PED 4 - Neonatologia Flashcards

1
Q

Como classificar o recém-nascido pela idade gestacional?

A
  • DUM/USG.
  • Exame físico:
    • Capurro^
    • Mais adequado para pré-termo.
  • <28 semanas: pré-termo extremo.
  • 34-37 semanas: pré-termo tardio.
  • 37-41s6d: termo.
  • > =42 semanas: pós-termo.

^ Não é bom para crianças muito pequenas (não diferencia as menores <29 semanas).

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2
Q

Como classificar o recém-nascido pelo peso ao nascimento?

A
  • <2.500g: baixo peso.
  • <1.500g: muito baixo peso.
  • <1.000g: extremo baixo peso.
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3
Q

Como classificar o recém-nascido pela pesoXidade gestacional?

A
  • PIG: p90.

^ Macete: >37 semanas e <2Kg (p10) é PIG.

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4
Q

Como classificar o recém-nascido com restrição do crescimento uterino?

A
  • Simétrico: corpo e perímetro cefálico pequenos (“todo pequeno”; fatores intrínsecos ao feto, presentes desde o início da gestação).
  • Assimétrico: corpo pequeno e perímetro cefálico preservados (fatores extrínsecos; 2º-3º trimestres; desnutrição materna, exacerbação de doença vascular).
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5
Q

Qual a definição de infecção congênita?

A
  • Infecção por via hematogênica transplacentária.

^ Diferente de infecção peri-natal (no momento peri-parto, contato com secreções maternas).
^^ A exceção é a pneumonia adquirida por via ascendente (corioamnionite/bolsa rota >18h) que pode ser chamada de pneumonia congênita.

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6
Q

Quando suspeitar de infecção congênita (no RN assintomático é sintomático)?

A
  • RN assintomático:
    • Final da gravidez: transmissão MAIOR, mas a gravidade é MENOR.
    • Suspeita com doença ou sorologia materna.
  • RN sintomático:
    • Quadro antenatal.
    • Quadro inespecífico^ ou específico.
    • Sequelas.

!!! Atenção:

  • IgM no RN: infecção (IgM não passa a placenta).
  • IgG no RN: pode ser materna (IgG passa a placenta).

^ Visceral (hepatomegalia); ocular (coriorretinite, catarata); neurológico (microcefalia/hidrocefalia); cutâneo; medular (medula óssea).

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7
Q

Como é a clínica da sífilis precoce (<2 anos)?

A
  • Sintomas inespecíficos: hematomegalia^, manifestação ocular…
  • Rinite (sanguinolenta)^^.
  • Placas mucosas.
  • Condiloma plano^^^
  • Lesões cutâneas^^^^:
    • Pênfigo palmo-plantar (mais específico; exantema vesico-bolhoso).
  • Lesões ósseas:
    • Pseudoparalisia de Parrot^^^^^.

^ Pode ter icterícia por hemólise (aumento de BI) e pelo acometimento hepático (aumento de BD).
^^ No <3meses (SBA é no >3 meses). Destruição da cartilagem nasal.
^^^ Ddx com violência sexual (na sífilis tem alteração óssea também).
^^^^ Exantema máculo-papular é o mais comum. Essas lesões são muito contagiosas.
^^^^^ A inflamação na metáfise é muito dolorosa. Periostite (sinal do duplo contorno no Rx). “O RN parrou de mexer”. Sinal de Wimberger: desmineralização e destruição óssea da região medial proximal da metáfise da tíbia.

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8
Q

Qual a clínica da sífilis tardia (>2 anos)?

A
  • SEQUELAS!!!
  • Nariz em sela (da rinite)
  • Rágades (das placas mucosas)^.
  • Fronte olímpica e tíbia em sabre (lesões ósseas).
  • Alterações dentárias:
    • Hutchingson^^.
    • Molar em amora (mais de 4 cúspides).

^ Cicatriz funda onde eram as placas mucosas.
^^ Incivo central deformado, “talhado”.

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9
Q

Como investigar a sífilis congênita?

A
  • Na suspeita: VDRL periférico SEMPRE!!!
  • Em alguns casos:
    • Hemograma: anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose.
    • Líquor: VDRL (+) OU células (>25) OU proteínas (>150).
    • Rx ossos longos^.
  • Quando vou aprofundar a avaliação:
    • Avaliação auditiva/visual^^.
    • Avaliação hepática/eletrólitos.
    • Rx tórax.

^ Mesmo se assintomático.
^^ Coriorretinite.

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10
Q

O que é considerado um tratamento adequado da gestante?

A
  • Penicilina benzatina^.
  • Adequado para a fase (doses e intervalo^^).
  • Iniciado até 30 dias antes do parto.
  • Avaliado o risco de reinfecção^^^.
  • Queda de VDRL documentada (não pode aumentar).

^ Único que garante o tratamento fetal.
^^ Passou de 14 dias tem que reiniciar o esquema.
^^^ Mais amplo do que “tratamento do parceiro”.

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11
Q

Qual a conduta com um RN cuja mãe não foi tratada ou foi inadequadamente tratada para sífilis?

A
  • Realizar TODOS os exames e tratar TODOS os casos.
  • Líquor alterado^:
    • Penicilina cristalina IV 10 dias^^
    • Se não puncionar líquor -> considero como neurossífilis.
  • Líquor normal e outra alteração:
    • Penicilina cristalina IM 10 dias OU penicilina procaína IM 10 dias^^^.
  • Assintomático e TODOS os exames normais e VDRL (-)^^^^:
    • Penicilina benzatina: dose única^^^^^.

^ Posso começar com penicilina cristalina e se o líquor vier normal, troco por penicilina procaína.
^^ Única que garante nível treponemicida no SNC.
^^^ Escolha do MS porque pode ser feita ambulatorialmente.
^^^^ Não é VDRL < do que materno (isso só é levado em consideração quando a mãe foi adequadamente tratada).
^^^^^ MS não fala mais em garantir acompanhamento porque ele assume que todas as crianças serão acompanhadas (medo!).

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12
Q

Qual a conduta com um RN cuja mãe foi adequadamente tratada para sífilis?

A
  • VDRL no RN SEMPRE?
  • VDRL >= materno em 2 diluições?
    • SIM: demais exames e 10 dias de penicilina (c ou p)
    • NÃO: olho o exame físico.
  • Exame físico normal?
    • SIM: acompanhamento.
    • NÃO + VDRL reagente^: sífilis (10 dias de tratamento).
    • NÃO + VDRL não reagente: buscar outras infecções.

^ Qualquer título.

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13
Q

Como fazer o acompanhamento da criança com sífilis com mãe com sífilis?

A
  • Teste não treponêmico (VDRL^^): 1, 3, 6, 12 e 18 meses.
    • Declinar aos 3 meses, não reagente aos 6 meses.
  • Líquor:
    • 6/6 meses (quando havia alteração).
  • Avaliação auditiva, visual e neurológica:
    • 6/6 meses.

^ O testes treponêmicos não são indicados nos primeiros 18 meses (eles avaliam IgG).
^^ Avaliam IgG e IgM (permite avaliar atividade da doença).

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14
Q

O que é considerado toxoplasmose congênita?

A
  • Só é considerado infecção congênita quando a mulher adquire na gestação (a não ser que ela seja imunodeprimida).
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15
Q

Como é feito o diagnóstico de toxoplasmose na gestante?

A
  • IgM, IgG.
  • IgM (permanece) reagente por muito tempo (mesmo que não haja mais parasitemia).
  • 1º trimestre:
    • IgM (-), IgG (+): infecção prévia, não preciso me preocupar.
    • IgM (+), IgG (-)^ -> IgM (+), IgG (+): infecção durante a gravidez.
    • IgM (+), IgG (+): pode ter sido contaminada até 12 meses antes.
  • Índice de avidez de IgG:
    • Alta avidez: infecção há mais de 3-4 meses^^.

^ Aguda, ainda nem deu tempo de produzir IgG (cuidado com falso-positivo).
^^ Porém, se a avidez for baixa, não posso afirmar que a infecção é aguda (às vezes ela demora mais de 3-4 meses para aumentar).

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16
Q

Como é feito o tratamento para toxoplasmose na gestante?

A
  • No momento do diagnóstico:
    • Espiramicina^ + avaliar infecção fetal (USG/PCR líquido amniótico)^^.
  • Se infecção fetal:
    • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico^^^ (apenas após o 1º trimestre).

^ Se concentra na placenta e tenta evitar a transmissão vertical (não trata o feto).
^^ Controverso, alguns serviços já tratam direto.
^^^ Forma ativa (porque há a inibição da diidrofolato redutase).

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17
Q

Como é clínica da toxoplasmose do RN?

A
  • Tríade de Sabin:
    1) Coriorretinite
    2) Hidrocefalia
    3) Calcificações difusas^

^ “Na TOXO pega TODO o parênquima”.

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18
Q

Como é feita a investigação da toxoplasmose congênita no RN?

A
  • Sorologia.
  • Neuroimagem +LCR.
  • Fundoscopia.

^ A toxoplasmose entrou no teste do pezinho.

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19
Q

Como é feito o tratamento da toxoplasmose no RN?

A
  • Tratar TODOS os RN infectados^.
  • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico^^:
    • Durante o 1º ano, para reduzir a parasitemia.
  • Corticoide:
    • Coriorretinite grave (ou em atividade)
    • Proteína no líquor > 1g/dL (inflamação SNC)

^ Mesmo os assintomáticos (risco de sequela no futuro).
^^ Inibição da diidrofolato redutase.

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20
Q

Como ocorre a transmissão congênita do citomegalovírus?

A
  • Infecção materna aguda, reinfecção ou reativação^^.

^ Família dos herpes vírus.
^^ Por isso não importa a sorologia no 1º trimestre.

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21
Q

Qual a clínica da citomegalovirose congênita?

A
  • Microcefalia
  • Rash petequial/purpúrico^^.
  • Calcificação periventricular^^^.

^ A maioria é assintomático.
^^ Inespecífico.
^^^ (“Circunda Meu Ventrículo”).

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22
Q

Como é feita a investigação do RN em relação à citomegalovirose?

A
  • Pesquisa^ do vírus na urina^^ ou saliva, nos menores de 3 semanas^^^.

^ Por PCR.
^^ Principal.
^^^ 2-3 semanas. Depois de três semanas não consigo saber se a infecção foi intra-útero ou por aleitamento, por exemplo.

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23
Q

Como tratar o RN com citomegalovirose congênita?

A
  • Ganciclovir^/Valganciclovir^^.
  • Objetivo: tentar evitar sequelas (surdez)^^^.

^ IV, por 6 semanas. Por isso ele só é usado em causas graves.
^^ Oral. Poderia ser usado em menos graves.
^^^ Principal causa não hereditária de surdez na infância. “Cê Me Vê, mas não me ouve”. A surdez pode acontecer em qualquer momento da infância (mas só há esse risco se a infecção foi congênita (?)).

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24
Q

Quando ocorre a síndrome da rubéola congênita?

A
  • Ela só ocorre quando a mulher adquire a rubéola na gestação, nas primeiras 12-16 semanas (1º trimestre).
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25
Como é a clinica da síndrome da rubéola congênita?
- Tríade: 1) Surdez 2) Catarata 3) Cardiopatia^^: PCA, estenose da artéria pulmonar. ^ “A criança não ouve, não vê e isso corta nosso coracao”. ^^ É o mais característico.
26
Quais infecções congênitas cursam com calcificação intracraniana?
- CMV - Toxoplasmose - Zika vírus^ - Vírus da coriomeningite linfocitária. ^ Calcificações corticais e subcorticais. ^^ Herpes, HIV e rubéola não cursam com calcificação.
27
Quando ocorre a síndrome da varicela congênita?
- Na gestante <20 semanas que se infecta com varicela. ^ Quando ela adquire em outros momentos, ocorrem outras manifestações.
28
Qual a clínica da síndrome da rubéola congênita?
- Sequelas. - Lesões cicatriciais (acompanham um dermátomo). - Hipoplasia dos membros. - Doença neurológica.
29
O que preciso avaliar na historia de RNs com distúrbio respiratório?
- Idade gestacional. - Forma de parto. - Fatores específicos (de cada condição).
30
O que preciso avaliar na clínica de RNs com distúrbio respiratório?
- Desconforto respiratório: * Taquipneia. * Tiragem (retração, BAN, gemidos, cianose...) - Evolução do quadro^. ^ É o mais importante. Na doença da membrana hialina, por exemplo, há uma piora.
31
O que preciso avaliar na radiografia de RNs com distúrbio respiratório?
- Padrão do infiltrado. | - Expansibilidade pulmonar.
32
Fisiopatologia da síndrome do desconforto respiratório?
- Doença da membrana hialina. - Diminuição de surfactante. - Colapso dos alvéolos da expiração^. ^ Microatelectasias difusas.
33
Fatores de risco da síndrome do desconforto respiratório?
- Prematuridade (<34 semanas)^. - Diabetes materno: (GIG) * A insulina retarda a maturação pulmonar^^. ^ Porém, mesmo no RN>34 semanas, pode haver DMH (mas numa incidência menor). ^^ Surfactante em quantidade suficiente.
34
Fatores de redução de risco da síndrome do desconforto respiratório?
- Ruptura prolongada da membrana amniótica^. - Estresse crônico (PIG). - Porém, esses fatores isoladamente, não afastam o diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório. ^ Cortisol acelera a maturação pulmonar.
35
Clínica da síndrome do desconforto respiratório?
- Início nas primeiras horas (duração média de 2-3 dias). | - Desconforto respiratório clássico.
36
Radiografia da síndrome do desconforto respiratório?
- Reticulogranular^ difuso/vidro moído. - Aerobrocograma.^^ - Volume pulmonar reduzido. ^ Alvéolo atelectasiado ao lado de alvéolo normal. ^^ Vai se desenvolvendo aos poucos.
37
Como é feito o tratamento da síndrome do desconforto respiratório?
- CPAP nasal^: * Mantém a estabilidade alveolar. - Ventilação mecânica: * Acidose respiratória. * Hipoxemia com CPAP. * Apneia persistente. - Surfactante exógeno^^. - Antibióticos^^^. ^ O mais precoce possível. É o mais importante. ^^ Técnica INSURE (incubar -> surfactante -> extubar). É aplicado direto na traqueia. ^^^ Difícil diferenciar de sepse neonatal.
38
Como é a prevenção da síndrome do desconforto respiratório?
- Corticoide antenatal. - Surfactante^ X CPAP. ^ Ele era feito profilaticamente em todos os RNs de alto, mas isso foi praticamente abandonado (o CPAP é tão bom quanto). ^^ Ele é aplicado de forma parecida com o INSURE, mas a técnica só é chamada assim quando o RN já está no CPAP e apresenta piora.
39
Como ocorre a sepse neonatal precoce?
- <48 horas. - Ascendente^. - Estreptococo do grupo B (S. agalactiae; GBS). - Enterobactérias. ^ Tem questão que chama pneumonia intra-utero (adquirida por mecanismo ascendente) de pneumonia congênita (apesar de não seguir aquela regra do congênita=transmissão hematogênica transplacentária).
40
Como ocorre a sepse tardia?
- >7 dias^. - Nosocomial ou comunitário. - Estafilococos (coagulasse negativo (pele), S. aureus. - Outros gram negativos. ^ O meio do caminho, entre 3-7 dias, é controverso.
41
Fatores de risco para sepse neonatal?
- Sepse precoce: * Bolsa rota >18 horas. * Corioamnionite (febre materna...). * Colonização materna por GBS. - Sepse precoce e tardia: * Prematuridade^. ^ Pode ser a primeira manifestação da infecção materna; o RN fica mais tempo internado (sepse tardia).
42
Como é a clinica da sepse neonatal?
- Pode haver período assintomático. - Desconforto respiratório. - Manifestação de doença sistêmica: * Hipotermia, estado de alerta, alteração cardiovascular.
43
Como é a radiografia da sepse neonatal?
- Infiltrado reticulogranular difuso^, igual do desconforto respiratório agudo. ^ GBS principalmente.
44
Como é feita a investigação da sepse neonatal?
- Hemograma: * Neutropenia e relação I/T>=0,2^. - PCR^^. - Identificação do agente: * Hemograma. * Cultura do LCR. * Urinocultura (infecção tardia)^^^ ^ Neutrófilos imaturos/neutrófilos imaturos. “Desvio à esquerda”. ^^ Ajuda no segmento. ^^^ Na precoce só faço quando há alteração fetal.
45
Como é feito o tratamento da sepse neonatal?
- Infecção precoce: * Ampicilina + aminoglicosídeo. - Infecção tardia: * Cobertura para estáfilo e gram negativo. * Depende da colonização do hospital.
46
Como é feita a prevenção da sepse por GBS no RN?
- Penicilina intra-parto na mãe (profilaxia primária). - Conduta no RN >=35 semanas assintomático: * Corioamnionite materna: cultura + antibiótico (não é consenso). * Profilaxia intra-parto indicada: - Inadequada: observar 36/48h. - Adequada: rotina neonatal (alta em 24h).
47
Fisiopatologia da taquipneia transitória do RN?
- Síndrome do pulmão úmido | - Retardo na absorção do líquido pulmonar.
48
História da taquipneia transitória do RN?
- Cesariana eletiva. | - A termo/pré-termo (tardio).
49
Clínica da taquipneia transitória do RN?
- Início nas primeiras horas de vida. - Desconforto leve/moderado. - Rápida resolução (<72h).
50
Radiologia da taquipneia transitória do RN?
- Congestão hilar. - Aumento da trama vascular. - Líquido cisural. - Derrame. - Cardiomegalia. - Hiperinsuflação (edema da pequena via aérea).
51
Tratamento da taquipneia transitória do RN?
- Oxigenoterapia (<40%). - Suporte. - NÃO fazer diuréticos.
52
Prevenção da taquipneia transitória do RN?
- Evitar cesarianas eletivas.
53
Etiopatogenia da síndrome de aspiração meconial?
- Asfixia: * Eliminação de mecônio. * Aumento dos movimentos respiratórios. - Mecônio na traqueia -> Aspiração para vias aéreas inferiores. - Obstrução expiratória (obstrução parcial). - Pneumonite química. - Infecção secundária. ^ O mecônio é formado por descamação epitelial, enzimas digestivas, líquido amniótico digerido.
54
Qual a história da síndrome de aspiração meconial?
- Líquido amniótico meconial^ + sofrimento fetal. - Termo e pós-termo (>42 semanas). ^ Supeita: unhas tintas de mecônio; cordão umbilical impregnado de mecônio. ^^ O pré-termo não tem mecônio na ampola retal (peristalse desorganizada).
55
Clínica da síndrome de aspiração meconial?
- Início nas primeiras horas. | - Desconforto grave!!!
56
Radiologia da síndrome de aspiração meconial?
- Infiltrado GROSSEIRO. - Pneumotórax^. - Volume pulmonar aumentado. ^ Obstrução expiratória.
57
Tratamento da síndrome de aspiração meconial?
- Suporte ventilatório. - Surfactante (a inflamação consome surfactante). ^ O mecônio inativa surfactante nos alvéolos.
58
Complicação da síndrome de aspiração meconial?
- Hipertensão pulmonar persistente.
59
Fisiopatologia da hipertensão pulmonar persistente?
- Resistência vascular pulmonar - permanece alta após o nascimento -> mantém Shutterstock direita-esquerda -> cianose (SatO2 pré e pós ductal).
60
Tratamento da hipertensão pulmonar persistente?
- NO inalatório (vasodilatador pulmonar).
61
Quais os exames investigados na triagem neonatal do teste do pezinho?
- H/F. - Hipotereoidismo congênito. - Fenilcetonúria - Hemoglobinopatias. - Fibrose cística. - Hiperplasia adrenal congênita. - Deficiência de biotinidase. - Toxoplasmose congênita (NOVO!!!).
62
Como fazer e interpretar o “teste do coracãozinho”?
- Entre 24-48 horas de vida (no >34 semanas). - SpO2 MSD e MI. - Normal: * SpO2 >= E diferença menor de 3%^^. * Alteração: repetir em 1h. * Alteração confirmada: ecocardiograma. ^ Condições que vão deteriorar com o fechamento do canal arterial. ^^ Se tiver 1 dessas alterações, já repito o exame em 1h.
63
Qual a frequências de icterícia neonatal?
- 60% dos RN a termo tem icterícia. | - 80% dos pré-termo.
64
Qual o mecanismo fisiopatológico da icterícia neonatal fisiológica?
- Aumenta apenas bilirrubina indireta. - Produção exagerada de bilirrubina: * Alta massa eritrocitária^. * Baixa vida média das hemácias. - Captação e conjugação deficientes^^: * Pouca glicuroniltransferase. - Aumento do ciclo entero-hepático da bilirrubina: * Muita betaglicuroniltransferase^^^. * Trânsito intestinal mais lento. Ausência de bactérias. ^ Hematócrito alto por hipóxia intra-uterina. ^^ Fígado imaturo; na vida fetal quem elimina BI é a placenta. ^^^ Desconjuga a BD e a BI volta para o sangue. O que não desconjuga é eliminado nas fezes em forma de estercobilina.
65
Quando pensar que a icterícia não é fisiológica?
1) Início <24h (24-36h): * Fisiológica: 2º-3º dias (a termo^). 2) Velocidade de acumulação >5 mg/dL/dia^^. 3) Nível elevado de bilirrubina: * Fisiológica: <12-13 (RN a termo)^^^. * Progressão crânio-caudal: Zonas de Kramer^^^^. 4) Alteração clínica. 5) Icterícia persistente (ou início tardio)^^^^^. 6) Colestase (aumento de BD). ^ Pré-termo é 3º-4º. ^^ Normal: acúmulo de 3 mg/dL de BI por dia. ^^^ O processo se equilibra ao longo dos dias. ^^^^ “Passou do umbigo=perigo”: bilirrubina >12. ^^^^^ >7 dias no termo; >14 dias no PT. ^^^^^^ Reabsorção de hematoma pode levar a hiperbilirrubinemia grave, porém, com início após 2º-3º dia.
66
Quais são as zonas de Krammer?
I – cabeça e pescoço (nível de BI estimado de até 9); II – tronco até cicatriz umbilical (9-12); III – hipogástrio e coxas (12-15); IV – membros (15-18); V – palmas e plantas (>18).
67
Quais são possíveis causas de icterícia precoce?
- Precoce: <24h. - Anemia hemolítica: * Isoimune: incompatibilidade ABO^ e Rh. * Esferocitose^^. * Deficiência de G6PD^^^. - Deficiência do aleitamento. ^ Não é tão grave (pode ter icterícia mais). ^^ Deficiência de membrana. Na prática, icterícia mais tarde; na prova, icterícia precoce. ^^^ Deficiência enzimática. ^^^^ VR de reticulócitos: 3-5%.
68
Quais os tipos sanguíneos da mãe e do RN na incompatibilidade ABO?
- Mãe: O - RN: A ou B. ^ Mãe A e RN B ou vice-versa, não são causas comuns hemólise.
69
Quais os tipos sanguíneos da mãe e do RN na incompatibilidade Rh?
- Mãe: Rh (-). - RN: Rh (+). ^ A mãe deve ter sido previamente sensibilizada.
70
O que é o teste de Coombs?
Um teste de Coombs (também conhecido como teste de antiglobulina ou AGT) é um dos dois testes de sangue clínicos usados ​​em imunhematologia e imunologia. Os dois testes de Coombs são o teste direto de Coombs (DCT, também conhecido como teste direto de antiglobulina ou DAT), e o teste indireto de Coombs (também conhecido como teste de antiglobulina indireto ou IAT). O teste direto de Coombs é usado para testar a anemia hemolítica autoimune, ou seja, uma condição em que o sistema imunológico quebra os glóbulos vermelhos, levando à anemia. O teste direto de Coombs é usado para detectar anticorpos ou proteínas do complemento ligadas à superfície dos glóbulos vermelhos. Para realizar o ensaio, uma amostra de sangue é retirado e as células vermelhas do sangue são lavadas (remoção de anticorpos no plasma e não ligados próprios do paciente a partir das células vermelhas do sangue) e incubadas com anti-globulina Então humana ( "reagente de Coombs"). Se as células vermelhas se aglutinam, o teste direto de Coombs é positivo, uma indicação visual de que os anticorpos ou as proteínas do complemento estão ligados à superfície dos glóbulos vermelhos e podem causar a destruição dessas células. O teste indireto de Coombs é usado no teste pré-natal de mulheres grávidas e em testes antes de uma transfusão de sangue. O teste detecta anticorpos contra células sanguíneas da rede externa. Neste caso, o soro é extraído de uma amostra de sangue retirada do paciente. O soro é incubado com glóbulos vermelhos estranhos de antigenicidade conhecida. Finalmente, a globulina anti-humana é adicionada. Se a aglutinação ocorrer, o teste de Coombs indireto é positivo.
72
Como o teste de Coombs se comporta na incompatibilidade ABO?
- Coombs direto na incompatibilidade ABO: | * Positivo ou negativo.
73
O que é o teste do eluato?
- Identifica anti-A e anti-B na superfície das hemácias (mais sensível que o Coombs indireto). ^ Posso indicar nos casos de Coombs direto negativo.
74
Como o teste de Coombs se comporta na incompatibilidade Rh?
- Coombs indireto (na mãe): * Positivo, se ela foi sensibilizada. - Coombs direto (no RN): * Positivo^. ^ CD (+) sem incompatibilidade ABO: incompatibilidade por outros antígenos.
75
Como deve ser a investigação de uma icterícia precoce?
- Bilirrubina total e frações: * Hemólise: aumento de BI. - Hematócrito (ou Hb) e reticulócitos. - Tipagem sangínea, Rh, Coombs direto. - Hematoscopia: corpúsculo de Heinz^ e esferócitos^^. ^ Deficiência de G6PD. Na deficiência enzimática não tem CD (+). ^^ Podem estar presentes na incompatibilidade ABO também. Esferócito + CD (+): incompatibilidade ABO. Esferócito + CD (-): incompatibilidade ABO (+ comum; olhar TS) ou esferocitose.
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Quais condições pensar em uma icterícia prolongada ou tardia?
- >7 dias no termo, >14 dias no PT. - Sem colestase (aumento de BI): * Icterícia do leite materno. - Com colestase (aumento de BD): * Atresia de vias biliares. ^ Sempre solicitar BT e frações na icterícia prolongada ou tardia para descartar atresia de vias biliares.
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Quais as diferenças entre icterícia do leite materno e icterícia do aleitamento?
- Icterícia do LEITE^ materno: * Amamentação materna exclusiva (AME), sem outros sintomas. * Substância no leite (não se sabe qual). * Quadro auto-limitado. * Avaliar suspensão temporária a AM. - Icterícia do aleitamento^^: * Dificuldade na amamentação. * Alta perda ponderal (>10%) * Aumento do ciclo êntero-hepático da bilirrubina. ^ “Late”. ^^ Icterícia precoce.
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O que é um valor aumentado de bilirrubina direta?
- BD >20% da BT quando esta for >5. | - Na prova: BD>2 é sempre alta.
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Qual a conduta na atresia de vias biliares?
- Ela afeta principalmente vias extra-hepáticas. - Cirurgia de Kasai nos menores de 8 semanas^. ^ Se não fizer, inexoravelmente, o paciente vai evoluir com necessidade de transplante hepático.
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O que pode ocorrer com altos níveis de bilirrubina indireta na circulação?
- A BI é neurotóxica (já que ultrapassa barreira hemato-encefálica)^. - Pode evoluir para encefalite e morte ou sequelas motoras. ^ A BD não ultrapassa.
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Qual o tratamento para icterícia neonatal?
- Fototerapia^: * Sempre na icterícia precoce (<24h). * >17 de BT (na prova). - Exsanguíneoterapia: * Grave. ^ Existe uma tabela baseada no tempo de vida, para avaliar a indicação de fototerapia.
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Quais as perguntas para se fazer em relação ao recém-nascido (na reanimação neonatal)?
1) RN a termo? 2) Respirando ou chorando? 3) Tônus adequado? ^ Cianose não é utilizado para avaliação.
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Qual a conduta em relação ao clampeamento no RN?
- Boa vitalidade: * Aguarda para clampeamento (independente da idade gestacional)^. - Má vitalidade^^: * Clampeamento imediato. ^ Se for pré-termo, aguarda (30-60 segundos) e leva depois para mesa de reanimação depois. O termo aguarda 1-3 min. ^^ E também: DPP e HIV.
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Quais são os passos da reanimação neonatal?
1) Aquecer, posicionar, aspirar (s/n), secar (APAS). 2) Avaliar FC e RESPIRAÇÃO (30’’ até aqui): * FC<100; Apneia; respiração irregular: 3) VPP (60’’ até aqui)^: MAIS IMPORTANTE. * Oxímetro (MSD)/monitorização cardíaca. * O2: <34sem -> 30%/>= 34sem -> ar ambiente^^. * FC<100: 4) Checar a técnica (30’’); considerar IOT. * FC<60. 5) IOT (30’’)^^^ 6) MCE (3:1) (60’’)^^^^. * FC<60. 7) Adrenalina. ^ Golden minute: tempo até iniciar a VPP. Idealmente, ao fim de 60’’ já se deve ter terminado o primeiro ciclo de VPP. ^^ Concentrações de início da VPP. ^^^ Só aumento O2 após IOT. ^^^^ SBP: a massagem cardíaca é iniciada se FC<60 bpm após 30’’ de VPP com técnica adequada por meio de cânula traqueal (IOT) e uso de concentração de O2 de 60-100% (ou seja, só depois da IOT e 30’’ de ventilação por ela).
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Qual a diferença nos passos da reanimação neonatal quando há mecônio no líquido amniótico?
- RN e a termo: colo materno. - RN deprimido: * APAS!!!^. * Se necessário: VPP! * Após VPP, se necessário: aspiração traqueal^^. ^ Se tem mecônio: sempre aspiro boca e narina. ^^ IOT para aspirar e volta para VPP; só intubo depois se o RN não melhorar.
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Qual o aspecto da enterocolite necrosante no Rx?
- Pneumatose intestinal (gás na parede). - Pneumoperitônio? * Necrose transmural seguida de perfuração.
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Sobre eritema tóxico: idade gestacional, quando aparece, clínica e prognóstico.
- RN a termo (>50% pode ter) - 2º dia de vida. - Máculo-papulares-pustulosas. - Poupa palma/plantas. - Parecem picadas de inseto. - Eosinófilos na lesão. - Benigno.
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Sobre melanose pustulosa: quando aparece e clínica.
- Presentes ao nascimento. - Pústulas -> descamação -> hiperpigmentação. ^ Mais comum em RNs negros.
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O que é e quais são as formas de miliária e seus aspectos?
- São obstruções nos ductos do suor. - Cristalina: * Superficial (“gotas de orvalho”) - Rubra: * Obstrução mais profunda (em dobras; “brotoejas”). ^ O tratamento é refrescar a criança.
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O que é e onde aparece geralmente a mancha salmão?
- Ectasia vascular. - Glabela, pálpebra, nuca. ^ Pode persistir até a vida adulta.
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Sobre a mancha mongólica: onde aparece, aspecto e diagnóstico diferencial (na prova)?
- Região lombar. - Azulada, arroxeada... - DDX: abuso físico.
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Como diferenciar a bossa serossanguínea do cefaloematoma?
- Bossa serossanguínea: * Edema subcutâneo. * No ponto da apresentação. * Mais claro. * Tem cacifo. - Cefaloematoma: * Hemorragia subperióstea. * Limitado pela sutura * Mais duro e mais escuro. * Fator de risco para hiperbilirrubinemia grave.
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Como se apresenta a gastrosquise?
- Defeito para-umbilical - Sem membrana recobrindo^. - Descamação das alças: contato com o líquido amniótico. ^ Evisceração franca.
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Como se apresenta a onfalocele e com que está associada?
- Defeito na base do cordão umbilical. - Membrana recobrindo. - Associado com malformações e síndromes: * Síndrome de Beckwith-Wiedemann^. ^ A síndrome de Beckwith-Wiedemann (SBW) é uma condição congênita de hipercrescimento caracterizada por macroglossia, gigantismo, onfalocele, visceromegalia e aumento no risco de neoplasias embrionárias. Hiper insulinismo também.
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Como se apresenta a paralisa de Erb-Duchenne?
- É uma paralisia braquial. - C5 e C6. - Adução e rotação interna do braço; pronação do antebraço. - Reflexo de Moro assimétrico. Pressão palmar presente. - Tratamento: conservador. - DDX: pseudoparalisia de Parrot.
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Quais manobras posso lançar mão para diagnosticar a displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)?
- Manobras de Barlow e Ortolani: * Barlow: articulação instável (facilmente luxável). * Ortolani: reduz a articulação luxada. - Primeiro exame: USG.
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Quais são os possíveis aspectos genéticos da síndrome de Down?
- Excesso de material genético do cromossomo 21. - Trissomia simples: mais comum^. - Translocação^^. - Mosaicismo ^ Maioria é herança materna. ^^ “Pedaço de 21 em outros cromossomos.
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Quais são os sinais clínicos da síndrome de Down?
- Hipotonia muscular^. - Prega palmar transversa. - Sulco entre o hálux e o 2º artelho. - Pele abundante no pescoço. - Fenda palpebral oblíqua; epicanto. - Face achatada; nariz pequeno; orelhas displásicas. ^ Pode atrasar o desenvolvimento. ^^ Não há macroglossia, a língua fica para fora por hipotonia muscular da musculatura mastigatória.
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Quais são alterações associadas à síndrome de Down?
- Cardiopatia: * Defeito do septo átrio-ventricular. - Hipotireoidismo^. - Doenças hematológicas^^. - Malformação intestinal^^^. - Instabilidade atlanto-axial^^^^. - Outras: * Doença celíaca. ^ Não investigar só no teste do pezinho. ^^ Reação leucemoide. ^^^ Atresia duodenal (sinal da dupla bolha). ^^^^ Luxação. Investigação com Rx.