Pediatria Flashcards

1
Q

Menina, 2a, chega ao PS com história de rinorreia e tosse rouca há um dia, com piora progressiva. Apresenta-se consciente, taquidispneica, com retração de fúrcula, estridor inspiratório e SatO2: 89% em A.A. À ausculta pulmonar, MV presente com roncos de transmissão. Qual é a conduta IMEDIATA?

A

Nebulização com solução de epinefrina.

O quadro é típico de obstrução inflamatória infraglotica (crupe), e a conduta depende da gravidade. No caso descrito, a adrenalina seria necessária para reduzir o edema de laringe inicialmente, mas posteriormente seria realizada a manutenção com corticoides.

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2
Q

Menino, 1a, apresenta-se com tosse há 5d, de início seca e a seguir produtiva, associada à dispneia progressiva e surgimento de sibilância. Apresenta coriza hialina e febre baixa. Ao exame físico: EGreg; desnutrição leve; hidratado; afebril; corado; com cianose de extremidades; FR = 80 irpm; uso de musculatura acessória importante, e, na ausculta pulmonar, presença difusa de sibilos e estertores subcrepitantes. Diante desse caso, qual é o diagnóstico PROVÁVEL?

A

Bronquiolite Viral aguda.

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3
Q

Qual é a história clinica típica de um paciente com bronquiolite?

A

A história típica é a de um lactente que apresenta um quadro semelhante ao de um simples resfriado comum, mas evolui com taquipneia e sibilância. Eventualmente, a radiografia de tórax poderá ser realizada, mas vai demonstrar tão somente sinais de hiperinsuflação.

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4
Q

Quando um paciente com bronquiolite deve ser internado?

A

A internação está indicada quando há sinais de gravidade (idade inferior a 4 a 6 semanas; não aceitação da ingesta, desidratação; letargia; história de apneia; taquipneia moderada a grave), comorbidades ou necessidade de oxigenoterapia (SatO2<91%).

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5
Q

Qual é o tratamento da bronquiolite?

A

Suporte: hidratação, controle da temperatura e oxigenioterapia se SatO2 menor que 91%.

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6
Q

Em lactentes, qual é a definição de pneumonia muito grave? Qual é o melhor esquema ATB?

A

Os critérios que definem PNEUMONIA MUITO GRAVE são cianose central, dificuldade respiratória grave, incapacidade de beber, alteração do estado de consciência, hipoxemia e comprometimento importante do estado geral. Nas pneumonias muito graves, além da internação, deve-se associar ceftriaxona e oxacilina.

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7
Q

Em lactentes, qual é a definição de pneumonia grave? Qual é o melhor esquema ATB?

A

Os critérios que definem PNEUMONIA GRAVE são a tiragem subcostal, uso de batimento de asas de nariz, e a presença de derrame pleural. Nas pneumonias graves, a conduta é internação e início de penicilina cristalina.

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8
Q

A suplementação com zinco em crianças com diarreia aguda reduz mortalidade e internações. V ou F?

A

V.
O zinco reduz a mortalidade em 46% e as internações em 23%. A OMS recomenda para os menores e maiores de seis meses, durante 10 a 14 dias.

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9
Q

Quando indicar drenagem torácica em pacientes pediátricos com derrame pleural parapneumônico?
OBS: toracocentese é sempre indicada, o que indica a drenagem são alterações no estudo do liquido.

A

As diretrizes para tratamento de pneumonia na infância indicam a drenagem na presença das seguintes alterações: presença de pus, pH < 7,2, glicose < 40 mg/dl ou a identificação de bactérias no líquido pleural.
OBS: toracocentese é sempre indicada, o que indica a drenagem são alterações no estudo do liquido.

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10
Q

Menina, 11a, apresenta, há cerca de quatro dias, quadro de febre alta, descarga nasal purulenta e tosse persistente. Evoluiu com cefaleia frontal, edema palpebral e hiperemia em olho esquerdo. DIAGNOSTICO?

A

Celulite orbitária (complicação grave da sinusite bacteriana aguda).

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11
Q

Menino, 4a, com história de tosse há 4 semanas. A mãe refere que no início apresentou quadro de resfriado com febre baixa por 3d. Não possui antecedentes familiares de asma ou rinite. Ao exame físico: FC=115 bpm; FR=21 irpm; afebri, otoscopia normal, orofaringe normal, rinoscopia com secreção aquosa, ausculta pulmonar com estertores grossos. DIAGNOSTICO?

A

Sinusite bacteriana aguda.

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12
Q

Menino, 1a, é levado ao PS com história de que há 3d tem diarreia semilíquida, com muco e sangue, febre (38,5ºC), vômitos pós-alimentares e redução do volume urinário há 24 horas. Ao exame físico, o paciente encontrava-se irritado, com palidez cutâneo-mucosa (+3/+4), equimose em membros, edema palpebral bilateral (+2/+4) e PA=140 x 100 mmHg. Com base nos dados clínicos, qual é o diagnóstico mais provavel?

A

Síndrome Hemolítico Urêmica secundária a infecção por Shigella ou E.Coli produtora de toxina shiga-like (ECEH).

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13
Q

Menino, 3a, previamente hígido, chega à emergência com história de diarreia e vômitos há 4 dias, redução do volume urinário há 24h. Na avaliação inicial, apresenta-se sem edema, taquipneico com FC=130 bpm; PA=100x60 mmHg; SatO=96%. Exames laboratoriais: Na=130 mEq/L; K=5,0 mEq/L; bicarbonato=13 mEq/L; Ur= 62 mg/dl; Cr= 1,4mg/dl; fração de excreção de Na < 1%. Qual a conduta imediata?

A

Expansão volêmica com soro fisiológico 0,9%.

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14
Q

Lactente, 5m, chega ao hospital com história de 6 episódios de fezes líquidas há 1d, 3 episódios de vômito, febre não medida e irritabilidade. Está em aleitamento artificial. Exame físico: fontanela deprimida, choro sem lágrimas e turgor elástico; perfusão periférica normal. DIAGNOSTICO E CONDUTA?

A

Diarreia aguda com desidratação, terapia de reidratação oral.
Não há sinais que apontem para uma desidratação grave (como letargia, alteração dos pulsos, olhos muito fundos…) e, desse modo, o tratamento é feito com a terapia de reidratação oral.

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15
Q

Criança com faringoamigdalite tratada com penicilina benzatina evoluindo com linfonomegalia difusa + esplenomegalia. DIAGNOSTICO?

A

Mononucleose infecciosa.

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16
Q

Pré-escolar com síndrome da imunodeficiência adquirida e pneumonia lobar à direita, com pequeno derrame pleural. Qual é o agente etiológico mais provável?

A

Streptococcus pneumoniae.
As pneumonias estafilocócicas evoluem com a formação de derrames mais comumente que as pneumonias pneumocócicas. Porém, como essas últimas são mais comuns, este continua sendo o agente mais comumente encontrado mesmo em vigência desse tipo de complicação.

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17
Q

Lactente, 6m, pesando 7 kg, está com diarreia líquida há dois dias, sem muco, pus ou sangue, com vômitos e febre (38°C em média) há um dia. Após avaliação pelo pediatra, é classificado como plano B. Como será feita a hidratação?

A

A criança deverá ser reidratada na unidade de saúde; a solução usada deve ser a solução de reidratação oral; durante a terapia de reidratação oral a alimentação deve ser suspensa, sendo permitido apenas o oferecimento de leite materno.
A OMS recomenda a oferta de 75 ml/kg em um período de 4 horas; o Ministério indica o uso de 50-100 ml/kg em um período de 4 a 6 horas

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18
Q

Menino, 2a, há dois dias apresenta coriza, tosse seca e temperatura axilar de 37,9°C. Tosse torna-se metálica, com choro rouco, estridor inspiratório e dificuldade para respirar. Como deve ser feito o manejo inicial?

A

Nebulização com adrenalina e corticoide sistêmico.

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19
Q

As diarreias com acometimento do intestino delgado

proximal costumam ser quadros que levam à presença de leucócitos nas fezes. V ou F?

A

F.

Leuco nas fezes é positivo nas diarreias de delgado distal.

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20
Q

Como é feito o diagnostico de uma desidratação grave? (deve ser manejada no Plano C)

A

Dois dos seguintes sinais:
1- Letárgica ou inconsciente; 2- Olhos fundos; 3- Não consegue beber ou bebe muito mal; 4- Sinal da prega: a pele volta muito lentamente ao estado anterior (> 2s).

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21
Q

Lactente, 4m, com quadro inicialmente de tosse seca, que após uma semana apresenta características de acessos súbitos de paroxismos, em uma única expiração e seguida por inspiração profunda (em guincho) levando na maioria das vezes a episódios eméticos. Durante os acessos de tosse, podem ser observadas congestão facial e cianose. DIAGNOSTICO?

A

Coqueluche

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22
Q

Qual é a principal causa de disenteria em nosso meio?

A

Shigelose

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23
Q

A presença de sangue nas fezes em um lactente pequeno sempre deve levantar a possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca. V ou F?

A

V

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24
Q

A presença de petéquias no palato é um sinal específico de faringoamigdalite estreptocócica. V ou F?

A

V

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25
Q

Qual o achado na otoscopia de maior valor preditivo positivo para o diagnóstico de OMA em crianças?

A

Abaulamento da membrana timpânica.

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26
Q

Escolar, 6a, apresenta quadro de tosse seca e adinamia há 7d. Teve coriza clara no início do quadro e apresentou alguns episódios de febre baixa no período. O exame físico revela taquidispneia leve, discreta sibilância bilateralmente. RX de tórax mostra infiltrado reticular bilateral. A principal hipótese diagnóstica/ agente etiológico seria:

A

Pneumonia por Mycoplasma pneumoniae.

Fala a favor de mycoplasma: a partir dos cinco anos
as infecções por Mycoplasma tornam-se mais frequentes; evolução arrastada; padrão radiográfico.

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27
Q

Cefaleia e dor facial são manifestações frequentes da sinusite bacteriana aguda em crianças. V ou F?

A

F.

A tosse persistente após resfriado é a manifestação mais comum.

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28
Q

O tratamento inicial da sinusite bacteriana aguda não complicada pode ser feito com amoxicilina. V ou F?

A

V

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29
Q

As radiografias dos seios da face são úteis para confirmar a sinusite bacteriana aguda e devem ser solicitadas para avaliação diagnóstica. V ou F?

A

F.
Os exames radiológicos não estão indicados em menores de 5 anos, pois podem estar alterados até mesmo em crianças saudáveis e não são capazes de realizar diferenciação etiológica.

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30
Q

Quando a pneumonia pode ser tratada ambulatorialmente?

A

Quando não há sinais clínicos de gravidade (cianose central, dificuldade respiratória grave, tiragem subcostal, incapacidade de aceitar líquidos) ou complicações radiológicas (derrame pleural, pneumatoceles ou abscessos).

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31
Q

Faz parte do tratamento da diarreia aguda: orientação quanto a redução no consumo de alimentos com lactose. V ou F?

A

F
A introdução de leite sem lactose é uma medida terapêutica plausível apenas para casos de diarreia persistente (que duram mais que 14 dias), pois a permanência dos sintomas pode ser decorrente de uma intolerância transitória à lactose

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32
Q

Criança, 2a, é levada ao PS apresentando “tosse de cachorro”, rouquidão e estridor inspiratório. Não apresenta febre e o início foi súbito, durante a madrugada, estando com discreta coriza há um dia. Exame físico: EGB, sem cianose ou dificuldade respiratória; oximetria de pulso normal. A prescrição a ser feita neste caso é:

A

Corticoterapia.
uso da nebulização com adrenalina só está indicado nos casos de crupe moderado ou grave. Clinicamente, isso significa estridor em repouso moderado a intenso, possível necessidade de intubação, angústia respiratória e hipóxia.

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33
Q

O que explica a intolerancia a lactose desenvolvido apos quadro de diarreia aguda?

A

Durante um primeiro insulto infeccioso à mucosa intestinal, a borda em escova das microvilosidades intestinais é “perdida”, e com ela, tem-se uma depleção da enzima lactase, presente no topo destas microvilosidades.
Com isso, o paciente pode apresentar uma diarreia persistente por intolerância à lactose (>14d) secundária a uma diarreia aguda viral.

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34
Q

Qual é o melhor tratamento para uma criança com diarreia aguda e desidratação moderada?

A

Sais de reidratação oral em volume de 50 a 100 ml/kg em 4 a 6 horas.

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35
Q

Transmitida por meio de água e alimentos contaminados, apresenta período de incubação variando de horas a 5 dias. A infecção leva a vômitos e diarreia com grande perda de água e eletrólitos, podendo evoluir rapidamente para choque e óbito.
Qual é o agente etiológico mais provável?

A

Vibrio cholerae

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36
Q

Por que não se deve usar ATB ou antispasmódico em diarreia por E. coli entero-hemorrágica (ECEH)?

A

O uso de ATB e/ou antiespasmódicos tem sido associado a aumento do risco de SHU nesses casos.

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37
Q

Lactente, 4m, é levado à consulta com história de diarreia há 2d, média de 5 evac/dia, fezes líquidas, amareladas, sem sangue, associada a vômitos e febre de 38°C. Ao exame físico, sinais de desidratação moderada. O rotavírus seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?

A

V

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38
Q

Menino, 3a, com história de febre e diarreia há 2d, sem sangue ou muco. Apresenta-se com saliva espessa,
olhos fundos, choro com poucas lágrimas e enchimento capilar menor que três segundos. A Shigella seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?

A

F.

A diarreia por shigella é invasiva: muco/sangue nas fezes.

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39
Q

Os vômitos são intensos, incoercíveis e precedem a
diarreia de um a dois dias, podendo manifestar-se isoladamente e com duração prolongada. O rotavírus seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?

A

V

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40
Q

Mãe traz seu filho com uma semana de vida para consulta, em aleitamento materno exclusivo. A queixa é a de que “toda vez que mama, evacua”. Qual é a sua conduta?

A

ORIENTAR A MÃE QUANTO A BENIGNIDADE DO QUADRO. Existem lactentes que evacuam diversas vezes ao dia, após cada uma das mamadas. A causa disso é tão somente um reflexo gastrocólico exacerbado. Havendo bom ganho ponderal e ausência de outras manifestações, não há razão para investigar qualquer possível causa de diarreia crônica e, muito menos, suspender o aleitamento.

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41
Q

Menina, 3a, apresenta histórico de dores abdominais associadas à cólicas e diarreia aquosa há 2 dias. Apresentou convulsão breve generalizada e foi hospitalizada. Após 24h de internação, a diarreia torna-se profusa e com sangue. Qual é agente causador mais provável da gastroenterite da menina?

A

Shigella

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42
Q

Gestante com 35 semanas e 2 dias de gestação evolui
para parto vaginal sem intercorrências. O pré-natal foi
adequado e a sorologia para hepatite B revelava HBsAg positivo. O recém-nascido é PIG, com peso de nascimento de 1.850 g. Qual a conduta a ser adotada para a prevenção da hepatite B neste caso?

A

Vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida
e imunoglobulina específica contra a hepatite B.
Os RN de qualquer peso ou idade gestacional, filhos de mãe HBsAg positivas, devem receber imunoglobulina e vacina.

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43
Q

Atualmente, no calendário do PNI do MS, a rotina para crianças até 15 meses de idade conta com duas vacinas contra a mesma doença: uma produzida com agente etiológico atenuado e outra preparada com agente etiológico inativado. Qual é essa doença?

A

Poliomielite
Em 2016, o calendário da criança passou a recomendar que as três doses do esquema (aos 2, 4 e 6 meses) fossem feitas com a VIP e os reforços (aos 15 meses e 4 anos) com a VOP.

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44
Q

Após o esquema completo de vacinação contra
Bordetella pertussis, que ocorre aos 15 meses, a criança é considerada imunizada e protegida contra a coqueluche, não sendo mais possível desenvolver a doença. V/F?

A

F

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45
Q

Criança, 18m, procedente da zona rural, com o cartão de vacinação registrando apenas a primeira dose da vacina contra hepatite B, dá entrada em ambulatório de puericultura. Segundo as recomendações do PNI, NÃO se recomendará mais para ela a seguinte vacina:

A

Rotavirus
É recomendada em duas doses, aos dois e quatro meses. A primeira dose só pode ser feita até 3 meses e 15 dias; a segunda dose tem idade limite de aplicação de 7 meses e 29 dias. O intervalo entre as doses é de, no mínimo, quatro semanas. Assim, esta criança com 18 meses não poderá mais receber esta vacina.

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46
Q
Qual das vacinas abaixo está contraindicada para um
paciente em quimioterapia?
a) Rubéola.
b) Hepatite B.
c) Tétano.
d) Influenza.
e) Pneumococo
A

A) Rubéola

Dentre as vacinas indicadas, a única de agente vivo é a vacina contra a rubéola

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47
Q

A primeira dose da vacina de hepatite deve ser idealmente aplicada nas primeiras 24 horas de vida; a segunda dose, com 1 mês; e a terceira dose, aos 4 meses de vida. V/F?

A

F
A primeira dose da vacina contra hepatite B é feita
preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Após
isso, a criança receberá mais três doses na forma de
pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses

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48
Q

A DTP deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses; o primeiro reforço, aos 15 meses; e o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. V/F?

A

V
De fato, é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses, na forma de pentavalente) e depois são feitos dois reforços, aos 15 meses e 4 anos.

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49
Q

A primeira dose de poliomielite deve ser obrigatoriamente com a forma inativada (VIP), podendo as demais doses ser feitas com a forma inativa ou oral atenuada (VOP). V/F?

A

F
A vacina oral é feita apenas nos reforços (aos 15 meses e 4 anos) e durante as campanhas, para as crianças que já tenham recebido anteriormente as doses de vacina inativada.

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50
Q

Você recebe o resultado de uma cultura de liquor positiva para Haemophilus influenzae tipo B (Hib) de uma criança de 7m com meningite. Ao avaliar a sua carteira de vacinação, você observa que ela está em dia, com 3 doses da vacina pentavalente. A conduta mais adequada após a recuperação clínica da criança é administrar uma dose de reforço da vacina Hib. V/F?

A

F
Uma vez que a criança já está comprovadamente vacinada, não há recomendações para que seja reiniciado o esquema. Porém devemos ter a seguinte preocupação: sabemos que a presença de uma infecção grave, como a meningite pode ser sinal de alarme para uma imunodeficiência primária.

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51
Q

Menino, 6a, é atendido com febre e com aumento de volume unilateral na região cervical, ao longo da mandíbula, acompanhado de dor. O exame clínico é compatível com parotidite infecciosa. Não há registro de surto local e, de acordo com sua caderneta, recebeu uma dose de tríplice viral (SCR) e uma dose de tetra Viral (SCR com varicela), até o momento. Diante do
quadro, a orientação é de repouso, afastamento escolar e notificação compulsória da doença. V/F?

A

F

Na suspeita de caxumba, não há necessidade de notificação (esta fica restrita às situações de surto)

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52
Q

Menino, 6a, é atendido com febre e com aumento de volume unilateral na região cervical, ao longo da mandíbula, acompanhado de dor. O exame clínico é compatível com parotidite infecciosa. Não há registro de surto local e, de acordo com sua caderneta, recebeu uma dose de tríplice viral (SCR) e uma dose de tetra Viral (SCR com varicela), até o momento. Diante do
quadro, a orientação é de repouso, analgésico e observar quanto ao aparecimento de outros sinais.

A

V

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53
Q

Mãe amamenta exclusivamente ao seio seu filho de 10d. Viajará, em 15d, para cidade em área com recomendação de vacinação contra febre amarela. No que tange à prevenção desta doença, o aleitamento materno deve ser:

A

Suspenso durante o período de 10 dias.
A recomendação habitual é de que, anteriormente à vacinação, a mãe seja orientada a ordenhar e armazenar o leite que será oferecido no período em que a amamentação estiver suspensa (10 dias após a vacinação).

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54
Q

Menina, 12m, foi levada pela mãe à unidade básica de saúde para receber as vacinas. A cobertura vacinal, até o momento, estava completa. De acordo com o PNI, que vacinas devem ser aplicadas?

A

Atualmente, aos 12 meses realiza-se a tríplice viral, o reforço da pneumo-10 e o reforço da meningocócica.

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55
Q

Você atende um escolar de 8 anos que sofreu um acidente em um parquinho (queda de um brinquedo) e apresenta ferimentos extensos, profundos e sujos em membros superiores, inferiores e face. Além da limpeza das lesões, qual a conduta profilática em relação ao tétano, considerando que seu calendário vacinal encontra-se atualizado de acordo com o PNI?

A

Reforço com vacina dT na adolescência.
**Nosso paciente é um escolar com situação vacinal
completa, que recebeu a última dose da vacina há
menos de cinco anos (considerando-se que o segundo
reforço da DTP foi feito aos 4a). Sempre que o paciente tiver recebido esquema vacinal completo e a última dose tiver sido administrada há menos de 5a, seja o ferimento de risco mínimo ou de alto risco, não há necessidade do uso de nenhuma medida específica.
Quando o esquema é completo e a última dose foi entre 5 e 10 anos, deve-se “antecipar o reforço”, administrando uma nova dose da vacina. A próxima dose será feita apenas na adolescência (lembre-se de que há recomendação de um reforço com a dT a cada 10 anos).

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56
Q

O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento
adverso que pode ocorrer após vacinação. Sobre este
episódio, é correto afirmar que corre nas primeiras 48 horas após administração da vacina, é mais frequente com a DTP acelular. V/F?

A

F
O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento adverso que já foi descrito em associação com algumas vacinas, mas que está tipicamente relacionado com a vacina DTP celular.

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57
Q

Segundo a SBP, é correto afirmar sobre a vacina pneumocócica conjugada não induz memória imunológica em crianças pequenas e, por isso, deve ser utilizada apenas após um ano de idade. V/F?

A

F
Pela SBP, a vacina pneumocócica está recomendada para todas as crianças de até 5 anos de idade. Recomendam-se três doses da vacina pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses), e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida (lembre-se de que desde janeiro de 2016 o Ministério
da Saúde passou a recomendar apenas duas doses
desta vacina durante o primeiro ano de vida). Como é uma vacina conjugada, pode ser usada a partir dos dois meses (diferentemente do que ocorre com a vacina polissacarídica, que só é feita após os dois anos).

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58
Q

A vacina da febre amarela não deve ser administrada

no mesmo dia que a tríplice viral pelo risco de interferência e diminuição de imunogenicidade. V/F?

A

V

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59
Q

Qual das vacinas abaixo pode acarretar complicações ao ser utilizada concomitantemente ao AAS?

a) Febre amarela.
b) Varicela.
c) BCG.
d) Hepatite B.

A

B) Varicela.
**É bem sabido que o uso de AAS, em vigência de algumas infecções, pode estar relacionado com o desenvolvimento da síndrome de Reye. As principais infecções implicadas são as pelo vírus influenza e pelo vírus varicela-zóster. Justamente por isso, pacientes usuários crônicos de AAS têm recomendação especial para receber a vacina contra esses agentes pelos centros de referência para imunobiológicos especiais. Porém, como a vacina contra varicela é composta pelo vírus vivo atenuado, o uso do AAS deverá ser suspenso por seis semanas após a administração da vacina.

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60
Q

Um médico de família recebe um recém-nascido de três dias de vida levado pela avó que está preocupada em aplicar a vacina BCG no bebê, pois a mãe recebeu o diagnóstico de tuberculose bacilífera na alta da maternidade ocorrida no dia anterior. O médico orienta o uso de isoniazida por três meses na criança. Quanto à intervenção realizada, pode-se afirmar que foi correta?

A

Sim.
Em filhos de mães com tuberculose pulmonar bacilífera deve-se adiar a vacinação com a BCG, e administrar isoniazida por 3 meses (quimioprofilaxia primária). Após esse período, deve-se realizar a prova tuberculínica. Se a criança for reatora (≥ 5 mm), a quimioprofilaxia deve ser mantida por mais 3–6 meses; se não for, interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se com a BCG. Devemos lembrar que o aleitamento não está contraindicado.

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61
Q

Segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI), o esquema vacinal para a vacina pneumocócica 10 em uma criança de até 1 ano e 6 meses de idade, com o
calendário em dia, é:

A

Primeira dose com 2 meses, segunda dose com 4 meses

e reforço aos 12 meses.

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62
Q

Quais são as vacinas recomendadas rotineiramente durante o pré-natal em gestantes de risco habitual?

A

As vacinas que são recomendadas para a gestante são a vacina contra hepatite B (3 doses, levando-se sempre em conta a situação vacinal anterior), a vacina contra influenza (feita em todas as gestantes durante a campanha anual) e a dTpa (feita em todas as gestantes a partir da 20a semana de gestação; caso a paciente tenha menos do que três doses de vacina antitetânica, poderá receber também a vacina dT).

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63
Q

Menina, 4m, vem à consulta médica trazida pela mãe, que está bastante preocupada, pois a filha não apresentou a reação esperada da BCG. O pediatra constata que não tem cicatriz da vacina na região deltoide do braço direito. Qual é conduta mais indicada nesse caso?

A

Orientar a mãe que sua filha é considerada imunizada, mesmo sem a cicatriz, não necessitando uma revacinação.

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64
Q

Criança com 4 meses de idade procura UBS para
receber vacinas atrasadas. Ela ficou internada por 15
dias devido a quadro de bronquiolite. Mãe está preocupada porque a criança só recebeu vacinas até 2 meses de idade. Quais vacinas ela deve receber hoje?

A

Meningo C, penta (DPT, Hib, Hep. B), VIP, rotavírus, pneumo-10.

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65
Q

Criança em uso regular de corticoterapia em aerossol

inalatório só pode receber vacinas com vírus inativado. V/F?

A

F
As vacinas de agentes vivos estarão contraindicadas para os pacientes que fazem corticoterapia em doses imunossupressoras (prednisona na dose de 2 ou mais mg/kg/dia por mais de 14 dias). Pacientes que fazem terapia tópica ou inalatória podem receber qualquer
vacina sem restrições.

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66
Q

RN de mães HBsAg positivo devem receber a vacina contra a hepatite B e imunoglobulina humana específica contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas de vida. V/F?

A

V
Sabemos que todos os RN devem receber a vacina contra a hepatite B preferencialmente nas primeiras 12h de vida. Os RN filhos de mulheres sabidamente portadoras crônicas do vírus devem receber a vacina mais a imunoglobulina específica para hepatite B, administradas em grupos musculares separados. Ambas devem ser realizadas o mais precocemente possível, nas primeiras 12 a 24h de vida. A vacinação isolada nas primeiras 12h após o nascimento é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B; é possível que a adição de imunoglobulina confira uma pequena proteção adicional.

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67
Q

Criança de 3 anos, saudável, com contato domiciliar

com familiar em tratamento para Aids, deve receber a vacina antipoliomielite oral. V/F?

A

F
os contactantes domiciliares de imunodeprimidos não devem receber a vacina oral de poliomielite. O vírus vacinal é eliminado nas fezes e pode contaminar esses contactantes, que poderão desenvolver paralisia pelo vírus vacinal.

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68
Q

Quando deve ser feita a vacina contra Hepatite A?

A

Deve ser realizada em crianças de 15 meses até 04 anos de idade (03 anos, 11 meses e 29 dias) por via IM

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69
Q

Quem deve receber vacina para prevenção do herpes zoster?

A

Seu uso é permitido a partir dos cinquenta anos em dose única, por via subcutânea, mas a Sociedade Brasileira de Imunizações a recomenda a partir dos 60 anos. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado e, por isso, não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunodeficiência ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras. A vacina é igualmente indicada para indivíduos que tenham tido zóster no passado, desde que tenha se passado pelo menos um ano da infecção aguda.

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70
Q

Paula, 25a, trinta e oito semanas de gestação, vem à consulta preocupada, porque mora em companhia de seu pai, que há vinte dias foi diagnosticado com TB
pulmonar. Qual deve ser a conduta imediata correta em
relação ao RN?

A

Isoniazida por três meses e fazer a prova tuberculínica após.
Em primeiro lugar, esse RN não deverá receber a vacina BCG ao nascer. Em segundo, inicia-se a quimioprofilaxia primária (ou prevenção da infecção latente) com isoniazida por três meses (para evitar que a criança se infecte). Após esse período, realiza-se uma Prova Tuberculínica (PT); se a mesma for reatora (> 5 mm — sugerindo que infelizmente a criança tornou-se INFECTADA), concluímos o tratamento da infecção latente para evitar que a criança, ora infectada, torne-se DOENTE (com mais 3-6 MESES DE ISONIAZIDA). Caso a PT seja negativa, vacinamos a criança e encerramos o caso

71
Q

Um recém-nascido com três semanas de vida é levado
à UBS, pois a mãe observou ferida no local da aplicação da BCG. Ao exame físico, observa-se lesão pustulocrostosa no braço direito e presença de gânglio satélite em axila direita, não supurado, medindo 1 cm de diâmetro. Considerando o diagnóstico, qual é a conduta ADEQUADA a ser tomada para esse recém-nascido?

A

Manter conduta expectante.
**A alteração descrita faz tão somente parte da evolução natural da formação da cicatriz de BCG. A reação local da lesão costuma evoluir entre 6-12 semanas da seguinte forma: após a administração de 3-4 semanas:
surge nódulo no local; entre 4-5 semanas: o nódulo evolui para uma pústula; em seguida: evolui para uma úlcera de 4 a 10 mm de diâmetro; entre 6-12 semanas: finalmente, forma-se uma crosta. Durante a evolução dessa lesão, pode ocorrer o enfartamento ganglionar axilar (também supra ou infraclavicular), não supurado, que desaparece espontaneamente e não necessita de tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico. Esse gânglio é homolateral ao local da aplicação, firme, móvel, clinicamente bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3 cm de diâmetro, e não é acompanhado de sintomatologia geral. Desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento.

72
Q

A vacina contra hepatite B deve ser aplicada em dose dupla para paciente renal crônico. V/F?

A

V
pacientes nefropatas crônicos, com síndrome nefrótica ou em diálise têm indicação de receber 4 aplicações da vacina contra a hepatite B em dose dobrada

73
Q

Quais são as três perguntas que devem ser feitas na primeira avaliação do RN?

A

Bom tônus? Respirando bem/chorando? RN termo? Se sim para as três, pode ser colocado junto com a mãe.

74
Q

RN a termo nasce hipotônico e com respiração irregular. Após serem realizados os passos iniciais de reanimação neonatal, manteve respiração irregular e FC:80 bpm. Qual é o próximo passo a ser realizado?

A

Aplicar ventilação com pressão positiva por máscara, em ar ambiente.
Logo após o nascimento, a necessidade de reanimação é avaliada por três perguntas: gestação a termo? RN respirando/chorando? Tônus muscular
bom? NÃO PARA UMA DELAS–> mesa de reanimação para os passos iniciais: aquecer, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar as vias aéreas (se for necessário) e depois secar.
Após esses passos, foi feita a avaliação da FC e da respiração, que revelou respiração ainda irregular e FC < 100 bpm. Neste momento, a conduta é o início da ventilação com pressão positiva. Nas crianças com 34 ou mais semanas, isso é feito em ar ambiente; naquelas com menos de 34 semanas, com concentração de oxigênio de 30%.

75
Q

RN a termo, EGB, AIG e com boa vitalidade ao nascer, encontra-se em contato pele a pele na sala de parto, após parto vaginal sem intercorrências. No cartão
de pré-natal, consta swab anal positivo para GBS, com 35 semanas de gestação. Após sua admissão hospitalar em trabalho de parto, recebeu cefazolina 3 doses antes do parto e encontra-se afebril e sem sinais de corioamnionite. Qual é a conduta para o RN?

A

Permanecer em observação ao menos por 48h, sem coleta de exames.
**No caso descrito, havia indicação e a profilaxia foi feita de forma adequada (para fins de avaliação do RN, será considerado adequado o uso de penicilina e/ou cefazolina quatro ou mais horas antes do parto). Nesta situação, não há necessidade da realização de qualquer exame no RN, independentemente do tempo de bolsa rota ou idade gestacional, sendo recomendada apenas a observação clínica por 48 horas ou mais. A coleta de exames seria indicada caso a gestante tivesse indicação de receber a profilaxia e não a tivesse recebido da forma descrita e, além disso, houvesse prematuridade ou tempo de bolsa rota maior que 18 horas.

76
Q

RN com oito dias de vida, nascido em casa, sem pré-natal, é atendido em ambulatório. Apresenta redução de movimento dos membros e choro aumentado à troca de fraldas. Verifica-se ainda icterícia ++ /4 +, palidez, hepatoesplenomegalia, irritabilidade e choro à manipulação de MMSS e MMII. Frente a este quadro, qual é o diagnóstico mais provável?

A

Sífilis congênita.
**Além das várias manifestações inespecíficas (hepatoesplenomegalia, palidez, icterícia), podemos ter alterações ósseas bem típicas, sendo uma delas a osteocondrite. O processo é bastante doloroso e leva ao quadro conhecido com pseudoparalisia de Parrot. O bebê permanece com diminuição da movimentação dos membros pela dor, não por nenhuma alteração neuromuscular. **

77
Q

Lactente, 30d, nascido a termo, com bom peso e sem intercorrências. Recebeu alta conjuntamente à mãe e está em aleitamento materno exclusivo com ganho de 30 g/dia. Em consulta de rotina, a mãe está sem queixas. Observam-se fezes de cor amarelo-claro e urina abundante. Ao exame: EGB, acianótico, afebril, hidratado, sem edemas e sem adenomegalias, ictérico zona 2 para 3. Exame segmentar normal. Diante do quadro acima descrito, a melhor conduta é: Tranquilizar a mãe, pois a criança está bem e ganhando peso, orientando nova avaliação com pediatra em 1 mês. V/F?

A

F.
LACTENTE DE 30 DIAS com uma SÍNDROME COLESTÁTICA, caracterizada por icterícia zona 2-3 e acolia fecal. Apesar da alimentação adequada (aleitamento materno exclusivo) e do bom ganho ponderal (25-30 g/dia), toda icterícia colestática demanda investigação.

78
Q

Lactente, 30d, nascido a termo, com bom peso e sem intercorrências. Recebeu alta conjuntamente à mãe e está em aleitamento materno exclusivo com ganho de 30 g/dia. Em consulta de rotina, a mãe está sem queixas. Observam-se fezes de cor amarelo-claro e urina abundante. Ao exame: EGB, acianótico, afebril, hidratado, sem edemas e sem adenomegalias, ictérico zona 2 para 3. Exame segmentar normal. Diante do quadro acima descrito, a melhor conduta é: Encaminhar urgente ao centro de saúde para coleta de bilirrubinas e transaminases.

A

V.
Diante de uma criança com icterícia persistente, devemos sempre dosar bilirrubinas totais e frações. Nesse caso, o relato de acolia reforça a necessidade de investigação com urgência para avaliar a possibilidade de colestase neonatal, sendo as duas principais causas dessa condição a hepatite neonatal idiopática e a atresia de vias biliares extra-hepáticas. O diagnóstico diferencial dos quadros de colestase neonatal é uma urgência. Isto deve-se ao fato de que num percentual de casos a causa do quadro será o diagnóstico de atresia de vias biliares extra-hepáticas, que é a principal causa de transplante de fígado na população pediátrica.

79
Q

RN do sexo masculino nasceu de parto normal com idade gestacional calculada de 36 semanas. Logo após o desprendimento, iniciou com choro forte e movimentos ativos. Qual é o tempo recomendado entre a extração do concepto e o clampeamento do cordão umbilical?

A

1-3 min

80
Q

RN a termo, 39 semanas de gestação, filho de mãe de 22 anos G1P1A0 que fez pré-natal sem intercorrências.
Grupo sanguíneo da mãe: O Rh negativo, Coombs indireto negativo. RN recebeu alta com 48h de vida em boas condições em aleitamento materno exclusivo e icterícia zona I. Retornou ao ambulatório de puericultura com 5 dias de vida, ictérico zona IV e com perda ponderal de 15% em relação ao peso de nascimento. Permanecia em aleitamento materno exclusivo. Grupo sanguíneo do RN: A Rh positivo, com Coombs direto negativo. Em relação à icterícia, a principal hipótese diagnóstica é de:

A

Icterícia associada à diminuição da ingesta por dificuldade no aleitamento materno com perda ponderal acentuada.
a qual está associada a dificuldades de pega/ posicionamento ao seio materno, atraso na apojadura, perda de peso > 10% antes de 7 dias de vida e aumento da bilirrubina indireta (com a menor ingesta de leite, há redução da eliminação de mecônio e aumento do ciclo entero-hepático da bilirrubina). Observem que, apesar da situação de incompatibilidade de Rh entre mãe e bebê (mãe + e bebê -), esta não é a principal hipótese diagnóstica, haja vista: primiparidade materna (reduz a chance de aloimunização); icterícia após 48h (e não icterícia nas primeiras 24h de vida); ausência de sinais de palidez; e Coombs negativo.

81
Q

O calendário de vacinação da criança do MS recomenda uma dose da vacina contra varicela aos 12 meses de idade. V/F?

A

F.
De acordo com as recomendações do MS, é feita apenas aos 15 meses, na forma da vacina tetra viral (a partir de 2018, o MS passou a recomendar uma segunda dose entre quatro e seis anos).

82
Q

Menina de 18m é levada por sua mãe a uma UPA com história de ter apresentado febre de 39ºC por quatro dias, irritação, recusa alimentar e “manchas vermelhas” no corpo. Ao exame físico, está ativa; bom estado geral; TAx: 36,8ºC; discreta hiperemia de faringe; linfonodomegalia cervical; presença de lesões maculopapulares rosadas no tronco, iniciando em pescoço e membros. O caso relatado sugere tratar-se de:

A

Exantema súbito/Roséola infantil.
**Neste caso, as informações mais relevantes e que permitem chegar à conclusão de exantema súbito são: idade de lactente e aparecimento do rash após a queda da febre. Além disso, um dado importante é que o rash do exantema súbito caracteristicamente surge no tronco e só depois se dissemina para pescoço, face e extremidades, de forma centrífuga **

83
Q

Menor de 11m vem para consulta no posto de saúde com seu familiar relatando que teve um quadro de febre de 39°C, tosse, obstrução nasal leve, irritabilidade e hiporexia por 3d. Hoje acordou com lesões no corpo e sem febre. Ao exame, você observa que o lactante se encontra em bom estado geral, hidratado, acianótico, eupneico, nuca livre, afebril e com exantema micropapular róseo em rosto e tronco, que não parece ser pruriginoso. Sem visceromegalias palpáveis. Diagnóstico e conduta.

A

Exantema súbito/ Roséola infantil. Orientar quanto a benignidade do quadro + repouso e hidratação.

84
Q

Menino de 2a com história de febre de 39°C há 7d, diária, só melhorando com dipirona. Há 6d, lábios avermelhados e erupções no corpo. Há 4d, olhos vermelhos. Procurou UPA, sendo medicado com penicilina benzatina, sem melhora. Ao exame físico, apresentava irritabilidade, língua em framboesa e exantema maculopapular em tronco. Qual é a principal HD?

A

Hipótese inicial: Escarlatina–> Não respondeu ao ATB–> Nova hipótese: Doença de Kawasaki.
**Critérios diagnósticos:
O primeiro é um critério obrigatório, que é a presença de febre alta há pelo menos cinco dias. Além deste critério obrigatório, são necessários mais quatro das cinco possíveis alterações, que são: conjuntivite não exsudativa, alterações na cavidade oral (como lábios fissurados ou língua em framboesa), adenomegalia cervical, exantema (que pode ter vários aspectos, exceto vesicular) e alterações nas extremidades (edema e eritema nas mãos e pés na fase aguda e descamação na fase subaguda).

85
Q

Gestante de 30s apresenta-se com feto masculino, oligoâmnio, uretero-hidronefrose Grau IV bilateral e bexiga dilatada. A hipótese diagnóstica e conduta pós natal são:

A

Válvula de uretra posterior e ressecção da válvula.

86
Q

Menina, 6a, apresenta continência diurna, mas não controla a urina à noite. História patológica pregressa: nada além de resfriados. Exame físico: normal. Qual é a conduta?

A

Se nunca houve continência noturna, acompanhamento. Se havia continência, pesquisar ITU (solicitar SU+Uroc).

87
Q

Menina de 1a é internada por apresentar há 3d quadro de secreção ocular amarelada, bilateral, febre e exantema generalizado, eritematoso. Após 1 -2d do surgimento do exantema, apareceram bolhas e a epiderme se desprende em lâminas grandes, revelando embaixo uma superfície úmida, vermelha e brilhante. Qual é a principal HD?

A

Síndrome da pele escaldada.

88
Q

Lactente de 9m apresentou febre elevada e irritabilidade durante 3d. No 4o dia da doença, surgiu exantema maculopapular na face e tronco, persistindo por 3d e não sendo observado febre no período do exantema. A etiologia mais provável para o caso é:

A

Herpesvírus humano tipo 6. (Exantema súbito)

89
Q

Menina, 7a, é atendida com queixa de “caroços no pescoço” e, há 6d, cefaleia, febre e odinofagia. Ao exame: hidratada; corada; eupneica; TAx = 38,5°C. Linfonodos cervicais anteriores e posteriores palpáveis bilateralmente, com 1-2 cm, móveis, sem sinais flogísticos. ORL: Orofaringe com exsudato acinzentado. ABD: Hepatoesplenomegalia. ACV e AR: sem alterações. Hemograma: linfocitose com 10% de atipia linfocitária. Qual é HD mais provável para o caso?

A

Mononucleose infecciosa.

90
Q

Paciente de 6a, previamente hígido, com situação vacinal desconhecida, chegou à emergência com história de febre de até 38,2°C há 2d e erupção cutânea, iniciada na face: Ao exame, encontrava-se em EGB, com discreto rash petequial no palato e algumas adenomegalias occipitais com cerca de 0,8 cm de diâmetro. Qual o diagnóstico mais provável?

A

Rubéola.
O quadro é sugestivo de rubéola, como indicado na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde: “Todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e/ou cervical, independentemente de idade e situação vacinal”. A descrição das petéquias no palato também é compatível com esse diagnóstico e recebe o nome de manchas de Forchheimer.

91
Q

Fabiana, 6a, é levada à UPA com história de surgimento de exantema na face há 4d, com progressão para membros há 2d. Há exacerbação quando a criança é exposta ao sol, faz exercícios ou há mudança de temperatura. Nega febre e outros sintomas. Ao exame físico, observa-se presença de intensa hiperemia e edema em região das bochechas, presença de exantema macular rendilhado em tronco e membros. Cartão de vacina atualizado. Qual é o diagnóstico?

A
Eritema infeccioso ( parvovirus B19).
**O diagnóstico costuma ser estabelecido apenas com base na clínica típica e não costuma ser necessária análise virológica. O quadro eruptivo se apresenta em 3 fases: na primeira fase, há o sinal da face esbofeteada; na segunda fase, há o exantema rendilhado; já na terceira fase, há recidiva das lesões quando a criança se expõe ao sol, exercício ou calor.**
92
Q

Menina de 2a foi admitida com quadro de febre há 6d, alterações na mucosa oral, língua em framboesa e edema de pés e mãos. Estava em uso de amoxicilina desde o segundo dia da doença e não apresentava melhora. Considerando o caso apresentado, qual é a principal HD?

A

Doença de Kawasaki.
**O diagnóstico é estabelecido a partir da identificação de alguns critérios clínicos. O primeiro critério, que é obrigatório, é a presença de febre alta por pelo menos cinco dias. Além disso, o paciente deve apresentar mais quatro de cinco possíveis critérios, são eles: conjuntivite bilateral não exsudativa; alterações na cavidade oral (eritemas, fissuras labiais, língua em framboesa ou hiperemia oral e faríngea); adenomegalia cervical (> 1,5 cm); exantema polimorfo; e alterações nas extremidades (na fase aguda há eritema e edema nas regiões palmoplantares). Porém mesmo sem a presença de todos os critérios necessários, podemos tentar estabelecer o diagnóstico da forma atípica ou incompleta. Nestes casos, além da febre, o paciente poderá ter apenas mais dois ou três critérios e algumas alterações na avaliação complementar. **

93
Q

A escarlatina inicia-se abruptamente com febre alta, dor
de garganta, anorexia, vômitos, cefaleia e, às vezes, dor
abdominal. Após 12-48h surge o exantema que é típico: eritematoso, micropapular e áspero como uma lixa. V/F?

A

V

94
Q

No eritema infeccioso as bochechas são avermelhadas e a região perioral apresenta-se pálida, o que é conhecido como sinal de Filatov. O exantema é mais acentuado nas dobras cutâneas e surgem áreas de hiperpigmentação, com a formação de linhas transversais nas dobras de flexão, denominado sinal de Pastia. V/F?

A

F.
Os sinais de Filatov (palidez perioral com bochechas eritematosas) e de Pastia (exantema intensificado nas regiões flexurais) são característicos da escarlatina. No eritema infeccioso temos aquela apresentação em 3 estágios, sendo o primeiro deles caracterizado por exantema em face com aspecto de face esbofeteada.

95
Q

Menina, 4a, apresenta ITU de repetição e refluxo vesicoureteral. O exame mais efetivo para demonstrar a presença de eventual cicatriz renal é:

A

Cintilografia renal com DMSA

96
Q

Menino, 3a, com história de febre alta, fezes amolecidas há 2d, feridas nos pés e nas mãos há 1d. Sem outras queixas. Vacina atualizada. Frequenta creche. Exame físico: T = 39,5ºC; FC = 100 bpm; FR = 30 irpm; REG; irritado; choroso; sialorreia; linfonodos submandibulares de 0,5 cm, móveis, indolores, sem sinais inflamatórios; lesões vesiculosas em mãos, pés, região perianal e cavidade oral, com intensa hiperemia de pilares amigdalianos e faringe. Qual é a principal HD?

A

Síndrome mão-pé-boca

97
Q

Yuri tem 3a e teve recentemente uma doença exantemática de evolução febril que foi diagnosticada como sarampo. O menor tem um irmão de 4m, a genitora está preocupada com este. A conduta indicada com relação ao irmão de Yuri é:

A

Administração de imunoglobulina.
Há duas formas de profilaxia pós-exposição após o contato de um suscetível com um caso suspeito de sarampo: a vacina e a imunoglobulina. A vacina pode ser feita para os suscetíveis maiores de seis meses, desde que não existam contraindicações (imunossupressão ou gravidez; lembre-se de que é uma vacina de vírus vivos atenuados).

98
Q

Quais casos de OMA podem ser tratados conservadoramente?

A

6m-2a: OMA unilateral (sem sinais de gravidade) sem otorreia.
>2a: OMA uni ou bilateral (sem sinais de gravidade) sem otorreia.
**sinais de gravidade: aparência tóxica, otalgia>48h, febre alta (>=39) nas últimas 48h ou se o acompanhamento posterior for duvidoso.

99
Q

Três crianças estão internadas no mesmo quarto nas seguintes condições: criança X, 11m, está realizando segunda sessão de pulsoterapia por doença de Still, forma grave; criança Y, 3 a, está em final de tratamento de pielonefrite aguda; criança Z, 4a, encontra-se em fase pós-op de cirurgia ortopédica. Durante a internação criança Y desenvolve varicela. A prescrição indicada para as crianças X e Z, respectivamente:

A

X: Imunoglobulina; Z: vacina.
Como regra geral, devemos saber que a profilaxia pós-exposição à varicela pode ser feita com imunoglobulina (até 96h após o contato) ou vacina (até 5d após o contato, preferencialmente três dias após o contato). A vacina, para fins de profilaxia pós-exposição, pode ser dada após 9m de vida e em crianças sem contraindicações para tal, como quadros de imunodepressão (a criança X, de 11m, não pode receber a vacina; a criança Y, de três anos, pode recebê-la, pois o tratamento para uma pielonefrite não contraindica o uso da vacina).

100
Q

Febre por pelo menos 5 dias, conjuntivite, exantema maculopapular em tronco, edema em mãos e pés, adenomegalia cervical unilateral maior que 1,5 cm e hemograma com leucocitose, neutrofilia e plaquetose é fortemente sugestivo de:

A

Doença de Kawasaki

101
Q

Menino, 8a, apresenta exantema em face com lesões maculopapulares que logo confluíram para as regiões malares (aspecto de asa de borboleta). Dois dias depois, o quadro evoluiu com exantema em MMSS e MMII de aspecto rendilhado e, passadas duas semanas, ocorreu novo episódio exantemático após atividade física. Em consulta, o paciente está afebril e relata artralgia. Qual é a principal HD?

A

Eritema Infeccioso

102
Q

Lactente, sexo feminino, 12m, em bom estado geral, com história de febre há 72 horas sem foco infeccioso aparente. Você solicita exame de urina tipo 1 e urinocultura. O sumário de urina evidencia 100.000 leucócitos/mL (valor de referência até 30.000 leucócitos/mL). Qual a conduta mais adequada?

A

Iniciar o tratamento antimicrobiano empírico e ambulatorial.
A principal infecção bacteriana que pode ser identificada nos lactentes com um quadro de febre sem sinais de localização é a ITU. Lembre-se de que as manifestações clínicas desta condição são bastante inespecíficas e a febre pode ser a única queixa. Na suspeita deste quadro, é comum a solicitação de um EAS para corroborar a suspeita, mas a confirmação diagnóstica só pode ser feita pela urinocultura. No caso descrito, temos um EAS com leucocitúria, apontando para uma provável infecção (ainda que esta não seja uma alteração específica). Nos casos de ITU com febre, acreditamos que o paciente tenha uma pielonefrite e, nesta situação, o início do tratamento não deve ser retardado. É importante que antes de iniciarmos o antibiótico seja coletada amostra de urina para urinocultura, mas não é necessário que se aguarde o resultado para iniciar o tratamento. As principais indicações de internação na infância são: crianças menores de 1 mês, sinais de sepse e comprometimento do estado geral (vômitos muito intensos)

103
Q

A doença de Kawasaki cursa com febre por mais de
cinco dias, edema de mãos e pés, linfonodomegalia cervical, conjuntivite, língua avermelhada e como cursa com aneurisma de coronárias, o ecocardiograma é essencial para o diagnóstico. V/F?

A

F
O ecocardiograma não é necessário para o diagnóstico. Pelo contrário, o diagnóstico da forma
clássica da doença de Kawasaki baseia-se apenas em
critérios clínicos, não sendo necessários exames complementares para sua confirmação. O ecocardiograma será, evidentemente, realizado, mas com o intuito de identificar a mais temida complicação, que é a formação dos aneurismas coronarianos.

104
Q

Criança de 9m apresentou febre, hiperemia conjuntival bilateral com intensa fotofobia, rinorreia e tosse por dois dias. Ao ser examinada no terceiro dia do início dessas manifestações, estava com 39°C de temperatura, prostrada e chorosa. Na orofaringe, na parede interna das bochechas e na altura dos pré-molares, apresentava pontos esbranquiçados sobre uma superfície hiperemiada. Sem outros achados. O diagnóstico mais provável desse lactente é:

A

Sarampo.
Na fase prodrômica, o paciente apresenta febre alta, tosse e conjuntivite. Pode ainda apresentar, como no caso descrito, uma sinal patognomônico — as manchas de Koplik (as lesões descritas no interior da cavidade oral). A fase exantemática é caracterizada pelo surgimento de lesões na região retroauricular que sofrem progressão craniocaudal lenta. Este lactente ainda não tem as lesões cutâneas, mas as mesmas irão aparecer em poucas horas/dias.

105
Q

Menina, 5a, apresenta febre há 7d associada à hiperemia conjuntival bilateral, exantema maculopapular disseminado e irritabilidade. Ao exame físico, são encontrados adenomegalia cervical com gânglios de até 2 cm, móveis, fibroelásticos e indolores, hiperemia de orofaringe e edema em mãos. Qual é a principal HD?

A

Doença de Kawasaki

106
Q

Menina de 2a apresentou quadro de pielonefrite aguda, tratado com antibioticoterapia apropriada por 15d. Ao retornar para revisão, o seu pediatra solicitou um exame complementar a ser feito após 3m, segundo ele para avaliar a presença de cicatrizes renais. Qual foi o exame solicitado?

A

Cintilografia renal com DMSA

107
Q

A infecção urinária na infância pode resultar em várias manifestações clínicas a depender da faixa etária acometida. Em neonatos, a única manifestação é alteração na cor e no volume urinário. V/F?

A

F

Em neonatos e lactentes, a infecção do trato urinário comumente se manifesta com febre sem foco aparente.

108
Q

Beatriz tem 10m de idade e vem apresentando febre alta há 4 dias, sem outros sintomas. Nas últimas 6h, surgiu exantema maculopapular róseo, e a temperatura voltou ao normal rapidamente. Qual é o diagnóstico mais provável e seu agente etiológico?

A

Roséola/Exantema Súbito; Herpesvírus humano 6

109
Q

A presença de rubéola congênita no recém-nascido não requer isolamento do mesmo.V/F?

A

F
Na presença de infecção fetal, o vírus pode ser excretado pela urina do recém-nascido até 1 ano de idade ou mais, necessitando de isolamento para evitar contaminação na maternidade.

110
Q

Criança nascida a termo evolui com febre, icterícia e diagnóstico de citomegalovirose. Diante deste fato, como proceder em relação ao aleitamento materno?

A

Manter, pois o aleitamento materno em pacientes com citomegalovirose é impedimento apenas em prematuros.

111
Q

A sífilis pode ser transmitida ao concepto somente no último trimestre da gestação. V/F?

A

F
**sífilis pode ser transmitida ao concepto em qualquer
estágio clínico da doença ou em qualquer idade
gestacional. A transmissão do agente se dá através
da via transplacentária ou da contaminação do bebê
durante sua saída pelo canal de parto.

112
Q

O distúrbio eletrolítico característico da “Sd de realimentação”, que complica a recuperação nutricional de crianças desnutridas durante a primeira semana, é:

A

Hipofosfatemia
Na DEP grave, apesar dos níveis séricos dos eletrólitos estarem muito próximo do normal, existe uma depleção intracelular de vários íons. Assim, se a alimentação com carboidratos for muito excessiva, haverá elevação substancial da insulina com marcante hipocalemia, hipofosfatemia e hipomagnesemia. A marca registrada da síndrome de realimentação é o fosfato sérico < = 0,5 mMol/L, levando à fraqueza muscular, rabdomiólise, disfunção de neutrófilos, arritmias cardíacas, convulsões e morte súbita. Por isso, os níveis séricos de fosfato devem ser monitorizados durante a fase de reabilitação.

113
Q

A desnutrição causa alterações importantes na imunidade humoral, mas sem prejuízo na imunidade celular, resultando em susceptibilidade às infecções por Gram-negativos. V/F?

A

F
o que ocorre é justamente o contrário: há maior prejuízo da imunidade celular. A imunidade humoral está relativamente preservada.

114
Q

O edema generalizado na criança com desnutrição, do tipo kwashiorkor, protege contra desidratação, uma vez que ela tem excesso de água corporal. V/F?

A

F
o edema observado nos quadros de kwashiorkor é multifatorial e está relacionado, com aumento de permeabilidade vascular, diminuição de proteínas plasmáticas e alterações eletrolíticas, não havendo o aumento da água corporal total.

115
Q

As alterações eletrolíticas são frequentes no desnutrido, entre elas, a mais comum é a hiperpotassemia. V/F?

A

F
ainda que as alterações eletrolíticas sejam comuns, o que ocorre é hipocalemia, além de hiponatremia e hipomagnesemia.

116
Q

A baixa estatura por retardo constitucional do crescimento e da puberdade caracteriza-se por Idade cronológica maior que a idade óssea. V/F?

A

V.
No atraso constitucional do crescimento e da puberdade, temos uma criança ou adolescente que apresenta uma maturação biológica mais lenta que seus pares. Isso se reflete na idade óssea, que estará atrasada em relação à idade cronológica, mas será compatível com a idade estatural.

117
Q

Lactente de 11m, na relação peso para estatura e comprimento para idade, encontra-se no escore-Z abaixo de -3. A medida da circunferência do braço foi menor que 115 mm. Ao exame físico, constata-se que a criança está muito emagrecida, pele com turgor e elasticidade diminuídos, ausência de gordura subcutânea, pregas cutâneas longitudinais e atrofia muscular. Não havia edema, lesões cutâneas e alteração da cor dos cabelos. O hematócrito era de 21%, Hb: 7 g/dl e VCM: 68. A forma clínica da desnutrição, o tipo de anemia e a alteração eletrolítica possível de ocorrer na fase de recuperação nutricional são, respectivamente:

A

Marasmo, ferropriva, hipofosfatemia.

118
Q

A gravidade da desnutrição pode ser feita pelos critérios de Gomez. Segundo esse escore, que relaciona o peso da criança e a média teoricamente esperada (percentil 50 na curva peso/idade), é normal quando essa relação é superior a 75%. V/F?

A

F
classificação de Gomez, que correlaciona o peso da
criança com o peso ideal para idade e sexo (percentil 50), considera eutrófica aquela criança com peso acima
de 90%. Um peso de 75% em relação ao p50 já é considerado desnutrição de segundo grau.

119
Q

A classificação da gravidade da desnutrição pode ser feita a partir de diferentes métodos. Segundo a OMS, a relação peso/altura e/ou altura/idade entre -3 escore-Z e -2 escore-Z é considerada desnutrição grave. V/F?

A

F.
Terá desnutrição grave, pela OMS, aquela criança com
relação peso/estatura abaixo do escore-Z -3.

120
Q

RN com 35s3d por avaliação Ballard, 2.200 g ao nascimento, nascido de parto cesáreo com Apgar 8/10. Apresenta, com 2h de vida: tiragem intercostal, sem batimento de aleta nasal, oximetria de pulso de 90% sem oxigênio; FR: 78irpm; FC: 148bpm; AP: MV+; SRA; AC: RCR 2T BNF s/s. Ao realizar avaliação laboratorial, mostrou hemograma e PCR normais para a faixa etária, RX de tórax normal. Qual é a mais provável causa para o desconforto respiratório?

A

TTRN

121
Q

Atualmente a indicação de reanimação neonatal depende da avaliação simultânea de alguns parâmetros: respiração, FC e coloração da pele e mucosas. V/F?

A

F

A coloração da pele não é um parâmetro que deve ser utilizado para reanimação

122
Q

Sobre o teste do pezinho, é correto afirmar que a alta precoce pode gerar falso-negativo no caso da fenilalanina. V/F?

A

V
Um dos motivos para não realizarmos o teste nas primeiras 48 horas de vida é que há um maior percentual de falso-negativos para a fenilcetonúria, pois terá havido pouco tempo de ingestão proteica.

123
Q

RN com 38s, peso de nascimento 3.250 g; parto cesárea; líquido amniótico claro; Apgar 8 e 9. Encontra se com 36h de vida, assintomático, FR: 55 irpm, em aleitamento materno no alojamento conjunto. No exame de oximetria de pulso, o resultado foi de 97% no membro superior direito e no membro inferior, de 92%. A conduta e a principal suspeita diagnóstica são, respectivamente:

A

Nova oximetria após uma hora, coarctação de aorta.
**Temos um recém-nascido com teste do coração alterado, uma vez que a diferença de saturação de oxigênio entre o membro superior direito e o membro inferior é maior que 3% e, além disso, a saturação do membro inferior é menor que 95%. Diante de um
resultado anormal devemos realizar nova aferição após
uma hora. Apenas se o resultado anormal se mantiver é
que devemos solicitar um ecocardiograma nas próximas
24h. **

124
Q

RN a termo, 38 s, parto cesáreo. Apgar 7 e 8. Peso de nascimento: 2.750 g. Nas primeiras horas de vida, desenvolve taquipneia (FR = 82 irpm), retração subcostal e batimento de aletas nasais. Ausculta pulmonar é normal. Bulhas rítmicas e sem sopros. SatO2 = 90%; foi colocado em oxigenoterapia. RX de tórax revela discreto infiltrado linear a partir dos hilos pulmonares e discreto aumento da área cardíaca. Com 24 horas de vida, o recém-nascido está bem, eupneico; SatO2 de 98% em AA. Qual o diagnóstico MAIS PROVÁVEL?

A

TTRN

125
Q

Jéssica, 25d, vem à UBS trazida pela mãe, Geralda, para consulta de rotina. É a primeira filha, nascida de parto cesáreo, com 36 semanas, peso 2.800 g, sem intercorrências. Está em aleitamento materno exclusivo. Geralda diz que as mamadas são interrompidas quando a filha dorme, mas que ela chora novamente após 1 hora e meia. Você observa que Jéssica é ativa e tem exame físico normal, mas com ganho de peso de 10 g/dia. Conduta?

A

Observar a mamada, orientar o aleitamento e retorno

em uma a duas semanas

126
Q

No sexo feminino, o pico da velocidade de crescimento costuma ocorrer entre os estágios de Tanner II e III e, tipicamente, antecede a menarca. V/F?

A

V

127
Q

RN com baixo peso ao nascimento e perímetro cefálico de 32 cm apresenta exame neurológico e estudo de imagem normais. Avaliado pelo pediatra com 1 ano de idade, verifica-se que a criança tem desenvolvimento ponderoestatural e neuropsicomotor normais. Qual é o perímetro cefálico esperado para essa idade?

A

44cm
Espera-se que, ao longo do primeiro ano de vida, ocorra um aumento de aproximadamente 12 cm no perímetro cefálico de uma criança. Esse aumento ocorre de forma desacelerada, da seguinte forma: 2 cm/mês, no primeiro trimestre; 1 cm/mês, no segundo trimestre; 0,5 cm/mês, no segundo semestre.

128
Q

Cite características de uma pega adequada.

A

O neonato que se encontra com a boca bem aberta, lábio inferior evertido, queixo tocando a mama e aréola materna mais visível acima da boca do bebê do que abaixo.

129
Q

A ginecomastia é fenômeno muito comum na puberdade masculina e pode ser encontrada em até dois terços dos jovens durante seu desenvolvimento puberal. Geralmente é bilateral e, se menor que 4 cm de diâmetro, tem 90% de chance de resolução espontânea em 3 anos. V/F?

A

V
O quadro pode ser uni ou bilateral e é até possível haver dor transitoriamente. Durante a abordagem da queixa, algumas informações devem ser pesquisadas, como o uso de drogas ou medicamentos que podem estar associados ao desenvolvimento da ginecomastia, a história familiar para o fenômeno e a presença de doenças hepáticas. Além disso, é fundamental que o estágio puberal seja avaliado. A presença de ginecomastia em indivíduos impúberes aponta para uma condição mórbida subjacente, não sendo fisiológica. Além disso, a simetria não é obrigatória para o diagnóstico de ginecomastia puberal.

130
Q

São contraindicações absolutas ao aleitamento materno:

mãe HIV positiva, tuberculose materna com doença ativa e uso de drogas antineoplásicas pela mãe. V/F?

A

F
infecção pelo HIV é, de fato, uma contraindicação absoluta para o aleitamento materno, mas o quadro de tuberculose, não. Em relação às drogas antineoplásicas, a maioria não é compatível com a amamentação, mas há uma ou outra exceção em que o uso da medicação pode ser de uso criterioso.

131
Q

O colostro possui maior concentração de proteínas, imunoglobulinas, sais, vitamina A, vitamina E e lactoferrina, com menor concentração de gordura e lactose em relação ao leite maduro. V/F?

A

V

132
Q

A betalactoglobulina é a proteína do soro de maior concentração no leite materno. V/F?

A

F

A betalactoglobulina está presente em grande quantidade no leite de vaca.

133
Q

Se a mãe apresentar vesículas de varicela até dois dias após o parto, recomenda-se o afastamento até as lesões adquirirem forma de crosta. V/F?

A

V
nos casos de varicela materna a amamentação será temporariamente contraindicada quando as lesões surgem de cinco dias antes até dois dias após o parto. O contato da criança com a mãe só deverá ser permitido na fase de crostas e a criança deverá receber a imunoglobulina específica contra o vírus varicela zóster

134
Q

Adolescente do sexo masculino, 13a, vem à consulta por apresentar aumento mamário bilateral há aproximadamente 3 meses. Ele fica muito constrangido com essa situação e evita expor-se sem o uso de camisetas. Ao exame físico, palpa-se nódulo mamário bilateral de aproximadamente 2,5 cm, que apresenta estágio de maturação sexual G3 de Tanner. Nesse caso, qual a conduta CORRETA?

A

Continuar acompanhamento clínico e orientar quanto à normalidade.

135
Q

O primeiro sinal clínico de puberdade nos meninos é
o surgimento dos pelos pubianos (G2 dos critérios de estadiamento puberal de Tanner) e ocorre a partir dos 10 anos de idade. V/F?

A

F

** o primeiro sinal é o crescimento dos testiculos (>4mL).**

136
Q

A ausência de caracteres sexuais secundários nos meninos com 13 anos de idade é indicativa de distúrbios na secreção das gonadotrofinas ou de lesão testicular e define o diagnóstico de hipogonadismo. V/F?

A

F

No sexo masculino, é considerado normal o início do desenvolvimento puberal aquele que ocorre entre 9 e 14 anos

137
Q

O início da puberdade nas meninas ocorre a partir dos 8 anos, em geral com o surgimento do broto mamário (M2 dos critérios de estadiamento puberal de Tanner). V/F?

A

V.
No sexo feminino, o primeiro sinal do desenvolvimento puberal percebido é o surgimento do broto mamário, que recebe o nome de telarca. Considera-se normal o início do desenvolvimento puberal no sexo feminino aquele que ocorre entre 8 e 13 anos. A telarca caracteriza o estádio puberal M2; o pico do estirão puberal costuma ocorrer em M3; em M4 ocorre a menarca, quando o crescimento já está desacelerado. Porém, mesmo após a menarca, continuará ocorrendo crescimento por mais alguns anos.

138
Q

Menina de 14a apresenta quadro de baixa estatura que preocupa muito seus pais. Relatam que nos últimos 3 anos cresceu 8 cm. Tem idade óssea de 12 anos. Ao exame, M1P1. Sem estigmas sindrômicos. Estatura em -2,8 desvios-padrão da média para idade e sexo. Dos dados apresentados, qual é o mais sugestivo de deficiência de GH?

A

A resposta para esta pergunta é a Velocidade de Crescimento (VC). A VC é o dado antropométrico mais importante nas avaliações de BE, pois distingue entre causas benignas e patológicas

139
Q

Paciente, sexo masculino, 13a, é trazido ao consultório com queixa de baixa estatura. Mãe refere que ele é uma criança saudável. Nega traumas ou outras queixas. Pais com estatura mediana. Nasceu com 39 s, 2.950 g e 49 cm. Ao exame físico, peso no p10, estatura abaixo do p3 (Z-score: -2,2 desvios-padrão). Estadiamento puberal: G1P1. Idade óssea: 10 anos e 6 meses. Cresceu 3 cm nos últimos 6 meses. Qual seria sua provável HD?

A

Atraso constitucional do crescimento e puberdade ou

baixa estatura constitucional.

140
Q

Entre 3 e 4 meses, o ganho ponderal esperado é de
20 g/dia e o peso está em torno do dobro do peso de
nascimento. V/F?

A

V

141
Q

O estirão de crescimento e a menarca apresentam relação direta com os estágios da maturação sexual e o conhecimento dessa relação é fundamental na abordagem da adolescente e de seus familiares, particularmente no que se refere às queixas de crescimento e de menstruação. Nas meninas, é esperado que o início do estirão de crescimento e a menarca ocorram, respectivamente, em:
(estagio de tanner)

A

M2 e M4

142
Q

Pedro, 1a, veio à puericultura e, em relação ao crescimento ponderoestatural, você espera que ele tenha duplicado o peso e a altura em relação ao nascimento. V/F?

A

F
**A criança duplica de peso com 4-5 meses, triplica de peso aos 12 meses e quadruplica com 2-2 anos e 6 meses. Espera-se que ao final do primeiro ano o ganho estatural seja metade do nascimento.
A velocidade de crescimento da criança é mais alta no primeiro ano de vida (25 cm/ano), diminuindo da seguinte forma: 12 cm/ano no 2o ano de vida; 7 cm/ano de 2-4 anos; 6 cm/ano de 4-6 anos; 5 cm/ano de 6 anos-puberdade. No pico do estirão puberal, há um aumento na velocidade de crescimento que é em torno de 8,3 cm/ano para meninas e 9,5 cm/ano para meninos.

143
Q

Uma criança de 2 anos que apresenta aumento de mamas, sem outras evidências de puberdade, pode ser considerada normal. V/F?

A

V

144
Q

O leite humano ordenhado cru pode ser estocado em refrigerador por um período máximo de 24h, a uma
temperatura de até 5ºC. V/F?

A

F
O leite cru (não pasteurizado) pode ser estocado em refrigerador por um período máximo de 12 horas, a uma temperatura de até 5°C e em congelador ou freezer por um período máximo de 15 dias, a uma temperatura de -3°C ou inferior.

145
Q

A leptina é uma adipocitocina que atua na regulação da reserva energética. É secretada pelos adipócitos e tem atuação no sistema nervoso central, promovendo menor ingestão alimentar e incrementando o metabolismo energético. V/F?

A

V

146
Q

Em relação à conduta frente a uma criança que está acometida de desnutrição grave, é CORRETO afirmar que a antibioticoterapia deve ser utilizada desde o início do tratamento, sendo a criança presumidamente portadora de infecção. V/F?

A

V

147
Q

Avaliação complementar do neonato com possibilidade
de sífilis congênita inclui um exame de VDRL no sangue
periférico e no liquor, hemograma e raio X de ossos longos. V/F?

A

V

148
Q

Penicilina G cristalina intravenosa por 21 dias é o tratamento de escolha para o recém-nascido com sífilis congênita. V/F?

A

F.
as crianças tratadas com penicilina cristalina ou procaína irão receber um tratamento com duração de apenas 10 dias, não 21.

149
Q

A dificuldade respiratória da doença da membrana hialina é iniciada entre 24 e 48h após o nascimento. V/F?

A

F
O quadro clínico tem início logo após o nascimento e vai progressivamente piorando nas primeiras horas de vida. O retardo no início do quadro clínico é algo que torna este diagnóstico menos provável e sugere outras possibilidades, como um quadro de pneumonia

150
Q

Ao nascer, a maioria dos recém-nascidos com infecção congênita por citomegalovírus é assintomática. V/F?

A

V
infecção congênita pelo CMV ocorre mais frequentemente quando a mãe se infecta pela primeira vez durante a gestação e, mais raramente, é resultado de reativação de um processo latente. Se a mãe desenvolve a infecção primária na gestação, ela transmite o vírus em 30% dos casos. Entre os RN afetados, somente 10% nascem com infecção sintomática, e a grande maioria, isto é, 90% desses bebês são ASSINTOMÁTICOS. Do grupo dos sintomáticos, 90% desses apresentam sequelas e aproximadamente 10% evoluem para óbito.

151
Q

Uma das principais complicações da fototerapia é

a hipertermia. V/F?

A

V

152
Q

A fototerapia só tem eficácia quando se utiliza acima de 15 mg% de bilirrubina indireta no soro, o que contraindica seu uso nas icterícias fisiológicas. V/F?

A

F
A fototerapia é abordagem eficaz tanto nos casos de icterícia patológica ou fisiológica, devendo ser iniciada quando houver indicação.

153
Q

RN a termo, que nasceu de parto normal, sem intercorrências. Com 12 horas de vida, iniciou febre, hipoatividade, taquipneia e desconforto respiratório. Teve piora clínica rápida, evoluindo com insuficiência respiratória. Tratando-se de quadro infeccioso, o agente etiológico mais provável é:

A

Streptococcus agalactiae
>RN com sinais clínicos de sepse neonatal precoce/
pneumonia neonatal: febre, hipoatividade, taquipneia,
desconforto respiratório. A sepse neonatal precoce consiste naquela que ocorre nos primeiros sete dias, mais comumente nas primeiras 48h de vida e está relacionada à infecção por germes da flora genital materna, ocorrida de forma ascendente ou durante o parto vaginal. O germe mais comumente envolvido é o estreptococo beta hemolítico do grupo B, Streptococcus agalactiae.

154
Q

Um RN a termo apresenta peso adequado para a idade gestacional, Apgar 9 e 10, parto normal e gestação sem anormalidade. Nas primeiras 24 horas de vida, apresenta secreção abundante, saindo constantemente pela boca, com respiração ruidosa e, às vezes, difícil. Qual é a conduta imediata?

A

Passar sonda nasogástrica.
Todo recém-nascido que apresente logo após o nascimento salivação intensa, dificuldade respiratória, tosse, cianose ou engasgos, deve nos levantar a suspeita de atresia de esôfago. Ela é a anomalia congênita mais comum do esôfago. Além de quadro clínico característico, algumas questões ainda podem referir polidrâmnio no período gestacional. A conduta imediata diante da suspeita de atresia de esôfago é a colocação de sonda nasogástrica em aspiração contínua do coto proximal e colocação da criança em posição prona para minimizar a aspiração de material proveniente do fundo de saco cego, até a correção cirúrgica definitiva. Após a passagem da sonda, é indicado radiografar. O exame mostrará a sonda enrolada no fundo de saco.

155
Q

Ante um recém-nascido com genitália ambígua, pode-se pensar em deficiência de:

A

21-hidroxilase.
Chamamos de genitália ambígua ou atípica aquela que nos deixa em dúvida acerca do sexo genético do indivíduo. A principal causa de genitália atípica com gônadas não palpáveis é uma genitália feminina virilizada durante a vida intrauterina; a principal causa disso é a hiperplasia adrenal congênita por deficiência da enzima 21-hidroxilase. A deficiência dessa enzima interfere na síntese de cortisol e mineralocorticoides e os precursores dessas vias são desviados para a síntese de androgênios da suprarrenal, levando à virilização.

156
Q

Uma criança com VDRL positivo no liquor deve ser diagnosticada como neurossífilis apenas se houver alterações na celularidade e/ou na concentração de proteínas no liquor. V/F?

A

F
A presença de VDRL positivo no liquor é indicativa de neurossífilis, mesmo se não houver qualquer outra alteração. A presença de leucocitose e de elevação na concentração de proteínas são evidências adicionais para o diagnóstico de neurossífilis.

157
Q

Os resultados falso-positivos do VDRL são conhecidos como efeito prozona. V/F?

A

F
O efeito prozona, decorrente do excesso de anticorpos, pode levar a um resultado falso-negativo, não falso-positivo. Para evitar o efeito, é feita a testagem com soro submetido à diluição prévia.

158
Q

Em RN de parto vaginal com 38 semanas, pesando 1.500 g, que apresenta hepatoesplenomegalia, petéquias, hidrocefalia, imagens compatíveis com calcificações intraparenquimatosas e coriorretinite, a infecção congênita mais comumente associada é:

A

Toxoplasmose congênita

159
Q

Na avaliação clínica do RN, a cianose central é um sinal clínico confiável para estimar hipoxemia. V/F?

A

F
A avaliação da coloração da pele e mucosas do RN não é mais utilizada para decidir procedimentos na sala de parto. Estudos recentes têm mostrado que a avaliação da cor das extremidades, tronco e mucosas, rósea ou cianótica, é subjetiva e não tem relação com a saturação de oxigênio ao nascimento.

160
Q

A associação AZT com nevirapina está indicada para a

profilaxia da transmissão vertical do HIV em RN cuja mãe não fez uso de terapia antirretroviral na gestação. V/F?

A

V

161
Q

A quimioprofilaxia da infecção pelo HIV com antirretrovirais em RNs de mães infectadas pelo HIV se mostrou eficaz quando iniciada nos primeiros 5 dias após o nascimento. V/F?

A

F
Durante todo o trabalho de parto e até o clampeamento do cordão, faremos infusão venosa de AZT para a mãe. E, ao concepto, forneceremos, pelo menos, AZT nas primeiras QUATRO semanas de vida, começando — no máximo — com 48h de vida.

162
Q

Para profilaxia da transmissão vertical do HIV, o AZT

deve ser administrado ao RN durante as primeiras 6 semanas de vida. V/F?

A

F
Durante todo o trabalho de parto e até o clampeamento do cordão, faremos infusão venosa de AZT para a mãe. E, ao concepto, forneceremos, pelo menos, AZT nas primeiras QUATRO semanas de vida, começando — no máximo — com 48h de vida.

163
Q

Para profilaxia da transmissão vertical do HIV, a nevirapina, quando indicada, deve ser administrada ao RN nas primeiras 2 semanas de vida. V/F?

A

F
Os conceptos de mães sem
TARV durante a gestação, sem carga viral de terceiro
trimestre documentada ou a partir de 1.000 cópias/ml
deverão receber, além do AZT, NVP (Nevirapina), em três doses (primeira nas 48h iniciais de vida, segunda 48h após a primeira e terceira, 96h após a segunda).

164
Q

RN tosse e engasga durante as mamadas. Acabou de apresentar um episódio de apneia durante a alimentação com cianose importante. Qual é o diagnóstico mais provável?

A

Atresia de esôfago.

165
Q

RN com quadro de angústia respiratória e cianose cíclica que melhora com choro e piora durante alimentação, associada à rinorreia hialina e impossibilidade de passar a sonda nasal. Qual é a principal hipótese diagnóstica e conduta?

A

Atresia de coanas; intubação orotraqueal–> cirurgia.
Na forma bilateral, encontramos manifestações
respiratórias e cianose que pioram com a alimentação e
melhoram com o choro (quando a criança simplesmente abre a boca!). O tratamento deve ser emergencial:
a intubação traqueal ou o uso de cânulas mantém a
perviedade do trato respiratório, mas a cirurgia de reparo é o tratamento definitivo.

166
Q

RN prematuro de 33 semanas, peso de 2.300 g, apresenta Apgar de 1, 3 e 4 no primeiro, quinto e vigésimo minutos, respectivamente. Nasceu no interior do Estado, sendo transferido para um centro terciário, chegando com 4 horas de vida. Qual a CONTRAINDICAÇÃO para se realizar a hipotermia terapêutica neuroprotetora nesse RN?

A

A idade gestacional de 33 semanas.
**A hipotermia terapêutica (33-34ºC, iniciada na UTI neonatal nas primeiras 6 horas de vida e mantida por 72 horas) é uma das estratégias de neuroproteção para melhorar o prognóstico dos neonatos com idade gestacional acima de 35 semanas, que necessitaram de reanimação na sala de parto e evoluíram com EHI moderada/grave.

167
Q

Qual é o tempo de corte para definição de sepse neonatal precoce?

A

48h

168
Q

A hemocultura, considerada padrão-ouro para o diagnóstico da sepse neonatal precoce, tem sensibilidade e especificidade altas. V/F?

A

F

Baixa sensibilidade e alta especificidade

169
Q

RN de 39 semanas, nasceu de parto vaginal, chorando e com bom tônus. Genitora fez pre-natal com 7 consultas. Refere que apresentou vulvovaginite no terceiro mês de gestação. Apresentando teste rápido para HIV e VDRL não reagentes. Conduta:

A

TERMO? BOM TONUS? BOA RESPIRAÇÃO? Se sim para as três: cuidado de rotina junto com a mãe + campleamento tardio do cordão.

170
Q

A sepse neonatal é uma possível causa de ictericia com hiperbilirrubinemia indireta. V/F?

A

F.

Na sepse há uma elevação de BD.

171
Q

Qual é a principal medida de prevenção da sepse neonatal precoce?

A

Swab retal e vaginal com 35-37s, se + para GBS, tratar.

172
Q

GUTpT, 34s, entra em trabalho de parto com tempo de bolsa rota de 20h, parto vaginal, sem intercorrências. Não realizou ATB intrapato. RN nasceu em boas condições, mas com uma hora de vida desenvolveu desconforto respiratório apresentando pontuação 4 pelo boletim de Silverman-Andersen. Tratando-se de uma sepse neonatal precoce, qual é a conduta?

A

Solicitar rastreio infeccioso completo (inclui punção de LCR) e iniciar ATB empírico com ampicilina e gentamicina.

173
Q

Quais são os componentes da Tríade de Sabin (toxo congenita)?

A

Coriorretinite, calcificações intracranianas difusas e hidrocefalia.

174
Q

Quais são as indicações de antibioticoterapia intraparto (pensando na prevenção de sepse neonatal)?

A
  • Febre intraparto
  • Parto prematuro
  • TBR>18h
  • Swab retal ou vaginal + para GBS ou não realização de rastreio;
  • Uroc com GBS;