Pediatria Flashcards
Menina, 2a, chega ao PS com história de rinorreia e tosse rouca há um dia, com piora progressiva. Apresenta-se consciente, taquidispneica, com retração de fúrcula, estridor inspiratório e SatO2: 89% em A.A. À ausculta pulmonar, MV presente com roncos de transmissão. Qual é a conduta IMEDIATA?
Nebulização com solução de epinefrina.
O quadro é típico de obstrução inflamatória infraglotica (crupe), e a conduta depende da gravidade. No caso descrito, a adrenalina seria necessária para reduzir o edema de laringe inicialmente, mas posteriormente seria realizada a manutenção com corticoides.
Menino, 1a, apresenta-se com tosse há 5d, de início seca e a seguir produtiva, associada à dispneia progressiva e surgimento de sibilância. Apresenta coriza hialina e febre baixa. Ao exame físico: EGreg; desnutrição leve; hidratado; afebril; corado; com cianose de extremidades; FR = 80 irpm; uso de musculatura acessória importante, e, na ausculta pulmonar, presença difusa de sibilos e estertores subcrepitantes. Diante desse caso, qual é o diagnóstico PROVÁVEL?
Bronquiolite Viral aguda.
Qual é a história clinica típica de um paciente com bronquiolite?
A história típica é a de um lactente que apresenta um quadro semelhante ao de um simples resfriado comum, mas evolui com taquipneia e sibilância. Eventualmente, a radiografia de tórax poderá ser realizada, mas vai demonstrar tão somente sinais de hiperinsuflação.
Quando um paciente com bronquiolite deve ser internado?
A internação está indicada quando há sinais de gravidade (idade inferior a 4 a 6 semanas; não aceitação da ingesta, desidratação; letargia; história de apneia; taquipneia moderada a grave), comorbidades ou necessidade de oxigenoterapia (SatO2<91%).
Qual é o tratamento da bronquiolite?
Suporte: hidratação, controle da temperatura e oxigenioterapia se SatO2 menor que 91%.
Em lactentes, qual é a definição de pneumonia muito grave? Qual é o melhor esquema ATB?
Os critérios que definem PNEUMONIA MUITO GRAVE são cianose central, dificuldade respiratória grave, incapacidade de beber, alteração do estado de consciência, hipoxemia e comprometimento importante do estado geral. Nas pneumonias muito graves, além da internação, deve-se associar ceftriaxona e oxacilina.
Em lactentes, qual é a definição de pneumonia grave? Qual é o melhor esquema ATB?
Os critérios que definem PNEUMONIA GRAVE são a tiragem subcostal, uso de batimento de asas de nariz, e a presença de derrame pleural. Nas pneumonias graves, a conduta é internação e início de penicilina cristalina.
A suplementação com zinco em crianças com diarreia aguda reduz mortalidade e internações. V ou F?
V.
O zinco reduz a mortalidade em 46% e as internações em 23%. A OMS recomenda para os menores e maiores de seis meses, durante 10 a 14 dias.
Quando indicar drenagem torácica em pacientes pediátricos com derrame pleural parapneumônico?
OBS: toracocentese é sempre indicada, o que indica a drenagem são alterações no estudo do liquido.
As diretrizes para tratamento de pneumonia na infância indicam a drenagem na presença das seguintes alterações: presença de pus, pH < 7,2, glicose < 40 mg/dl ou a identificação de bactérias no líquido pleural.
OBS: toracocentese é sempre indicada, o que indica a drenagem são alterações no estudo do liquido.
Menina, 11a, apresenta, há cerca de quatro dias, quadro de febre alta, descarga nasal purulenta e tosse persistente. Evoluiu com cefaleia frontal, edema palpebral e hiperemia em olho esquerdo. DIAGNOSTICO?
Celulite orbitária (complicação grave da sinusite bacteriana aguda).
Menino, 4a, com história de tosse há 4 semanas. A mãe refere que no início apresentou quadro de resfriado com febre baixa por 3d. Não possui antecedentes familiares de asma ou rinite. Ao exame físico: FC=115 bpm; FR=21 irpm; afebri, otoscopia normal, orofaringe normal, rinoscopia com secreção aquosa, ausculta pulmonar com estertores grossos. DIAGNOSTICO?
Sinusite bacteriana aguda.
Menino, 1a, é levado ao PS com história de que há 3d tem diarreia semilíquida, com muco e sangue, febre (38,5ºC), vômitos pós-alimentares e redução do volume urinário há 24 horas. Ao exame físico, o paciente encontrava-se irritado, com palidez cutâneo-mucosa (+3/+4), equimose em membros, edema palpebral bilateral (+2/+4) e PA=140 x 100 mmHg. Com base nos dados clínicos, qual é o diagnóstico mais provavel?
Síndrome Hemolítico Urêmica secundária a infecção por Shigella ou E.Coli produtora de toxina shiga-like (ECEH).
Menino, 3a, previamente hígido, chega à emergência com história de diarreia e vômitos há 4 dias, redução do volume urinário há 24h. Na avaliação inicial, apresenta-se sem edema, taquipneico com FC=130 bpm; PA=100x60 mmHg; SatO=96%. Exames laboratoriais: Na=130 mEq/L; K=5,0 mEq/L; bicarbonato=13 mEq/L; Ur= 62 mg/dl; Cr= 1,4mg/dl; fração de excreção de Na < 1%. Qual a conduta imediata?
Expansão volêmica com soro fisiológico 0,9%.
Lactente, 5m, chega ao hospital com história de 6 episódios de fezes líquidas há 1d, 3 episódios de vômito, febre não medida e irritabilidade. Está em aleitamento artificial. Exame físico: fontanela deprimida, choro sem lágrimas e turgor elástico; perfusão periférica normal. DIAGNOSTICO E CONDUTA?
Diarreia aguda com desidratação, terapia de reidratação oral.
Não há sinais que apontem para uma desidratação grave (como letargia, alteração dos pulsos, olhos muito fundos…) e, desse modo, o tratamento é feito com a terapia de reidratação oral.
Criança com faringoamigdalite tratada com penicilina benzatina evoluindo com linfonomegalia difusa + esplenomegalia. DIAGNOSTICO?
Mononucleose infecciosa.
Pré-escolar com síndrome da imunodeficiência adquirida e pneumonia lobar à direita, com pequeno derrame pleural. Qual é o agente etiológico mais provável?
Streptococcus pneumoniae.
As pneumonias estafilocócicas evoluem com a formação de derrames mais comumente que as pneumonias pneumocócicas. Porém, como essas últimas são mais comuns, este continua sendo o agente mais comumente encontrado mesmo em vigência desse tipo de complicação.
Lactente, 6m, pesando 7 kg, está com diarreia líquida há dois dias, sem muco, pus ou sangue, com vômitos e febre (38°C em média) há um dia. Após avaliação pelo pediatra, é classificado como plano B. Como será feita a hidratação?
A criança deverá ser reidratada na unidade de saúde; a solução usada deve ser a solução de reidratação oral; durante a terapia de reidratação oral a alimentação deve ser suspensa, sendo permitido apenas o oferecimento de leite materno.
A OMS recomenda a oferta de 75 ml/kg em um período de 4 horas; o Ministério indica o uso de 50-100 ml/kg em um período de 4 a 6 horas
Menino, 2a, há dois dias apresenta coriza, tosse seca e temperatura axilar de 37,9°C. Tosse torna-se metálica, com choro rouco, estridor inspiratório e dificuldade para respirar. Como deve ser feito o manejo inicial?
Nebulização com adrenalina e corticoide sistêmico.
As diarreias com acometimento do intestino delgado
proximal costumam ser quadros que levam à presença de leucócitos nas fezes. V ou F?
F.
Leuco nas fezes é positivo nas diarreias de delgado distal.
Como é feito o diagnostico de uma desidratação grave? (deve ser manejada no Plano C)
Dois dos seguintes sinais:
1- Letárgica ou inconsciente; 2- Olhos fundos; 3- Não consegue beber ou bebe muito mal; 4- Sinal da prega: a pele volta muito lentamente ao estado anterior (> 2s).
Lactente, 4m, com quadro inicialmente de tosse seca, que após uma semana apresenta características de acessos súbitos de paroxismos, em uma única expiração e seguida por inspiração profunda (em guincho) levando na maioria das vezes a episódios eméticos. Durante os acessos de tosse, podem ser observadas congestão facial e cianose. DIAGNOSTICO?
Coqueluche
Qual é a principal causa de disenteria em nosso meio?
Shigelose
A presença de sangue nas fezes em um lactente pequeno sempre deve levantar a possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca. V ou F?
V
A presença de petéquias no palato é um sinal específico de faringoamigdalite estreptocócica. V ou F?
V
Qual o achado na otoscopia de maior valor preditivo positivo para o diagnóstico de OMA em crianças?
Abaulamento da membrana timpânica.
Escolar, 6a, apresenta quadro de tosse seca e adinamia há 7d. Teve coriza clara no início do quadro e apresentou alguns episódios de febre baixa no período. O exame físico revela taquidispneia leve, discreta sibilância bilateralmente. RX de tórax mostra infiltrado reticular bilateral. A principal hipótese diagnóstica/ agente etiológico seria:
Pneumonia por Mycoplasma pneumoniae.
Fala a favor de mycoplasma: a partir dos cinco anos
as infecções por Mycoplasma tornam-se mais frequentes; evolução arrastada; padrão radiográfico.
Cefaleia e dor facial são manifestações frequentes da sinusite bacteriana aguda em crianças. V ou F?
F.
A tosse persistente após resfriado é a manifestação mais comum.
O tratamento inicial da sinusite bacteriana aguda não complicada pode ser feito com amoxicilina. V ou F?
V
As radiografias dos seios da face são úteis para confirmar a sinusite bacteriana aguda e devem ser solicitadas para avaliação diagnóstica. V ou F?
F.
Os exames radiológicos não estão indicados em menores de 5 anos, pois podem estar alterados até mesmo em crianças saudáveis e não são capazes de realizar diferenciação etiológica.
Quando a pneumonia pode ser tratada ambulatorialmente?
Quando não há sinais clínicos de gravidade (cianose central, dificuldade respiratória grave, tiragem subcostal, incapacidade de aceitar líquidos) ou complicações radiológicas (derrame pleural, pneumatoceles ou abscessos).
Faz parte do tratamento da diarreia aguda: orientação quanto a redução no consumo de alimentos com lactose. V ou F?
F
A introdução de leite sem lactose é uma medida terapêutica plausível apenas para casos de diarreia persistente (que duram mais que 14 dias), pois a permanência dos sintomas pode ser decorrente de uma intolerância transitória à lactose
Criança, 2a, é levada ao PS apresentando “tosse de cachorro”, rouquidão e estridor inspiratório. Não apresenta febre e o início foi súbito, durante a madrugada, estando com discreta coriza há um dia. Exame físico: EGB, sem cianose ou dificuldade respiratória; oximetria de pulso normal. A prescrição a ser feita neste caso é:
Corticoterapia.
uso da nebulização com adrenalina só está indicado nos casos de crupe moderado ou grave. Clinicamente, isso significa estridor em repouso moderado a intenso, possível necessidade de intubação, angústia respiratória e hipóxia.
O que explica a intolerancia a lactose desenvolvido apos quadro de diarreia aguda?
Durante um primeiro insulto infeccioso à mucosa intestinal, a borda em escova das microvilosidades intestinais é “perdida”, e com ela, tem-se uma depleção da enzima lactase, presente no topo destas microvilosidades.
Com isso, o paciente pode apresentar uma diarreia persistente por intolerância à lactose (>14d) secundária a uma diarreia aguda viral.
Qual é o melhor tratamento para uma criança com diarreia aguda e desidratação moderada?
Sais de reidratação oral em volume de 50 a 100 ml/kg em 4 a 6 horas.
Transmitida por meio de água e alimentos contaminados, apresenta período de incubação variando de horas a 5 dias. A infecção leva a vômitos e diarreia com grande perda de água e eletrólitos, podendo evoluir rapidamente para choque e óbito.
Qual é o agente etiológico mais provável?
Vibrio cholerae
Por que não se deve usar ATB ou antispasmódico em diarreia por E. coli entero-hemorrágica (ECEH)?
O uso de ATB e/ou antiespasmódicos tem sido associado a aumento do risco de SHU nesses casos.
Lactente, 4m, é levado à consulta com história de diarreia há 2d, média de 5 evac/dia, fezes líquidas, amareladas, sem sangue, associada a vômitos e febre de 38°C. Ao exame físico, sinais de desidratação moderada. O rotavírus seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?
V
Menino, 3a, com história de febre e diarreia há 2d, sem sangue ou muco. Apresenta-se com saliva espessa,
olhos fundos, choro com poucas lágrimas e enchimento capilar menor que três segundos. A Shigella seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?
F.
A diarreia por shigella é invasiva: muco/sangue nas fezes.
Os vômitos são intensos, incoercíveis e precedem a
diarreia de um a dois dias, podendo manifestar-se isoladamente e com duração prolongada. O rotavírus seria o agente etiológico provável para este caso. V ou F?
V
Mãe traz seu filho com uma semana de vida para consulta, em aleitamento materno exclusivo. A queixa é a de que “toda vez que mama, evacua”. Qual é a sua conduta?
ORIENTAR A MÃE QUANTO A BENIGNIDADE DO QUADRO. Existem lactentes que evacuam diversas vezes ao dia, após cada uma das mamadas. A causa disso é tão somente um reflexo gastrocólico exacerbado. Havendo bom ganho ponderal e ausência de outras manifestações, não há razão para investigar qualquer possível causa de diarreia crônica e, muito menos, suspender o aleitamento.
Menina, 3a, apresenta histórico de dores abdominais associadas à cólicas e diarreia aquosa há 2 dias. Apresentou convulsão breve generalizada e foi hospitalizada. Após 24h de internação, a diarreia torna-se profusa e com sangue. Qual é agente causador mais provável da gastroenterite da menina?
Shigella
Gestante com 35 semanas e 2 dias de gestação evolui
para parto vaginal sem intercorrências. O pré-natal foi
adequado e a sorologia para hepatite B revelava HBsAg positivo. O recém-nascido é PIG, com peso de nascimento de 1.850 g. Qual a conduta a ser adotada para a prevenção da hepatite B neste caso?
Vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida
e imunoglobulina específica contra a hepatite B.
Os RN de qualquer peso ou idade gestacional, filhos de mãe HBsAg positivas, devem receber imunoglobulina e vacina.
Atualmente, no calendário do PNI do MS, a rotina para crianças até 15 meses de idade conta com duas vacinas contra a mesma doença: uma produzida com agente etiológico atenuado e outra preparada com agente etiológico inativado. Qual é essa doença?
Poliomielite
Em 2016, o calendário da criança passou a recomendar que as três doses do esquema (aos 2, 4 e 6 meses) fossem feitas com a VIP e os reforços (aos 15 meses e 4 anos) com a VOP.
Após o esquema completo de vacinação contra
Bordetella pertussis, que ocorre aos 15 meses, a criança é considerada imunizada e protegida contra a coqueluche, não sendo mais possível desenvolver a doença. V/F?
F
Criança, 18m, procedente da zona rural, com o cartão de vacinação registrando apenas a primeira dose da vacina contra hepatite B, dá entrada em ambulatório de puericultura. Segundo as recomendações do PNI, NÃO se recomendará mais para ela a seguinte vacina:
Rotavirus
É recomendada em duas doses, aos dois e quatro meses. A primeira dose só pode ser feita até 3 meses e 15 dias; a segunda dose tem idade limite de aplicação de 7 meses e 29 dias. O intervalo entre as doses é de, no mínimo, quatro semanas. Assim, esta criança com 18 meses não poderá mais receber esta vacina.
Qual das vacinas abaixo está contraindicada para um paciente em quimioterapia? a) Rubéola. b) Hepatite B. c) Tétano. d) Influenza. e) Pneumococo
A) Rubéola
Dentre as vacinas indicadas, a única de agente vivo é a vacina contra a rubéola
A primeira dose da vacina de hepatite deve ser idealmente aplicada nas primeiras 24 horas de vida; a segunda dose, com 1 mês; e a terceira dose, aos 4 meses de vida. V/F?
F
A primeira dose da vacina contra hepatite B é feita
preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Após
isso, a criança receberá mais três doses na forma de
pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses
A DTP deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses; o primeiro reforço, aos 15 meses; e o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. V/F?
V
De fato, é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses, na forma de pentavalente) e depois são feitos dois reforços, aos 15 meses e 4 anos.
A primeira dose de poliomielite deve ser obrigatoriamente com a forma inativada (VIP), podendo as demais doses ser feitas com a forma inativa ou oral atenuada (VOP). V/F?
F
A vacina oral é feita apenas nos reforços (aos 15 meses e 4 anos) e durante as campanhas, para as crianças que já tenham recebido anteriormente as doses de vacina inativada.
Você recebe o resultado de uma cultura de liquor positiva para Haemophilus influenzae tipo B (Hib) de uma criança de 7m com meningite. Ao avaliar a sua carteira de vacinação, você observa que ela está em dia, com 3 doses da vacina pentavalente. A conduta mais adequada após a recuperação clínica da criança é administrar uma dose de reforço da vacina Hib. V/F?
F
Uma vez que a criança já está comprovadamente vacinada, não há recomendações para que seja reiniciado o esquema. Porém devemos ter a seguinte preocupação: sabemos que a presença de uma infecção grave, como a meningite pode ser sinal de alarme para uma imunodeficiência primária.
Menino, 6a, é atendido com febre e com aumento de volume unilateral na região cervical, ao longo da mandíbula, acompanhado de dor. O exame clínico é compatível com parotidite infecciosa. Não há registro de surto local e, de acordo com sua caderneta, recebeu uma dose de tríplice viral (SCR) e uma dose de tetra Viral (SCR com varicela), até o momento. Diante do
quadro, a orientação é de repouso, afastamento escolar e notificação compulsória da doença. V/F?
F
Na suspeita de caxumba, não há necessidade de notificação (esta fica restrita às situações de surto)
Menino, 6a, é atendido com febre e com aumento de volume unilateral na região cervical, ao longo da mandíbula, acompanhado de dor. O exame clínico é compatível com parotidite infecciosa. Não há registro de surto local e, de acordo com sua caderneta, recebeu uma dose de tríplice viral (SCR) e uma dose de tetra Viral (SCR com varicela), até o momento. Diante do
quadro, a orientação é de repouso, analgésico e observar quanto ao aparecimento de outros sinais.
V
Mãe amamenta exclusivamente ao seio seu filho de 10d. Viajará, em 15d, para cidade em área com recomendação de vacinação contra febre amarela. No que tange à prevenção desta doença, o aleitamento materno deve ser:
Suspenso durante o período de 10 dias.
A recomendação habitual é de que, anteriormente à vacinação, a mãe seja orientada a ordenhar e armazenar o leite que será oferecido no período em que a amamentação estiver suspensa (10 dias após a vacinação).
Menina, 12m, foi levada pela mãe à unidade básica de saúde para receber as vacinas. A cobertura vacinal, até o momento, estava completa. De acordo com o PNI, que vacinas devem ser aplicadas?
Atualmente, aos 12 meses realiza-se a tríplice viral, o reforço da pneumo-10 e o reforço da meningocócica.
Você atende um escolar de 8 anos que sofreu um acidente em um parquinho (queda de um brinquedo) e apresenta ferimentos extensos, profundos e sujos em membros superiores, inferiores e face. Além da limpeza das lesões, qual a conduta profilática em relação ao tétano, considerando que seu calendário vacinal encontra-se atualizado de acordo com o PNI?
Reforço com vacina dT na adolescência.
**Nosso paciente é um escolar com situação vacinal
completa, que recebeu a última dose da vacina há
menos de cinco anos (considerando-se que o segundo
reforço da DTP foi feito aos 4a). Sempre que o paciente tiver recebido esquema vacinal completo e a última dose tiver sido administrada há menos de 5a, seja o ferimento de risco mínimo ou de alto risco, não há necessidade do uso de nenhuma medida específica.
Quando o esquema é completo e a última dose foi entre 5 e 10 anos, deve-se “antecipar o reforço”, administrando uma nova dose da vacina. A próxima dose será feita apenas na adolescência (lembre-se de que há recomendação de um reforço com a dT a cada 10 anos).
O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento
adverso que pode ocorrer após vacinação. Sobre este
episódio, é correto afirmar que corre nas primeiras 48 horas após administração da vacina, é mais frequente com a DTP acelular. V/F?
F
O episódio hipotônico-hiporresponsivo é um evento adverso que já foi descrito em associação com algumas vacinas, mas que está tipicamente relacionado com a vacina DTP celular.
Segundo a SBP, é correto afirmar sobre a vacina pneumocócica conjugada não induz memória imunológica em crianças pequenas e, por isso, deve ser utilizada apenas após um ano de idade. V/F?
F
Pela SBP, a vacina pneumocócica está recomendada para todas as crianças de até 5 anos de idade. Recomendam-se três doses da vacina pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses), e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida (lembre-se de que desde janeiro de 2016 o Ministério
da Saúde passou a recomendar apenas duas doses
desta vacina durante o primeiro ano de vida). Como é uma vacina conjugada, pode ser usada a partir dos dois meses (diferentemente do que ocorre com a vacina polissacarídica, que só é feita após os dois anos).
A vacina da febre amarela não deve ser administrada
no mesmo dia que a tríplice viral pelo risco de interferência e diminuição de imunogenicidade. V/F?
V
Qual das vacinas abaixo pode acarretar complicações ao ser utilizada concomitantemente ao AAS?
a) Febre amarela.
b) Varicela.
c) BCG.
d) Hepatite B.
B) Varicela.
**É bem sabido que o uso de AAS, em vigência de algumas infecções, pode estar relacionado com o desenvolvimento da síndrome de Reye. As principais infecções implicadas são as pelo vírus influenza e pelo vírus varicela-zóster. Justamente por isso, pacientes usuários crônicos de AAS têm recomendação especial para receber a vacina contra esses agentes pelos centros de referência para imunobiológicos especiais. Porém, como a vacina contra varicela é composta pelo vírus vivo atenuado, o uso do AAS deverá ser suspenso por seis semanas após a administração da vacina.
Um médico de família recebe um recém-nascido de três dias de vida levado pela avó que está preocupada em aplicar a vacina BCG no bebê, pois a mãe recebeu o diagnóstico de tuberculose bacilífera na alta da maternidade ocorrida no dia anterior. O médico orienta o uso de isoniazida por três meses na criança. Quanto à intervenção realizada, pode-se afirmar que foi correta?
Sim.
Em filhos de mães com tuberculose pulmonar bacilífera deve-se adiar a vacinação com a BCG, e administrar isoniazida por 3 meses (quimioprofilaxia primária). Após esse período, deve-se realizar a prova tuberculínica. Se a criança for reatora (≥ 5 mm), a quimioprofilaxia deve ser mantida por mais 3–6 meses; se não for, interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se com a BCG. Devemos lembrar que o aleitamento não está contraindicado.
Segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI), o esquema vacinal para a vacina pneumocócica 10 em uma criança de até 1 ano e 6 meses de idade, com o
calendário em dia, é:
Primeira dose com 2 meses, segunda dose com 4 meses
e reforço aos 12 meses.
Quais são as vacinas recomendadas rotineiramente durante o pré-natal em gestantes de risco habitual?
As vacinas que são recomendadas para a gestante são a vacina contra hepatite B (3 doses, levando-se sempre em conta a situação vacinal anterior), a vacina contra influenza (feita em todas as gestantes durante a campanha anual) e a dTpa (feita em todas as gestantes a partir da 20a semana de gestação; caso a paciente tenha menos do que três doses de vacina antitetânica, poderá receber também a vacina dT).
Menina, 4m, vem à consulta médica trazida pela mãe, que está bastante preocupada, pois a filha não apresentou a reação esperada da BCG. O pediatra constata que não tem cicatriz da vacina na região deltoide do braço direito. Qual é conduta mais indicada nesse caso?
Orientar a mãe que sua filha é considerada imunizada, mesmo sem a cicatriz, não necessitando uma revacinação.
Criança com 4 meses de idade procura UBS para
receber vacinas atrasadas. Ela ficou internada por 15
dias devido a quadro de bronquiolite. Mãe está preocupada porque a criança só recebeu vacinas até 2 meses de idade. Quais vacinas ela deve receber hoje?
Meningo C, penta (DPT, Hib, Hep. B), VIP, rotavírus, pneumo-10.
Criança em uso regular de corticoterapia em aerossol
inalatório só pode receber vacinas com vírus inativado. V/F?
F
As vacinas de agentes vivos estarão contraindicadas para os pacientes que fazem corticoterapia em doses imunossupressoras (prednisona na dose de 2 ou mais mg/kg/dia por mais de 14 dias). Pacientes que fazem terapia tópica ou inalatória podem receber qualquer
vacina sem restrições.
RN de mães HBsAg positivo devem receber a vacina contra a hepatite B e imunoglobulina humana específica contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas de vida. V/F?
V
Sabemos que todos os RN devem receber a vacina contra a hepatite B preferencialmente nas primeiras 12h de vida. Os RN filhos de mulheres sabidamente portadoras crônicas do vírus devem receber a vacina mais a imunoglobulina específica para hepatite B, administradas em grupos musculares separados. Ambas devem ser realizadas o mais precocemente possível, nas primeiras 12 a 24h de vida. A vacinação isolada nas primeiras 12h após o nascimento é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B; é possível que a adição de imunoglobulina confira uma pequena proteção adicional.
Criança de 3 anos, saudável, com contato domiciliar
com familiar em tratamento para Aids, deve receber a vacina antipoliomielite oral. V/F?
F
os contactantes domiciliares de imunodeprimidos não devem receber a vacina oral de poliomielite. O vírus vacinal é eliminado nas fezes e pode contaminar esses contactantes, que poderão desenvolver paralisia pelo vírus vacinal.
Quando deve ser feita a vacina contra Hepatite A?
Deve ser realizada em crianças de 15 meses até 04 anos de idade (03 anos, 11 meses e 29 dias) por via IM
Quem deve receber vacina para prevenção do herpes zoster?
Seu uso é permitido a partir dos cinquenta anos em dose única, por via subcutânea, mas a Sociedade Brasileira de Imunizações a recomenda a partir dos 60 anos. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado e, por isso, não deve ser empregada em indivíduos com estados de imunodeficiência ou em uso de terapêuticas em posologias consideradas imunossupressoras. A vacina é igualmente indicada para indivíduos que tenham tido zóster no passado, desde que tenha se passado pelo menos um ano da infecção aguda.