Infectologia Flashcards

1
Q

Quais as formas de contágio de HIV?

A

Transmissão ocorre por via sexual (esperma e secreção vaginal), sangue (congênita e parenteral) e pelo leite materno.

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2
Q

Quais os principais sintomas agudos de HIV?

A

Febre alta, adinamia, adenopatia, fotofobia, fadiga, perda ponderal, náuseas e vômitos, astenia, odinofagia, mialgia, artralgia, exantema maculopapular eritematoso, ulcerações mucocutâneas (orais, esofágicas e genitais), hepatoesplenomegalia, hiporexia, diarreia e cefaleia.

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3
Q

Quais os testes sorológicos do HIV?

A
  • Etapa 1: O teste ELISA baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas – IgG e IgM;
  • Etapa 2: teste Western blot (WB) que detecta anticorpos IgG e IgM para confirmação diagnóstica após Elisa positivo;
  • Pesquisa RNA viral: primeiro marcador a ser detectável em amostras de sangue (aproximadamente 10 dias após a infecção), por testes moleculares. Feito após ELISA negativo ou indeterminado.
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4
Q

Quais os testes do HIV na atenção primária?

A
  • Preferencialmente, por meio do teste rápido, por punção de sangue capilar de região digital;
  • Se o teste for positivo, deve-se realizar uma nova amostra imediatamente.. Com os dois testes positivos, considera-se amostra reagente para HIV;
  • Se resultado Negativo ou Indeterminado após primeiro teste positivo: necessidade de testes laboratoriais adicionais (ELISA, Western Blot, ou testes moleculares) para confirmar o diagnóstico.
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5
Q

Quais os exames de rotina para o paciente com HIV?

A
  • Contagem de linfócitos T CD4+ (semestral);
  • Carga viral (semestral);
  • Hemograma (semestral/anual);
  • Creatinina e ureia (anual);
  • Enzimas hepáticas e bilirrubinas (3-12 meses);
  • Perfil lipídico (anual);
  • Glicose (anual);
  • Beta-HCG se mulher em idade fértil;
  • Radiografia de tórax;
  • PPD – prova tuberculínica (anual);
  • Sorologias: HIV, hepatites virais, EBV, toxoplasmose, rubéola, CMV, toxoplasmose (todos anual) e VDRL (semestral).
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6
Q

Quais os cuidados com o paciente HIV positivo na atenção primária?

A
  • Acolher o paciente com HIV e coordenar seu cuidado;
  • Notificação compulsória (semanal);
  • Frequência de consultas deve ser quinzenal ou mensal, para apoio e esclarecimento de dúvidas;
  • Após o início do tratamento, recomenda-se retorno em 7 dias para avaliar a presença de efeitos colaterais;
  • Pacientes com boa adesão ao tratamento, com carga viral indetectável e com CD4 > 350 células/mm³ em duas aferições consecutivas podem realizar consultas médicas 2x/ano;
  • Lembrar que indivíduos com LT-CD4+ não devem ser vacinados com vacinas de agentes vivos atenuados.
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7
Q

Qual o tratamento para a população que vive com HIV (geral)?

A

Tenofovir (300mg 1x/dia) + Lamivudina (300mg 1x/dia) + Dolutegravir (50mg 1x/dia)

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8
Q

Qual o tratamento para a população que vive com HIV (geral) e descobre DDX de tuberculose?

A

Começa tratar HIV depois de 2 semanas, trata tuberculose primeiro.
Tenofovir (300mg 1x/dia) + Lamivudina (300mg 1x/dia) + Dolutegravir (50mg 2x/dia) OU Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz (600mg 1x/dia) se contraindicação ao DTG.

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9
Q

Qual a profilaxia pós-exposição do HIV?

A

Tempo para fazer: até 72 horas (ideal até 2 horas) - material infectante: sangue, fluido genital, líquido (serosa, liquor). Acidentes de risco: percutâneo, mucosos, em pele não íntegra, mordedura com sangue
* Exposto (negativo) ou fonte (positiva ou desconhecida): profilaxia por 28 dias – 3TC + TDF + DTG;
* Testagem 30-90 dias após

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10
Q

Qual a profilaxia pré-exposição do HIV?

A
  • Relação anal ou vaginal, sem preservativos, nos últimos 6 meses, episódios recorrentes de IST, uso repetitivo de profilaxia pós-exposição;
    TDF + Entricitabina (FTC) (1cp/dia enquanto tiver provável exposição).
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11
Q

Qual o tempo de incubação da Dengue?

A

3 a 15 dias

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12
Q

Quais as características do grupo A da Dengue?

A

Dengue sem sinais de alarme, sem condição especial, sem risco social e sem comorbidades, sem manifestações hemorrágicas.

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13
Q

Quais as características do grupo B da Dengue?

A

Dengue sem sinais de alarme, prova do laço positiva/sangramento espontâneo, com condição especial, ou com risco social e com comorbidades.

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14
Q

Quais as características do grupo C da Dengue?

A

Dengue com sinais de alarme presentes e sinais de gravidade ausentes.

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15
Q

Quais as características do grupo D da Dengue?

A

Dengue com sinais de alarme e sinais de choque, desconforto respiratório, com manifestações hemorrágicas graves

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16
Q

Quais os sinais de suspeição da Dengue?

A

Febre + ≥ 2 entre:
* Febre - até 7 dias, melhora entre o 3o e 4o;
* Mialgia intensa;
* Dor retro-orbital;
* Artralgia;
* Exantema (2o ao 4o dia);
* Petéquias (com prova do laço);
* Vômitos;
* Leucopenia (com linfocitose).

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17
Q

Quais os sinais de alarme da Dengue?

A
  • Aumento do hematócrito;
  • Lipotímia (hipotensão postural);
  • Ascite, derrame pleural e pericárdico;
  • Dor abdominal contínua ou à palpação;
  • Vômitos persistentes;
  • Hepatomegalia > 2cm do rebordo costal;
  • Letargia (irritabilidade);
  • Plaquetopenia – sangramento de mucosas.
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18
Q

Quais os sintomas de dengue grave?

A
  • Extravasamento plasmático grave: levando a choque hipovolêmico (principal causa de morte) | Diminuição da PA ou pressão convergente (diferença entre PAS e PAD < 20) | Pulsos finos e rápidos | Tempo de enchimento capilar > 2 segundos, extremidades finas;
  • Disfunção orgânica grave: encefalite, miocardite, hepatite
  • Sangramento grave: hemorragia digestiva ou no SNC.
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19
Q

Quais os testes de diagnóstico de dengue?

A
  • Antígeno NS1: melhor até 3o dia de sintomas;
  • Sorologia: ELISA IgM - após soroconversão (6o dia de sintomas).
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20
Q

Quais as características da prova do laço no diagnóstico da Dengue?

A
  • Média da PA (PAS + PAD / 2) com manguito insuflado por 5 minutos;
  • Desenhar no antebraço um quadradinho de 2,5 cm de lado no local que tiver maior quantidade de petéquias;
  • POSITIVA: ≥ 20 em adultos.
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21
Q

Quais os exames complementares que devem ser solicitados no diagnóstico da Dengue?

A
  • Obrigatórios: hemograma completo, dosagem de albumina sérica e transaminases;
  • Recomendados: Raio-X de tórax e USG de abdome;
  • Outros exames conforme necessidade: glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, Tpa e ecocardiograma.
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22
Q

Qual o manejo inicial na atenção primária da suspeita de dengue?

A
  • Suspeita de dengue – notificar todos os casos;
  • Avaliar presença de sinais de alarme e gravidade;
  • Se não tem sinais de gravidade: pesquisar sangramento espontâneo de pele ou induzido – A = não tem, B = tem – manejar de acordo;
  • Se tem sinal de alarme = C, gravidade = D e manejar de acordo com grupos.
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23
Q

Quais as medicações sintomáticas que devem ser prescritas?

A
  • Dipirona 500mg de 6/6h por 5 dias;
  • Paracetamol 500mg de 6/6h por 5 dias;
  • Metoclopramida 10mg 8/8h se náusea;
  • Hidratação: 60 mL/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e 2/3 com líquidos caseiros (água, suco, soro caseiro, chá e outros). Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após o desaparecimento da febre;
  • NÃO PRESCREVER AINEs ou AAS (risco de síndrome de Reye).
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24
Q

Quais as orientações específicas para o grupo A da Dengue?

A
  • Orientar retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre (início de fase crítica) ou no 5º dia caso esta não cesse;
  • Orientar retorno antecipado em caso de sinais de alarme, com instruções escritas para casa.
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25
Q

Quais as orientações específicas para o grupo B da Dengue?

A
  • Acompanhamento em leito de observação clínica;
  • Estes devem ser submetidos à reavaliação clínica e laboratorial diária até 48 horas do desaparecimento da febre;
  • Orientar retorno antecipado em caso de sinais de alarme;
  • Solicitar exames complementares. HT normal: tratamento ambulatorial | HT alterado: conduzir como grupo C.
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26
Q

Quais as orientações específicas para o grupo C e D da Dengue?

A
  • Encaminhar para tratamento hospitalar. Acompanhamento em leito de internação por no mínimo 48h.
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27
Q

Quais as principais queixas do paciente com clamídia?

A

Principais queixas são corrimento vaginal, sangramento intermenstrual ou pós-coito, dispareunia, disúria, polaciúria e dor pélvica crônica.

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28
Q

Quais exames posso solicitar para diagnóstico de clamídia (maioria indisponível no SUS)?

A
  • PCR com detecção de DNA de Clamídia;
  • Bacterioscopia de secreção endocervical: swab endocervical disposto em esfregaço corado para diagnóstico de gonorreia (principal diferencial);
  • USG transvaginal.
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29
Q

Qual o tratamento para clamídia?

A
  • Primeira linha: Doxiciclina, 100 mg, VO, 2x/dia, por 7 dias;
  • Alternativa: Azitromicina, 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única.
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30
Q

Quais os sintomas de infecção por gonorreia?

A

Geralmente (70%), é assintomática. Quando são observados sintomas, eles se manifestam em dez dias após a exposição e incluem prurido vaginal e/ou descarga mucopurulenta. Algumas mulheres podem relatar dismenorreia.

31
Q

Quais os métodos diagnósticos para gonorreia?

A
  • Homem: bacterioscopia de secreção e cultura do gonococo em meio seletivo;
  • Mulher: bacterioscopia de secreção endocervical - swab endocervical disposto em esfregaço corado.
32
Q

Qual o tratamento da gonorreia?

A
  • Primeira linha: Ceftriaxona 500mg IM dose única + Doxiciclina, 100 mg, VO, 2x/dia, por 7 dias;
  • Segunda linha: Ceftriaxona 500mg IM dose única + Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única.
33
Q

Qual o agente etiológico da Sífilis?

A

Treponema pallidum, que pode ser adquirida (na maioria das vezes por contato sexual) ou congênita (transmissão da mãe para o filho).

34
Q

Quais os tipos de Sífilis?

A
  • Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): ≤ 1 ano de evolução;
  • Sífilis tardia (latente tardia e terciária): > 1 ano de evolução.
35
Q

Quais as características da Sífilis primária?

A
  • Pápula indolor surge no sítio de inoculação (geralmente, genitália) após 3 semanas, evoluindo com ulceração e formação do cancro - “cancro duro” sem exsudato.
36
Q

Quais as características da Sífilis Secundária?

A
  • Em torno de 6 semanas a 6 meses após a cicatrização do cancro e é marcada pela disseminação sistêmica;
  • Sintomas inespecíficos podem surgir como adinamia, cefaleia, anorexia, náuseas, dores ósseas e fadiga;
  • Rash;
  • Lesões cutâneo-mucosas;
  • Linfadenomegalias cervical, axilar, inguinal e femoral.
37
Q

Que exames laboratoriais devemos pedir para o paciente com sífilis?

A
  • Hemograma completo;
  • Função renal;
  • Eletrólitos;
  • Hepatograma;
  • Coagulograma;
  • PCR e VHS.
38
Q

Qual o passo a passo de investigação da sífilis?

A
  • Testes Rápidos (TR) para Sífilis: Resultado Positivo Indica a necessidade de testes confirmatórios;
  • Teste Rápido de Confirmação: realiza-se um segundo teste rápido de marca diferente | Resultado Positivo: Confirmação de sífilis. Resultado Negativo ou Indeterminado: Necessidade de testes laboratoriais adicionais.
39
Q

Quais os testes adicionais de investigação da Sífilis?

A
  • VDRL: Teste não treponêmico para quantificação de anticorpos e acompanhamento;
  • FTA-ABS: Teste treponêmico confirmatório. Confirma infecção por Treponema pallidum, mesmo após tratamento, pois permanece positivo para toda a vida.
40
Q

Qual o tratamento para Sífilis primária, secundária ou latente recente?

A

Penicilina benzatina 2,4 milhões de UI, IM, dose única, dividida em 2 injeções, 1 em cada glúteo.

41
Q

Qual o tratamento para * Sífilis latente tardia (≥ 1 ano ou duração ignorada) e sífilis terciária?

A

Penicilina benzatina 2,4 milhões de UI, IM, dividida em 2 injeções, 1 em cada glúteo, 1x/semana, por 3 semanas consecutivas.

42
Q

Como fazer o acompanhamento para Sífilis?

A
  • Realizar o VDRL a cada 60 dias (as gestantes, mensalmente). Se houver reatividade em titulações decrescentes, o exame deve ser feito de 6 em 6 meses;
  • O aumento do título do VDRL duas diluições acima da última sorologia, justifica a realização de novo tratamento;
  • Indica sucesso de tratamento a diminuição de 2 diluições em 3 meses e de 3 diluições em 6 meses.
43
Q

Quais os sintomas da primeira infecção por herpes genital?

A
  • Sintomas prodrômicos sistêmicos (cefaleia, mal-estar e febre) e locais (parestesia, prurido, ardência) podem preceder o surgimento das lesões;
  • Lesões eritematopapulosas de 2-4 mm de diâmetro, com rápida evolução para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital.
44
Q

Quais os sintomas da recidiva da infecção por herpes genital?

A
  • Quadro clínico é menos intenso e pode haver sintomas prodrômicos, como prurido leve ou sensação de “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital;
  • Lesões eritematopapulosas de 2-4 mm de diâmetro, com rápida evolução para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização igual a lesão inicial.
45
Q

Como é feito o diagnóstico da herpes genital?

A
  • O diagnóstico presuntivo é feito com base nos aspectos clinicoepidemiológicos (disponibilidade de testes diagnósticos varia muito por região);
  • Cultura viral tecidual: identificados por exame microscópico direto do líquido vesiculoso;
  • Sorologia positiva para HSV 1 ou 2;
  • PCR HSV 1 ou 2.
46
Q

Como tratar os casos de primeiro episódio de Herpes Genital?

A
  • Aciclovir: 400 mg VO de 8/8 horas, por 7-10 dias;
  • Aciclovir: 200 mg VO de 4/4 horas, por 7-10 dias.
47
Q

Como tratar os casos de recidiva de Herpes Genital?

A
  • Aciclovir: 400 mg VO de 8/8 horas, por 5 dias;
  • Aciclovir: 800 mg VO de 12/12 horas, por 5 dias
48
Q

Qual o agente etiológico da mononucleose?

A

Vírus Epstein-Barr Transmissão: contato íntimo oral com saliva infectada (doença do beijo - 15-24 anos)

49
Q

Quais as características clínicas da mononucleose?

A
  • Faringite exsudativa (membrana, petéquias, podendo obstruir via aérea);
  • Febre (< 2 semanas);
  • Linfadenopatia generalizada (epitroclear - submandibular, cervical, occipital);
  • Esplenomegalia: correlacionado com a ruptura esplênica;
  • Sinal de Hoagland: edema palpebral;
  • Fotofobia;
  • Exantema após uso de amoxicilina em pessoas não alérgicas.
50
Q

Como é feito o diagnóstico de mononucleose? (lembrar que na maioria das UBS não tem, é clinico)

A
  • Suspeita-se de mononucleose infecciosa quando um adolescente ou adulto jovem (principalmente de 15-24 anos) se queixa de dor de garganta, febre e mal-estar e também apresenta linfadenopatia, faringite e esplenomegalia (3 a 4 vezes o tamanho normal);
  • Pedir TGO e TGP;
  • Teste de: anticorpos heteróclitos (reagem com antígenos de outras espécies): > 4 anos de idade;
  • Sorologia específica para EBV: IgM e IgG.
51
Q

Qual o tratamento da mononucleose?

A
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h;
  • Prednisona 20 mg VO 1x/dia, por 5 dias.
52
Q

Quais os principais sintomas de sinusite de forma geral?

A
  • Obstrução/congestão nasal ou rinorreia purulenta anterior/posterior;
  • Dor/pressão facial – facialgia;
  • Perda ou redução do olfato.
53
Q

Quais são os sintomas sugestivos de sinusite bacteriana?

A
  • Sugerem quadro bacteriano aqueles casos com duração superior a 10 dias ou com piora dos sintomas a partir do quinto dia;
  • São necessários pelo menos três dos seguintes: muco com coloração alterada, dor local intensa (geralmente unilateral), febre > 38°C, proteína C reativa/VHS elevados e dupla piora de sintomas;
  • Obstrução nasal;
  • Rinorreia purulenta anterior e/ou posterior;
  • Hiposmia/anosmia;
  • Cacosmia;
  • Febre;
  • Cefaleia e/ou algia facial;
  • Tosse seca noturna;
  • Halitose;
  • Irritação faríngea;
  • Astenia.
54
Q

Como fazer o diagnóstico de sinusite? Dica: exame físico

A
  • A palpação do seio acometido pode revelar dor que piora à inclinação da cabeça para a frente,;
  • Durante a rinoscopia anterior, notam-se hiperemia e edema na mucosa nasal e rinorreia purulenta em fossa nasal;
  • Na oroscopia, geralmente há gotejamento posterior de secreção purulenta com hiperemia da faringe.
55
Q

Qual o tratamento geral da sinusite aguda?

A
  • Não iniciar antibioticoterapia nos casos iniciais pouco sintomáticos, pois a maior parte é viral e autolimitada;
  • Lavagem nasal com salina isotônica (soro fisiológico), 2-4x/dia;
  • Os anti-histamí­nicos não devem ser utilizados de rotina, pois causam espessamento das secreções (menor clearance mucociliar);
  • Os corticoides tópicos e sistêmicos apresentam grau de recomendação A, devendo ser utilizados.
56
Q

Qual o tratamento antibiótico para sinusite bacteriana no adulto?

A
  • Amoxilina + Clavulanato 500/125mg VO 8/8h 10 dias;
  • Amoxilina 500mg VO de 8/8h por 7 dias.
57
Q

Quais os corticoides que podem ser utilizados no tratamento de sinusite?

A
  • Budesonida spray nasal (32, 64, 50 ou 100 microgramas/jato) 1-2 jatos em cada narina de 12/12 horas, por 10 dias;
  • Prednisolona 20 ou 40 mg VO de 24/24 horas, pela manhã, por 5 dias.
58
Q

Quais os sintomáticos que podem ser utilizados na sinusite?

A
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h
59
Q

Quais os sintomas de otite média aguda?

A
  • A maioria dos sinais e sintomas é inespecífica, como febre, irritabilidade, cefaleia, anorexia, vômitos e diarreia;
  • Otalgia: é o sintoma mais comum;
  • Otorreia: Pode ocorrer na OMA supurada.
60
Q

Quais as características da otoscopia na otite média aguda?

A

Opaca, abaulada, hiperemiada, com aumento da vascularização, ocorrendo diminuição da mobilidade ao realizar a otoscopia. O abaulamento é o sinal mais importante. Pode haver otorreia.

61
Q

Qual o tratamento geral da otite média aguda?

A
  • Amoxicilina (500mg 1cp VO 8/8h por 7 dias);
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h.
62
Q

Qual o tratamento de OMA para pacientes com fatores de risco para infecção por bactérias produtoras de betalactamase ou ausência de melhora após 48-72h com tratamento?

A
  • Amoxilina ± Clavulanato (500 + 125mg 8/8h por 7 dias).
63
Q

Quais as principais etiologias da nasofaringite aguda (resfriado comum)?

A

Rinovírus, os coronavírus e a influenza. Entre os menos prevalentes estão o vírus sincicial respiratório (VSR), a parainfluenza, o adenovírus, os enterovírus e o metapneumovírus

64
Q

Quais os sintomas do resfriado comum?

A
  • Febre rara em adultos, pode ocorrer em crianças;
  • Obstrução nasal, coriza (rinorreia clara), espirros;
  • Dor de garganta (garganta arranhada), tosse estimulada pelo gotejamento pós-nasal ou limpeza da garganta;
  • Febre baixa ou sensação de febre
  • Mal-estar;
  • Não é comum haver sintomas gastrintestinais, como, náuseas, vômito, diarreia ou perda de apetite.
65
Q

Qual o tratamento para o resfriado comum? Dica: várias opções, não precisa dar todas

A
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h;
  • Ibuprofeno 600mg VO 8/8h;
  • Anti-histamínico: Loratadina 10mg/dia VO (obstrução nasal e rinorreia);
  • Composto: Allegra D (Cloridrato de Fexofenadina + Cloridrato de Pseudoefedrina - 60 mg + 120 mg);
  • Prednisona 20 mg VO 1x/dia, por 1-3 dias.
66
Q

Qual o quadro clínico da síndrome gripal por influenza?

A
  • Febre ≥ 37,8°C de início súbito que dura em torno de 3 dias;
  • Dor de garganta, tosse seca;
  • Mialgia;
  • Cefaleia;
  • Dor articular;
  • Sintomas podem estar acompanhados de hiperemia conjuntival e gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarreia e inapetência).
67
Q

Qual o tratamento de influenza?

A
  • Ibuprofeno 600mg VO 8/8h;
  • Lavagem nasal com salina isotônica (soro fisiológico), 2-4x/dia;
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h;
  • Prednisona 60 mg VO 1x/dia, por 1-3 dias;
  • Metoclopramida 10mg 8/8h se náusea
  • Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (podendo ser por um período de até 7 dias após o início dos sintomas). Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre.
68
Q

Qual a etiologia da leptospirose e como pegar?

A

Infecção pela bactéria Leptospira interrogans (espiroqueta). Contágio via contato prolongado com enchente, esgoto. Não é necessário ter contato com mucosas ou porta de entradas.

69
Q

Quais os sintomas da fase precoce de leptospirose?

A

Geralmente, é autolimitada e dura entre 3 e 7 dias, sem sequelas.
* Febre alta (39-40ºC) com calafrios; mialgias intensas (principalmente em panturrilhas e lombar);
* Vasodilatação cutânea e de mucosas (principalmente conjuntival) com eritemas; sufusão conjuntival (hiperemia e edema da conjuntiva);
* Fotofobia e dor ocular;
* Tosse;
* Pode haver desidratação (por sudorese, vômito, diarreia e taquipneia);
* Hepato e/ou esplenomegalia, linfadenopatia.

70
Q

Quais os sintomas da fase tardia de leptospirose?

A
  • Síndrome de Weil: composta pela tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.
71
Q

Quais os exames diagnósticos da leptospirose?

A
  • Inespecífico: aumento de CPK e plaquetopenia;
  • Específico: microaglutinação (padrão-ouro);
  • PCR: após 7 dias do início dos sintomas.
72
Q

Quais os exames laboratoriais de rotina que devemos pedir para o paciente com leptospirose?

A
  • Hemograma;
  • Ureia e creatinina,
  • Eletrólitos,
  • Gasometria arterial;
  • Função hepática;
  • Enzimas musculares;
  • PCR e VHS;
  • EAS;
  • ECG;
  • Sorologia leptospirose;
  • Radiografia de tórax
73
Q

Qual o tratamento da leptospirose?

A
  • Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas, por 7 dias ou Amoxicilina 500 mg VO de 8/8 horas, por 7 dias;
  • Dipirona 500mg-1g 6/6h;
  • Paracetamol 500mg 6/6h;
  • Metoclopramida 10mg 8/8h se náusea;
  • Reposição volêmica – Sais de Reidratação Oral.