PED 5 - Crescimento E Seus Distúrbios Flashcards

1
Q

O que são o escore-Z e o percentil?

A
  • Escore-Z: distância em DP da média.

- Percentil: posição na distribuição ordenada de valores.

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2
Q

Qual a correlação entre a curva de escore-Z e a de percentil?

A
  • Escore-Z -> percentil:
    • +3 -> 99,9
    • +2 -> 97
    • +1 -> 85
    • 0^ -> 50^^
    • -1 -> 15
    • -2 -> 3
    • -3 -> 0,1

! Essas comparações são aproximações.
^ Média.
^^ Mediana.

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3
Q

Quais os pontos de corte da classificação nutricional no gráfico de peso/idade? Quais as idades contempladas nesse gráfico?

A
  • 0-10 anos.
  • EZ>2: peso elevado.
  • EZ entre -2 e +2: eutrófico.
  • EZ
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4
Q

Quais os pontos de corte da classificação nutricional no gráfico de estatura/idade? Quais as idades contempladas nesse gráfico?

A
  • 0-19 anos.
  • EZ>=-2: estatura adequada para a idade.
  • EZ<2: baixa estatura.
  • EZ
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5
Q

Quais os pontos de corte da classificação nutricional no gráfico de peso/estatura e IMC/idade? Quais as idades contempladas nesse gráfico?

A
  • 0-5 anos: P/E ou IMC/I
    • EZ>3: obesidade.
    • EZ>2: sobrepeso.
    • EZ>1: risco de sobrepeso.
    • EZ entre -2 e +1: eutrófico.
    • EZ
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6
Q

Como a desnutrição afeta o sistema imunológico?

A
  • Na desnutrição há prejuízo maior da imunidade celular.
  • Pode haver certo prejuízo da humoral também (principalmente IgA), mas não tanto. “É por isso” que ainda posso fazer vacinas em crianças desnutridas.
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7
Q

Como é a classificação de Gomez para desnutrição?

A
  • Porcentagem do p50 no gráfico de peso por idade (ou seja, do peso adequado/esperado para a idade).
  • Classificação de Gomez:
    • > =90%: eutrofia.
    • 75-90%: desnutrição leve.
    • 60-75%: desnutrição moderada.
    • <60%: desnutrição grave.
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8
Q

Como varia a velocidade do ganho de peso nos primeiros anos de vida?

A
  • Nasce com cerca de 3.400g.
  • Perde até 10% nos primeiros dias^.
  • 1º trimestre: 700g/mês.
  • 2º trimestre: 600g/mês.
  • 3º trimestre: 500g/mês.
  • 4º trimestre: 400g/mês.
  • Duplica com 4-5 meses; triplica com 1 ano; quadruplica com 2-2,5 anos.
  • Pré-escolar (até 6 anos): 2 Kg/ano.
  • Escolar: 3-3,5 Kg/ano^^.

! Ganho de peso intenso, mas desacelerado.

^ Não são todas que perdem. Recupera até 10-14 dias.
^^ Lactente: 0-2 anos. Pré-escolar: 2-4(5) anos. Escolar: (6)5-10 anos. Adolescente: 11-19 anos.

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9
Q

Como varia a velocidade do ganho estatural nos primeiros anos de vida?

A
  • Nasce com cerca de 50cm.
  • 1º semestre: 15cm.
  • 2ºsemestre: 10cm^.
  • 2º ano: 12cm/ano^^.
  • Pré-escolar: 7-8 cm/ano.
  • Escolar: 6-7 cm/ano (pelo menos 5cm/ano)^^^.

^ “Metade no 1º ano” (25cm).
^^ 10-12cm. “Metade da metade”. Até os 2 anos o crescimento depende de fatores extrínsecos (alimentação). Por isso, até os 2 anos, a criança terá crescido cerca de metade da sua altura na vida adulta, já que depois ela entra no seu “canal” de crescimento fisiológico.
^^^ A velocidade é descendente e tem o seu menor valor logo antes do pico de crescimento na puberdade.

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10
Q

Como varia a velocidade do ganho de perímetro cefálico nos primeiros anos de vida?

A
  • Nasce com 35 cm.
  • 1º trimestre: 2cm/mês (6cm).
  • 2º trimestre: 1cm/mês (3 cm).
  • 2º semestre: 0,5cm/mês (3 cm).

^ 12 cm no primeiro ano.

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11
Q

Como é causado e a clínica do Kwashiorkor?

A
  • Mais comum no 2º ano. Associação com processo inflamatório.
  • Deficiência proteica, ingestão energética normal^.
  • EDEMA de extremidades, anasarca:
    • Hipoalbuminemia.
    • Maior permeabilidade vascular^^.
  • Subcutâneo preservado; hepatomegalia^^^.
  • Alteração de cabelo e pele:
    • Na cor e sinal da bandeira
    • Áreas hiperpigmentadas^^^^.

^ Instalação mais aguda.
^^ Processo inflamatório. É isso que explica o edema no Kwashiorkor, já que no marasmo também tem hipoalbuminemia.
^^^ Não consegue mobilizar reserva energética.
^^^^ Que descamam e ficam hipopigmentadas em áreas de atrito (pelagra (falta de B3-niacina, ou triptofano) é em região de exposição solar.

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12
Q

Como é causado e a clínica do marasmo?

A
  • É o mais comum (geralmente em lactentes mais novos, <1 ano).
  • Deficiência global de energia e proteínas.
  • Não há edema.
  • Ausência de tecido adiposo; fácies senil ou simiesca; hipotrofia muscular e hipotonia.
  • Não há alterações de cabelo e pele.
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13
Q

Quais o nome das fases e período do tratamento da desnutrição?

A
  • Estabilização: 1-7 dias.
  • Reabilitação: 2-6 semanas.
  • Acompanhamento.
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14
Q

Como é conduzido o paciente com desnutrição grave na fase de estabilização?

A
  • 1-7 dias.
  • Prevenção e tratamento de:
    1) Hipotermia/hipoglicemia
    2) Distúrbio hidroelétrico
    3) Infecção
    !!! Cautela: reidratar pela via oral^; não tratar hiponatremia^^; ATB mesmo que assintomático^^^.
  • Alimentação adequada para a idade.
    !!! Cautela: síndrome de realimentação.
    * Hipofosfatemia^^^^ (hipocalemia e hipomagnesemia^^^^^ também).
  • Micronutrientes:
    • K, Mg, Zn^^^^^^, vitaminas (A-manifestações oculares), ácido.
    • Não fazer ferro!!!!
  • Marcador do fim da fase de estabilização: recuperação da fome.

^ Mesmo se tiver desnutrição grave. Risco de hiper-hidratação já que tendemos a superestimar os sinais de desidratação na criança com desnutrição grave. Com isso, aumenta também o risco de ICC (miocárdio já fragilizado pela desnutrição). IV só quando houve sinais de choque.
^^ Sódio corporal total normal ou aumentado.
^^^ Fazer culturas também. OMS: ampicilina + aminoglicosídeo (como gentamicina).
^^^^ Mais “específico” da realimentação. =<0,5mMol/L. Fraqueza muscular, rabdomiólise, disfunção de neutrófilos, arritmias cardíacas, convulsões e morte súbita.
^^^^^ Esses já podem estar presentes desde antes.
^^^^^^ Acelera a recuperação nutricional e das lesões de pele.

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15
Q

Como é conduzido o paciente com desnutrição grave na fase de reabilitação e acompanhamento?

A
  • 2-6 semanas.
  • Dieta hiperproteica e hipercalórica:
    • Catch up^.
  • Ferro.
  • Acompanhamento:
    • Pesagem regular.

^ 200 cal/Kg. 4g/kg de proteína.

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16
Q

Quais são possíveis variantes normais do crescimento relacionados à baixa estatura?

A
  • Baixa estatura familiar.
  • Atraso constitucional do crescimento e da puberdade^.

^ Do ponto de vista biológico ele é um maturador lento (demora mais para crescer, mas cresce por mais tempo.

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17
Q

Quais são possíveis condições mórbidas relacionadas à baixa estatura?

A
  • Desnutrição:
    • Primária (falta de nutrientes)
    • Secundária (doença crônica, por exemplo, DII, d. celíaca^)
  • Doença endócrina:
    • Hipotireoidismo (adquirido)^^.
    • Deficiência de GH^^^.
  • Doença genética:
    • Displasias ósseas (acondroplasia)^^^^.
    • Síndromes cromossomiais (síndrome de Turner).

^ A primeira manifestação da doença celíaca pode ser a baixa estatura.
^^ É a causa mais comum. Não é detectado no teste do pezinho.
^^^ Na grave neonatal: iciterícia, hipoglicemia, micropênis (associação com outras deficiências hormonais). 1º teste: IGF-1 e/ou IGFP3. 2º teste: teste de estímulo de GH com clonidina ou glucagon.
^^^^ Baixa estatura desproporcional (sempre é patológica). 1:1 é proporcional.

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18
Q

Quais as principais características clínicas da síndrome de Turner (e complicações)?

A
  • Baixa estatura^.
  • Disgenesia gonadal^^.
  • Linfedema congênito.
  • Pescoço alado; baixa implantação do cabelo.
  • Cúbito valgo^^^
  • Hipertelorismo mamário.
  • Nevos hiperpigmentados.
  • Hipotireoidismo.
  • Valva aórtica bicúspide (+comum).
  • Coactação da aorta (HAS, diferença de pulsos).
  • Surdez e anomalias genitourinárias também podem estar presentes.

^ Pode ser a única manifestação por muito tempo.
^^ Disgenesia, não agenesia. Hipogonadismo hipergonadotrófico.
^^^ Antebraço para fora.

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19
Q

Quais são pontos essenciais na avaliação de um caso de baixa estatura?

A
  • Estatura atual:

* OMS: p3. Pode ser normal mesmo se

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20
Q

Descreva o fluxograma diagnóstico de um caso de baixa estatura.

A
  • Defina se há baixa estatura: E/I Idade estatural (IE)^. Pais baixos: baixa estatura genética (familiar).
    • IO atrasada (IO doença genética. Não -> IMC.
    • IMC: emagrecido -> desnutrição. Bem nutrido ou obeso -> doença endócrina^^^.

^ É a idade que aquela altura corresponde ao p50 de E/I.
^^ Diferença de 2 anos é sempre anormal.

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21
Q

Etiologia da obesidade infantil?

A
  • Primária (95%)^:
    • Balanço energético positivo.
  • Secundária^^

^ Estatura normal ou alta e velocidade de crescimento normal.
^^ Estatura baixa (por causa de associação com doenças endócrinas).

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22
Q

Como definir obesidade infantil?

A
  • IMC=peso(Kg)/altura(m2).

^ Tem que jogar na tabela.

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23
Q

Como é a classificação de obesidade infantil?

A
  • MS (já descrito anteriormente, baseada no escore-z).
  • CDC^: >2 anos.
    • p85 ao p94: sobrepeso.
    • > =p95: obesidade.

^ Quando a banca fala de p95 ele quer o CDC.

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24
Q

Quais as comorbidades associadas à obesidade infantil e como avaliar?

A
  • HAS
  • Dislipidemia: SBP
    • CT, HDL, LDL, TG (>2 anos).
  • Esteatose hepática:
    • ALT/TGP
    • USG (questionável).
  • Resistência insulínica/DM:
    • Glicemia.
  • Síndrome metabólica.

^ TSH não: a não ser que esteja associado a baixa estatura.
^^ No tratado da SBP tem dosagem de insulina basal (insulinemia) para avaliar possibilidade de resistência insulínica.

25
Q

Como diagnosticar síndrome metabólica na pediatria?

A
  • 10-16 anos. (<10 não faço; >16 é igual ao adulto).
  • Circunferência abdominal >=p90 e mais dois:
    1) TG>=150
    2) HDL-c<40 (igual para meninos e meninas)
    3) HAS >=130x85
    4) Glicemia (>=100 ou DM2).
26
Q

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e adolescência?

A
  • Planejamento dietético:
    1º) Esclarecimento
    2º) Comportamento^: hábitos; refeições/dia.
    3º) Quantidade
    4º) Qualidade (última etapa!)
  • Atividades físicas:
    • Atividade diária
    • Diminuição de atividades sedentárias: >2 anos=2 horas de tela; <2 anos=nenhuma hora de tela.
    • Tratamento medicamentoso (NÃO É TRATAMENTO INICIAL).

^ Refeições na mesa (sem distrações).

27
Q

O que acontece na puberdade e qual a diferença para adolescência?

A
  • Caracteres sexuais
  • Função reprodutora.
  • Aceleração do crescimento.
  • Gonadarca
  • Adrenarca^

! Adolescência é um período cronológico.

^ A parte que produz androgênios.

28
Q

Qual a fisiologia da gonadarca?

A
  • Ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
  • Hipotálamo (GnRH^) -> Adeno-hipófise (LH^^/FSH^^^)

^ Início da liberação pulsátil de GnRH (início da puberdade).
^^ Estimula a síntese de esteroides (testosterona nos testículos e estrogênio nos ovários).
^^^ Espermatogênese nos testículos e crescimento folicular nos ovários.

29
Q

Qual a fisiologia da adrenarca?

A
  • Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
  • Hipotálamo -> adeno-hipófise -> adrenal^ (androgênios) -> adrenarca.

^ O estímulo à produção de androgênios pela adrenal é relativamente independente, não é dependente de ACTH.

30
Q

Quais são os principais eventos puberais que podem ocorrer durante a puberdade?

A
  • Telarca:
    • Início do desenvolvimento mamário no sexo feminino^.
  • Pubarca:
    • Início da pilificação genital^^.
  • Menarca^^^:
    • Anovulatórios e irregulares.
  • Ginecomastia^^^^:
    • Tecido glandular mamário no sexo masculino.
    • Comum na puberdade (2/3 dos adolescentes).
    • Uni/bilateral.
    • Involução: 2/3 anos.

^ Marca o início da puberdade feminina (marca a gonadarca).
^^ Meninas: marcador CLÍNICO da adrenarca. Meninos: secreção de androgênios adernais e gonadais.
^^^ Evento tardio.
^^^^ Só é fisiológico: neonatal, idoso e puberdade. Balanço estrogênio androgênio. Só falo que é ginecomastia puberal se já iniciou a puberdade. Klinefelter (47 XXY): atraso puberal + ginecomastia.

31
Q

Como se comporta o crescimento durante a puberdade?

A
  • Fases de crescimento:
    • Peripuberal (velocidade mínima de crescimento)
    • Estirão (aceleração: atinge o pico depois desacelera)
    • Desaceleração.
  • Características:
    • Centrípeto.
    • Distal- proximal.
  • Composição corporal:
    • Meninos: aumento de massa magra.
    • Meninas: aumento de massa gorda.
32
Q

Como é o estadiamento puberal de Tanner no sexo feminino?

A
  • Mama (M) e pelos corporais (P).
  • M1: pré-puberal.
  • M2: broto mamário^
    ! Telarca: início 8-13 anos^^.
  • M3: aumento de mamas e aréola.
    ! Pico do crescimento: 8-9 cm/ano (entre M2-M3).
  • M4: duplo contorno^^^.
    ! Menarca: 2-2,5 anos após telarca (entre M3-M4).
  • M5: mama madura.
  • P1: pré- puberal^^^^.
  • P2: pubarca^^^^^.
  • P3: sínfise púbica.
  • P4: grande quantidade^^^^^^.
  • P5: raiz das coxas.

^ Subareolar (não dá pra ver; só na palpação).
^^ “8 é a idade das meninas”. “8 deitado parece o infinito e parece duas mamas”. Se já completou 13 anos sem telarca, já considero atraso. Pode haver assimetria no crescimento das mamas. Meninas negras podem entra na puberdade mais cedo (a partir dos 6 anos).
^^^ Mama aumenta com saliência da aréola.
^^^^ Pelugem, pelo fino, infantil.
^^^^^ Ao redor dos grandes lábios (lisos, pouco pigmentados). Alguns meses após a telarca (em geral M precede P).
^^^^^^ Igual ao adulto, mas não chega à raiz das coxas.

33
Q

Como é o estadiamento puberal de Tanner no sexo masculino?

A
  • genitália (G) e pelos corporais (P).
  • G1: pré-puberal.
  • G2: aumento testicular.^
    • > =4mL (>3ml): orquidômetro de Prader.
      ! Início: 9-14 anos^^.
  • G3: aumento pênis (comprimento).
  • G4: aumento pênis (diâmetro)^^^
    ! Pico do crescimento: 9-10cm/ano (em G4).
  • G5: genitália adulta.
  • P1: pré- puberal.
  • P2: pubarca^^^^.
  • P3: sínfise púbica.
  • P4: grande quantidade.
  • P5: raiz das coxas.

^ 1º sinal da puberdade masculina (ação das gonadotrofinas).
^^ “9 é o número dos meninos”. “O 9 deitado parece um testículo”. Aos 14 anos já é atraso.
^^^ Destaca-se o contorno da glande (“duplo contorno”dos meninos”).
^^^^ Base do pênis.

34
Q

Como caracterizar a puberdade precoce?

A
  • Sinais puberais + aceleração do crescimento^.
    • Meninas: <8 anos.
    • Meninos: <9 anos.

^ Tem que ter os dois.
^^ Pode haver telarca/adrenarca precoce isolada (não é puberdade precoce).

35
Q

Quais as consequências da puberdade precoce?

A
  • Psicossociais.
  • Perda da estatura na vida adulta:
    • Alta estatura na infância (IE>IC), BE no adulto
36
Q

Como diferenciar as etiologias de puberdade precoce?

A
  • Central (ou verdadeira): GnRH dependente^.
    1) Idiopática (90% nas meninas).
    2) Alteração no SNC (50% nos meninos): hamartoma hipotalâmico^^; neoplasias; outras.
    ! Crânio-faringeoma (“faaar away”) causa atraso puberal.
  • Periférica (ou pseudopuberdade): GnRH independente^^^.
    1) Tumores gonadais
    2) Cistos ovarianos
    3) Tumor adrenal; hiperplasia adrenal congênita^^^^.

^ Sempre isossexual (próprios do fenótipo sexual).
^^ É o mais comum. Já tem alteração no bebê.
^^^ Iso ou heterossexual.
^^^^ No 1º aumenta androgênios e cortisol. No 2º só aumenta androgênios.

37
Q

Qual a tríade da síndrome de Mccune Albright?

A

1) Displasia fibrosa polióstica.
2) Manchas cutâneas café-com-leite.
3) Endocrinopatia:
* Pseudopuberdade precoce (secreção de estrogênio ovariano sem qualquer estímulo central)

38
Q

Como ocorre a hiperplasia adrenal congênita e quais as suas formas? E o laboratório?

A
  • Deficiência enzimática: cortisol baixo, ACTH alto. A principal é a enzima 21-hidroxilase, que participa da via do cortisol e da aldosterona (portanto sua ausência desvia a via metabólica para a produção de androgênios)
  • Forma clássica: RN
    1) Perdedora de sal^:
    * Genitália atípica (sexo feminino)^^.
    * RN com vômitos e desidratação.
    * Hiponatremia + hipercalemia.
    2) Virilizante simples^^^
  • Forma não clássica:
    • Mais velho (adoles/adulto)
  • Laboratório:
    • Aumento de 17-OH-progesterona.

^ Forma grave. Cortisol e aldosterona baixos. Antes do teste do pezinho, eles só iam descobrir, nos meninos, quando já estava grave.
^^ Principal causa é HAC com deficiência de 21-hidroxilase.
^^^ Ainda tem função da 21-hidroxilase.

39
Q

Como diferenciar puberdade central e periférica pelos testículos?

A
  • Testículos grandes bilateralmente:
    • Central.
  • Testículos pequenos:
    • Periférico.
  • Testículos assimétricos:
    • Tumor testicular.
40
Q

Como é feita a avaliação de um caso de puberdade precoce?

A
  • Rx mão e punho:
    • Idade óssea^: IO>IE>IC.
  • LH^^/FSH.^^^
  • RM de região hipotálo-hipofisária.
    • Nos meninos: sempre. Nas meninas: <6 anos; alteração no exame neurológico; aceleração do desenvolvimento puberal.
  • USG pélvica
    • Meninas: sempre.
  • USG abdominal (adrenal):
    • Meninas: sinais de virilização. Meninos: quando não é central.

^ Indicador de maturidade global.
^^ Fica maior que o FSH.
^^^ Para diferenciar central e periférica. No menino, ou na menina com virilização: DHEA, sulfato de DHEA, androstenediona, 17-OH-progesterona, testosterona.

41
Q

Como é feito o tratamento da puberdade precoce?

A
  • Tratar a causa base.
  • Puberdade precoce central:
    • Análogo de GnRH (leuprorrelina)^.

^ Não é pulsátil (“downregulation do receptor”).

42
Q

Quais são as principais vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis?

A
  • Lipossolúveis:
    • A, D, E^ e K.
  • Hidrossolúveis:
    • B, C.

^ A, D e E são armazenadas (em excesso podem dar problema).

43
Q

Metabolismo da vitamina A e sua função principal?

A
  • Carotenoide (vegetal). Retinol (animal).
    • Retinaldeído: pigmentos da retina.
    • Ácido retinóico: divisão e diferenciação celular.
  • Manutenção da integridade epitelial (no corpo todo).
44
Q

Clínica da hipovitaminose A?

A
  • Alterações visuais e oculares:
    • Cegueira noturna (nictalopia).
    • Xerose córnea e conjuntiva (xeroftalmia), manchas de Bitot^, ceratomalácia^^.

^ Queratinização da conjuntiva.
^^ Necrose liquefativa da córnea.

45
Q

Como e para quem é feito o programa nacional de suplementação de vitamina A?

A
  • 6-59 meses (regiões com muitos casos de hipovitaminose A).
  • A cada 6 meses (mega-dose de vitmina A):
    • Mínimo de 4 meses entre as doses.
46
Q

Como é o metabolismo da vitamina D?

A
  • D2: ergocalciferol (alimentação).
  • D3: colecalciferol.
    • 7-dehidrocalciferol (pele) -> 25-hidroxilase (fígado) -> calcidiol^ -> 1-alfa-hidroxilase (rim) -> calcitriol^^.
  • Paratormônio ativa transcrição de 1-alfa-hidroxilase

^ 25-hidroxivitamina D.
^^ 1,25-dihidroxi-vitamina D. Absorção intestinal de cálcio e fosfato.

47
Q

Causa e clínica do raquitismo?

A
  • Hipovitaminose D na criança
  • Distúrbio da mineralização da cartilagem em crescimento.
  • No adulto com hipovitaminose D: osteomalácia.
  • No início da doença, a calcemia é normal (pelo PTH).
  • Clínica:
    • Bossa frontal; craniotabes^.
    • Rosário raquítico^^.
    • Alargamento punhos e tornozelos^^.
    • Membros curvados.

^ Amolecimento.
^^ Crescimento das cartilagens costo-condrais por ausência mineralização.

48
Q

Funções da vitamina C?

A
  • Biossíntese do colágeno e carlitina.
  • Metabolismo de neurotransmissores e do colesterol.
  • Aumento da absorção de ferro não heme.
49
Q

Qual a clínica do escorbuto?

A
  • Deficiência na formação do colágeno.
  • Dor e edema nos membros^.
  • Rosário escorbútico^^.
  • Manifestações gengivais.

^ Hemorragia subperióstea. “Posição de rã”.
^^ Alargamento da junção costo-condral.

50
Q

Função e fontes de vitamina K.

A
  • Fatores de coagulação: II, VII, IX, X^ (dependentes de vitamina K).
  • Alimentação, microbiota intestinal

^ “2+7=9, quem tira 9 tira 10”.

51
Q

Causa e formas da doença hemorrágica do RN?

A
  • Declínio de vitamina K no período neonatal^. Manifestações hemorrágicas.
  • Forma clássica:
    • 2º-7º dia de vida.
  • Forma precoce: uso de drogas^^ (coagulopatia)
    • 1º dia de vida.
    • Cefalohematoma, hemorragia craniana, hemorragia coto umbilical.
  • Forma de início tardio^^.

^ Não passa bem pela placenta nem amamentação. Nos primeiros dias ainda não tem colonização bacteriana. Profilaxia: 1 dose de vitamina K em todo RN.
^^ Rifampicina, anticonvulsivantes (fenobarbital, feitoína).
^^^ Síndromes disabsortivas, colestase.

52
Q

Quais as regras básicas em relação ao desenvolvimento infantil?

A
  • Motor (locomoção), adaptativo (mãos), social (interação), linguagem (fala).
  • Sequência previsível (realiza funções cada vez mais complexas).
  • Crânio-caudal (motor).
  • Medial-lateral (nas mãos: cubital-radial)
53
Q

Quais as idades esperadas e as habilidades do domínio motor do desenvolvimento infantil no 1º ano?

A
  • RN:
    • Membros fletidos
    • Postura tônico-cervical (PTC)^.
  • 4 semanas:
    • Queixo (prona)^^.
    • PTC.
  • 8 semanas:
    • Cabeça (prona).
    • PTC
  • 12 semanas:
    • Tronco (prona).
    • PTC.
  • 16 semanas:
    • Simétrico^^^.
    • Sustenta a cabeça.
    • Empurra com o pé (de pé)
  • 28 semanas (6-7 meses):
    • Vira
    • Senta com apoio
  • 40 semanas (9-10 meses):
    • Senta sem apoio.
    • Pode engatinhar.
  • 1 ano:
    • Anda com apoio.

^ Cabeça virada para um lado ou para o outro.
^^ Eleva o queixo em posição prona (decúbito ventral).
^^^ Cabeça centralizada, segura uma mão na outra.

54
Q

Quais as idades esperadas e as habilidades do domínio adaptativo do desenvolvimento infantil no 1º ano?

A
  • RN:
    • Fixa visão.
  • 4 semanas:
    • Acompanha objeto.
  • 8 semanas:
    • Acompanha objeto por 180º.
  • 12 semanas:
    • Estende a mão para objeto (não pega).
  • 16 semanas:
    • Agarra objetos utilizando a borda cubital (medial), depois com a borda radial.
  • 28 semanas (6-7 meses):
    • Transfere objetos^
  • 40 semanas (9-10 meses):
    • Pinça assistida^^
  • 1 ano:
    • Pinça
    • Entrega por solicitação

^ Após ter a capacidade de soltar voluntariamente o objeto.
^^ Só consegue fazer se a mão estiver apoiada.

55
Q

Quais as idades esperadas e as habilidades do domínio social do desenvolvimento infantil no 1º ano?

A
  • RN:
    • Prefere a face humana.
  • 4 semanas:
    • Sorri.
  • 8 semanas:
    • Sorriso social.
  • 12 semanas:
    • Contato social.
  • 16 semanas:
    • Gargalhadas.
  • 28 semanas (6-7 meses):
    • Prefere a mãe.
    • Gosta de espelho.
  • 40 semanas (9-10 meses):
    • Permanência^
    • Peak a boo.
    • Acena.
  • 1 ano:
    • Pequenas brincadeiras.

^ Ela sabe que algo escondido ainda existe.

56
Q

Quais as idades esperadas e as habilidades do domínio da linguagem do desenvolvimento infantil no 1º ano?

A
  • RN, 4 e 8 semanas: nada
  • 12 semanas:
    • ahh, ngah.
  • 16 semanas:
    • ahh, ngah.
  • 28 semanas (6-7 meses):
    • Polissílabos vogais (“mamamamama”)
  • 40 semanas (9-10 meses):
    • Mamá/papá
  • 1 ano:
    • Algumas palavras.
57
Q

Quando aferir a PA na infância?

A
  • A partir dos 3 anos.

- Antes dos 3 anos (se fatores de risco).

58
Q

Como aferir a PA na infância?

A
  • Escolher o manguito apropriado:
    • Distância entre o acrômio e olécrano.
    • Ponto médio
    • Comprimento^: 80-90% do tamanho da circunferência do braço no ponto médio.
    • Altura (largura): 40% da circunferência.

^ Da bolsa de borracha.

59
Q

Como interpretar os valores da PA encontrados na aferição?

A
  • Variam em função do sexo, idade e da estatura.
  • Crianças entre 1 e 13 anos:
    • Normal: =p90 e =p95 e =p95+12mmHg OU 140/90 (o que for menor).
  • Adolescentes >=13 anos:
    • Normal: 120/80mmHg.
    • Pressão arterial elevada: 120/<80 a 129/<80mmHg.
    • Hipertensão estágio I: 130/80 a 139/89mmHg
    • Hipertensão estágio II: >=140/90mmHg