Pediatria - Infecções Respiratórias Flashcards
Resfriado comum
Principal agente etiológico viral ?
Rinovírus.
Resfriado Comum
- Qual região é acometida?
- Quadro Clínico(5+2)?
- Duração média do quadro viral?
- Rinofaringe
- Inicia com sensação de “garganta arranhando”(duração de 3 dias em média), evoluindo com espirros, rinorréia/coriza e obstrução nasal( os dois em destaque sempre presentes). A Tosse é aparente em 30% dos casos. Quando causada por outros virus como o Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus ou até mesmo o Vírus Influenza o quadro pode cursar com sintomas gerais, como febre e mialgia.
- O quadro dura, em média 7 dias
Coriza/Rinorréia: Tem início transparente/hialina, com o tempo ela vai adquirindo uma coloração amarelo/esverdeada devido á resquícios celulares de leucócitos na região. Não necessariamente uma secreção com cor significa infecção bacteriana.
Resfriado Comum
Tratamento
Sintomático.
Antitérmicos: Em dose baixa. Caso febre ou dor.
1. Dipirona(500mg/ml) 1 gota/2kg/dose 6/6 horas;
2. Paracetamol(200mg/ml) 1 gota/kg/dose 6/6 horas;
3. Ibuprofeno(50mg/ml) 2 gotas/kg/dose 8/8 horas;
Lavagem Nasal com Soro Fisiológico.
1 Colher de mel antes de dormir ajuda.
Otite Média Aguda e Sinusite Bacteriana
Principais etiologias bacterianas(3)?
- Streptococcus Pneumoniae;
- Haemophilus Influenzae não tipável;
- Moraxella Catarrhalis;
Otite Média Aguda(Principal complicação do resfriado comum)
- Quadro Clínico(6+1)
- Sinais(5)
- Diagnóstico
- Otalgia(principal), febre, astenia(fraqueza corporal), inapetência, hipoacusia flutuante e em 1/3 dos casos, Otorréia(torna evidente o diagnóstico e pode trazer consigo resolução da otalgia) . A suspeita diagnóstica é reforçada quando na história da doença o paciente revela ter tido um episódio prévio de Resfriado comum.
- Os principais sinais são provenientes de uma Otoscopia, sendo estes: Membrana timpânica opaca, convexa, abaulada(dado mais específico) e imóvel, com um canal auditivo médio inflamado revelando hiperemia difusa.
- Otorréia não provocada por Otite Externa ou Sinais de Efusão na orelha média + sinais de inflamação. O abaulamento da orelha média é o sinal mais específico para OMA.
Quando menores de 2 anos, a otalgia não é descrita e portanto, é subentendida com sinais da criança como, levar a mão aos ouvidos, irritabilidade, choro intenso e dificuldade para dormir. Crianças menores costumam apresentar sintomas gastrointestinais inespecíficos como anorexia, vômitos e nausea.
Otite Média Aguda(Principal complicação do resfriado comum)
- Tratamento(3)
- Quando devo usar antibióticoterapia(7)?
- Qual é a antibioticoterapia indicada(3)?
Posologias atb: mg/kg/dia X horas/X horas durante X dias
- Sintomático. Em caso de dor ou febre:
+ Dipirona(500mg/ml) 1 gota/2kg/dose 6/6 horas;
+ Paracetamol(200mg/ml) 1 gota/kg/dose 6/6 horas;
+ Ibuprofeno(50mg/ml) 2 gotas/kg/dose 8/8 horas; - A antibióticoterapia é opcional. Há casos onde ela se torna obrigatória, sendo considerados os seguintes:
+ Menores de 6 meses
+ Presença de Otorréia
+ Presença de Sinais de Gravidade
+ OMA bilateral em <2 anos
+ Malformações Cranianas
+ Síndrome de Down
+ Imunodeficiências - Antibioticoterapia:
+ 1ª escolha é a Amoxicilina 90mg/kg/dia durante 5 a 10 dias;
+ Em caso de falha terapêutica(retorno em 48-72 horas e sintomas persistem ou pioraram), uso de Amoxicilina nos ultimos 30 dias ou Otite + Conjuntivite(Haemophilus Influenzae) está indicado o uso de Amoxicilina 50mg/kg/dia + Clavulanato 12/12 horas durante 10 dias ou Ceftriaxona 50mg IM ou EV 1x ao dia durante 3 dias.
Sinais de Gravidade: Aparência tóxica, Otalgia >48h, Febre >39ºC nas últimas 48 horas e acompanhamento duvidoso.
Sinusite
Em que idades ocorrem a pneumatização dos seios Etmoidais, Maxilares, Esfenoidais e Frontais respectivamente?
- Etmoidais: ao nascimento já;
- Maxilares: 4 anos;
- Esfenoidais: 5 anos;
- Frontais: 7 a 8 anos.
Sinusite
- Quadro Clínico(6+2)
- Principais indicadores de etiologia bacteriana?
- Tratamento(atb + 2)
O atb leva em consideração mg/kg/dia e duração do tratamento
- Secreção Nasal, gotejamento pós nasal, hiposmia/anosmia, pressão ou dor facial, febre e cansaço. Na criança pequena o quadro não costuma cursar com alguns sintomas devido ao não desenvolvimento por completo dos seios paranasais, por conta disso os sintomas mais prevalentes são a febre e a tosse persistentes;
- Sintomas persistentes(>10dias), piora da evolução dos sintomas, quadros graves(Febre alta ≥ 39°C ou coriza purulenta por ≥ 3 dias consecutivos);
- Em casos de etiologia bacteriana está indicada Antibióticoterapia com Amoxicilina 90mg/kg/dia 10 dias. Como medidas sintomáticas pode-se recomendar corticóide nasal e lavagem nasal com soro fisiológico.
Faringoamigdalite Aguda Viral x Bacteriana
- Quadro Clínico Viral(6) x Bacteriana(5)
- Quadro clínico indicativo de Faringite Estreptocóccica(3)
- Faixa Etária de apresentação da Faringite Estreptocóccica.
Viral:
1. Odinofagia
2. Disfagia
3. Tosse
4. Febre baixa
5. Coriza hialina
6. Espirros
Bacteriana:
1. Dor Faríngea de início súbito
2. Odinofagia
3. Amígdala com exsudato
4. Febre
5. Queda do estado geral
Faringite Estreptocóccica:
1. Queixas inespecíficas(cefaléia, dor abdominal por exemplo);
2. Linfadenopatia Cervical e Submandibular;
3. Hiperemia das amígdalas acompanhada ou não de exsudato, associado á petéquias em palato.
A Faringite Estreptocóccica costuma surgir entre 5 e 15 anos.
Faringite Estreptocóccica
- Diagnóstico
- Tratamento, tempo ideal de início
- O que o tratamento previne?
- Diagnóstico: O diagnóstico é clínico. Por via das duvidas, afim de detectar o S. Pyogenes estão indicados o Teste Rápido(ELISA) e a cultura.
- O tratamento é baseado no uso de Penicilina V Oral por 10 dias. Deve ser usado dentro de 9 dias desde o inicio dos sintomas.
- O tratamento previne complicações Supurativas(Complicações durante curso da doença). Não previne Complicações Não Supurativas( Febre Reumática, Glomerulonefrite pós-estreptocóccica, problemas cardíacos).
Faringite Bacteriana
- Complicações(2), sintomas e tratamento das complicações
- Abscesso Retrofaríngeo: Febre alta, irritabilidade, disfagia alta e rigidez cervical. Tratamento é Internação + Atb. Em caso de não resolução do quadro está indicada a drenagem do abscesso.
- Abscesso Periamigdaliano: Muita dor de garganta, disfagia, Trismo(Dificuldade de abertura da boca por conta de inflamação no músculo pterigóideo) e desvio de úvula. Tratamento é internação + Atb + Drenagem do abscesso
Epiglotite
- Principal Etiologia
- Quadro Clínico(7)
- Tratamento
- Haemophilus Influenzae do tipo B
- Um quadro de início agudo e evolução rápida, cursa com Febre Alta, Toxemia, Odinofagia, Disfagia, Sialorréia(saliva excessiva), e dificuldade respiratória. Na tentativa de retornar a ter uma respiração efetiva a criança pode adotar uma posição característica denominada Posição do tripé(coluna inclinada para frente + hiperextensão do pescoço).
- Estabelecer via aérea pérvia e antibioticoterapia parenteral com ceftriaxona(7 a 10 dias)
Laringite/Laringotraqueíte Viral(Crupe Viral)
- Etiologia Principal
- Faixa Clínica mais comumente atingida
- Causada principalmente pelo Vírus Parainfluenza 1,2 e 3;
- 3 meses a 5 anos;
3.
Laringite/Laringotraqueíte Viral(Crupe Viral)
- Apresentação Clínica(3);
- Sinais;
- Diagnóstico, exame e possível achado;
- Tratamento
- Possível Complicação e seu tratamento
- O Vírus Parainfluenza atinge a mucosa nasal e inicia o quadro com sintomas de um resfriado comum. Em seguida, ele “desce” em direção a Laringe e desencadeia sintomas como Tosse(ladrante/metálica/de cachorro), rouquidão(devido ao acometimento das cordas vocais);
- Estridor inspiratório no exame físico;
- O Diagnóstico da Laringite é Clínico. Uma radiografia de pescoço pode evidenciar o Sinal da Torre, fortalecendo o diagnóstico;
- O tratamento irá depender do grau de acometimento da doença. Pacientes que apresentam Estridor em repouso são considerados Graves e o tratamento para estes é a nebulização com adrenalina e corticoide (Dexametasona VO ou IM) e ficam em observação. Aqueles que não são considerados graves recebem Dexametasona VO ou IM de forma isolada.
- Traqueíte Bacteriana(Crupe Membranoso), cujo o tratamento é a antibioticoterapia e o uso de adrenalina é ineficaz.
Pneumonia Comunitária
- Apresentação Clínica(6+2 incomuns);
- Sinais Evidenciados no Exame Físico e sinais de alarme(4+2);
- Diagnóstico, exame de imagem e possível achado;
- Além do Exame de imagem, que outros exames eu posso pedir no paciente que será internado(3) ?
No quadro clínico: 2 sintomas são os principais.
No Exame físico: Quero que site dados numéricos com a idade
1. O quadro tem início com sintomas de resfriado comum, principalmente febre de inicio agudo e *tosse*(juntos á taquipneia, representam o quadro clássico de pneumonia). Sintomas incomuns podem estar presentes, sendo estes inapetência e agitação. (A OMS valoriza a presença de tosse e taquipneia). Conforme a doença evolui, o acometimento pulmonar se torna evidente.
2. Aumento do frêmito toracovocal, maciçez á percussão, broncofonia e *Taquipnéia*(Principal dado). Sinais de alarme são batimento de asa nasal e tiragem subcostal:
- <2 meses: FR ≥ 60 IRPM
- 2 a 11 meses: FR ≥ 50 IRPM
- 1 a 4 anos: FR ≥ 40 IRPM
3. O Diagnóstico é Clínico, o Raio X só se torna necessário no paciente que será internado. Com a realização do RX, a presença de consolidação com aerobroncogramas é um sinal que fortalece a hipótese diagnóstica.
4. Hemograma(apontará leucocitose), PCT/PCR(útil para acompanhar evolução do quadro), hemocultura.
## Footnote
Sintomas Resfriado comum: "garganta arranhando", rinorréia/coriza, obstrução nasal, tosse(30%), por vezes febre e astenia/mialgia