Pneumologia Flashcards

1
Q

Qual a etiologia da tuberculose?

A

Mycobacterium Tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK).

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2
Q

Quais os principais sintomas da tuberculose?

A
  • Tosse: principal sintoma, principalmente com expectoração por mais de 3 semanas. Pode ser seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucoide, com ou sem sangue
  • Dor torácica: menos frequente, mas é expressa na forma pleural, sendo confundida com quadro pneumônico
  • Dispneia: depende da extensão do comprometimento pulmonar
  • Febre: vespertina, em geral baixa (até 38,5°) e muitas vezes acompanhada de sudorese noturna;
  • Sintomas constitucionais: anorexia, perda de peso e adinamia
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3
Q

Quais os 3 principais critérios diagnósticos da tuberculose?

A

2 de 3 critérios autorizam o tratamento:
* Clínica: tosse ≥ 3 semanas, febre vespertina e sudorese noturna, perda ponderal;
* Raio-X de tórax: adenopatia hiliar unilateral ou infiltrado pulmonar localizado + cavitação;
* Escarro: Teste rápido (TRM-TB), Baciloscopia e Cultura.

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4
Q

Quais as características dos exames disponíveis para o diagnóstico de tuberculose?

A
  • Baciloscopia (BAAR): pesquisa bacilos no esfregaço pela coloração de Ziehl-Neelsen, é método “mais importante, tanto para o diagnóstico, como para o controle de tratamento;
  • Cultura: casos duvidosos e resistência a rifampicina, sempre pedir junto com BAAR. É a cultura para micobactéria com identificação de espécie, considerada padrão-ouro;
  • Teste rápido (TRM-TB): principal escolha na prática, com resultado em 2 horas, também avaliando a resistência a rifampicina. Não pode ser indicado para acompanhar atividade da doença. Em todo caso suspeito de TB, deve-se coletar uma amostra de escarro para realização do TRM-TB.
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5
Q

Qual o tratamento inicial para tuberculose?

A
  • Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol (150 + 75 + 400 + 275 mg) de 24/24 horas, por 2 meses;
  • Escolha de dose é por peso: 20-35 kg: 2 comprimidos/dia; 36-50 kg: 3 comprimidos/dia; 51-70 kg: 4 comprimidos/dia; > 70 kg: 5 comprimidos/dia.
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6
Q

Qual o tratamento de manutenção para tuberculose?

A
  • Isoniazida + Rifampicina (300 + 150 mg) de 24/24 horas, por 4 meses;
  • Escolha de dose é por peso: 20-35 kg: 1 comprimido; 36-50 kg: 1 + 1/2 comprimido; 51-70 kg: 2 comprimidos; > 70 kg: 2 + 1/2 comprimidos
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7
Q

Quais as orientações gerais para o paciente com tuberculose?

A
  • Ao tossir, usar braço ou o lenço e manter o ambiente arejado, com luz solar;
  • Esclarecer que compartilhar objetivos não transmite doença;
  • Uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para em situação de potencial risco de transmissão;
  • Risco de transmissão perdura enquanto o paciente eliminar bacilos no escarro. com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito reduzida.
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8
Q

Como fazer o acompanhamento do paciente com tuberculose?

A
  • Baciloscopia mensal (ideal);
  • Alternativa: 2/4/6 meses de tratamento (mínimo).
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9
Q

Como fazer a avaliação dos contatos sintomáticos de tuberculose?

A
  • Sintomáticos: investigar adoecimento (RX e escarro);
  • Assintomáticos: investigar infecção latente – PPD. Interpretações: < 5 mm: não reator - sem infecção = repetir em 8 semanas (viragem > 10 mm da última análise nos indica infecção) | ≥ 5 mm: reator – infecção, tratar infecção latente.
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10
Q

Como fazer o controle de cura da tuberculose?

A
  • Duas baciloscopias negativas, sendo uma em qualquer mês de acompanhamento e outra ao final do tratamento (5o ou 6o mês).
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11
Q

Como fazer o diagnóstico de tuberculose latente?

A

Teste Tuberculínico (PPD/Mantoux): reação celular desenvolvida após a inoculação intradérmica de um derivado proteico do Mtb. Faz-se inserção do PPD na derme do paciente, sendo reavaliado em 48 horas para analisar a resposta inflamatória. Na leitura, o maior diâmetro transverso da área do endurado palpável deve ser medido com régua e registrada em mm.

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12
Q

Quais as interpretações do PPD na tuberculose latente?

A
  • PPD ≥ 5 mm ou IGRA (+): contatos com tuberculose, imunossupressão (corticoide, inibidor de TNF- alfa);
  • PPD ≥ 10 mm ou IGRA (+): diabetes, silicose, DRC em diálise, QT e 10mm de aumento na 2a PPD em contatos.
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13
Q

Existe algum teste alternativo para diagnóstico de tuberculose latente?

A

IGRA

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14
Q

Qual o tratamento medicamentoso da tuberculose latente?

A
  • Isoniazida: 5-10 mg/kg/dia, dose máxima de 300 mg/dia = 270 doses que deverão ser tomadas em 9-12 meses
  • Alternativa: Rifampicina 120 doses (4 a 6 meses) - Paciente < 10 anos ou > 50 anos.
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15
Q

Qual a clínica clássica da asma?

A
  • Dispneia, sibilância, chiado no peito, desconforto torácico;
  • Tosse crônica normalmente não produtiva;
  • História de dermatite atópica ou HF de asma;
  • Rinite alérgica associada;
  • Sintomas variáveis e intermitentes, com piora à noite e com a presença de “gatilhos”.
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16
Q

Como classificar o controle da asma?

A
  • Atividades estão limitadas?
  • Broncodilatação de alívio > 2x/semana?
  • Sintomas noturnos?
  • Sintomas diurnos > 2x/semana?
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17
Q

Como interpretar o controle da asma?

A
  • Controlada: nenhum SIM;
  • Parcialmente controlada: até dois SIM;
  • Descontrolada: 3 ou 4 SIM
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18
Q

Qual a classificação dos Steps da asma do GINA 2023?

A
  • Step 1: sintomas < 2x/mês e sem fatores para exacerbações;
  • Step 2: sintomas ≥ 2x/mês, mas não são diários;
  • Step 3: sintomas na maioria dos dias ou sintomas noturnos ≥ 1x/semana;
  • Step 4: sintomas na maioria dos dias ou despertar 1x/semana ou função pulmonar reduzida;
  • Step 5: não responde às medidas do estágio 4.
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19
Q

Como fazer o diagnóstico pela espirometria para asma?

A
  • VEF1: 1,8L (4L seria normal);
  • CVF: 3,2L (5L seria normal);
  • Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF): +/- 0,5 ou < 0,7 (normal > 0,75-0,8);
  • Pós-broncodilatador: aumento > 12% + aumento > 200mL VEF1.
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20
Q

Qual o tratamento para todos na asma?

A
  • Aderência ao tratamento;
  • Cessar tabagismo ativo ou passivo;
  • Vacinação para influenza e pneumocócica-23;
  • Atividade física;
  • VERIFICAR TÉCNICA;
  • Cuidados domiciliares: diminuir umidade e mofo na residência.
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21
Q

Qual o tratamento para o STEP 1 da asma?

A
  • Primeira linha: CI dose baixa + Formoterol sob demanda;
  • Segunda linha: CI dose baixa + SABA sob demanda (2 linha).
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22
Q

Qual o tratamento para o STEP 2 da asma?

A
  • Primeira linha: CI dose baixa + Formoterol sob demanda;
  • Segunda linha: CI fixo diário | SABA + CI sob demanda
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23
Q

Qual o tratamento para o STEP 3 da asma?

A
  • Primeira linha: CI em dose baixa + Formoterol diário | CI dose baixa + Formoterol sob demanda;
  • Segunda linha: CI em dose baixa + Formoterol diário | CI dose baixa + SABA sob demanda
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24
Q

Qual o tratamento para o STEP 4 da asma?

A
  • Primeira linha: CI em dose média + Formoterol diário | CI dose baixa + Formoterol sob demanda;
  • Segunda linha: CI em dose média/alta + Formoterol diário | CI dose baixa + SABA sob demanda.
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25
Q

Qual o tratamento para o STEP 5 da asma?

A
  • CI em dose alta Formoterol + LAMA diário, sendo necessário encaminhamento para especialista ± tiotrópico/antiIgE/IL4/IL5 | CI dose baixa + Formoterol sob demanda.
26
Q

Quais são exemplos de associações disponíveis na atenção primária?

A
  • Formoterol 6mcg + budesonida 200mcg;
  • Formoterol: 12mcg + budesonida 400mcg;
  • Formoterol 6mcg + beclometasona 100mcg;
  • Formoterol 6mcg + beclometasona 200mcg.
27
Q

Como é a classificação da crise de asma leve a moderada? Dica de parâmetros: cianose, sudorese, estado mental, fala, dispneia, musculatura acessória, sibilos, FR, FC, PFE, SATO2, PaO2, PaCO2

A
  • Cianose: ausente
  • Sudorese: ausente
  • Estado mental: normal
  • Fala: completa
  • Dispneia: ausente ou leve
  • Musculatura acessória: leve retração intercostal
  • Sibilos: leves
  • FR: 20 a 30
  • FC: < 120
  • PFE: > 50%
  • SatO2: > 95%
  • PaO2: normal
  • PaCO2: < 40mmHg
28
Q

Como é a classificação da crise de asma grave? Dica de parâmetros: cianose, sudorese, estado mental, fala, dispneia, musculatura acessória, sibilos, FR, FC, PFE, SATO2, PaO2, PaCO2

A
  • Cianose: ausente
  • Sudorese: presente
  • Estado mental: agitado
  • Fala: entercortada
  • Dispneia: moderada
  • Musculatura acessória: uso de ECOM e batimento de fúrcula esternal
  • Sibilos: acentuados
  • FR: > 30
  • FC: 120-140
  • PFE: 30 a 50%
  • SatO2: 95-90%
  • PaO2: 60mmHg
  • PaCO2: < 40mmHg
29
Q

Como é a classificação da crise de asma muito grave? Dica de parâmetros: cianose, sudorese, estado mental, fala, dispneia, musculatura acessória, sibilos, FR, FC, PFE, SATO2, PaO2, PaCO2

A
  • Cianose: presente
  • Sudorese: presente
  • Estado mental: confuso ou sonolento
  • Fala: curta e monossilábica
  • Dispneia: grave
  • Musculatura acessória: retrações acentuadas e uso de musculatura abdominal
  • Sibilos: tórax silencioso
  • FR: > 30 ou < 10
  • FC: > 140
  • PFE: < 30%
  • SatO2: < 90%
  • PaO2: < 60mmHg
  • PaCO2: > 45mmHg
30
Q

Qual o manejo da crise de asma leve a moderada?

A
  • SABA (Salbutamol: 100 mcg/dose): 4-10 jatos inalados de 20 em 20 minutos, na 1ª hora. Seguidos de 4-10 jatos inalados de 1/1 hora, se broncoespasmo intenso. Após o controle, manter até de 2/2 horas;
  • Prednisona/Prednisolona (20 mg/cp): 40-60 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias.
31
Q

Qual o manejo da crise de asma grave?

A
  • SABA (Salbutamol: 100 mcg/dose): 4-10 jatos inalados de 20 em 20 minutos, na 1ª hora. Seguidos de 4-10 jatos inalados de 1/1 hora, se broncoespasmo intenso. Após o controle, manter até de 2 a 6 horas;
  • Brometo de ipratrópio (25 mcg/dose): 4 jatos via inalatória de 20 em 20 minutos junto com SABA, na primeira hora. Seguidos de 4 a 8 jatos inalados de 1/1 hora, se broncoespasmo intenso. Após o controle, manter até intervalo de 2 a 6 horas;
  • Prednisona (20 mg/cp) 40-60 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias ou Metilprednisolona EV: 40mg EV de 12/12 horas, por 5-7 dias;
  • Oxigênio suplementar: alvo de sat 93-95% (adultos) e 94-98% (crianças).
32
Q

Quais os cuidados da alta pós crise de asma?

A

Iniciar tratamento ou aumentar o step que estava, medidas ambientais, aderência e técnica, 5 a 7 dias de corticoide VO (3 a 5 dias se for criança), programar nova consulta em 2 a 7 dias.

33
Q

Qual a tríade da DPOC?

A
  • Tosse crônica;
  • Expectoração crônica;
  • Dispneia, progressiva com a gravidade da lesão.
34
Q

Quando suspeitar de DPOC?

A
  • Tabagismo (a partir de 20 maços-ano, a incidência da doença aumenta bastante);
  • História familiar de DPOC;
  • Exposição ocupacional a poeira e irritante químicos;
  • História de infecções respiratórias de repetição.
35
Q

Que exames laboratoriais devemos pedir para o paciente com DPOC?

A
  • Hemograma (eosinófilos);
  • Creatinina;
  • TGO e TGP;
  • Glicemia de jejum;
  • Lipidograma;
  • EQU.
36
Q

Qual a classificação ABE da DPOC?

A
  • A: sem exacerbações;
  • B: 0 ou 1 exacerbação por ano sem necessidade de internação;
  • E: ≥ 2 exacerbações ou ≥ 1 com necessidade de internação.
37
Q

Quais os achados da RX de tórax do paciente com DPOC?

A
  • Hipertransparência pulmonar com apagamento de estruturas vasculares;
  • Hiperinsuflação pulmonar;
  • Área cardíaca estreita;
  • Contorno diafragmático plano e aumento do espaço retroesternal em perfil.
38
Q

Quais os achados da Espirometria do paciente com DPOC?

A

Padrão-ouro para diagnóstico - Para todos os pacientes com suspeita clínica de DPOC.
* Espirometria inicial, sem broncodilatador: razão VEF1/CVF (índice de Tiffeneau) < 0,7;
* Espirometria pós-broncodilatador: igual a inicial! Sem melhora – irreversibilidade.

39
Q

Qual a classificação GOLD do paciente com DPOC?

A
  • GOLD 1: VEF1 ≥ 80% = leve;
  • GOLD 2: VEF1 ≥ 50-79% = moderado;
  • GOLD 3: VEF1 ≥ 30-49% = grave;
  • GOLD 4: VEF1 < 30% = muito grave.
40
Q

Qual o tratamento para todos os pacientes com DPOC?

A
  • Cessar tabagismo;
  • Avaliação de dispneia a cada 2-3 meses;
  • Vacinação para influenza anual e pneumococo;
  • Reabilitação pulmonar (B, E);
  • Atividade física.
41
Q

Qual o tratamento do Grupo A de DPOC?

A

A: Beta2-agonista de longa duração (LABA. - Formoterol) ou curta duração (SABA – Salbutamol) em caso de necessidade.

42
Q

Qual o tratamento do Grupo B de DPOC?

A

Uso de beta2-agonista de longa duração (LABA - Formoterol) ou antimuscarínico de ação longa (LAMA - Brometo de Tiotrópio) diário.

43
Q

Qual o tratamento do Grupo E de DPOC?

A

E: LABA + LAMA diário e considerar corticoide inalatório se eosinofilia ≥ 300 ou histórico de asma

44
Q

Quais os critérios para oxigênio domiciliar do paciente com DPOC?

A
  • PaO2 ≤ 55
  • Sat ≤ 88% em repouso;
  • PaO2 56-59 + Ht > 55%;
  • Cor pulmonale.
45
Q

Quais as principais causas de descompensação de DPOC?

A

Infecção pulmonar;
* Vírus;
* Infecção bacteriana: H influenzae, Pneumococo, M Catarrhalis

46
Q

Quando pensar na descompensação do paciente com DPOC?

A

Piora agudas dos sintomas respiratórios (últimos 14 dias) que necessitam o uso de alguma medicação ou piora da dispneia, aumento do volume do escarro e secreção mais purulenta.

47
Q

Qual o tratamento de forma geral da descompensação de DPOC?

A

Antibiótico (SN) + Broncodilatador + Corticoide + Suporte de oxigênio (considerar VNI).

48
Q

Qual o tratamento antibiótico da descompensação de DPOC e quando usá-lo?

A
  • Secreção mais purulenta + piora da dispneia e/ou aumento do volume do escarro, se indicação de suporte ventilatório (IOT ou VNI);
  • Amoxicilina + Clavulanato (500mg + 125mg) 3x/dia 5-7 dias ou Azitromicina 500mg/dia por 3 dias.
49
Q

Qual o tratamento broncodilatador da descompensação de DPOC e como usá-lo?

A
  • SABA (Salbutamol: 100 mcg/dose): 4-10 jatos inalados de 20 em 20 minutos, na 1ª hora. Seguidos de 4-10 jatos inalados de 1/1 hora, se broncoespasmo intenso. Após o controle, manter até de 2 a 6 horas;
  • SAMA (Brometo de Ipratrópio - 25 mcg/dose): 4 jatos via inalatória de 20 em 20 minutos junto com SABA, na primeira hora. Seguidos de 4 a 8 jatos inalados de 1/1 hora, se broncoespasmo intenso. Após o controle, manter até intervalo de 2 a 6 horas.
50
Q

Qual o tratamento de corticoide da descompensação de DPOC e como usá-lo?

A
  • Prednisona (20 mg/cp) 40-60 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias;
  • Metilprednisolona EV: 40mg EV de 12/12 horas, por 5-7 dias.
51
Q

Qual o tratamento de suporte ventilatória da descompensação de DPOC e como usá-lo?

A
  • Oxigênioterapia: alvo sat 88-92%;
  • VNI se: pH ≤ 7,35 ± PaCO2 ≥ 45 ± refratário, dispneia grave, hipoxemia persistente, sinais de fadiga, acidose respiratória aguda.
52
Q

Quais as etiologias típicas da PAC?

A

Streptococus pneumoniae, Kleibsiella pneumoniae (alcoolistas), Haemophilus pneumoniae, Moraxella Catarrhalis, Staphylococcus aureus (drogaditos) e virais por rinovírus, influenza A e B.

53
Q

Quais as etiologias atípicas da PAC?

A

Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae e Legionella pneumoniae, demais Vírus e fungos.

54
Q

Qual a apresentação típica da PAC?

A
  • Febre alta;
  • Tosse produtiva e purulenta;
  • Dispneia;
  • Dor torácica ventilatório dependente (pleurítica);
  • Crepitações, macicez a percussão, aumento de frêmito TV, broncofonia;
  • Rx: broncopenumonia lobar, focos de consolidação;
  • Mais comum: pneumococo.
55
Q

Qual a apresentação atípica da PAC?

A
  • Febre baixa prolongada;
  • Tosse mais seca;
  • Estado geral pouco comprometido;
  • Exame respiratório pobre;
  • Rx: infiltrado intersticial;
  • Mais comum: Mycoplasma.
56
Q

Quais são os principais critérios de gravidade da pneumonia?

A
  • Alteração do nível de consciência;
  • Taquipneia (> 30 irpm);
  • Toxemia;
  • Hipotensão;
  • Utilização de musculatura acessória;
  • Hipotermia (< 35 °C) ou febre (> 40 °C);
  • Taquicardia > 125 bpm
57
Q

Qual o escore CURB-65?

A
  • C: consciência com alteração do nível
  • Ureia > 50mg/dL;
  • R: Respiração ≥ 30ipm;
  • Blood-Pressure PAS < 90 ou PAD ≤ 60;
  • 65: idade ≥ 65 anos.
58
Q

Que exames podemos pedir para o paciente com pneumonia?

A
  • Oximetria de pulso;
  • Hemograma completo;
  • Glicemia;
  • Eletrólitos;
  • Ureia e creatinina;
  • Lactato;
  • PCR e LDH:
  • TGO e TGP.
59
Q

Que exames adicionais podemos pedir para o paciente com pneumonia?

A
  • Gasometria arterial: se saturação de oxigênio < 90% na oximetria;
  • Radiografia de tórax: solicitada para confirmação diagnóstica, sendo recomendada sua realização de rotina, quando disponível;
  • TC de tórax: método mais sensível para diagnóstico e complicações;
  • Hemocultura: solicitada em vigência de sepse grave e/ou quando indicada internação hospitalar, preferencialmente antes do início da antibioticoterapia e no pico febril.
60
Q

Qual o tratamento da pneumonia para o paciente hígido com < 50 anos?

A
  • Geme típico: Amoxicilina (500mg 1 cp VO 8/8h por 7 dias) ou Amoxilina ± Clavulanato (500 + 125mg 8/8h por 7 dias);
  • Germe atípico: Azitromicina (500mg VO 24/24h por 3 - 5 dias) ou Claritromicina (500mg VO 12/12h por 7 dias).
61
Q

Qual o tratamento da pneumonia para o paciente com comorbidade ou > 50 anos ou + grave?

A

Solicitar exames adicionais e administrar Betalactâmico ou Cefalosporina + Macrolídeo.
* Amoxilina-Clavulanato (500 + 125mg VO de 8/8h por 7 dias) + Azitromicina (500mg VO 24/24h por 5-7 dias) ou Claritromicina (500mg VO 12/12h por 5-7 dias);
* Cefuroxima (250mg 2cp VO de 12/12h por 7 dias) + Azitromicina (500mg VO 24/24h por 5-7 dias) ou Claritromicina (500mg VO 12/12h por 5-7 dias).

62
Q

Que medicações usamos em caso de alergias a betalactâmicos/macrolídeos?

A
  • Moxifloxacino 400mg VO de 24/24h por 5-7 dias
  • Levofloxacino 500-750 VO de 24/24h por 5-7 dias