CIPE Flashcards
Defina estenose hipertrófica de piloro
É a hipertrofia e hiperplasia da camada muscular do piloro (porção inferior do estômago). Gera estenose do canal de passagem do estômago ao duodeno
Fatores associados a estenose hipertŕofica de piloro
- Fator genético (prevalente em primogênitos meninos)
- Não controle na liberação e produção de gastrina
- Hiperacidez com espastos pilóricos
- Deficiência de óxido nítrico
Qual a alteração ácido-básica e hidroeletrolítica encontrada na estenose hipertrófica de piloro? Por quê? Como lidar?
Alcalose metabólica com hipocalemia e hipocloremia (baixa concentração de hidrrogênio e cloro). Ocorre pelo excesso de excreção de HCL (ácido clorídrico) no vômito presente na patologia. Com a liberação excessiva de um ácido, o meio interno fica retido com excesso de básicos (alcalose).
É possível descobrir com gasometria e ionometria.
Deve-se corrigir no pré-operatório.
Achados clínicos do paciente com EHP
- Vômitos pós prandiais sem bile
- Fome após os episódios de vômito
- Sinais de desidratação e desnutrição
- Pode haver icterícia (por falha o processamento da bilirrubina)
- Pode haver aumento dos movimentos peristálticos
- Ausência de evacuações
O mais importante: Olivas pilóricas (abaulamento na região pilórica, marcando a hipertrofia na região)
Exames complementares em caso de EHP (estenose hipertŕofica de piloro)
USG > mais utilizado, barato, disponível e fácil de aplicar nesse caso
Deve avaliar apenas: corte longitudinal >14mm, espessura >3mm
Seriorrafia esôfago-estômago-duodeno > em desusto
Depende de um contraste percorrendo a via oral, avaliando a demora para o contraste cair no intestino. Porém a criança geralmente fica irritada, além de conestionar ainda mais uma via estenosada
Diagnostico de estenose hipertrófica de piloro
- História clínica (vomito pós prandia, fome, desidratação, etc)
- Palpação das olivas pilóricas
- Dilatação do piloro visível na USG
Quais são os 3 diagnósticos dierenciais da EHP
- Refluxo gastroesofágico (RGE)
- Membrana antral
- Obstrução duodenal pré-ampular
Tratamento EHP
Pré-operatório
- Corrigir alcalose
- Corrigir hipocloremia e hipocalemia
Operatório
- Piloromiotomia > incisão na região o piloro, a fim de atingir a camada serosa da musculatura estomacal, tomando cuidado para não perfundir a mucosa, pois tem mais risco infeccioso e de reincidiva
Quais patologias são levadas em consideração em cada quadrante abdominal em caso de dor?
QSD: colelitíase, colecistite/colangite, pancreatite
QSE: gastrite, pancreatite
Epigástrio: DRGE, doença péptica, pancreatite
Periumbilical: Gastroenterite, invaginação, volvo
QID: hérnia inguinal, apendicite, urolitíase, adenite mesentérica
QIE: hérnia inguinal, urolitíase e adenite mesentérica
Quais patologias associadas a dor abdominal são levadas em consideração nas fases 1-lactente, 2-escolar, 3-adolescente
1- Hérnia inguinal, invaginação (pico de incidência com 1 ano), volvo com má rotação
2- Apendicite
3- Apendicite, colecistite/colelitíase
Defina, localize e cite epidemiologia da invaginação intestinal
- É a invaginação (telescopagem) de uma alça intestinal sobre a outra
- Ocorre bastante na região da válvula íleocecal
- A dor ostuma ocorrer na região periumbulical
- Tem sazonalidade definida, pois é comum ocorrer após gastroenterite infecciosa
- Predomina em meninos
- Tem um pico de incidência com 5-9 meses, depois de 1 ano a chance vai diminuindo
Causa (primária e secundária) da invaginação intestinal
- Primária é a mais comum, de causa idiopática
- Secundária pode ser associada a divertículos de Mekel, linfoma, cistos, pólipos, etc
Etiopatogenia da invaginação intestinal: descreva
- Ocorre gastroenterite, gerando aumentoda peristalse
- Ocasiona a invaginação
- Consequentemente, obstrui os vasos linfáticos e venosos
- Gerando edema de parede
- Evolui com obstrução arterial > isquemia > necrose
História clínica do paciente com invaginação intestinal
Geralmente lactente, eutrófico, menino e branco.
HDA:
- Súbitas agitações (pela cólica)
- Sudorese e palidez entre as crises (estímulo vagal)
- Vômitos biliosos
- Fezes líquidas muco-sanguinolentas (fezes de framboesa)
Exame físico:
- Abaulamento abdominal visível
- Toque retal com sangue
- Distenção abdominal e sinal de peritonite
Métodos de exame complementar e achados radiológicos da invaginação intestinal
RX:
- Sinal do alvo
- Sinal do menisco / imagem em taça ou sinal do caranguejo
ENEMA OPACO
Com contraste retal (bário ou iodo), é possível ver até onde o contraste percorre
USG:
- Útil quando o paciente já localiza dor
- Sinal do alvo bem visível no corte transversal
- Imagem de pseudo-rim (a alça invaginada no corte longitudinal)
- O doppler pode sugerir que a invaginação pode ser reduzida
- A presença de líquido peritoneal é um sinl de isquemia e irredutibilidade
TC
- Não recomedado
- Apenas em caso de dúvida diagnóstica ou suspeita de mais de uma invaginação