirar durante a gestação, priorizar monoterapia com ácido fólico.
  • Desencorajar tabagismo e etilismo.
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15
Q

PROFILAXIA STREPTO AGALATIAE GRUPO B

A
  • Swab vaginal e anal para cultura para Streptococcus agalactiae B: 35-37 sem.
  • Risco de sepse neonatal precoce, mas deve ser erradicado perto do tempo do parto, máximo 5 semanas antes do parto.
  • Não vai precisar coletar apenas se:
    I. Tiver alguma urocultura positiva (pode ser até bacteriúria assintomática, mais de 100.000UFC) para esse germe em qualquer momento do pré-natal
    II. RN com infecção prévia de SGB
     Ai não coleta, mas faz a profilaxia na hora do parto.

Quando profilaxia está indicada?
1) História de RN anterior com doença invasiva (sepse, pneumonia, meningite) SGB. Nem precisa ter positivo nessa gestação.

2) Triagem positiva para SGB: cultura positiva.

3) Bacteriúria assintomática ou ITU por SGB na gestação, mesmo que curada.

4) SGB desconhecido + SÓ SE TIVER FATOR DE RISCO!!!!!! FR para sepse (prematuro, RPMO com tempo superior a >18h e temperatura intraparto >38).

EXCEÇÃO: mãe com teste de triagem positivo, mas que vai fazer CESÁREA COM MEMBRANAS ÍNTEGRAS EM PERÍODO FORA DE TRABALHO DE PARTO. Feto não tem contato com o canal de parto.

QUANDO É FEITA A PROFILAXIA? NO PARTO!!!!! Se fizer antes tem recolonização.

COMO?
PENICILINA CRISTALINA ataque 5 milhões UI EV + manutenção 2,5 milhões 4/4h até o clampeamento do cordão.
Ou
AMPICILINA ataque 2g EV + manutenção de 1g 4/4h até o clampeamento do cordão.
- Se alergia a penicilina: CEFAZOLINA 4h antes do parto e 8h após parto (sem anafilaxia) ou CLINDAMICINA (com anafilaxia), mas essa última não é uma profilaxia adequada.

  • Profilaxia adequada quando tem > 2 doses de penicilina ou ampicilina EM UM INTERVALO DE 4H ANTES DA RESOLUÇÃO DO PARTO!!!!
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16
Q

.

A