CIPE Flashcards

1
Q

Defina estenose hipertrófica de piloro

A

É a hipertrofia e hiperplasia da camada muscular do piloro (porção inferior do estômago). Gera estenose do canal de passagem do estômago ao duodeno

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2
Q

Fatores associados a estenose hipertŕofica de piloro

A
  • Fator genético (prevalente em primogênitos meninos)
  • Não controle na liberação e produção de gastrina
  • Hiperacidez com espastos pilóricos
  • Deficiência de óxido nítrico
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3
Q

Qual a alteração ácido-básica e hidroeletrolítica encontrada na estenose hipertrófica de piloro? Por quê? Como lidar?

A

Alcalose metabólica com hipocalemia e hipocloremia (baixa concentração de hidrrogênio e cloro). Ocorre pelo excesso de excreção de HCL (ácido clorídrico) no vômito presente na patologia. Com a liberação excessiva de um ácido, o meio interno fica retido com excesso de básicos (alcalose).

É possível descobrir com gasometria e ionometria.
Deve-se corrigir no pré-operatório.

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4
Q

Achados clínicos do paciente com EHP

A
  • Vômitos pós prandiais sem bile
  • Fome após os episódios de vômito
  • Sinais de desidratação e desnutrição
  • Pode haver icterícia (por falha o processamento da bilirrubina)
  • Pode haver aumento dos movimentos peristálticos
  • Ausência de evacuações

O mais importante: Olivas pilóricas (abaulamento na região pilórica, marcando a hipertrofia na região)

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5
Q

Exames complementares em caso de EHP (estenose hipertŕofica de piloro)

A

USG > mais utilizado, barato, disponível e fácil de aplicar nesse caso
Deve avaliar apenas: corte longitudinal >14mm, espessura >3mm

Seriorrafia esôfago-estômago-duodeno > em desusto
Depende de um contraste percorrendo a via oral, avaliando a demora para o contraste cair no intestino. Porém a criança geralmente fica irritada, além de conestionar ainda mais uma via estenosada

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6
Q

Diagnostico de estenose hipertrófica de piloro

A
  • História clínica (vomito pós prandia, fome, desidratação, etc)
  • Palpação das olivas pilóricas
  • Dilatação do piloro visível na USG
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7
Q

Quais são os 3 diagnósticos dierenciais da EHP

A
  • Refluxo gastroesofágico (RGE)
  • Membrana antral
  • Obstrução duodenal pré-ampular
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8
Q

Tratamento EHP

A

Pré-operatório
- Corrigir alcalose
- Corrigir hipocloremia e hipocalemia

Operatório
- Piloromiotomia > incisão na região o piloro, a fim de atingir a camada serosa da musculatura estomacal, tomando cuidado para não perfundir a mucosa, pois tem mais risco infeccioso e de reincidiva

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9
Q

Quais patologias são levadas em consideração em cada quadrante abdominal em caso de dor?

A

QSD: colelitíase, colecistite/colangite, pancreatite
QSE: gastrite, pancreatite

Epigástrio: DRGE, doença péptica, pancreatite
Periumbilical: Gastroenterite, invaginação, volvo

QID: hérnia inguinal, apendicite, urolitíase, adenite mesentérica
QIE: hérnia inguinal, urolitíase e adenite mesentérica

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10
Q

Quais patologias associadas a dor abdominal são levadas em consideração nas fases 1-lactente, 2-escolar, 3-adolescente

A

1- Hérnia inguinal, invaginação (pico de incidência com 1 ano), volvo com má rotação

2- Apendicite

3- Apendicite, colecistite/colelitíase

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11
Q

Defina, localize e cite epidemiologia da invaginação intestinal

A
  • É a invaginação (telescopagem) de uma alça intestinal sobre a outra
  • Ocorre bastante na região da válvula íleocecal
  • A dor ostuma ocorrer na região periumbulical
  • Tem sazonalidade definida, pois é comum ocorrer após gastroenterite infecciosa
  • Predomina em meninos
  • Tem um pico de incidência com 5-9 meses, depois de 1 ano a chance vai diminuindo
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12
Q

Causa (primária e secundária) da invaginação intestinal

A
  • Primária é a mais comum, de causa idiopática
  • Secundária pode ser associada a divertículos de Mekel, linfoma, cistos, pólipos, etc
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13
Q

Etiopatogenia da invaginação intestinal: descreva

A
  1. Ocorre gastroenterite, gerando aumentoda peristalse
  2. Ocasiona a invaginação
  3. Consequentemente, obstrui os vasos linfáticos e venosos
  4. Gerando edema de parede
  5. Evolui com obstrução arterial > isquemia > necrose
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14
Q

História clínica do paciente com invaginação intestinal

A

Geralmente lactente, eutrófico, menino e branco.

HDA:
- Súbitas agitações (pela cólica)
- Sudorese e palidez entre as crises (estímulo vagal)
- Vômitos biliosos
- Fezes líquidas muco-sanguinolentas (fezes de framboesa)

Exame físico:
- Abaulamento abdominal visível
- Toque retal com sangue
- Distenção abdominal e sinal de peritonite

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15
Q

Métodos de exame complementar e achados radiológicos da invaginação intestinal

A

RX:
- Sinal do alvo
- Sinal do menisco / imagem em taça ou sinal do caranguejo
ENEMA OPACO
Com contraste retal (bário ou iodo), é possível ver até onde o contraste percorre

USG:
- Útil quando o paciente já localiza dor
- Sinal do alvo bem visível no corte transversal
- Imagem de pseudo-rim (a alça invaginada no corte longitudinal)
- O doppler pode sugerir que a invaginação pode ser reduzida
- A presença de líquido peritoneal é um sinl de isquemia e irredutibilidade

TC
- Não recomedado
- Apenas em caso de dúvida diagnóstica ou suspeita de mais de uma invaginação

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16
Q

Redução hidrostática (tratamento mais consersador) no paciente com invaginação intestinal: pré-operatório e seus métodos operatórios utilizáveis

A
  • NPO (nil per os) > nada via oral
  • Solicitar: hemograma completo, ionograma, gasometria, ureia, creatinina
  • Corrigir DHE e desequilíbrio ácido-básico
  • Solicitar sonda nasogástrica
  • Acesso venoso periférico
  • Sedação

A correção em si pode ocorrer:
- Sob enema opaco > contraste retal que vai aos poucos “empurrando” a alça pra desobstruir (obs: risco de peritonite se for feito com o uso do bário) ocorre por controle de fluoroscopia
- Sob enema salino guiado por USG > aplicado solução salina (a maioria prefere usar SF) para estimular a força hidrostática a secretar e empurrar a alça invaginada

17
Q

Tratamento de invaginação, quando cirurgico por laparotomia: indicação e detalhamento

A

Indicado em caso de pacientes que não tiveram êxito na redução hidrostática.
Ocorre incisão abdominal (laparotomia) no local invaginado. E então, ocorre a redução manual (com os dedos do cirurgião) > sem grande tração ou rotação

18
Q

Defina adenite mesentérica

A

É uma inflamação dos nódulos linfáticos do mesentério, geralmente acomete o íleo terminal, por isso a dor ocorre em QID geralmente (mimetizando apendicite).
Geralmente ocorre secundária a outra infecção.

19
Q

Quadro clínico, exames e tratamento da adenite mesentérica

A

Quando clínico:
- Febre
- Vômitos
- Perda de peso
- Abdome rígido
- Massa palpável em QID
- História de doença infecciosa anterior

Geralmente a USG é suficiente para caracterizar linfonodo inflamado.

Tratar apenas com maejo de sintomáticos.

20
Q

Também pode haver manifestações abdominais por COvid-19. O que avaliar nesse caso?

A

Haverá quadro de dor abdominal, náuseas/vômitos, constipação/diarrea e pode haver relatos gripais.

Nesse caso, precisa dscartar inflamação do apêndice e dos linfonodos mesentéricos (descartando demais diagnósticos)

21
Q

Principal causa de dor abdominal persistente: cite e descreva (achados e tratamento)

A

Constipação (impactação fecal).

Quadro clínico:
Dor abdominal de baixo ventre
Fezes calibrosas
Dor ao defecar
Fissura anal

Tratamento:
- Dieta laxativa
- Dimiuição do uso de leite e derivados
- Desimpactação: clister com solução glicerinada via retal

22
Q

Epidemiologia da paendicite aguda

A

Ocorre tipicamente entre escolares, adolescentes e jovens adultos. Mais comum em meninos.

23
Q

Fisiopatologia da apendicite aguda

A

Obstrução do apêndice > distenção > aumento da pressão intraluminal > inflamação tecidual e edema > hipóxia > necrose > perfuração (peritonite)

24
Q

Quadro clínico e exames complementares da apendicite

A

Sintomas e sinais
- Dor abdominal em QID
- Anorexia
- Náusea e vômito
- Febre moderada
- Diarreia / constipação

Exame físico:
- Dor a palpação (Blumberg positivo, podendo ainda testar Rovsing, Psoas e obturador)

Achados laboratoriais/radiológicos:
- Leucocitose com desvio à esquerda
- RX está em desuso, porém mostra o fecalito
- USG mostra a inflamação (distensão, edema, sombra acústica, fundo cego, vascularização aumentada), sendo de maior serventia

25
Q

Diagnóstico diferencial de apendicite:

A
  • Adenite mesentérica
  • ITU > solicitar sumário de urina
  • Covid
  • Pneumonia (RX de tórax e história clínica)
  • Gastroenterite
26
Q

Tratamento apendicite aguda

A
  • Hidratação parenteral
  • Antibioticoterapia
  • Procedimento cirúrgico (convencional ou laparoscoṕico) > ambos realizam incisão do apêndice
27
Q

Quais são as principais causas de hidronefrose (4)?

A
  • Estenose da junção pieloureteral (JUP)
  • Estenose da junção vesicoureteral (JUV)
  • Refluxo vesicoureteral (RVU)
  • Válvula de uretra posterior
28
Q

Nem sempre a hidronefse será cirúrgica, quando decidir operar?

A
  • Hidronefrose grau 3 e 4
  • Diâmetro da pelve maior que 15-20mm
  • Função renal menor que 35-40%
  • TI/2 maior que 20 minutos (indicando obstrução)
29
Q

Métodos diagnósticos da estenose de junção pielo ureteral (JUP)

A
  • USG pré-natal / pós natal > avalia dimensões da pelve, ureter e parênquima renal
  • Cintilografia > método de medicina nuclear que avalia também a função renal
  • Uretrocistografia miccional > contrste ejetado pela uretra, avaliando presença de refluxo pré miccional e avaliando depois a anatomia pós miccional
30
Q

Quais são os 2 tipos de cintilografia?

A

DTPA > com furosemida se avalia presença de obstrução pela velocidade e quantidade de ejeção
DMSA > avalia capacidade de filltração renal, avaliando a função renal (espaço branco nãopossui função já que possui lesão cicatricial)

31
Q

Tratamento de JUP

A

Pieloplastia de Anderson- Hynes > disseca a porção estenosada, unindo depois o reter a pelve novamente

32
Q

Descreva a estenose de JUV

A

É a estenose que ocorre n junção vesicoureteral (entre a bexiga e o ureter), gera refluxo vesicoureteral, causando dilatação importante do ureter, predispondo infecção.

33
Q

Defina RVU e defina a classificação primária e secundária

A

É o refluxo da bexiga ao ureter da urina. Ocorre primariamente por estenose de JUV. Porém pode ocorrer por válvula de uretra posterior ou duplicidade pieloureteral

34
Q

Métodos diagnósticos de RVU

A
  • Ultrassom (mostrando a obstrução atingindo a pelve)
  • uUretrocistografia miccional (UCM) > padrão ouro, ainda que bastante desconfortável
  • Cintilografia para avaliar dano renal e definir tratamento
35
Q

Tratamento o RVU

A

Tratar causa primária
Tratamento cirúrgico do refluxo em graus IV e V
Avaliar função renal (cintilografia)

36
Q

Diagnóstico e tratamento de válvula de uretra posterior (VUP)

A

Ocorre no USG pré-natal, pode ser realizada uma intervenção ante-natal também