Pediatria Flashcards

1
Q

O que é a Doença de Kawasaki ?

A

Vasculite sistêmica, aguda e autolimitada, com predomínio de vasos de médio calibre. 85% dos casos acometem menores de 5 anos.
Pode causar aneurisma de coronária, sendo indicado ecocardiograma com doppler.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Diagnóstico Clínico de Doença de Kawasaki

A

Febre por > 5 dias + 4 dos 5 critérios:

  • Alteração de lábios e cavidade oral: Eritema, fissura labial, hiperemia de mucosa, língua em framboesa ou morango
  • Hiperemia conjuntival: bilateral, sem exsudato
  • Alteração de extremidades: edema (aguda)ou descamação periungueal (subaguda)
  • Exantema polimorfo
  • Linfadenopatia cervical >1,5 cm
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Diagnóstico Laboratorial da Doença de Kawasaki

A

Febre por >5/7 dias + 2 critérios clínicos + 3 laboratoriais: Anemia para idade, ALT elevada, Albumina <3, Plaqueta >450.000, Leucocitose >15.000, Urina com piúria estéril, VHS e/ou PCR aumentados

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Exantema morbiliforme x escarlatiniforme

A

Morbiliforme: viral
Escarlatiniforme: textura de lixa, bacteriano

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Características clínicas do Sarampo

A

3 Cs: Coriza, Conjuntivite com fotofobia e Cough (tosse) - quadro prodrômico com febre.Também tem as manchas de Koplik. Exantema cranio-caudal
Complicações: OMA, Pneumonia e PESS

Agente etiológico: Morbilivirus/Paramyxoviridae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

3 sinais semiológicos clássicos da Escarlatina

A

Sinal de Pastia, Filatov e língua em framboesa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Características clínicas do Eritema infeccioso

A

Face Esbofetada (erupção malar + palidez perioral) + exantema rendilhado
Complicação: Crise aplásica (falciforme)

Agente Etiológico: Parvovírus B-19

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Características clínicas da Escarlatina

A

Complicação dermatológica pós faringoamigdalite por S. pyogenes. Rash em lixa, exsudato em orofaringe, sinal de Pastia e Filatov, faixa etária de 3-5 anos. Exantema em lixa com descamação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Características clínicas do Exantema Súbito

A

Mais comum nos 2 primeiros anos de vida. Rash/ Exantema maculopapular que acomete palma e planta, iniciado logo após o desaparecimento de febre alta de 3-5 dias
Complicação: Convulsão febril

Agente etiológico: HHV-6

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Características clínicas da Varicela

A

Lesões de pele heterogêneas, em diferentes estágios. Exantema pruriginoso que evolui para pápulas -> vesículas de fluido claro -> crostas.
Complicação: Infecção secundária

Agente etiológico: HHV-3

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Características clínicas da Rubéola

A

Exantema maculopapular cranio-caudal, poupando palma e planta. Linfadenopatia cervical, retroauricular e occipital. Sinal de Forchheimer (lesão rósea em palato)

Agente etiológico: Togavírus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Tratamento da Doença de Kawasaki

A

Imunoglobulina + AAS 80 a 100 mg/kg/dia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tratamento da Escarlatina

A

Penicilina Benzatina ou Amoxicilina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Definição e Tratamento da síndrome do choque tóxico

A

Infecção com porta de entrada (ex:queimadura) + exantema + alteração de consciência + oligúria

Tratamento: Vancomicina + Clindamicina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Defina a Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada à Covid-19 (SIM-P)

A

<20 anos, histórico de covid-19 recente ou contato, provas inflamatórias elevadas com 2 ou mais alterações: rash ou conjuntivite bilateral não purulenta, hipotensão, choque, alterações cardíacas, coagulopatia e sintomas de TGI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Tratamento da Varicela

A

Sintomáticos + cuidados com a lesão. Uso de aciclovir em 24h é indicado quando: >12 anos não vacinado, imunossuprimidos, doença pulmonar ou dermatológica crônica, uso de AAS ou CI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Características clínicas da Mão-Pé-Boca

A

Lesões vesiculares que evoluem para exulceração, podendo acometer nádegas
Complicação: Desidratação
Agente etiológico: Coxsackie-A16

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual é a profilaxia do Sarampo ?

A

Feita com Imunoglobulina (até 6 dias em imunossuprimidos, gestantes e menores do que 6 meses) ou Vacina (até 3 dias, imunocompetentes com mais de 6 meses)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é a pneumonia afebril do lactente ?

A

RN de parto vaginal, 1ª semana de vida apresente conjuntivite autolimitada. Por volta de 1-3 meses tem tosse arrastada, dispneia, taquipneia, prostração, sem febre.

Agente etiológico: Chlamydia Trachomatis (pode ter eosinofilia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Principais agentes causadores de pneumonia na pediatria, por faixa etária

A
  • Período neonatal (<2 anos): obrigatoriamente bacteriano - EGB B, Clamídia, enterobactérias
  • Menores de 5 anos: Vírus
  • Menores de 5 anos bacteriano: Pneumococo
  • Maiores de 5 anos (atípica): micoplasma, clamídia, pneumococo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Conduta na persistência da febre após inicio de tratamento com antibiótico na pneumonia

A

Uso de Amoxicilina, reavaliação feita em 48-72h, se afebril, mantém-se a terapêutica. Se febre, obrigatório realizar radiografia de tórax. Se identificar complicações, internar. Se não, em >5 anos trocar para claritromicina ou azitromicina e em <5 anos para amoxicilina-clavulanato ou cefalosporina, e depois reavaliar - se febre persistente, internar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quadro característico da pneumonia na pediatria

A

Febre, tosse, desconforto respiratório, dor abdominal, comprometimento do estado geral + TAQUIPNEIA.

<2 meses: >60 irpm
2-11 meses: >50 irpm
1-4 anos: >40 irpm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Pneumonia típica x atípica

A

Típica: Quadro agudo, febre alta, tosse produtiva, estertores, padrão lobar no Rx, derrame pleural. Principais agentes são Pneumococo, Aureus e Influenza. Tratamento com Amoxicilina

Atípica: Quadro arrastado, febre baixa, tosse seca, sibilos, padrão intersticial, efeitos sistêmicos (artralgia, anemia). Principais agentes são Vírus, Mycoplasma, Chlamydia Pneumoniae. Tratamento com macrolídeo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Características clínicas da Coqueluche

A

Agente etiológico: Bordetella Pertussis (gram-negativo)
Clínica com 3 fases: Catarral (sintomas gripais), Paroxística (paroxismos de tosse seca em crise súbita e rápida, podendo ficar cianótico) e Convalescença (vira tosse comum)
Tratamento: Azitromicina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Tratamento ambulatorial x hospitalar da pneumonia

A

Ambulatorial: Taquipneia sem esforço respiratório. Trata com Amoxicilina por 10 dias (ou amoxicilina + clavulanato)

Hospitalar: Taquipneia + esforço respiratório. Tratamento com ATB IV, com penicilina cristalina. Quadros com sepse pode usar ceftriaxona e quando for por S. Aureus ceftriaxona + oxacilina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Principais complicações da pneumonia

A

Derrame parapneumônico, empiema pleural, abscesso pulmonar e pneumonia necrosante (S. aureus prevalente)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Conduta diante de um derrame pleural em quadro de pneumonia

A

Febre persistente + complicação = tratar a complicação e manter ATB. O derrame pode ser drenado por toracocentese ou colocação de dreno de tórax (derrame volumoso, refratário)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Critério de internação de pneumonia

A

Sepse, <2 meses, hipoxemia (saturação <90% ou O2 complementar), insuficiência respiratória, incapacidade de usar medicações via oral, comorbidades graves, desidratação, complicações, falha terapêutica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Sinais de alarme na dengue

A

Dor abdominal contínua, vômitos persistentes, hemorragias, hipotermia, hipotensão postural, hepatomegalia, acúmulo de líquido (ascite, derrame pleural), letargia, aumento do hematócrito

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Classificação em grupos de A-D na dengue

A

A: Sem sangramento espontâneo ou induzido (prova do laço negativa), sem sinal de alarme, sem risco social ou comorbidades
B: Com sangramento espontâneo ou induzido (laço positivo), risco social ou comorbidade presente, sem sinal de alarme
C: Com sinal de alarme
D: Com sinal de choque (hemorragia grave, disfunção de órgãos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Tratamento na dengue de acordo com os grupos A-D

A

Hidratar todos. A e B oral, C e D venosa.
A: Acompanhamento ambulatorial, hemograma a critério e sorologia
B: Observação até resultados dos exames, hemograma obrigatório e sorologia
C: Internação hospitalar
D: Internação hospitalar em CTI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Quadro suspeito de dengue

A

Febre por 2-7 dias com 2 ou mais critérios: náusea, vômito, exantema, mialgia, artralgia, cefaleia, dor retro-orbital, petéquia, prova do laço positiva, leucopenia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Febre sem sinal localizatório x Febre de origem indeterminada

A

FSSL: Febre sem foco aparente por menos de 1 semana
FOI: Febre com mais de 3 semanas de duração

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Fluxograma de FSSL (0-36 meses): O que fazer quando há comprometimento do estado geral?

A

Independente da idade, internação. Solicitar hemograma, urocultura, LCR, radiografia de tórax, atb empírico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Fluxograma de FSSL (0-36 meses) sem comprometimento do estado geral: <30 dias

A

Internação com painel viral respiratório (PVR), hemograma, hemocultura, urina I, urocultura, LCR, radiografia de tórax, atb empírico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Fluxograma de FSSL (0-36 meses) sem comprometimento do estado geral: 1 a 3 meses

A

Usar critérios de Rochester para classificar como alto ou baixo risco.
Baixo risco: Reavaliação diária obrigatória
Alto risco: Internação, hemocultura, urocultura, LCR, radiografia de tórax, atb empírico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Fluxograma de FSSL (0-36 meses) sem comprometimento do estado geral: 3 a 36 meses

A

Vacinação completa: PVR, urina I e urocultura, com reavaliação diária.
Vacinação incompleta: PVR e ver temperatura. Tax <39ºC - reavaliação diária (considerar urina 1/urinocultura); Tax >39ºC - urina I/urocultura. Se leucocitúria >5x10^5ml, tratar; se menor, realizar hemograma. Se leucócitos <20k ou neutrófilos <10k, reavaliação diária, se for >, hemocultura e radiografia de tórax. Se radiografia alterada, tratar pneumonia. Se normal, risco de bacteremia oculta, usar ceftriaxona 50mg/kg IM 1xdia e reavaliar diariamente até resultado da hemocultura

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Quais são os critérios de Rochester para FSSL?

A

Nascido a termo, previamente hígido, período neonatal sem intercorrência, exame clínico normal, sem uso de atb prévio, leucócitos entre 5.000 e 15.000, bastões <1.500, sedimento urinário <10/campo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Atb empírico mais usado na FSSL

A

Penicilina + aminoglicosídeos ou penicilina + cefalosporina (cuidado com ceftriaxona)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Formas/Métodos de coletar urina na criança com suspeita de ITU e quais exames são feitos

A

Saco coletor, punção suprapúbica, cateterismo vesical e jato médio.
Urina I não confirma diagnóstico, urocultura sim (porém, quando feita com saco coletor é realizado para excluir diagnóstico devido ao alto risco de contaminação - alto valor quando negativo)

Obs: Punção e cateterismo em pacientes sem controle esfincteriano, com controle é feito por jato médio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Agente mais comuns na ITU com menos de 1 ano

A

E. coli, Enterobacteriaceae e Enterococus (80% por E. coli)
Obs: em meninos não circundados comum ser causado por Proteus
Klebsiella também é um agente possível

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Fatores de resistência do organismo à ITU

A

Hábito miccional normal, evitando estase, urina com composição e osmolaridade adequadas, estímulo a reação inflamatória produzindo IL-6 e 8.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Incidência de pielonefrite x cistite na pediatria

A

Pielonefrite: lactentes jovens
Cistite: escolar

Obs: cistite não costuma cursar com febre

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Critérios avaliados na urina I em suspeita de ITU - sensibilidade e especificidade

A

Esterase leucocitária: S - 83%; E - 78%
Nitritos positivos: S - 50%; E - 92%
Contagem leucocitária: S - 73%; E - 81%
Bacterioscopia: S - 81%; E - 83%
Gram: S - 93%; E - 95%

Mais comuns em prova: nitrito tem alta especificidade e baixa sensibilidade (poucos falsos positivos) esterase tem alta sensibilidade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Valores de referência para positividade de urocultura de acordo com método de coleta

A

Punção suprapúbica: qualquer valor positivo
Sondagem vesical: > 1.000 ufc/ml
Jato médio e saco coletor: > 50.000-100.000 ufc/ml

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Métodos de imagem usados na ITU

A

1º a ser usado é a USG (malformações, abscessos). Se vier alterado, pode ser feito a cintilografia renal DMSA (avalia morfologia renal, bom para ver cicatriz renal) ou UCM (uretrocistografia miccional). Se normal, realizar DMSA. Se este vier normal, acaba a investigação, mas se alterado realizar UCM.

Obs: em prova, Urina I positiva com urocultura negativa avaliar DMSA antes de USG

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Medicação usada em quadro de ITU por ESBL

A

Meropenem (carbapenêmicos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

ATB de 1ª linha para tratamento de ITU na pediatria e tempo de tratamento

A

Cefalosporina de 1ª geração.
2ª linha seria nitrofurantoína, bactrim e aminopenicilinas de segunda geração

Tratamento por no mínimo 7 dias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

Qual exame pedir na ITU de acordo com a SBP e AAP

A

SBP: Menores de 2 anos deve pedir USG + UCM. Maiores de 2 anos USG, se alterado pedir UCM e DMSA.

AAP: 2-24m, USG. Se alterado, UCM

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Qual o quadro de bacteriúria assintomática e conduta

A

Paciente hígido com urina I ou urocultura evidenciado infecção. Não deve ser tratado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Quando internar paciente pediátrico com quadro de ITU ?

A

Menores de 3 meses, vômitos (não consegue fazer medicação por via oral), sepse, comprometimento do estado geral, desidratação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
52
Q

Achados da USG compatíveis com quadro de ITU na pediatria

A

Dilatação pielocalicial e ureteral associada a refluxo vesico-ureteral

Obs: Menores de 2 anos sempre é pielonefrite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
53
Q

Cardiopatias congênitas cianóticas x acianóticas

A

Acianóticas: CIV, CIA, PCA e Defeito do septo atrioventricular total, coarctação de aorta. Não tem shunt ou é da E-D.

Cianótica: Tetralogia de Fallot, Transposição de grandes vasos, atresia tricúspide, + várias. O fluxo pulmonar depende do canal arterial. Medicamento usado é a prostaglandina (vasodilatador, mantém o canal aberto). Tem shunt D-E.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
54
Q

Tetralogia de Fallot

A
  • 4 Componentes: Estenose pulmonar (EP), CIV, dextroposição da aorta e hipertrofia de VD. Pode ter atresia da valva pulmonar.
  • Clínica: Cianose desde o nascimento. É central e generalizada. Quanto maior a EP maior a cianose. Pode ter crises de hipóxia, além de taquipneia e alteração de consciência. Em crianças maiores pode ter baqueteamento digital e adoção da posição de cócoras, com melhora dos sintomas.
  • Cardiopatia de hipofluxo pulmonar
  • Radiografia: Coração em bota devido a hipertrofia de VD
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
55
Q

Transposição das Grandes Artérias (TGA)

A

Aorta saindo do VD e A. pulmonar do VE. Há separação da circulação pulmonar e sistêmica. É necessário um shunt entre aorta e pulmonar ou CIA/CIV, senão é incompatível com a vida.
- Clínica: Cianose nas primeiras horas, B2 hiperfonética em foco pulmonar, pode ser única, sem B1 nem sopros
Tem alta mortalidade. Cirurgia de correção (de Jatene) é necessária nas primeiras 2-3 semanas de vida. Dificilmente há lactentes vivos sem correção cirúrgica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
56
Q

Características de um sopro inocente na pediatria

A

Sistólico, baixa intensidade, ausência de frêmito, bulhas normais, audível em decúbito e some ao sentar, ausência de anormalidade estrutural

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
57
Q

Características das cardiopatias congênitas acianóticas: CIV e CIA

A
  • CIV: Mais comum; Sopro holossistólico; Clínica de IC; Hiperfluxo pulmonar. Perimembranosa é a principal: assintomática, defeito pequeno corrigido espontaneamente. Os demais tipos necessitam de cirurgia.
  • CIA: Paciente assintomático. Desdobramento fixo da 2ª bulha e sopro sistólico em borda esternal esquerda alta (foco pulmonar). Pode ter BRD. Conduta tende a ser expectante. Hiperfluxo pulmonar
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
58
Q

Estruturas chaves na circulação fetal

A

Ducto venoso (comunica a v. umbilical à cava inferior), Forame oval (direciona o sangue do AD diretamente ao AE) e Canal arterial (desvia o sangue da a. pulmonar para aorta - nesse momento RVP>RVS)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
59
Q

Conduta diante de uma crise hipóxica em criança com cardiopatia congênita

A

Costuma ocorrer pela manhã, após algum estímulo, como defecar ou chorar
Posicionar a criança em posição genupeitoral (cócoras), oxigênio, expansão volêmica, morfina, betabloqueadores.
Pode ocorrer em pacientes com Tetralogia de Fallot. Pode ser feita uma medida cirúrgica paliativa: cirurgia de Blalock-Taussig

60
Q

Características das cardiopatias congênitas acianóticas: PCA e DSAVT

A

PCA: Manutenção do canal arterial, que após o nascimento inverte o shunt (vira da aorta para pulmonar devido a RVS se tornar >RVP). Clínica de sopro sistodiastólico, em maquinaria. Tratamento com indometacina - paracetamol é opção.

DSAVT: CIA + CIV + Valva comum entre átrios e ventrículos. Muito associado com síndromes, como Down. Clínica com sinais de IC. ECG com hemibloqueio anterior esquerdo. Tem hiperfluxo pulmonar

61
Q

O que é Síndrome de Eisenmenger

A

Cardiopatia que possui shunt E-D que se reverte para D-E. Hiperfluxo pulmonar e sobrecarga do coração direito se elevam muito, causando hipertensão pulmonar e reversão do shunt. Cardiopatia acianótica vira cianótica.

62
Q

Manifestação de IC em lactentes

A

Cansaço e sudorese às mamadas

63
Q

Atresia de tricúspide

A

Cianose central nas primeiras horas de vida. Obrigatório ter CIA e CIV/PCA, VD hipoplásico, sobrecarga de AD, AE e VE

64
Q

Rinossinusite viral x bacteriana

A

Bacteriana: > 10 dias OU febre alta >39ºC + congestão nasal purulenta + 3 dias seguidos ou mais OU sinal da dupla piora (melhora com 3-4 dias e piora com 5-6 do início do quadro).
Tratamento: Amoxicilina 50mcg/kg/dia por 7-10 dias. Etiologia: pneumococo, influenza, moraxella

Viral: É a mais prevalente. Geralmente tem febre mais baixa. Quadro não se encaixa nas características bacterianas. Tratamento de suporte + lavagem nasal com soro fisiológico, evitar descongestionantes e xaropes. Etiologia: Rinovírus, adenovírus, covid

65
Q

Características da Otite média aguda bacteriana

A

Pelo menos 1 critério: Abaulamento moderado a grave; abaulamento leve + otalgia recente (<48h) e/ou hiperemia importante; otorreia sem otite externa. Nem sempre precisa de antibiótico.

66
Q

Clínica da Otite Média Aguda (OMA)

A

Otalgia, irritabilidade, febre, membrana timpânica abaulada com perda de mobilidade, otorreia (mais comum na otite externa média).

67
Q

Quando usar antibiótico na OMA

A

Indicações:
- Otorreia
- Sintomas graves: otalgia grave ou >48h, febre >39ºC, imunodeficiência ou implante coclear

Como usar: indicações de acordo com idade
- <6 meses: usar ATB em OMA bilateral e unilateral
- 6 meses a 2 anos: usar ATB na bilateral e pode observar na unilateral
- >2 anos: pode observar na bilateral e na unilateral

ATB: Amoxicilina 50 mg/kg/dia VO por 7-10 dias

68
Q

Principal complicação da OMA

A

Mastoidite aguda. Infecção no osso mastoide, perigo de evoluir para meningite. Importante olhar na região retrouricular em busca de hiperemias ou abaulamentos.

Suspeitar quando houver otalgia + sinais flogísticos retroauriculares, desvio de pavilhão auricular, febre e/ou meningite. Diagnóstico feito com clínica + TC.

Tratamento: Internação + ATB EV (pode ser feita oxacilina e ceftriaxona)

69
Q

Otite externa aguda e Otite média com efusão

A

OEA: Inflamação na orelha externa. Causada por exposição a água (piscina, praia) e lesão de pavilhão. Apresenta dor intensa, sinais flogísticos e otorreia. Etiologia: Pseudomonas e estafilococos. Tratamento com ATB tópico.

OME: Secreção na orelha média sem inflamação. Ocorre pós-OMA. Há plenitude auricular e audição reduzida. Não se sabe a etiologia e o tratamento é conservador ou tuboplastia

70
Q

Definição de laringite crupe viral

A

Síndrome em que há rouquidão, tosse ladrante, estridor inspiratório e desconforto respiratório (muitas vezes retração de fúrcula). Pode ter sibilos e tempo expiratório prolongado. É a causa mais comum de estridor na infância.
- Etiologia principal: Parainfluenza
- Exame de imagem: radiografia da laringe com sinal da ponta do lápis ou torre de igreja, sendo um sinal pouco específico
- Tratamento: Manter a via aérea pérvia. Administrar corticoide (geralmente dexametasona 0,15-0,3mg/kg) para TODOS, VO ou IM/IV. A epinefrina inalatória é usada em casos moderados a graves e tem efeito de início rápido e duração curta. Internar se sinais de gravidade.

71
Q

Definição de Crupe espasmódico/laringite estridulosa

A

Diagnóstico diferencial de crupe viral. Edema inflamatório sem infecção (sem febre e pródromos). Início súbito a noite. Tratamento acalmando a criança, nebulização e se não melhorar, igual o do crupe viral.

72
Q

Definição de crupe membranoso/traqueíte bacteriana

A

Diagnóstico diferencial de crupe viral. Suspeitar quando o tratamento para crupe viral não faz efeito. É causada por S. Aureus. Diagnóstico clínico com visualização direta da membrana com pus na traqueia. Rápida evolução para insuficiência respiratória e toxemia. Indicado intubação precoce (há via áerea difícil). Tratamento com ATB de amplo espectro.

73
Q

Definição de Supraglotite/Epiglotite

A

Infecção grave da epiglote e estruturas supraglóticas, com obstrução completa de VAS. Alta letalidade.
Principal etiologia: pré-vacina: H. Influenza B; pós vacina: S. pyogenes, S. aureus.
Diagnóstico clínico com posição do tripé (hiperextensão do pescoço), febre alta, rouquidão, toxemia e insuficiência respiratória. Na imagem pode ter epiglote em cereja na laringoscopia; na radiografia de laringe há sinal do polegar.
Tratamento: manter via aérea pérvia, não deitar o paciente, não examinar nem pedir exames; intubação precoce + ATB EV na 1ª hora de amplo espectro

74
Q

Agentes virais e bacterianos nas faringo-tonsilites

A

Virais
- Adenovírus: cursa com conjuntivite e dor de garganta com faringite importante. Leucocitose importante (não necessário para diagnóstico)
- Influenza
- Parainfluenza
- Coxsackie
- VSR, HVS, EBV (mononucleose)

Bacterianos
- S. Pyogenes = Estreptococus do grupo A Lancefield. Possíveis complicações são febre reumática, glomerulonefrite difusa aguda, pós estreptocócica

75
Q

Sintomas da Faringite bacteriana x viral: dor de garganta +

A
  • Viral: Sintomas de IVAS como tosse, coriza, conjuntivite, rouquidão; pode acometer qualquer faixa etária; úlceras orais (mais comum na coxsackie), diarreia, rouquidão
  • Bacteriana: dor súbita sem sintomas de IVAS; Faixa etária mais comum 5-15 anos; Febre alta, petéquias no palato, náuseas, vômitos, dor abdominal

Exsudato pode estar presente em ambas, mais comum na bacteriana.

Diagnóstico clínico é POUCO confiável. Teste rápido de antígeno ou cultura de orofaringe (padrão-ouro) podem ser feitos. Se TR positivo, tratar; se negativo fazer cultura.

76
Q

Tratamento de faringite viral x bacteriana

A
  • Viral: sintomático + hidratação
  • Bacteriana: ATB. Amoxicilina VO por 10 dias ou Penicilina Benzatina IM dose única.
77
Q

Complicações da faringite

A
  • Não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite aguda
  • Supurativas: Abscesso peritonsilar, retrofaríngeo e cervical

Peritonsilar: Dor de garganta + trismo + desvio da úvula e voz abafada (hot potato voice)

Retrofaríngeo: Dor de garganta + sialorreia + rigidez nucal
Em ambos interna, faz TC, assegura via aérea, administra ATB e drena o abscesso

78
Q

Características da Mononucleose infecciosa

A
  • Etiologia: EBV
  • Clínica: Início rápido de dor de garganta com duração prolongada. Acomete tecidos linfáticos + hepatoesplenomegalia.
  • Exames: hemograma com linfocitose (linfócitos atípicos) e sorologia
  • Tratamento: suporte + evitar esportes de contato (evitar rotura esplênica)
  • Obs: se for erroneamente tratado com amoxicilina, pode apresentar exantema maculopapular pruriginoso após seu uso
79
Q

O que é anafilaxia ?

A

Reação multissistêmica de hipersensibilidade grave, de início agudo, rápido e evolução potencialmente fatal, com recorrência comum em 1 ano. Costuma ser IgE relacionada

80
Q

Clínica da Anafilaxia

A

-Pele/mucosas: urticária e angioedema
- Respiratório: tosse, dispneia, sibilância, estridor, dor torácica e/ou hipóxia
- TGI: náuseas, vômitos, dor abdominal e/ou diarreia
- Cardiovascular: hipotensão arterial, arritmia, bradicardia, PCR
- Neurológico: tontura, vertigem e/ou inconsciência

Sintomas súbitos e rápidos

81
Q

Diagnóstico de Anafilaxia

A

1ª possibilidade: Acometimento de pele/mucosa + 1 dos seguintes critérios: respiratório, hipotensão (ou acometimento de órgão-alvo - síncope, incontinência) ou gastrointestinal grave

2ª possibilidade: Exposição a alérgeno altamente provável + 1 dos seguintes: hipotensão, broncoespasmo, envolvimento laríngeo. Não precisa ter pele acometida

82
Q

Tratamento de Anafilaxia

A

1ª linha: Adrenalina 0,01 mg/kg IM na região vasto lateral da coxa + remover desencadeantes + soro fisiológico 0,9% 20ml/kg IV S/N+ posição supina S/N + broncodilatadores S/N + oxigênio S/N

2ª linha: Anti-histamínico (?), Corticoide (?)

Em seguida, deixar paciente em observação por 6 horas

83
Q

Conduta diante de urticária e angioedema sem anafilaxia

A

Usar anti-histamínico de 2ª geração. No angioedema pode avaliar associar corticoide sistêmico

84
Q

O que é marcha atópica ?

A

Progressão esperada e previsível de um paciente atópico (ver gráfico)

85
Q

Características da fácies alérgica

A

Olheira alérgica, dobras de Dennie-Morgan, saudação alérgica, vincos nasais

86
Q

Características clínicas da Dermatite Atópica

A

Inflamação crônica da pele: tríade de ressecamento, prurido e eczema. As lesões podem ser eritema, pápula, seropápula, vesículas, escamas, crostas e liquenificação

  • Lactente: eczema acomete face e regiões extensoras (poupa centro da face e fraldas)
  • Escolar e pré-escolar: regiões flexoras e liquenificação
87
Q

Tratamento da dermatite atópica

A
  • Hidratação 2x/dia em toda a pele (fundamental), evitar banhos quentes e prolongados
  • Corticoide tópico ou inibidores da calcineurina, principalmente em lesões mais pruriginosas e com risco ou infeccionada. Buscar usar a menor potência possível
    Potência dos corticoides:
  • Baixa: hidrocortisona e dexametasona
  • Moderada: mometasona
  • Betametasona e Clobetasol
    Em regiões sensíveis preferir tacrolimo/pimecrolimo.
  • Se infectado: mupirocina tópica ou cefalexina sistêmica
88
Q

Característica clínica da dermatite seborreica

A

Eczema que acomete o maciço central da face

89
Q

Classificações da rinite alérgica

A
  • Intermitente: Ocorre menos que 4 dias na semana e menos de 4 semanas
  • Persistente: Ocorre por mais que 4 dias E por mais de 4 semanas

Leve; Moderada/grave: Limitações ou sintomas que afetam a qualidade de vida

90
Q

Os 10 sinais de alerta para Imunodeficiências na criança

A

1. Duas ou mais pneumonias no último ano
2
. Quatro ou mais otites no ano
3. Estomatites de repetição ou Monilíase (sapinho) por mais de dois meses
4. Abscessos de repetição ou ectima (infecção bacteriana da pele)
5. Dois ou mais episódios de infecção sistêmica grave (meningite, septicemia)
6. Infecção intestinal de repetição/diarreia crônica
7. Asma grave, doença de colágeno ou autoimune
8*. Efeito adverso ao BCG
9. Fenótipo sugestivo de síndrome associado a imunodeficiência
10. Histórico Familiar da doença

91
Q

Exames solicitados na suspeita de imunodeficiência

A

Hemograma (pode ter linfopenia significativa), sorologia (HIV), dosagem de imunoglobulinas, Rx de tórax (avaliar imagem tímica).

92
Q

Principais imunodeficiências na pediatria

A
  • Celular: Ocorre nos primeiros 1-2 anos de vida com infecções graves por microorganismos oportunistas (candida, p. jiroveci, cmv), diarreia crônica, reação a BCG.
  • Humoral: Não se manifesta nos primeiros meses de vida. Infecções recorrentes do trato respiratório por bactérias encapsuladas (s. pneumomiae e h. influenzae)
  • Fagocítica: Infecções graves no período neonatal, com atraso na queda do coto umbilical (>30 dias) e na eclosão dentária
  • Complemento: Infecções piogênicas graves e infecções pela Neisseria meningitidis e gonorreia.
93
Q

Diferença entre as vacinas atenuadas e inativadas

A

Atenuadas
- Imunidade celular + humoral
- Duração longa
- Possível extensão para comunicantes
- Risco para imunodeprimidos

Inativadas
- Imunidade humoral
- Duração curta (reforços)
- Não tem extensão para comunicantes
- Não tem risco para imunodeprimidos

94
Q

Quais são as vacinas atenuadas ?

A

BRAVA-34
- BCG
- Rotavírus
- Febre Amarela
- VOP
- Tríplice Viral
- Tetra Viral (SCR + Varicela)

Não precisam de muitas doses de reforço

Inativada são todas as demais

95
Q

Contraindicações da vacinas atenuadas e inativadas

A
  • Atenuadas: Gestantes (exceto de alto risco), neoplasias, imunodeficiências, corticoides em doses imunossupressoras (2mg/kg/dia por mais de 14 dias - esperar 1 mês), imunossupressores (esperar 3 meses), imunobiológicos/hemoderivados (aguardar); BCG em menores de 2kg, vacina oral em paciente hospitalizado e rotavírus se antecedente de intussucepção
  • Inativadas: Reação anafilática aos componentes da vacina
96
Q

As vacinas do calendário ou as atrasadas, podem ser administradas juntas ?

A

A maioria sim. Exceções: Tríplice/Tetra com febre amarela deve ter intervalo de 28 dias

97
Q

Calendário Vacinal completo

A
  • Ao nascer: BCG + Hepatite B
  • 2 meses: Penta + Rotavírus + VIP + Pneumo10
  • 3 meses: Meningo C
  • 4 meses: Penta + Rotavírus + VIP + Pneumo10
  • 5 meses: Meningo C
  • 6 meses: Penta + VIP
  • 9 meses: Febre Amarela
  • 12 meses: Tríplice + Pneumo10 + Meningo C
  • 15 meses: Hepatite A + VOP + DTP + Tetra
  • 4 anos: VOP + DTP + Varicela + Febre Amarela
  • 9 a 14 anos: HPV (se imunossuprimido 9-45a)
  • 11 a 12 anos: Meningo ACWY
  • dT (tétano): reforço a cada 10 anos

Obs: Pentavalente: DTP + Hepatite B + Hib

98
Q

Evolução da cicatriz da BCG

A
  • 1ª a 2ª semana: mácula avermelhada de 5 a 15mm de diâmetro
  • 3ª a 4ª semana: pústula seguida de crosta
  • 4ª a 5ª semana: úlcera com 4 a 10mm de diâmetro
  • 6ª a 12ª semana: cicatriz com 4 a 7mm de diâmetro, presente em 95% dos vacinados

Se não cicatrizar em 3 meses, pode ter tido efeito colateral

99
Q

Reações vacinais da BCG

A

Linfadenomegalia regional axilar, supra ou infraclavicular ipsilateral. Ocorre de 3 a 6 semanas após vacinação, móvel, indolor, sem supuração, de até 3cm, e involui espontaneamente em 3 meses. Não tem sintomas sistêmicos.

Quando tratar BCGite ?
- Abscesso frio: Isoniazida
- Linfonodo >3cm com centro necrótico, amolecido ou com fistulização: Isoniazida
- Úlcera >1cm sem cicatrização: Isoniazida

100
Q

Contraindicações da BCG

A

Peso menor do que 2 kg, Imunodeficiências e RN contatos de tuberculose bacilífera (ex: mãe contaminada -> inicia-se profilaxia com isoniazida ou rifampicina por 3 meses e faz-se o PPD; se <5mm suspende o tratamento e vacina; se >5mm isoniazida por mais 3 meses ou se rifampicina manter por mais 1 mês e não vacinar).

Obs: DEVE-SE vacinar crianças com exposição perinatal ao HIV.

101
Q

Detalhes sobre a DTP

A
  • 1 dose de dTpa a cada gestação, a partir da 20 semana, protegendo contra o coqueluche para o RN
  • dT de 10-10 anos
  • Em prematuros <31 semanas e/ou <1kg, usar DTPa
  • Idade máxima de administração: 6 anos 11 meses e 29 dias. A partir dos 7 anos o reforço é feito com a dT
102
Q

Efeitos colaterais da DTP

A

Surge 48-72h após a vacina devido ao componente P. Apresenta reações locais e sistêmicas e não contraindica as doses seguintes.

Graves (precisam ser notificados)
- Choro persistente: >3h de choro incomum, agudo e inconsolável. Continua esquema normal
- Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH): Hipotonia + hiporresponsividade + alteração de cor de pele. Continuar vacinação com DTPa
- Convulsão: tratar quadro e continuar vacinação com DTPa
- Encefalopatia pós-vacinal: mais grave, contraindica P, continuar vacinação com DT

103
Q

Prazo de administração da Rotavírus

A
  • 1ª dose: A partir de 1 mês e 15 dias; Máximo de 3 meses e 15 dias
  • 2ª dose: A partir de 3 meses e 15 dias; Máximo de 7 meses e 29 dias

Se perder o prazo não vacina mais

104
Q

Contraindicações da Rotavírus

A

Doença gastrointestinal crônica, malformação congênita do trato digestivo e história prévia de invaginação intestinal + atenuada.

105
Q

Esquemas especias de vacinação na febre amarela e contraindicações

A

Se >5 anos e só recebeu 1 dose: aplicar a vacina
Se >5 anos e nunca vacinada: receber apenas 1 dose

Contraindicações: Anafilaxia a ovo, mulheres em amamentação (se vacinada quando alto risco, suspender aleitamento por no mínimo 10 dias)

106
Q

Vacinação contra Influenza

A
  • Trivalente: SUS, 2 Influenza A e 1 Influenza B. Anual
  • Quadrivalente: Particular, 2 Influenza A e 2 Influenza B. Anual

Primovacinação (<9 anos): 2 doses com intervalo de 30 dias, depois fazer anualmente

107
Q

Vacinas HPV e VOP protegem contra quais tipos ?

A

HPV: 6, 11, 16 e 18. Feito 2 doses no esquema em meninos e meninas de 9 a 14 anos, com intervalo de 6 meses. Em imunossuprimidos é feito se 9 a 45 anos, sendo feita 3 doses (0, 2 e 6 meses)

VOP: 1 e 3

108
Q

Esquema de vacinação contra COVID-19

A

Coronavac: 2 doses (intervalo de 4 semanas) + reforços (Pfizer). Feita a partir de 3 anos e não aplicar em imunossuprimidos.

Pfizer - Baby (6 meses a 5 anos) e Pediátrica (5 a 11 anos): 2 doses + reforço (Baby = 3 doses). Baby com intervalo de 4 semanas D1 e D2 e 8 semanas entre D2 e D3. Na pediátrica intervalo de 8 semanas. Em adolescentes, intervalo de 3-4 semanas.

109
Q

Vacinação de campanha

A

SCR: Pode ser feita a partir dos 6 meses de vida (dose extra, não entra no esquema)

Influenza: A partir dos 6 meses aos 6 anos

110
Q

PALS: Avaliação de uma criança grave

A

Aparência
- TICOF: Tônus, interatividade, consolabilidade (hipóxia e doenças do SNC tendem a ser inconsoláveis), olhar e fala/choro

Respiração
- Indicativos de doença grave: BAN, retrações/tiragens, uso de musculatura acessória, ruídos respiratórios (sibilos, gemência, estridor)

Circulação
- Coloração da pele. Alterada se palidez, moteamento, cianose, hemorragias evidentes, petéquias/púrpura

111
Q

PCR: Definições

A
  • Bebês: Menos de 1 ano excluindo RNs
  • Crianças: De 1 ano até a puberdade
    Meninos: pelos no peito ou axilas; Meninas: desenvolvimento de seios
112
Q

PCR na pediatria

A

Na maioria das vezes tem uma HPP envolvida, não costuma ser súbita. Pode iniciar com pneumonia, bronquilite, hipovolemia, diarreia. Quadros principais são respiratórios e também circulatórios, com uma insuficiência respiratória que evolui para cardiopulmonar e consequente PCR. Parada cardíaca súbita (arritmia) levando a PCR são menos comuns.

  • Principal causa: Hipoxia
  • Ritmos cardíacos na PCR: não chocáveis (AESP e assistolia) são mais comuns. Assistolia é o principal.
113
Q

Caso clínico: Criança desacordada, o que fazer

A

1º: Garantir segurança da cena
2º Verificar responsividade. Bebês: estímulo nos calcanhares/ Crianças e adolescentes: estímulo nos ombros
3º Chamar ajuda
4º Expor o tórax
5º Checar pulso e respiração. Em <1 ano, avaliar pelo pulso braquial/ >1 ano, pulso carotídeo ou femoral

Paciente sem respiração normal com pulso (parada respiratória)
- Ventilação de resgate a cada 2/3 segundos (20-30 por minuto) e checar pulso a cada 2 min. Se FC <60 bpm com perfusão inadequada, realizar RCP

Sem resposta, respiração e pulso = PCR

114
Q

PCR: Colapso súbito presenciado ou não: o que fazer

A

Sim
- Se houver 1 socorrista: ativar serviço médico de emergência, buscar DEA e iniciar RCP

Não
- Se houver 1 socorrista: iniciar RCP por 2 minutos. Se ainda sozinho, ativar serviço médico de emergência e buscar DEA

115
Q

RCP de alta qualidade

A
  • Superfície rígida
  • Posicionamento: <1 ano com 1 socorrista: 2 dedos, no terço inferior do esterno; 2 socorristas: 2 polegares/ >1 ano fazer técnica convencional com 1 ou 2 mãos
  • Compressões efetivas: 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. Em bebês 4cm, crianças 5cm e adolescentes 5-6cm; 100-120 compressões por minutos; retorno total do tórax
  • Coordenação: 1 socorrista fazer 30:2, 2 socorristas fazer 15:2. Se via aérea avançada fazer 1 ventilação e cada 2-3 segundos.
  • Minimizar interrupções
  • FiO2: 100%
  • Monitorização
  • Acesso venoso periférico
  • Retificar a via aérea. Colocar um coxim. Em <1 ano sob os ombros e >1 ano na região occipital. Ventilar com ambu com técnica “ C e E”.
116
Q

Presença de carrinho de parada durante a RCP: conduta a partir disso

A
  • Interromper as compressões e checar pulso e ritmo cardíaco

Ritmo chocável: FV ou TV sem pulso. Torsaides de pointes é pré-parada, muito associada à hipomagnesemia.
- Desfibrilação: Iniciar com 2J/kg, segundo com 4J/kg e nas seguintes aumentar até 10J/kg.
- Pás: <1 ano ou <10kg usar a pediátrica; se >1 ano ou >10kg usar a de adulto.
- Medicação: Epinefrina a partir do 2º ciclo (2ª desfibrilação, repetida a cada 3-5 minutos), amiodarona ou lidocaína (a partir do 3º choque)
- Ver causas reversíveis

Ritmo não chocável: AESP e assistolia. Não dá pra fazer choque.
- Epinefrina imediatamente e repetir a 3-5 min.
- Se ritmo se tornar chocável, partir para conduta no chocável, fazendo choque e pode adminsitrar amiodarona ou lidocaína.
- Se mantiver não chocável, mantém RCP e epinefrina
- Ver causas reversíveis

117
Q

Causas reversíveis de PCR na pediatria

A

6Hs: Hipovolemia (2º mais comum), Hipoxia (mais comum) Hidrogênio, Hipoglicemia, Hipo/hipercalemia, Hipotermia

5Ts: Tensão no tórax (pneumotórax), Tamponamento cardíaco, Toxinas (intoxicações), Trombose pulmonar (TEP), Trombose coronariana (IAM)

118
Q

Medicações na PCR

A

Epinefrina
- IV/IO: 0,01mg/kg (0,1ml/kg)
- Endotraqueal: 0,1mg/kg = 0,1ml/kg

Amiodarona
- Bolus de 5mg/kg, pode repetir mais 2 vezes

Lidocaína
- Dose de ataque: 1mg/kg
- Manutenção: 20-50mcg/kg/min

119
Q

Atualização PALS 2020

A
  • Tubos com cuff
  • Não usar pressão cricoide de rotina na laringoscopia
  • 1 ventilação a cada 2-3 segundos
  • Adrenalina precoce nos ritmos não chocáveis
  • Monitoramento invasivo da PA: controle da qualidade da RCP pela PAD. Bebês: >25mmHg; Crianças: >30mmHg
120
Q

Bradicardia na pediatria

A

Sintomática
- FC abaixo + comprometimento cardiopulmonar que pode ser hipotensão (PAS mínima: 70 +2x idade), estado mental alterado ou choque.

Manejo
- Bradicardia com pulso sem comprometimento: monitorizar, ECG, considerar oferecer O2, identificar e tratar causa.
- Bradicardia com pulso com comprometimento: manter via aérea patente, VPP a cada 2-3 segundos e monitorizar. Se FC <60bpm, iniciar RCP, podendo usar epinefrina; uso de atropina se tônus vagal aumentado

121
Q

Taquicardias na pediatria

A

Supraventricular:
- QRS estreito + R-R regular + ausência de onda P sinusal (positiva em D2, D3 e aVF, negativa em aVR e com morfologia semelhante)
- Mecanismo de reentrada por via acessória ou pelo próprio nodo AV
- Clínica: Em lactentes e crianças menores. Vai ser sintomas de baixo DC com taquipneia, palidez ou cianose, choro, irritabilidade. Em maiores tem palpitação, DT, dispneia e síncopes.
- FC: Bebês >220 e crianças > 180bpm
- Conduta: Considerar manobras vagais. Administrar adenosina ou CVE sincronizada

Ventricular
- QRS largo. Avaliar comprometimento cardiopulmonar. Se sim, CVE; se não, adenosina se ritmo regular e QRS monomórfico; recomendar consulta com especialista e avaliar amiodarona e procainamida.

122
Q

BRUE

A

Evento breve, resolvido e benigno que acontece em crianças de até 1 ano que tem pelo menos 1 dos seguintes eventos:
- Cianose ou palidez
- Esforço respiratório diminuído, ausente ou irregular
- Alteração do tônus muscular
- Alteração de responsividade

É um diagnóstico de exclusão. Tem como Ddx, bronquiolite, coqueluche, meningite, arritmias, convulsões, hipoglicemia, abuso, DRGE.

Baixo risco (preencher todos os critérios)
- Idade >60 dias
- Primeiro episódio de BRUE
- Duração do evento <1 minuto
- Sem necessidade de RCP
- Sem achados significativos no exame físico

Conduta: Observar por 4h, monitorizar, ECG.

Alto risco: Não preencheu todos os critérios. A conduta depende do quadro, observando por 24h, ECG, HMG, glicemia, PCR, painel viral, rastrear intoxicações

123
Q

Síndrome da morte súbita do lactente

A

Morte súbita de lactente <1ano de vida sem explicação

  • Fisiopatologia: Vulnerabilidade de base (imaturidade imunológica, nervosa e cardíaca), evento desencadeante/fator ambiental (dormir na posição prona, tabagismo, estresse térmico) e é um período crítico de maturação e desenvolvimento.
  • Fatores de risco: baixo nível socioeconômico, posição prona, cama compartilhada e fofa, tabagismo, pré-natal inadequado. O lactente masculino, entre 2-4 meses, baixo peso ao nascer e prematuro tem mais risco.
  • Orientações: Dormir em decúbito dorsal (posição supina), cama firme e não compartilhada, aleitamento materno, cama livre de objetos, vacinação em dia, evitar tabagismo e superaquecimento, uso de chupetas.
124
Q

Aspiração de corpo estranho na pediatria

A

Sintomas: Tosse, estridor, sibilância que não melhora com tratamento, rouquidão, MV diminuído, desconforto respiratório. No Rx de tórax tem hiperinsuflação unilateral (nesse caso fazer broncoscopia). Nem sempre tem história de aspiração.

Manobras
- <1 ano: 5 golpe nas costas + 5 compressões torácicas
- >1 ano: Heimlich

  • Se perdeu consciência: Não precisa checar pulso, já inicia a RCP
  • Não tentar retirar o alimento às cegas
125
Q

Clínica do choque na pediatria

A
  • Taquicardia (diferente para cada faixa etária); <1 ano até 180, 1-3a até 140, 3-12a até 120, >12a 60-100.
  • Alteração de pulso/perfusão (pulso fino, tempo de enchimento capilar prolongado >3s)
  • Alteração de cor e temperatura (pele rendilhada, extremidades frias ou quentes)
  • Oligúria (<1ml/kg/h)
  • Alteração do nível de consciência (letargia, irritabilidade inconsolável)
  • Hipotensão é um evento tardio (limite inferior da PAS até os 10 anos= 70 + (2x idade); >10 anos = 90).
  • Disfunção múltipla de órgãos
126
Q

Classificação do choque na pediatria

A
  • Hipovolêmico: Perdas hídricas (diarreia aguda, vômito, grandes queimados), hemorragia (HDA, traumática)
  • Cardiogênico: Miocardite (mais comum, geralmente viral), cardiopatia congênita, arritmias
  • Distributivo: Sepse, Anafilaxia
  • Obstrutivo: Tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo
127
Q

Abordagem inicial no choque

A
  • A: Via aérea
  • B: Respiração - FC, ritmo, ausculta, saturação, cianose
  • C: Circulação - tempo de enchimento, palpação de pulsos periféricos, PA, FC, palpação de pulsos centrais, ausculta, palpação do fígado
  • D: Neurológico - ECG, pupilas, glicemia
  • E: Exposição: moteamento cutâneo, púrpuras, petéquias, temperatura
  • Ofertar O2, puncionar acesso IV ou IO (esse deve ser usado por<24h), avaliar expansão volêmica 20ml/kg e aminas, TTO específico para o tipo de choque
128
Q

Definições de Sepse e Choque séptico

A
  • SIRS: 2 ou mais critérios com pelo menos um () obrigatório: hipo/hipertermia () , taquicardia (ou bradi em <1 ano), taquipneia ou necessidade de VM, leucocitose/leucopenia (*)
  • Sepse: SIRS + infecção suspeita ou confirmada
  • Sepse grave: Sepse + disfunção cardiovascular ou respiratória OU de 2 outros sistemas
  • Choque séptico: Sepse + choque (disfunção CV) após ressuscitação volêmica. Atualmente pode ser quadro infeccioso + sinais de disfunção CV: alteração do nível de consciência, aumento do TEC >2s ou perfusão em flush, diminuição do débito urinário, livedo
129
Q

Clínica da sepse na pediatria

A

Criança com infecção prévia (febre) podendo ter sinais localizatórios; alteração dos sinais vitais com queda do estado geral; alteração de perfusão (irritabilidade ou sonolência, enchimento capilar); resultado final é hipotensão

130
Q

Choque frio x quente

A
  • Frio: É o mais comum na pediatria (80%). Hipodinâmico, aumento da RVS, queda do DC. Tem enchimento capilar >3s, pulsos finos, extremidades frias e moteadas.
  • Quente: 20% dos casos (é o mais comum em adultos). Hiperdinâmico, queda da RVS, aumento do DC. Enchimento capilar rápido (<1s), pulsos amplos e aumento da pressão de pulso, extremidades quentes.
131
Q

Manejo do choque séptico

A
  • O2 e acesso IV ou IO
  • Colher exames laboratoriais
  • Inicial: Fluidoterapia com cristaloide balanceado em bolus 20ml/kg (até 40-60ml/kg). RL preferencial ao SF (não balanceado; risco de acidose metabólica hiperclorêmica), SG não expande. Avaliar sinais de sobrecarga (hepatimetria e ausculta pulmonar). Faz 10ml/kg se RN ou cardiopata.
  • ATB de amplo espectro em até 1 hora: Ceftriaxone; RN gentamicina + ampicilina; foco abdominal acrescentar metronidazol; pele/partes moles faz oxacilina + clindamicina se choque tóxico. Em imunossuprimidos: Cefepime, Tazocin ou Meropenem.
  • Aminas vasoativas se refratário a volume ou se sobrecarga hídrica. Adrenalina se o choque for frio (efeito beta-adrenérgico aumenta crono e inotropismo e beta), noradrenalina se o choque for quente (alfa-adrenérgico maior, aumenta a RVP); se refratária à aminas avaliar vasopressina e hidrocortisona
132
Q

Choque hipovolêmico

A
  • Mais comum na pediatria
  • Etiologia: diarreia, vômitos, hemorragia, trauma, maus tratos, queimaduras
  • Clínica: Sinais de desidratação. Pulso fraco, TEC >3s, taquicardia, hipotensão, alteração do estado mental, mucosa seca, sem lágrima, fontanela deprimida, olhos fundos
  • Tratamento: Estabilização com cristaloide 20ml/kg, monitorar sobrecarga hídrica, avaliar necessidade de hemoconcentrados (1ª escolha se trauma)
133
Q

Terapia de manutenção no choque hipovolêmico

A
  • Soro Holliday-Segar: Risco de hiponatremia
  • Recente: fluidos isotônicos. Tem que ter oferta hídrica, glicose, sódio e potássio. Administra-se SG 5%, NaCl 20% e KCl 19,1%.
  • 1º: Cálculo de Holliday-Segar: Calcular o volume (SG 5%) em 24h. Até 10kg: 100ml/kg; 10-20kg: 1.000ml + 50ml para cada kg acima de 10kg; >20kg: 1.500ml +20ml para cada kg acima de 20kg.
  • 2º: Na 135-145mEq/L e K 25mEq/L. Apresentação: NaCl 20% e concentração de 3,4 mEq/ml e KCl 19,1% e concentração de 2,5mEq/ml. Logo, precisa de 10ml de KCl para atingir 25 e por volta de 40ml no NaCl.
134
Q

Choque cardiogênico

A
  • Incomum na pediatria
  • Queda do DC por redução da contratilidade miocárdica = sintomas de IC
  • Hepatomegalia, estertores e sibilos, cansaço às mamadas, sopro cardíaco e ritmo de galope, história de IVAS prévio. Na prova é Ddx com com bronquiloite viral e choque séptico
  • Tratamento: Expansão com cristaloide 5-10ml/kg + suporte inotrópico (dobutamina ou milrinone)
135
Q

Fisiopatologia da asma alérgica

A
  • Resposta Th2, eosinófilos. Broncoconstrição e hipertrofia do músculo liso brônquico.
136
Q

Espirometria na Asma

A
  • Crianças: VEF1/CVF <0,9 + melhora do VEF1 em >12%
  • Adultos: VEF1/CVF <0,7 + melhora do VEF1 em >12% e >200ml pós BD

Se normal, NÃO exclui asma.

137
Q

Risco de um lactente sibilante se tornar asmático

A

2 maiores: dermatite atópica e HF
3 menores: eosinofilia >4% sem verminose, rinite alérgica e broncoespasmo/sibilância sem quadro viral associado

Se alta probabilidade 2M ou 1M e 2m: iniciar teste terapêutico

138
Q

Critérios de avaliação de controle na asma

A
  • Sintoma diurno (>2x por semana), despertar noturno (não pode ter nenhum), medicação de resgate (>2x por semana) e limitação de atividades diárias.
  • Avaliação feita em 4 semanas
  • 0 controlada; 1-2 parcialmente controlada; 3-4 não controlada
139
Q

Steps GINA >12anos

A

Step 1 e 2: Resgate SOS
Step 3: CI + formoterol dose baixa diário
Step 4: CI + formoterol dose média diário
Step 5: Referenciar; Avaliar CI + formoterol em dose alta (evitar ao máximo). Adicionar LAMA.

Resgate SOS: CI + formoterol em dose baixa

140
Q

Steps GINA 6-11 anos

A

Step 1: Resgate com SABA e CI quando usar o SABA
Step 2: CI dose baixa diária
Step 3: CI dose média diária OU CI + LABA dose baixa OU CI + formoterol dose muito baixa
Step 4: CI + LABA dose média OU CI + formoterol dose baixa
Step 5: Referenciar. CI + LABA dose alta; Terapia anti-IgE

Resgate: SABA ou CI + formoterol a partir do step 3

141
Q

Steps GINA < ou igual a 5 anos

A
  • LABA, CI + formoterol: Contraindicados
  • Resgate com SABA

Step 1: Resgate quando necessário
Step 2: CI dose baixa diária
Step 3: Dobrar a dose baixa do CI
Step 4: Encaminhar para especialista

142
Q

Classificação de crise na Asma

A

> 6 anos
- Grave (pelo menos 1): Hipóxia; >30irpm, >120bpm, sat O2 <90%, PFE <50% do previsto

<5 anos
- Grave (pelo menos 1): Sat O2 <92%, FC >180 (0-3a) ou >150 (4-5 anos), FR >40irpm, cianose central, tórax silencioso na ausculta

Gravíssima/crítica: Tórax silencioso e RNC

143
Q

Tratamento de Asma na crise

A
  • Inicial: SABA (4-10 puffs 20/20’ em 1h) até 3 vezes, Corticoide VO ou IV (igual) mantido por 3-5 dias na criança e 5-7 no adulto. Alvo de O2 de 93-95% no adulto e 94-98% na criança.
  • Se asma grave: Associar ipratrópio, avaliar sulfato de magnésio, melhorar suporte de O2, UTI se necessário.
144
Q

Bronquiolite viral aguda: Características

A
  • 1º episódio de sibilância em menores de 2 anos, principalmente em menores de 1 ano. Causado pelo VSR, tem uma imunidade não duradoura.
  • FR: BPN, prematuro, desnutrido, sexo masculino, ausência de aleitamento materno, aglomerações
  • Sibilância, estertores, roncos, febre, tosse, apneia. Diagnóstico é clínico.
  • Rx de tórax: hiperinsuflação pulmonar, retificação de arcos costais e diafragma, atelectasia, aumento do diâmetro AP
  • FR de gravidade: <3 meses, cardiopatia com repercussão, prematuro, tabagismo passivo, doença pulmonar da prematuridade.
145
Q

Tratamento da bronquiolite viral aguda

A
  • Hospitalizar se: <3 meses, MEG, não come/bebe/respira, Sat O2 <92 ou 90%, prematuro
  • Lavagem com SF 0,9%, repouso, O2 S/N por cateter de alto fluxo + pressão + FiO2, precaução de contato e gotículas; se taquipneia dieta por sonda. HV + jejum = último recurso.
  • Profilaxia: Anticorpo monoclonal anti-VSR: palivizumabe. Quem recebe: <28 semanas no 1º ano de vida; SBP <32 semanas; doença pulmonar crônica da prematuridade, cardiopatia congênita com repercussão
146
Q

Fibrose cística

A
  • Doença genética autossômica recessiva: f508del. É grave, multissistêmica e progressiva. Há uma mutação no gene CFTR
  • Clínica: Pulmão + TGI. Pólipos nasais, infecções respiratórias de repetição, disabsorção (2ª década de vida: DM), íleo meconial e esteatorreia.
  • Diagnóstico: Triagem neonatal: dosagem de tripsina imunorreativa com VR até 70 (se >70 repetir até 30 dias de vida), mais sensível e menos específico, necessita de outro teste. Padrão-ouro é o teste do suor, feito se 2 IRT positivos: se maior que 60 confirma diagnóstico, menor que 30 exclui. Se entre 30-60 analisar mutações.
147
Q

Tratamento da Fibrose cística

A
  • Respiratório: Inalação com salina hipertônica e manitol, dornase alfa inalatória (>6 anos), fisioterapia respiratória.
  • TGI: dieta hipercalórica e hiperproteica, leite com adição de NaCl, enzimas pancreáticas, repor vitaminas lipossolúveis.
  • Moduladores do CFTR: Ivacaftor, Trikafta - usados para mutações específicas.
  • Seguimento: Pesquisar microorganismos em toda a consulta. Na orofaringe fazer aspirado traqueal; Espirometria 2x/ano, Rx de tórax a cada 2/3 anos após 5-6 anos de idade
  • Principais agentes infecciosos: Pseudomonas aeruginosa, S. aureus e Stenotrophomonas maltophilia.
  • Hospitalização: O2, ATB por 14-21 dias (se não tiver cultura fazer empírico com Ceftazidima + Amicacina + Oxacilina.