Pediatria Flashcards

1
Q

Defina diarreia aguda, persistente e crônica

A

Diarreia aguda > 7 a 14 dias (pode ser aquosa ou com sangue)
Diarreia persistente > 14 a 30 dias
Diarreia crônica > mais de 30 dias

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2
Q

Principais agentes da diarreia aguda 1-virais, 2-bacterianos, 3-parasitários

A

1- Rotavírus (principal), adenovírus e norovírus
2- E. coli, Salmonella, Shigella
3- Giardia, Entamoeba

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3
Q

Exames complementares para se lançar mão e sua utilidade na diarreia aguda

A
  • Hemograma > descobrir etiologia
  • Ionograma > casos graves, avaliar gravidade
  • Gasometria > em caso de acidose metabólica
  • Parasitológico de fezes
  • Coprocultura > avaiar bacteriose
  • Pesquisa de vírus nas fezes
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4
Q

Parâmetros para avaliar gravidade da diarreia aguda (7)

A
  1. Estado geral (ativo/irritado/letárgico)
  2. Sede (sem sede/sedento/não consegue ingerir)
  3. Umidade das mucosas (úmida/seca/muito seca)
  4. Perda de peso (Sem perda/menos de 10%/mais de 10%)
  5. Pulso (Cheio/Cheio/fraco ou ausente)
  6. Sinal da prega (Ausente/lentificado/muito lentificado)
  7. Olhos (Normais/fundos/fundos)
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5
Q

Como diagnosticar desidratação leve na diarreia aguda?

A

2 ou mais parâmetros abaixo:
- Irritado, hipoativo
- Com sede
- Olhos fundos
- Sinal da prega > desaparece lentamente
- Boca seca
- Perda de até 10% do peso

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6
Q

Como diagnosticar desidratação grave?

A

2 ou mais dos parâmetros abaixo:
- Comatoso, hipotônico, letárgico
- Pulso diminuido ou ausente
- Mucosa muito seca
- Incapaz de ingerir líquido
- Perda de peso maior que 10%
- Sinal da prega > muito lentamente mais de 2seg

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7
Q

Explique o plano A na diarreia aguda

A
  • Soro de rehidratação oral a cada episódio de diarreia
    < 1 ano: 50 a 100ml
    > 1 ano: 100 a 200ml
    > 10 anos: volume tolerado
  • Explicar aos pais a importância de avaliar os sinais de alerta e estimular higiene pessoal e da casa
  • Reposição de zinco até os 5 anos
    <6 meses: 10mg. >6 meses: 20mg
  • Manter alimentação habitual
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8
Q

Sinais de alerta na diarreia aguda (7)

A
  1. Não melhora em 2 dias
  2. Aumento da frequência ou piora da consistência da diarreia
  3. Aumento da sede
  4. Recusa alimentar
  5. Diminuição da diurese
  6. Sangue nas fezes
  7. Vômitos repetitivos
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9
Q

Explique o plano B na diarreia aguda

A
  • SRO contínuo com volume tolerado pelo paciente (em média 50 a 100ml a cada 4/6h)
  • Reposição de zinco até os 5 anos
  • Reavaliação do paciente para retornar ao plano A com o cessamento da desidratação
  • Orientação dos pais sobre higiene e sinais de alerta
  • Ondansetrona, se vômito
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10
Q

Explique o plano C na diarreia aguda hipotônica

A
  1. SF 0,9%
    < 1 ano: 30ml na 1a hora, 70ml nas 5h depois
    > 1ano: 30ml nos primeiros 30min, 70ml nas 2,5h depois
  2. Fase de manutenção: 4/1 soro glicosado 5% + SF 0,4%
    <10kg: 100ml/kg
    >10kg: 1000ml + 50ml/kg a mais
    >20kg: 1.500ml + 20ml/kg a mais (no máximo 2000ml)

Quando puder, retornar a SRO associado à hidratação EV

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11
Q

Tratamento farmacológico na dirreia aguda

A
  • Antipirético: se febre ou dor
  • Antibiótico: em caso de suspeita de causa bacteriana, sempre em imunossuprimidos (independente da causa)
  • Antiparasitário: se causa parasitária
  • Probiótico
  • Zinco: até os 5 anos para evitar diarreia recorrente
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12
Q

Explique o plano C na diarreia aguda isotônica

A

Expansão:
50ml/kg de SF0,9% por 30 min (repetir por no máximo mais 2 ciclos ou até o paciente urinar)

Manutenção:
- SG5% 100ml/kg (vale até os 10kg, depois 50ml por cada kg adicional, depois dos 20kg, 20ml por cada kg a +)
- NaCl20% 40ml/1000ml de SG
- KCl 19,1% 10ml/1000ml de SG

Reposição:
- 100ml/kg de SF0,9% + SG5% 1/2
- 1ml/kg de KCl19,1%

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13
Q

Diagnóstico com base na gravidade da diarreia

A

Leve: até 5 evacuações
Moderada 5-10 evacações
Grave: mais de 10 evacuações

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14
Q

Diagnóstico anatômico da diarreia aguda, descreva-o

A

Diarreia alta
- Ocorre no delgado
- Geralmente mais aquosa e de grande volume
- Não costuma ter característica invasiva (geralmente não causa disenteria) > menos esforço da musculatura

Diarreia baixa
- Ocorre no grosso
- Menor volume, maior frequência
- Maior a chance de assumir característica invasiva

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15
Q

Classifique quanto à fisiopatologia da diarreia: 1-Osmótica, 2- Secretora, 3-Inflamatória 4- Esteatorreica/disabsortiva

A

1- Acúmulo de solutos inabsorvíveis no lúmen intestinal, os quais são osmoticamente ativos e atraem a água para a alça
2- Distúrbio hidroeletrolítico, levando a aumento da secreção e diminuição da absorção (age geralmente no cotransporte sódio/cloreto)
3- Presença de sangue, pús e muco leva a distúrbio de absorção
4- Por grande quantidade lipídica, ocorre disabsorção dessas substânias no delgado

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16
Q

Fatores de risco da diarreia persistente

A
  • Menores de 1 ano
  • Baixas condições socioeconômicas
  • Pré-termo e baixo peso
  • Ausência de aleitamento materno
  • Desnutrição
  • Infecções prévias
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17
Q

Tratamento diarreia persistente

A
  • Em caso bacteriano ou parasitáro, lançar mão de antibiótico ou antiparasitário
  • Em alguns casos será necessário rever alimentação, como uma intolerância ou doença celíaca/pancreática
  • Probiótico hoje é bem aceito em todos em casos de diarreia
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18
Q

Fatores ao analisar diarreia crônica na criança (6)

A
  • Fatores socioeconômicos: água potável, saneamento?
  • Classificação nutricional: o desnutrido pode ter diarreia prolongada
  • História alimentar completa
  • Caracterizar número, aspecto e duração das evacuações
  • Questionar sintomas associados (febre, despertar noturno, perda de peso, dor abdominal)
  • Tratamentos utilizados
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19
Q

Tente diagnosticar com base nesses cenários acerca da diarreia 1- Ocorre somente durante o dia mas sempre, 2- Noturna também, 3- Sanguinolenta, 4- Excesso de sucos 5- Com presença de flatulência 6- Com escape fecal porém sem evacuações de fato

A

1- Diarreia funcional ou osmótica por intolerância a alimento
2- Infecção, causa orgânica
3- Infecção, fala a favor de causa secretiva invasiva (como Sanmonella, Shigela)
4- Diarreia osmótica (excesso de componente osmoticamente ativo)
5- Má absorção de carboidratos
6- Constipação (escape do líquido, porém o bolo fecal impede a saída de fezes de fato)

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20
Q

O consenso internacional de Roma IV padroniza os distúrbios do eixo intestino-cérebro em 7 grupos, quais são eles?

A
  1. Regurgitação
  2. Constipação
  3. Disquesia
  4. Cólica do lactente
  5. Diarreia funcional
  6. Síndrome dos vômitos cíclicos
  7. Síndrome da ruminação
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21
Q

Defina regurgitação no lactente e diferencie de refluxo e vômito

A

Regurgitação é quando o movimento retrógrado estomacal passa a ser visualizado à boca. No lactente, geramente ocorre por iaturidade do esfínter esofágico inferior, que costuma estar relaxado, permitindo a volta do alimento

  • Diferenciando-o de refluxo, que não se visualiza, porém constuma ser sintomático
  • Já vômito é um reflexo neurológico de expunsão do conteúdo gástrico, exige esforço da musculatura abdominal
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22
Q

Critérios de diagnóstico da regurgitação do lactente (3)

A
  • Ter entre 3 meses e 1 ano
  • Regurgitar 2+ vezes ao dia por 3 semanas ou mais
  • Ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apnéia, déficit postural ou alimentar
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23
Q

Na regurgitação do lactente, existem três cenários, descreva-os e trate-os:
1- Maria aparecida (feliz, não se importa com as regurgitações)
2- Maria das dores (sente um pouco de incômodo)
3- Maria do socorro (regurgitação complicada)

A

1- Não tem sintomas, não apresenta incômodo, não há perda de peso. Nesse caso, não há tratamento! Tende a cessar até os 12 meses

2- Chora e agita com as regurgitações, exige algumas orientações, como:
- Evitar hiperingestão, amamentar de forma fracionada
- Não deitar assim que mama, esperar 20-30min
- Dormi em decúbito dorsal
- Para não estressar os pais, pode indicar uso de espesante na mamada, mas não impede o refluxo, passa a ser menos externado
- Se necessário, pensar em fórmula específica do DRGE

3- Essa, pode ter sintomas asociados, comos vômitos biliosos, distenção abdominal, alteração do sono e alimentação, além de perda de peso
- Reeducação, assim como Maria das Dores
- Se não houver melhora com reeducação, avaliar possibilidade de APLV (a mãe pode suspender leite de vaca de sua alimentação como teste) > só se não preencher todos os critérios de roma IV
- Avaliar hipótese de DRGE também > testar formula específica do DRGE se não preencher todos os critérios

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24
Q

Por que a regurgitação no lactente tende a cessar com 12 meses?

A

Porque os estímulos contra-refluxo se refinam até o primeiro ano de idade, como por exemplo a contratura do esfíncter esofágico inferior, permitindo que o conteúdo gástrico não suba ao esôfago pós deglutição.

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25
Q

Defina síndrome da ruminação

A

Regurgitação do conteúdo gástrico para cavidade oral com comportamento de autoestimulação, seguido de deglutição do conteúdo depois. Geralmente associada a privação social prolongada

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26
Q

Critérios de Roma IV ao diagnosticar síndrome da ruminação

A
  1. Contração repetida do músculo abdominal, língua e diafragma (caráter de autoestimulação)
  2. Regurgitação sem esforço do conteúdo gástrico, podendo ser expulso pela boca ou deglutido
  3. AO MENOS TRÊS DOS 4 ABAIXO:
    - Início entre os 3-8 meses
    - Irresponsivo ao tratamento de DRGE
    - Ausência de desconforto
    - Ausência de episódios durante o sono ou durante interação social
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27
Q

Tratamento da síndrome da ruminação

A

Terapia comportamental da criança e estimular estreitamento dos laços dos cuidadores com a criança, já que a criança tende a regurgitar forçadamente na ausência de atenção

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28
Q

Defina síndrome dos vômitos cíclicos na criança

A

Ocorre episódios de vômitos paroxísticos no início do sono, declinando logo em seguida. Se não tiver desequilíbrio hidroeletrolítico, a criança retorna ao seu estado habitual logo depois.

Lembrar: vômitos exigem ativação do eixo cérebro-intestino, havendo conexão e estímulo muscular para que ocorra

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29
Q

Critérios de Roma IV para a síndrome dos vômitos cíclicos (3)

A
  1. Dois ou mais paroxismos de vômito incessante, com ou sem esforço em um período de 6 meses
  2. Episódios estereotipados de cada paciente
  3. Intervalos de semanas ou meses entre os episódios, com retorno a saúde normal
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30
Q

Tratamento nas crises e entre as crises da síndrome dos vômitos cíclicos

A

Nas crises:
- Ansiolítico
- Inibidor da bomba de prótons
- Correção de DHE

Entre as crises:
Tratamento profilático utilizado nas enxaquecas: Propanolol ou pizotifeno/cipoheptadina

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31
Q

Defina disquesia do lactente e tratamento

A

Manifestações de dor e desconforto antes de evacuar, sintomas duram cerca de 20min e persistem até os 9 meses. Quando a criança aprende a evacuar, relaxando o esfíncter anal, relaxa e os sintomas cessam naturalmente. Não exige tratamento.

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32
Q

Criterios de Roma IV na disquezia do lactente (2)

A
  1. Pelo menos 10 min de esforço ou choro pré evacuação
  2. Ausência de outros problemas de saúde
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33
Q

Defina a cólica do lactente

A

Episódios de choro, irritabilidade e inquietação, durando horas e sem causa definida. Ocorre por instabilidade da microbiota intestinal, depende também da qualidade de vida da família, podendo ter origem psicogênica.

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34
Q

Critérios de Roma IV para cólica do lactente (para diagnóstico clínioco / fins de estudos)

A

Para diagnóstico clínico:
1. Início e fim dos sintomas até os 5 meses de vida
2. Períodos prolongados de choro, desconforto e irritabilidade sem causa evidente
3. Ganho de peso normal, ausência de sintomas

Para critério acadêmico:
1. Relto de choro/irritabilidade por mais de 3h e 3 ou mais dias, nos últimos 7 dias
2. Episódio de desconforto, choro em um período de 24h

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35
Q

Tratamento para cólica do lactente

A
  1. Orientar os pais a passar pela situação
  2. Se não melhorar, pesquisar APLV com fórmula altamente hidrolizada e mudança da dieta da mãe
  3. Probióticos podem ser utilizados
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36
Q

Defina constipação intestinal funcional na criança e sua faixa etária prevalente

A

Retenção de fezes por período prolongado, levando a retenção da água (por passar mais tempo em contato com as vilosidades intestinais, tornando as fezes mais secas. Podendo causar defecação cada vez mais dolorosa, por isso a criança tende a fazer quadro vicioso de controle do cocô para não sentir dor.

Em lactentes, não costuma ocorrer. Tende a iniciar com a amamentação complementar, mas ocorre principalmente a partir dos 4 anos

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37
Q

Critérios de Roma IV na constipação intestinal, sem controle e com controle fecal

A

AO MENOS DOIS DOS CRITÉRIOS POR 1 MÊS:
1. Duas ou menos evacuações por semana
2. História de comportamento de retenção
3. Evacuações com dor ou dificuldade
4. Presença de grande quantidade de fezes no reto
5. Elimitação de fezes muito grossas

PARA MENORES DE 4 ANOS COM CONTROLE FECAL:
1. Pelo menos um episódio por semana de incontinência fecal
2. Eliminação de fezes de grande diâmetro

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38
Q

Apresentação clínica da constipação

A
  1. Menor número de evacuações
  2. Fezes endurecidas
  3. Comportamento de retenção e incontinência fecal (grande resíduo fecal)
  4. Podem apresentar fissura anal
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39
Q

Sinais de alarme na constipação intestinal

A
  1. Antecedentes de megacólon congênitos
  2. Fezes em fita
  3. Febre
  4. Perda de peso ou difiuldade de ganho
  5. Vômitos biliosos
  6. Anormalidades na tireoide
  7. Fístula perianal
  8. Distensão abdominal intensa
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40
Q

Sinais de alarme na constipação intestinal

A
  1. Antecedentes de megacólon congênitos
  2. Fezes em fita
  3. Febre
  4. Perda de peso ou difiuldade de ganho
  5. Vômitos biliosos
  6. Anormalidades na tireoide
  7. Fístula perianal
  8. Distensão abdominal intensa
41
Q

Defina a diarreia funcional do lactente

A

Evacuações recorrentes, indolores, sem sintomas associados e com fezes mal formadas. 3x ou mais por dia, durante 4 semanas consecutivas.

42
Q

Critérios de roma IV na diarreia funcional do lactente (4)

A

DEVE INCLUIR TODOS OS ITENS
1. Evacuação diaria, indolor e recorrente, com fezes mal formadas e em grande volume
2. Sintomas contínuos por mais de 4 semanas
3. Início entre os 6-60 meses de vida
4. Sem déficit de crescimento

43
Q

Ao avaliar paciente com regurgitação, o que analisar?

A

Há sinal de alarde para outra patologia?
- Se sim, diagnóstico diferencial:
Pode haver sinal de obstrução, doença neurológica, infecção crônica como HIV ou doença sistêmica
- Se não: O paciente está hipoativo, irritado, vômitos com sangue ou perdendo peso?
- Se sim: Analisar complicação possível do refluxo, como esofagite. E analisar também possível APLV, distúrbio de sono ou fator psicogẽnio
- Se não: Considerar refluxo não complicado

44
Q

Fatores que auxiliam na diminuição de regurgitação do bebê (8)

A
  • Fracionar a mamada, para evitar distenção gástrica
  • Esperar 20-30min para deitar pós mamada
  • Bebê deve dormir em decúbito dorsal
  • Alimentação espessada
  • Dieta isenta de leite de vaca, o mesmo para a mãe se o bebê apresentar algum sintoma/desconforto
  • Se bebê faz uso de fórmula, recomendar a extensamente hidrolizada (hipoalergênica)
  • Prevenir contra fumaça do tabaco
45
Q

Defina DRGE na criança

A

Na criança, regurgitar é norma, por isso se chama de doença do refluxo, aquela que gera sinais/sintomas, evidenciando complicações desse refluxo, tais como: esofagite, afeccções respiratórias/digestórias, comprometimento nutricional

46
Q

A alergia a proteína do soro do leite (APLV) é uma reação imunológica mediada, explique a fisiopatologia

A

Ocorre a formação de alérginos alimentares, que desnvolvem anticorpos (ou mediados por IgE, ou não mediados por IgE ou mistos). Ao entrar em contato com o alérgino, ativa mastócitos e basófilos, que captam mediadores e geram a hipersensibilidade imediata

47
Q

A maioria das APLVs é IgE mediada ou não?

A

Não. A maioria é não IgE mediada

48
Q

Fatores que favorecem o acometimento da APLV em lactentes (4)

A
  1. Maior permeabilidade da parede intestinal
  2. Menor maturidade do sistema imune
  3. Dieta com alta capacidadealérgica (leite é o maior produto de laergia na criança)
  4. Parto cesário ou desmame precoce do aleitamento gera alteração da microbiota que o pode gerar hiperreação
49
Q

Diferencie APLV e intolerância a lactose

A

APLV:
- Acomete crianças mais novas
- Reação imunomediada
- Não gera alteração da consistência das fezes
- Pode gerar sangramentos e demais sintomas
- Independe da quantidade de leite consumido ou do tipo de leite, a reação imune é a mesma

Intolerância a lactose:
- Não é uma reação imune! E sim, uma eficiência de uma enzima degradadora da lactose (lactase)
- Acomete crianças mais velhas
- torna as fezes mais amolecidas, diarreia mais intensa
- Dose deendente, quanto mais lactose consumir, maior vai ser o efeito
- Gera distensão gástrica importante associada a diarreia
- Cessa os sintomas ao consumir leite sem lactose

50
Q

Manifestações clínicas da APLV NÃO mediada por IgE

A

Mais comum:
Proctocolite eosinofílica (não mediada por IgE)
- Independe do aleitamento
- Ocorre nos primeiros 6 meses
- Não altera ganho ponderal ou estado geral
- Pode gerar sangramento retal

Outras consequências da APLV:
- Constipação > comum estar associado a história de sangramentos ou fissura anal
- Enterocolite > causa diarreia volumosa, porém não sanguinolenta, geralmente secundária a inflamação por hipersensibilidade pós gastroenterite infecciosa
- RGE > pode gerar sangramento nas fezes, atrapalha o ganho ponderal, comum ocorrer após introdução a formula láctica

51
Q

Como diagnosticar APLV?

A

Através de teste terapêutico / empírico:
- Primeiro se retira por completo o leite de vaca da dieta da criança, havendo a melhora clínica
- Depois, realiza-se oteste de provocação oral, evidenciando retorno do quadro clínico

52
Q

Tratamento APLV

A

AME/predominante/complementar: suspender leite de vaca da mãe
Alimentaçao com fórmula: Introduzir leite extensamente hidrolizado (hipoalergênico)
Contraindicar leite de outros mamíferos como cabra > reação cruzada!
Contraindicar leite parcialmente hidrolizado e leite de soja > também são alergênicos

53
Q

Quem não pode realizar teste de provocação oral em caso de APLV?

A

Criança com história reação IgE importante

54
Q

Diagnóstico da intolerância a lactose (6)

A
  1. História clínica
    - Início após os 4 anos, dose dependente
    - Não gera diarreia sanguinolenta
    - Não associado a história de atopia
    - Não atrapalha ganho de peso
  2. Teste terapêutico
  3. Avaliação do pH fecal: ÁCIDO
  4. Substância redutora das fezes: POSITIVO
  5. Teste do H2 expirado
  6. Teste de tolerância a lactose > geralmente não é utilizado
55
Q

Tratamento intolerância a lactose

A
  1. Nutricional
  2. Suplemento de vitaminas, se necessário
  3. Alternativa medicamentosa com lactase, se necessário
56
Q

Apresentaçao clínica da APLV mediada por IgE

A
  • Urticárias, angioedema cutâneo
  • Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia
  • Sibilância, sintomas oculares, mucosas esbranquiçadas, dispńeia
57
Q

Apresentação clínica da APLV mista:

A
  • Dermatite atópica
  • Esofagite eosinofílica > infiltração de eosinófilos no esôfago
58
Q

Agente etiológico e GRAM mais frequentes da ITU

A

GRAM negativo, mais comumente E. coli.
Em todas as faixas etárias, o maior acometimento é dessa bactéria, acomentendo mais meninas, principalmente pela formação anatômica da uretra feminina.

59
Q

Por que meninos não circuncisados são mais propesos a ITU?

A

Porque infecção pelo Proteus colonizam o prepúcio

60
Q

Quadro clínico das ITU no recém nascido e lactente

A

RN:
- Febre
- Irritabilidade
- Baixo ganho ponderal, anorexia

Lactente
- Febre sem sinais localizatórios

61
Q

Em caso de RN e lactene, por que tratar a ITU como pielonefrite?

A

Porque pelo quadro clínico não é possível diferenciar os achados de CISTITE e PIELONEFRITE

62
Q

Quadro clínico da pielonefrite em crianças e adolescentes

A
  • Dor em loja renal > Giordano positivo
  • Queda do estado geral
  • Febre ALTA
  • Inapetência
63
Q

Quadro clínico da cistite na criança e adolescente

A
  • Febre BAIXA
  • Polaciúria, urgência urinária, jato urinário, incontinência uriária
64
Q

Para fechar o quadro de ITU, o que precisamos?

A
  • Nitrito positivo
  • Leucócitos >= 5 (piúria)
  • Hematúria entre 5 e 10
  • Urocultura positiva (bacteinúria) > através de jato médio ou sonda/punção
  • Bacterioscopia positiva por GRAM
65
Q

Achados que evidenciam pielonefrite

A
  • Hemograma com desvio à esquerda
  • hemocultura
  • Elevação de PCR e VHS
  • Elevação discreta de ureia e creatinina
  • Exames para investigação (USG, UCM ou cintilografia com DMSA)
66
Q

Quando internar paciente com pielonefrite?

A
  • Menores de 3 meses
  • Imunossuprimidos
  • Família humilde ou não orientada
  • Sintomas associados como queda do estado geral, vômitos, desidratação, sepse, etc
67
Q

Quanto tempo tratar CISTITE? E qando tratar PIELONEFRITE?

A

Cistite: 3-7 dias
Pielonefrite: 7-14 dias

68
Q

Tratamento hospitalar de ITU

A

Tratamento farmacológico:
- Ceftriaxone
- Amicacina

Só pedir urocultura se não houver progressão positiva!

69
Q

Tratamento domicilar da ITU

A

Farmacológico:
- Amoxi-clavulanato
- Cefuroxima
- Nitrofuratoína > não trata pielonefrite! não dar para lactente pelo risco de ser pielonefrite

Controlar febre e dor > evitando AINE
Controlar micções e hidratação

70
Q

Defina glomerulonefrite e qual o gupo epidemiológico mais acometido

A

É uma inflamação nos glomérulos renais por consequência tardia da infecção do estreptococos do tipo A

71
Q

Fisiopatologia da glomerulonefrite

A
  1. Perda da integridade dos glomérulos
  2. Passagem de substâncias de maior densidade, como: hemácias, proteínas, etc > os quais se acumulam
  3. Diminuição da luz renal
  4. Diminuição do coeficiente de FG > diminuição do fluxo glomerular
  5. Retenção de compostos que deveriam ser eliminados, como: ureia, creatinina > gerando lesão renal aguda
  6. Com a diminuição da passagm de sódio e água, ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona
  7. Gerando vasoconstricção e aumento da volemia
72
Q

Quadro clínico clássico da glomerulonefrite pós-estreptocócica

A

Hematúria, edema e hipertensão.

73
Q

Complicações possíveis da glomerulonefrite (3)

A
  1. Congestão circulatória
    - Gerando acúmulo de líquido amplo
    - Podendo causar IC congestiva ou edema agudo d epulmão
  2. Encefalopatia hipertensiva
  3. Insuficiência renal aguda > raro
74
Q

O que analisar no diagnóstico da glomerulonefrite

A
  • Densidade da urina preservada
  • Ureia e creatinina levemente elevados > o aumento indica evolução para insuficiência renal
  • Hematúria na urina > Hb alta na urina
  • DOSAGEM DE COMPLEMENTO SÉRICO
  • Leucocitose
  • Plaquetas normais, albumina normal
  • Hb baixa no sangue
75
Q

Calendário vacinal dos 1 aos 5 meses

A

1 mês:
- Hepatite B (recombinante)
- BCG > Hanseníase e TB grave

2 meses:
- Penta (conjugada) > DTP + hepatite B + H. influenza B
- VIP (inativada) > poliomielite
- Rotavírus (atenuada)
- Pneumocócica 10-valente (conjugada)

3 meses:
Meningocócica C (conjugada)

4 meses: Igual 2 meses

5 meses: igual 3 meses

76
Q

Calendário vacinal dos 6 aos 12 meses

A

6 meses:
- Penta (conjugada)
- VIP (inativada)
- Influenza
- Covid (1a dose)

7 meses:
- Covid (2a dose)

9 meses:
- Covid (3a dose)
- Febre amarela (atenuada)

12 meses:
- Pneumocócica 10-valente (conjugada) > reforço
- Meningocócica C (conjugada) > reforço
- Tríplice viral > sarambo, caxumba e rubéola

77
Q

Calendário vacinal: 15 meses, 4 anos e 5 anos

A

15 meses: A Debutante VOmitou Tequila
- Hepatite A
- DTP > difteria, tétano e coqueluche
- VOP (atenuada) > poliomielite (oral)
- Tetra viral > tríplice + varicela

4 anos: Depois VOcê FAz VAcina?
- DTP
- VOP
- Febre amarela (atenuada) > reforço
- Varicela monovalente

5 anos:
- Pneumo 23-valente

78
Q

Calendário vacinal do adolescente

A

Felipe e Beatriz TRIplicaram o Dinheiro > SÓ SE NÃO TIVER
- Febre amarela > 2 doses (se não tomou nenhuma, só tomar 1 dose)
- Hepatite B > 3 doses
- Tríplice viral > 2 doses
- dT > 3 doses

Novas:
- Meningo ACWY (conjugada)
- HPV (recombinante)

79
Q

Sinônimo de síndrome nefrítica

A

Glomerulonefrite pós estreptococos

80
Q

Defina a tríade na síndrome NEFRÍTICA e NEFRÓTICA

A

Nefrítica ou GNPE:
Hematúria, edema e hipertensão

Nefrótica:
Proteinúria, hipoalbuminemia e edema

81
Q

Na sindrome nefrótica, quais são os achados diagnósticos?

A
  • Proteinúria
  • Hipoalbuminemia > porque está sendo eliminada
  • Edema gravitacional volumoso > por hipoalbuminemia e ativação da renina-angiotensina

Além disso:
- Dor abdominal, diarreia
- Sintomas respiratórios
- Distúrbios hidroeletrolíticos
- Hb e Ht elevados, plaquetas elevadas

NÃO HÁ HEMATÚRIA
NÃO HÁ ALTERAÇÃO DE COMPLEMENTO

82
Q

Tratamento na síndrome nefrótica

A

Imunossupressão por Predsim/Prednisolona

83
Q

Fisiologia da passagem de glicose para o meio intracelular

A

Para que a glicose passe para o meio interno da célula, por sua polaridade, precisa de um receptor que permite sua passagem, o receptor GLUT. Ele é externalizado quando a insulina se liga ao seu receptor

84
Q

Defina diabetes Melitus

A

É a deficiência de glicose dentro da célula, gerando proteólise e lipólise (com prod. de corpos cetônicos). Essa formação catabólica aumenta a fome, gera perda de peso e destrói a reserva energética.

Ao mesmo tempo, é o excesso de glicose na corrente sanguínea, gerando aumento da viscosidade sanguínea (atrapalhando o fluxo vascular e gerano resistência), além de inibir óxido nítrico (inibindo a vasodilatação). De forma geral, compromete o aparelho cardiovascular.

85
Q

Consequências/complicações da diabetes melitus

A
  1. Cetoacidose diabética (acidose metabólica) > lipólise libera corpos cetônicos que são ácidos
  2. Retinopatia diabética > aumento da pressão interaocular
  3. Neuropatia de membros > diminuição da vascularização dos nervos dos membros, principalmente inferiores, gerando perda da sensibilidade
  4. Nefropatia > lesa o filtrado, por dificuldade de “barrar” a glicose, depois chega ao excedente de glicose sendo reabsorvida via cotransporte, gerando eliminação pelos túbulos renais
  5. Hipertensão arterial > aumento da viscosidade e vasoconstricção
86
Q

Quadro clínico da diabetes

A

4Ps + dor abdominal + hálito cetônico

Poliúria
Polidipsia > pela desidratação
Perda de peso > catabolismo intenso
Polifagia > falta de energia intracelular

87
Q

Diagnóstico laboratorial da Diabetes Melitus

A
  • Glicose em jejum >125
  • Hemoglobina glicada >6,5%
  • Glicemia de 120’ pós GTT (teste de tolerância) >200
88
Q

Tratamento DM tipo 1

A

Insulina basal > para manter a insulina necssária na rotina, independente de consumo energético (aplicar todos os dias ao acordar)
Insulina bolus > antes da refeição, as melhores são as ultrarápidas :ação em 10-20min > deve esperar esse tempo antes de comer

89
Q

Defina síndrome metabólica

A

Conjunto de fatores que definem maior risco cardiovascular, diagnosticável para crianças a partir dos 10 anos com aumento do comprimento abdominal (diagnosticando obesiade focal/visceral) + outro fator, que pode ser:

  • Hipertensão arterial > aumento da viscosidade com glicose no sangue, além de fluxo turbilhonar com colesterol fixado na camada interna do vaso
  • Dislipidemia > excesso de triglicerídeo (forma de armazenamento do ácido graxo circulante) e baixo nível de HCL (responsável por retirar a gordura dos órgãos)
  • Resistência insulínica ou DM tipo 2 > a obesidade inibe a insulina (já que a insulina inibe degradação de lipídeo)
90
Q

Anamnese e exame físico da criança com síndrome metabólica

A
  • História de HAS na família (pensar em HAS primária, de fato)
  • Antropometria: peso, altura e IMC
  • Circunferência abdominal
  • PA
  • Acantrose nigricans > manchas nas dobras que mostram resistência insulínica
91
Q

Exames complementares para avaliar síndrome metabólica

A

Semre pedir:
- Perfil lipídico
- Perfil glicêmico
- TGO, TGP e CPK (pré e durante tratamento de SM)
- ECO > para avaliar se há hipertrofia de VE

Demais:
- Função renal em queixa de AGU
- Fundoscopia em risco de encefalopatia hipertensiva

92
Q

Tratamento de síndrome metabólica

A
  • Reeducação alimentar e dieta
  • Atividade física
  • Orientação familiar
  • Quando necessário, uso de farmaco
  • Vigilância: coletar perfil hepático e reavaliar glicemia e TGs/HDL
93
Q

Farmacoterapia para síndrome metabólica

A
  • Metformina: auxilia na ligação insulina-receptor, para paciente > 10 anos e com diagnóstico de DM tipo 2
  • Estatinas: captam colesterol hepático, aumentando sua degradação (criança >10 anos ou Tanner 2 e só em caso de ≥ 190 LDL, ou com fatores de risco)
  • Inibidores de GLP1 (LIRAGLUTIDA): antidiabético, que aumenta a saciedade, reduz movimentos peristálticos > por isso trata obesidade quando em níveis elevados
94
Q

Gastróclise: como realizar?

A

SRO 20-30ml/kg, se enjoar, passar para 15ml/kg

95
Q

Fórmula que avalia eficiência da SRO

A

Peso atual - Peso inicial x 100 / volume SRO

Considerar 20% resultado eficiente

96
Q

Tratamento plano B diarreia aguda

A

4-6h de 50-150ml/kg até que haja miccções claras

97
Q

Defina a equivalência de reposição isotônica necessária

A

100 cal = 100ml de soro = 8g de glicose = 3meq de sódio = 2,5meq de potássio

98
Q

Quando realizar gastróclise?

A
  • Não acetação oral
  • Vômitos recorrentes
  • Índice de retenção <20%