Imagens Flashcards

1
Q

Fisiopatologia da apendicite aguda

A

Ocorre acúmulo de muco associado ao de material inflamatório, gerando a oclusão do apêndice. A inflamação evolui para isquemia da região, podendo gerar calcificações por necrose

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2
Q

Explique a apresentação clínica clássica da apendicite aguda e no que pode diferir na criança

A

Classicamente:
- Dor no ponto de McBurney
- Sinal de Blumberg
- Náuseas, vômitos
- Febre

Na criança a dor pode não ser localizada, dificultando a identificação da apendicite

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3
Q

Quando opaciente apresentar dor em fossa ilíaca direita, o que pensar?

A
  • Apendicite > lembrar que atinge crianças maiores, analisar quadro com sinal de Blumberg e imagens (USG ou TC)
  • Adenite mesentérica > inflamação na região, gerando espessamento ileocecal visível na imagem (USG)
  • Invaginação de alça > avaliar aspecto e estrutura das fezes e imagens (RX, USG ou TC)
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4
Q

Quando preferir USG e quando preferir TC na suspeita de apendicite?

A

A depender da disponibilidade do serviço e gravidade do caso, mais também de outros fatores como:

Idade:
- A depender da idade da criança: preservar ao máximo de radiação a criança menor

Peso da criança:
- Em crianças mais magras, preferir a USG pela melhor visualização > porque na TC as alças ficam colabadas, dificultando sua visualizção
- Em crianças com maior gordura, pode-se utilizar a TC com maior segurança

Localização:
- Apendice retrocecal não e visualizável pela USG, porque o acúmulo de gás impossibilita a visualização do apêndice

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5
Q

Achados na USG de uma apendicite aguda (6)

A
  1. Dilatação do apêndice (>7mm)
  2. Incompressível > as paredes não colabam ainda com compressão externa, já que estão obstruídas
  3. Líquido periapendicular livre > não é sinal de perfuração, é o acúmulo de líquido próprio da inflamação
  4. Aumento do fluxo vascular ao Doppler
  5. Presença de calcificação > massa hiperecogênica com sombra acústica
  6. Sinal do alvo > marcando a delaminação da parede, ou seja, sendo possívle visualizar as lâminas que separam as camadas das alças intestinais (porém é um sinal inespecífico)
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6
Q

Achados na TC de apendicite aguda (5)

A
  1. Dilatação (ponto de corte maior, pela maior especificidade do exame tridimencional) >8-9mm
  2. Paredes espessadas
  3. Aumento da vascularização local com realce parietal
  4. Presença de líquido periapendicular livre
  5. Densificação da gordura adjacente
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7
Q

Quais são as principais causas de abdome agudo na pediatria? (4)

A
  1. Apendicite
  2. Invaginação/intussucepção de alça
  3. Estenose hipertrófica de piloro
  4. Escroto agudo (torção testicular x orquiepididemite)
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8
Q

Defina intussucepção intestinal e cite achados clínicos da tríade clássica

A

É a invaginação de uma alça sobre a outra, gerado obstrução do trânsito fecal.

Tríade clássica:
- Dor abdominal
- Fezes em framboesa
- Massa abdominal palpável

Fezes em FRAMBOESA: Com muco e sangue

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9
Q

Achados no RX da intussucepção intestinal

A
  • Sinal do alvo (delaminação do intestino)
  • Sinal do menisco > diferença brusca de densidade, hipodensidade marcando a alça obstruída
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10
Q

Defina enema opaco e utilidade em caso de invaginação (intussucepção) intestinal

A

É a aplicação de contraste via sonda retal para evidenciar local obstruído em caso de invaginação. Ao “topar”, a sonda pode empurrar a obstrução > resolvendo assim a invaginação.

Portanto, é um método dignóstico e de tratamento

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11
Q

Quando preferir bário e quando preferir iodo no enema opaco?

A

O bário é um contraste bem opaco, gera uma imagem bem marcada porém tem risco de gastrite química, por isso em caso de suspeita de perfuração, nunca utilizar bário, pelo seu risco associado

Quando não for possível utilizar o bário, lançar mão do iodo

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12
Q

Utilidade da USG no caso de invaginação intestinal

A

É possível visualizar o Sinal do alvo, sendo uma boa opção para aqula criança que já localiza dor, de forma que o radiografista siga o trajeto do trânsito intestinal em direção ao local apontado pela criança

  • Não há exposição à radiação
  • Não exige contraste ou preparação com sedação

Há também um método diagnóstico que pode se rutilizado como tratamento:
Enema salino guiado por USG > o CIPE ejeta essa solução salina na região guiada pelo USG, de forma a desobstruir a via, sem gerar efeitos adversos

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13
Q

Deve-se utilizar TC na invaginação intestinal?

A

A USG e o RX trazem benefícios significativos, tato associado ao tratamento, como ao diagnóstico eficiente. Ainda que o RX gere radiação ionizante, a TC emana quase 100x mais.

Por isso, só utilizar TC em caso de dúvida diagnóstica e em caso de suspita de múltiplas invaginações

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14
Q

Defina estenose hipertrófica de piloro e achados clínicos

A

Hipertrofia e hiperplasia da musculatura da porção distal do estômago (piloro), gerando obstrução e aumento de esforço amplo no estômago para “empurrar” o conteúdo gástrico.

Achados:
- Vômito NÃO BILIOSO > sinal que o conteúdo não vem do intestino, já que ainda não tem bile
- Oliva pilóica > abaulamento marcando o aumento do piloro, presente na região epigástrica

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15
Q

Achados na USG da estenose hipertrófica de piloro

A
  • Sinal do alvo
  • Espessamento da região do piloro
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16
Q

Defina Esofago-estômago-duodenografia (EED)

A

Antigamente se realizava esse exame, quando a USG não era amplamente disponível, porém está em completo desuso.

Motivos:
- Gera ainda mais distenção gástrica pelo acúmulo do contraste na região
- O bebê não aceita com facildade
- Expõe a radiação e ao contraste sem necessidade

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17
Q

Em caso de escroto agudo (dor aguda na região escrotal), quais são os diagnósticos possíveis? (2)

A
  • Orquiepididemite > inlamação do epidídimo que progride para o escroto
  • Torção testicular > EMERGÊNCIA CIRÚRGICA, se não operar em 6h, será necessário realizar orquiectomia
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18
Q

Defina fisiopatologia da orquiepididemite

A

Infecção na bexiga que desce retrogradamente, atinge os vasos eferentes e cordão espermático > progride para epidídimo (epididemite) e testículo (orquiepididemite)

Acomete lactentes ou maiores de 6 anos.

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19
Q

Achados na USGda orquiepididemite

A
  • Aumento do volume do epipidimo em relação ao testículo
  • Hidrocele reacional > pela inflamação, ocorre acúmulo de líquido na bolsa escrotal
  • Espessamento da parede escrotal
  • Hipoecogenicidade no local inflamado
  • Aumento da vascularização > visível com doppler
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20
Q

Se o escroto agudo for torção testicular, como mapear?

A
  1. Obstrução dos vasos, primeiro venosos, depois arteriais > avaliar com doppler
  2. Cianose local por processo de isquemia
  3. Avaliar o PEDÍCULO > localizando o encaracolamento do cordão espermático
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21
Q

Qual a utilidade de um exame de imagem para avaliar AGU?

A
  • Diagnosticar anomalia congênita (JUP, JUV, duplicidade pielocalicial, valvula de uretra posterior)
  • Identificar refluxo vesicoureteral
  • Avaliar cicatriz renal e dar prognóstico (avaliando função renal)
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22
Q

Quando solicitar exames em caso de ITU entre meninos e meninas?

A

Meninos: depois da primeira ITU
Meninas: depois da segunda ITU (pela maior frequência)

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23
Q

Quais exames podem ser utilizados para avaliar ITU na imagem?

A
  • USG
  • UCM (uretrocistogafia miccional) > contraste ureteral pré e pós miccional
  • Urografia > contraste EV para avaliar radiografia
  • Cintilografiacom CMSA (avaliar infecção vigente ou cicatriz renal, avaliando também prognóstico) > em caso de pielonefrite ou RVU
  • TC com contraste > em caso de pielonefrite
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24
Q

Quais são as patologias estudadas na imagem da ITU? (7)

A
  • Duplicidade pielocalicial
  • RVU
  • Válvula de uretra posterior
  • JUP
  • Pielonefrite aguda
  • Doenças renais císticas (doença renal policística e rim multicístico displásico)
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25
Q

Defina duplicidade pielocalicial (parcial e completa)

A

Fisiologicamente, os cálices desaguam na pelve renal, a qual atinge o ureter. O ureter é como um cano, que tem um ponto de inserção definido na bexiga, o qual possui uma tecnologia de esfínter, que não permite que a urina reflua

Duplicidade pielocalicial é a diplicação da pelve renal e do ureter, mas:
- Duplicidade parcial: os dois ureteres confluem para um únco ureter final, com ponto de inserção fisiológico. Sendo assim, gera poucos ou nenhum efeito adverso
- Duplicidade completa: duas pelves que desaguam em dois ureteres, em dois pontos de inserção

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26
Q

Por que a duplicidade pielocalicial parcial não gera alteração importante da fisiologia renal?

A

Porque confluem para o mesmo ureter, então se insere em um ponto adequado, de forma que não gere refluxo ou congestão

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27
Q

Defina as consequências da duplicidade pielocalcial completa 1- No polo superior 2- No polo inferior

A

1- A pelve do polo superior se insere no ponto inferior da bexiga, a dificuldade de passagem da urina gera congestão e dilatação desse ureter, podendo causar > hidronefrose e ureterocele

2- O polo inferior da pelve se insere no ponto superior da bexiga, este não congestiona, porém a inserção anatomicamente diferente gera perda da função do esfíncter, podendo causar refluxo vesicoureteral (urina reflui), podendo gerar > pielonefrite (pelo acúmulo bacteriano na pelve renal)

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28
Q

Na duplicidade completa o polo superior pode causar quais patologias (2)? E o polo inferior (1)?

A

Superior: hidronefrose e ureterocele
Inferior: pielonefrite

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29
Q

Quais os métodos diagnósticos da duplicidade pielocalicial?

A
  1. USG > evidencia pontos ecogênicos (marcando a duplicidade da pelve renal) em meio anecoico (que é o córtex renal)
  2. Urografia > o contraste evidencia toda a via renal, marcando a duplicidade, tanto da pelve quanto do ureter até seu ponto de inserção
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30
Q

Quais são os 5 graus de RVU (refluxo vesicoureteral)

A
  1. Reflui apenas para o ureter
  2. Atinge a pelve renal, porém os cálices mantém seu formato pontudo
  3. Percebe-se dilatação e inicio de retificação dos cálices renais
  4. Eversão dos cálices renais e tortuosidade ureteral
  5. Dilatação importante na pelve, cálices bem esféricos, ureter formando abaulameno
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31
Q

Quais exames de imagem lançar mão para diagnóstico e prognóstico de RVU?

A

USG > não é tão interessante, pois pode não captar momento de refluxo, por isso resultado não indicativo não exclui RVU

UCM > regstra refluxo pré e pós miccional, já que a urina não deveria refluir nem mesmo da bexiga, pois o esfíncter deveria proteger o retorno

Cintilografia > agravés do DMSA (radionuclídeo) que capta a função renal, evidenciando cicatriz renal

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32
Q

Defina válvula de uretra posterior

A

É a obstrução da válvula que separa a uretra prostática (posterior) da uretra bulbar. Essa obtrução dificulta a passagem da urina em direção ao pênis e gera dilatação na uretra posterior pelo seu acúmulo

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33
Q

Como diagnosticar válvula de uretra posterior

A

Na USG pré-natal, se bem feita, pode evidenciar a uretra prostática congestionada

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34
Q

Defina estenose de JUP

A

Estenose da junção pielocalicial, ou seja, da união do ureter a pelve renal, gerando obstrução e dilatação a pelve renal, porém sem comprometer o ureter (que se encontra afinado)

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35
Q

Defina pielonefrite

A

Infecção bacteriana do parênquima renal, muitas vezes por RVU, duplicidade pielocalicial, JUP ou demais anomalias do AGU

36
Q

Quadro clínico clássico da pielonefrite (3)

A
  • Giordano positivo
  • Febre
  • Dor em loja renal
37
Q

Padrão ouro para diagnóstico de pielonefrite

A

Cintilografia com radionuclídeo DMSA para captação de marcador nuclear no rins.

Fase aguda mostra local da infecção, fase crônica mostra cicatriz renal por consequência da infecção (mostra também o prognóstico)

38
Q

Além da citilografia, qual outro exame pode ser interessante para diagnóstico de pielonefrite? Explique

A

TC COM CONTRASTE.

O contraste evidencia o sinal clássico do nefrograma estriado, marcando pontos que não realçam.
Segue o mesmo raciocínio da cintilogafia. Fase aguda mostra presença da doença no local, fase crônica mostra cicatriz renal, porque são áreas que não filtram o contraste

39
Q

Quais são as duas hipóteses ao analisar doenças renais císticas à imagem?

A
  1. Doença renal policística infantil
  2. Rim multicístico displásico
40
Q

Descreva a doença renal policística infantil

A
  • Doença congênita recessiva (no adulto é dominante)
  • Gera policistos (pequenos e anecoicos) > essa área de cistos não é funcionante
  • Visualizável no USG até no pré-natal, com pontos anecoicos nos rins
41
Q

Descreva o rim multicístico displásico

A

É uma malformação não hereditaria, que gera displasia completa do rim afetado, por formarem-se multiplos cistos grandes e desfuncionais, descritos como “cistos bizarros”. Diagnóstico por USG.

42
Q

Assinale V ou F e justifique as falsas.
1- Doença policística infantil é uma doença genética dominante e pode ser diagnosticada ainda no pré-natal via USG
2- Os focos císticos não são funcionantes, por isso deve-se analisar a função renal dos pacientes com cistos renais
3- Rim multicístico displásico geralmente é bilateral e não tem origem congênita
4- Rim multicístico displásico é totalmente desconfigurado, devendo ser retirado cirurgicamente

A

1- Falso > doença genética RECESSIVA
2- V
3- Falso > quando bilateral, passa a ser incompatível com a vida, já que o rim afetado é completamente disfuncional
4- Falso > tende a regredir e não deve ser retirado

43
Q

Defina “sindrome do bebê sacudido” e quais suas principais repercussões (4)

A

É o tremor causado pelo agressor, ao sacudir o bebê (maus tratos). Pode levar a:
- Hematomas epidurais, subdurais e subaracnoides
- Hemorragia retiniana
- Lesão progredindo para medula
- Fratura óssea

44
Q

Explique o “mecanaismo de chicote” por trás da “chacoalhada” do bebê em casos de maus tratos

A

Como o bebê tem o pescoço mais leve, menos fortalecido, a cabeça tende a mover-se em posição de chicote, o que poderia agravar os seguintes fatos:
- O SNC do bebê tem muito espaço livre, já qe ainda está crescimento > levando a choques com mais facilidade
- Os neurônios ainda não são mielinizados (que seria uma barreira protetiva importante)

45
Q

Qual o hematoma do SNC mais comum em caso de maus tratos e descreva-o

A

Subdura, pois tende a ocorrer em situações de menos impacto e possuem efeitos mais graves, a princípio não se trata de emergência medica, porém com a progressão do extravasamento de sangue, pode ir aos pontos comprimindo as estruturas nervosas.

Ocorre abaixo da dura máter, de forma que não haja uma limitação física para o extravasamento desse sangue venoso > mas como segue com menos pressão, ele vai aos poucos escorrendo, conhecido como sangue babado. Possui sentido côncavo e mais extensivo, podendo acometer até a medula

46
Q

Descreva o hematoma epidural

A
  • Ocorre acima da dura máter, por isso é bem delimitado pelas suturas cranianas que o recobrem
  • Tem formato biconvexo
  • Geralmente associado a ruptura de artéria meníngea média > por isso tem evolução bem mais rápida e mais volumosa
  • Costuma ser mais raro acometer crianças em caso de maus tratos, por exigir maior energia de contato para ocorrer, geralmente não ocorre em múltiplas lesões como nos maus tratos
47
Q

Defina o hematoma subdural

A

É a consequência do SNC mais comum dos maus tratos
- Lesão extensiva, porque acomete a porção extradural, por isso não é delimitado pelas suturas cranianas
- Tem evolção mais lenta, o sangue é conhecido como babado, porque ele vai expandindo lentamente por toda periferia do crânio
- Aos poucos pode ir comprimindo o SNC mas a princípio não é emergência cirúrgica como a epidural
- Gera desvio da linha média

48
Q

Ao evidenciar hematoma subdural no exame, qual a relevância de solicitar RNM de coluna em perfil?

A

Avaliar se há lesão de medula que progrediu da subdural, já que essse tipo de hematoma não tem delimitação

49
Q

Quais são as lesões esqueléticas de alta especificidade em caso de maus tratos? (5)

A
  1. Lesão metafisária clássica / lesão metafisária de ponta
  2. Fratura de costela (principalmente de costela posterior) > ocorre bastante por compressão torácica gerada pelo agressor
  3. Fratura de escápulas
  4. Fratura de esterno
  5. Fratura de processo espinhoso da vértebra
50
Q

Quais são as lesões esqueléticas de moderada especificidade em caso de maus tratos? (5)

A
  1. Múltiplas fraturas, muitas vezes, em momentos diferentes
  2. Fratura de separação das epífises
  3. Fratura de corpos vertebrais
  4. Fratura de dedos
  5. Fratura de calota craniana
51
Q

Defina fratura de casca de ovo

A

Fraturas em diferentes momentos, gerando várias camadas de fraturas

52
Q

Quais são as lesões esqueléticas de baixa especificidade em caso de maus tratos? (4)

A
  1. Fratura com formações subperitoniais
  2. Fratura de clavícula
  3. Fratura de diáfise dos ossos > atenção na explicação da fratura dada pelo agressor, pois geralmente não bat com a energia necessária para esse tipo de fratura
  4. Fraturas lineares da calota craniana
53
Q

Defina calo ósseo

A

É a tentativa do osso se colsolidar, se recompor, gerando aumento de células ósseas no loca da fratura, aparentando um edma na região
- Não se desenvolve antes dos 5 dias após trauma
- Se desenvolve até 14 dis apó o trauma
- Nem toda fratura ou lesão gerará calo ósseo, depende de uma forte energia geradora

54
Q

Apesar de raras, as lesões abdominais causadas por maus tratos costumam exigir urgência. Explique

A

Mais difícil ocorrer e difícil associar a maus tratos. Possui risco de gerar hemorragia interna por contusão de alguma região abdominal, deve-se estar atento aos sinais vitais da criança e exigir TC com contraste ou FAST ultrassônico para avaliar irregularidade nas vísceras, mostrando sangue livre.

55
Q

Defina “babygram” e explique porque deve ser evitado

A

É registrar em uma chapa só todo o corpo do bebê, reduzindo a avaliação a uma única imagem, com isso podese perder detalhes importantes da radiografia

56
Q

Defina tumor de Wills

A

É um tumor gerado na criança, ocorre intrinseco ao rim, por isso chamado de nefroblastoma
- Acomete geralmente crianças entre 3-4 anos (até os 5)

57
Q

Clínica do nefroblastoma

A

Massa indolor a palpação, porém pode crescer e comprimir algumas estruturas ao redor

58
Q

Localização e metástase mais comum do nefroblastoma

A

Intrínseco ao rim, metastáse mais comum é no pulmão, porém pode ocorrer no fígado, etc

59
Q

Quais exames diagnósticos podem ser interessantes para analisar nefroblastoma?

A
  • RX de abdome > é incidental, não indica o que ocorre, porém que há alteração e deslocamento de alça intestinal
  • USG > interessante para primeira análise, descarta malformação renal ou infecção/inflamação
  • TC com contraste > evidencia massa sólida e heterogênea, sem calcificação
60
Q

Quais as características anatômicas e radiológicas do nefroblastoma?

A
  • Massa sólida heterogênea
  • Sem calcificação
  • Sem aorta flutuante ou deslocamento de vaso ou fluxo doppler na massa
  • Margem bem definida, apesar de comprimir as estruturas, não costuma passar da linha média
  • Gera uma compressão renal que lembra uma semilua
61
Q

Defina do sinal da garra

A

Semicírculo em formato de lua hiperdenso, que ocorre pela compressão interna do próprio tumor “dentro” do rim, empurrando-o. Ocorre no nefroblastoma / tumor de Wills

62
Q

Explique como ocorre o neuroblastoma, localização e epidemiologia

A

Ocorre por mafomação, através de células remanescentes do SN simpático podendo acometer qualquer região que possua estruturas do SN simpático, ocorre mais comumente:
1- Adrenais 2- Retroperitoniais / paravertebral, porém pode acometer pescoço, pelve e mediastino
Acomete crianças menores, geralmente lactents, entre 1-2 anos

63
Q

Clínica do neuroblastoma

A

Massa palpável e bem dolorosa

64
Q

Qual o local mais comum de metástase no caso do neuroblastoma

A

Ósseo.
Porém pode ocorrer no pulmão, fígado, etc

65
Q

Quais as características anatômicas e radiológicas do neuroblastoma?

A
  • Massa sólida heterogênea
  • Geralmente há calcificação, podendo haver até ponto sde necrose
  • Mal margeada, geralmente não respeita a linha média
  • No USG, há vascularização na massa sólida
  • COm deslocamento de estruturas, especialmente de aorta
66
Q

Quais exames podem ser interessantes para investigar neuroblastoma?

A
  • RX > exame incidental, pode evidenciar anormalidade, como uma massa paravertebral posterior à caixa torácica
  • USG > identifica massa que inclusive evidencia vascularização se utilizar doppler
  • TC com contraste > evidencia massa sólida heterogênea geralmente com calcificação e com aorta flutuante
67
Q

Qual exame pode ser utilizado para estadiar neuroblastoma

A

RNM. Sempre interessante realizar em caso de acometimento de SNC, como ocorre no neuroblastom

68
Q

Descreva o “sinal da aorta flutuante”

A

É o deslocamento contralateral à vertebral, realizado pelo “empurrar” do neuroblastoma, mostrano o afastamento da aorta em relação ao seu ponto fisiológico, já que, diferentes do nefroblastoma que se adapta ao vaso, o neuroblastoma comprime e empurra-o

69
Q

Qual tem prognóstico pior: nefroblastoma ou neuroblastoma?

A

Neuroblastoma, geramente tem diagnóstico mais lentificado, além de progressão da doença mais agressiva, comprimindo as demais estruturas do bebê

70
Q

Cite pontos de diferença entre o nefroblastoma e neuroblastoma (7)

A

Nefro:
- Pop mais acometida: 3-5 anos
- Massa é INDOLOR
- Não tende a formar calcificação
- Bem margeado, repeita a linha média
- Não desloca aorta
- Forma-se no rim, por isso gera a forma de gara
- Tem metástase mais comum no pulmão

Neuro:
- Pop acometida: 0-2 anos
- Massa DOLOROSA
- Vascularizada a USG e geralmente gera calcificação
- Não é bem margeado, não respeita a linha média
- Acomete vaso, gerando inclusive aorta flutuante
- Forma-se em qualquer local de rede simpatica, geralmente adrenal, retroperitoneal ou paravertebral
- Tem metástase mais comum nos ossos

71
Q

Diferencie meningite viral e bacteriana

A
  • A viral é mais frequente, geralmente menos grave, costuma ter melhor prognóstico
  • A bacteriana geralmente gera rebaixamento do nível de consciência, febre e dores de cabeça, diferente da viral
  • A bacteriana exige antibioticoterapia o mais rápido possível, enquanto a viral é relativamente auto-limitada
72
Q

Como diferenciar meningite bacteriana e viral

A
  • Quadro clínico da bacteriana tende a acometer SNC
  • RNM pode evidenciar realce leptomeningeo porém ocorre em ambasas causas

Portanto: diagnóstico somente através da coleta e análise do LCR, que identifica o agente patógeno

73
Q

Faixa etária e agente provável em caso de meningite viral

A

< de 1 ano ou entre 5-10 anos

Enterovírus é o agente mais provável

74
Q

Quadro clínico da meningite viral

A
  • Rigidez de nuca
  • Enjoo e vômitos
  • Cefaleia
  • Mialgia
  • Anorexia
    Etc
75
Q

Diferencie realce LEPTOMENÍGENO e PAQUIMENINGEO

A

Realce leptomenígeo o é realce na periferia, marcando os lobos cerebrais, é indicativo de meningite.

Já o realce paquimeningeo é mais uniforme, trata-se geralmente de tumor com meástase n parênquima cerebral, acometendo as meninges por atingir a barreira hematoencefálica

76
Q

Quais exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico de meningite?

A

TC com contraste
RNM > maior a probabilidade de encontrar realce leptomeníngeo

Apesar disso, a maioria dos exames em caso de meningite virá NORMAL, por isso não exclui possibilidade de meningite

77
Q

Agentes mais comuns na meningite bacteriana a depender da faixa etária

A

< de 2 meses: Streptococcus do grupo B (GBS)
Crianças mais velhas: Neisseria meningites

78
Q

Por que a meningite bacteriana gera acometimento de SNC com mais frequência?

A

Porque há maior chance de gerar meningoencefalite, acometendo parênquima encefálico

79
Q

Quadro clínico da meningite bacteriana

A
  • Rigidez de nuca
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Cefaleia importante
  • Febre
  • Vômitos
80
Q

Quais as possíveis vias de formação de uma meningite bacteriana? (4)

A
  • Contaminação direta do agente
  • Complicação de outra patologia, como: sinusite, mastoidite, abcesso cereebral
  • Via hematogênica
  • Por corpo estranho > como um catéter
81
Q

Quais são as possíveis complicações da meningite bacteriana? (HACTIVE)

A

H: hidrocefalia por dificuldade de drenagem do LCR, pode gerar meio de proliferação de bctérias
A: abcesso cerebral
C: cefalite
T: trombose cerebral, comum acometer seio sagital superior, gerando diminuição da absorção do contraste no local acometido pelo trombo
I: infarto
V: ventriculite, podendo inclusie ser a causa de hidrocefalia
E: empiema, acúmulo de pús em região epidural

82
Q

Descreva o abcesso cerebral e suas 6 possíveis causas

A

É o acúmulo de pús ordenado, dentro de uma capsula, nesse caso acometedo parênquima cerebral.

  • Meningite
  • Infecção que complicou, como sinusite
  • Traumas
  • Via hematogênica
  • Cirurgias como craniotomia
  • Idiopática
83
Q

Clínica do paciente com abcesso cerebral

A
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Acometimento nervoso a depender do local acometido, como perda da fala, memória, audição, visão, etc
  • Febre
  • Cefaléia
84
Q

Agente etiológico do abcesso cerebral

A
  • Streptococcus
  • Staphylococo > mais grave!
85
Q

Complicações possíveis do abcesso cerebral (4)

A
  • Meningite
  • Encefalite
  • Ventriculite
  • Efeitos de massa > acometimento nervoso
86
Q

Como o abcesso cerebral se evdencia na imagem? Quais são os métodos possíveis?

A

TC ou RNM sempre com contraste.

Evidencia a cṕsula periferica bem hiperdensa, porém o meio interno sem evidência, já que se trata de pús. Formando uma “bola com a linha externa branca e o meio interno preto”

87
Q

Condições que definem prognóstico de abcesso cerebral?

A
  • Localização
  • Virulência
  • Tamanho
  • Saúde do paciente